33 resultados para Depressão - Depression


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A depressão ps-parto (DPP) uma condio prevalente que afeta globalmente as mulheres purperas. Uma hiptese evolutiva aborda a depressão, e consequentemente a DPP, como uma resposta proveniente da evoluo do comportamento humano ao longo da Histria, atravs da seleo natural. A teoria do investimento parental sugere que os pais no investem automaticamente em toda prole; o investimento direcionado para que o sucesso reprodutivo seja mximo. No caso de os riscos superarem os benefcios reprodutivos, sintomas de depressão se desenvolvem como sinal de alerta. O objetivo do estudo foi identificar fatores associados DPP que fossem compatveis com a teoria do investimento parental. Estudo transversal realizado com 811 mes de lactentes at cinco meses de idade, no municpio do Rio de Janeiro. A presena de DPP foi definida com base no escore da Escala de Edinburgh (EPDS). Fatores potencialmente associados DPP foram analisados atravs de regresso logstica com ajuste para fatores de confundimento. Os fatores significativamente associados DPP foram: apoio social inadequado (OR 3,38; IC 95% 2,32-4,94), baixa escolaridade (OR 2,82; IC 95% 1,69-4,70), violncia fsica entre parceiros ntimos na gestao (OR 2,33; IC 95% 1,56-3,47), idade materna inferior a 35 anos (OR 2,20; IC 95% 1,05-4,64), falta de companheiro (OR 1,90; IC 95% 1,16-3,12), internaes durante a gestao (OR 1,87; IC 95% 1,12-3,14) e prematuridade do recm-nascido (OR 1,87; IC 95% 1,02-3,42). Em suma, identificamos alguns fatores associados DPP que podem ser teis no rastreamento e acompanhamento de mulheres de risco. Alguns dos fatores associados DPP podem ser explicados atravs das hipotses evolutivas contempladas neste estudo. Entretanto, os achados encontrados no so suficientes para esgotar o conhecimento referente a esta questo. Futuras pesquisas devem focar em diferentes abordagens desta condio e acompanhamento das consequncias para as mulheres e suas famlias.

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Este estudo tenciona discutir o problema da conceituao das doenas mentais, a partir dos DSMs e dos diferentes paradigmas que os embasaram. O DSM (manual estatstico e diagnstico de transtornos mentais) um manual, de influncia internacional, para profissionais da sade mental, que lista diferentes categorias de transtornos mentais, de acordo com a Associao Psiquitrica Norte-Americana. Desde a sua primeira publicao, em 1952, j foi submetido a cinco revises (DSM II, DSM III, DSM III-R, DSM IV e DSM IVTR). Escolhemos a categoria diagnstica da depressão, objetivando realizar um rastreamento conceitual, desde o DSM II - modelo at ento marcado pela psicanlise, depois ressaltando o DSM III, que, em 1980, promove uma mudana de paradigma no conhecimento psiquitrico, ao apresentar um modelo que se prope descritivo e aterico at o DSM IV-TR. Dessa perspectiva, so assinaladas algumas consideraes e pontos de discusso entre a chamada psiquiatria biolgica e a psicanlise, no que diz respeito s suas respectivas influncias na forma de entender o diagnstico psiquitrico, enfatizando a categoria diagnstica da depressão.

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A depressão uma doena grave que vem se tornando mais prevalente na populao mundial e no Brasil. Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), a quarta doena mais incapacitante e estima-se que em 2020 ocupe o segundo lugar, ficando atrs apenas das doenas cardiovasculares (DCV), que so a principal causa de morte no mundo. O Transtorno depressivo maior (TDM) se caracteriza por humor deprimido, tristeza intensa ou desnimo ou perda de interesse ou de prazer por quase todas as atividades por, pelo menos, duas semanas. Alm disso, tem um elevado ndice de mortalidade cardiovascular, e esta associao parece ser multifatorial e altamente complexa, e ainda no est completamente elucidada. Recentes estudos sugerem que a ocorrncia de aterotrombose e eventos cardiovasculares no TDM est associada a uma diminuio na biodisponibilidade do xido ntrico (NO), um potente vasodilatador, anti-agregante plaquetrio e neurotransmissor. O NO um gs formado a partir da L-arginina, pela ao da famlia de enzimas NO sintases (NOS), e vai ocasionar um aumento de guanosina monofosfato cclica (GMPc), que posteriormente degradada pelas fosfodiesterases (PDE). A L-arginina participa em outras vias alm da produo de NO, como a arginase. O estresse oxidativo tambm tem uma participao no desenvolvimento dos transtornos psiquitricos e nas DCV, e pode reduzir a meia-vida do NO. O objetivo deste estudo investigar a via NO-GMPc, o ciclo da uria, marcadores de estresse oxidativo e de inflamao em plaquetas e a sua associao com a funo plaquetria no TDM. Participaram da pesquisa nove pacientes com diagnstico de depressão leve a moderada do Servio de Psicologia Aplicada (SPA/UERJ) e onze indivduos saudveis pareados por idade como controles. Este projeto foi aprovado pelo Comit de tica e Pesquisa do Hospital Universitrio Pedro Ernesto (1436-CEP/HUPE). A agregao plaquetria, a expresso e atividade da arginase II, a expresso da PDE 5, marcadores de estresse oxidativo (nveis de TBARS, carbonilao de protenas, expresso da NADPH oxidase e da glutationa peroxidase (GPx) e atividade desta e da catalase (CAT), ambas enzimas anti-oxidantes) nas plaquetas e no soro, e o fibrinognio sistmico foram investigados. No presente estudo observou-se um aumento da agregao plaquetria induzida por ADP em pacientes com TDM comparados aos controles. Uma ativao da arginase II em plaquetas sem qualquer alterao na sua expresso foi demonstrada em pacientes com TDM. Alm disso, um aumento na carbonilao de protenas e na expresso de GPx, de NADPH e de PDE5 foi observado em plaquetas de pacientes com TDM. A produo de TBARS, a atividade de GPx e CAT nas plaquetas e no soro no foram afetados pelo TDM. No houve diferena nos nveis de fibrinognio entre pacientes com TDM e controles. A ativao da arginase, somada ao estresse oxidativo, reduziria a biodisponibilidade de NO levando disfuno plaquetria nos pacientes com TDM. O presente estudo acrescenta dados importantes para a compreenso dos mecanismos celulares envolvidos na relao TDM e DCV. Alm disso, abre caminho para a utilizao de novas ferramentas farmacolgicas, como os antioxidantes, para o tratamento do TDM.

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INTRODUO: As chances de adoecer e de mortalidade so maiores, em crianas com estado nutricional (EN) inadequado nos primeiros meses de vida. Fatores de risco para o EN inadequado, incluem os aspectos psicossociais maternos, como a ansiedade, a depressão ps-parto (DPP), a ausncia de suporte social. No entanto, so poucos os estudos sobre o papel destes fatores na determinao do EN infantil e seus resultados controversos. OBJETIVO: Investigar a relao entre depressão no ps-parto e o estado nutricional infantil inadequado no segundo ms de vida. MTODOS: Trata-se de um estudo seccional com 466 crianas aos dois meses de vida (mdia= 65 dias; DP=0,5) oriundas de unidades bsicas de sade do municpio do Rio de Janeiro, realizado entre junho de 2005 e dezembro de 2009. Para compor o desfecho, mdias de peso-para-idade foram expressas em escores z e comparadas s informaes da nova curva de referncia WHO (2006) para menores de cinco anos. Foram classificadas como estado nutricional inadequado, crianas com escore z abaixo de -2, baixo peso-para-idade, e crianas com escore z acima de +2, excesso de peso-para- idade. Informaes referentes DPP foram obtidas por meio da aplicao da verso em portugus do instrumento EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale). As anlises das associaes entre a DPP e os desfechos foram verificadas via modelos de regresso logstica multinomial, mediante estimativas de razes de chances (OR) brutas e ajustadas e seus respectivos intervalos de confiana de 95% (IC 95). RESULTADOS: A amostra revelou escores z mdios de -0,22 para peso-para-idade, 4,51%(n=21) apresentaram baixo peso-para- idade e 1,72% (n=8) de excesso de peso-para-idade. A prevalncia de depressão foi de 27,6%. Nas anlises brutas, filhos de mes deprimidas apresentavam 2,45 mais chance (OR=2,45; I.C. 95%=1,01-5,93;p-valor=0,050) de baixo peso-para-idade e 0,38 chance de excesso de peso-para-idade (OR=0,38;I.C. 95%=0,04-3,17;p-valor=0,38), do que os filhos de mes no deprimidas, porm esta associao apresentou nvel de significncia maior que 5%. Aps ajuste pelo peso ao nascer, condies ambientais, posse de utenslios, prematuridade, idade materna e escolaridade materna a associao entre depressão e estado nutricional infantil no apresentou significncia estatstica (OR=2,39;I.C. 95%=0,74-7,71;p- valor>0,05).CONCLUSO: A DPP no foi associada ao estado nutricional infantil.

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Fadiga um sintoma subjetivo de difcil definio. Extremamente comum em pacientes com Artrite Reumatoide. O objetivo deste estudo estudar a fadiga numa amostra de pacientes brasileiros de dois hospitais de grande porte na cidade do Rio de Janeiro e analisar sua correlao com outras variveis freqentes da doena como a Qualidade de Vida, Capacidade Funcional, Ansiedade, Depressão e atividade inflamatria da doena.Um protocolo padro foi prospectivamente aplicado a 371 pacientes como diagnstico de AR de acordo com os critrios de classificao do American College of Rheumatology de 1987. Achados clnicos, demograficos e laboratoriais foram coletados.Os dados laboratoriais incluram a velocidade de sedimentao das hemcias e dosagem da protena C reativa. O nmero de juntas dolorosas foi obtido atraves do terceiro item do questionrio de atividade inflamatria da doena DAS 28. Idade, gnero, ndice de massa corporal, tempo de doena, qualidade de vida avaliada pelos domnios fsico e mental do questionrio Medical Outcomes Study Short-Form 36-item Health Survey (SF-36P e SF-36M), a capacidade funcional avaliada pelo Health Assessment Questionaire - Disability Index (HAQ DI). A ansiedade e a depressão foi mensurada pelo Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD a/d). A fadiga foi avaliada pela utilizao da subscalaprpria para mensurao das queixas de fadiga do questionrio Fatigue Assessment of Chronic Illness Therapy (Facit FS). Foi aplicado o intervalo de confiana de 95% como medida de preciso. O valor mdio de fadiga mensurado pelo Facit FS foi 39.88 8.64. O escore da fadiga correlacionou-se com capacidade funcional mensurada pelo HAQ DI (-0.507; p < 0.0000), a ansiedade e depressão mensurada pelo HAD a/d (-0.542 e -0.545; p < 0.0000 respectivamente) e com a qualidade de vida mensuradapor ambos domnios do SF-36, porm predominantemente com o seu domnio fsico (SF-36P: 0.584; p < 0.0000 e 0.405; p < 0,05 respectivamente).No encontramos associao com a velocidade de sedimentao das hemcias (-0.118; p < 0.05), da protena C reativa (-0.089), da atividade de doena mensurada pelo DAS 28 (-0.250; p < 0.0000) ou com o nmero de juntas dolorosas (-0.135; p < 0.009). Nesta amostra de pacientes com Artrite reumatoide, sugerimos um novo significado para a fadiga, como um parmetro independente, no relacionado a atividade inflamatria da doena ou ao nmero de juntas dolorosas. A fadiga mostrou-se associada principalmente a incapacidade funcional e a sintomas de ansiedade. Estudos adicionais e a adoo de mtodos padronizados para seu monitoramento e manejo clnico so necessriospara melhor compreenso da fadiga. A fadiga mostrou ser uma queixa importante em pelo menos 1/3 dos pacientes de AR da amostra.

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H um extenso nmero de evidncias apontando para o estresse como tendo um papel crtico na iniciao, manuteno e relapso aps a retirada, do hbito do tabagismo. De modo geral, adolescentes so mais sensveis aos efeitos no sistema nervoso central de ambos estresse e nicotina, principal componente psicoativo do cigarro. No entanto, h uma escassez de estudos em neurobiologia bsica que avaliem as possveis interaes entre os efeitos no sistema nervoso central entre nicotina e estresse nesta idade. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da exposio nicotina e estresse durante a adolescncia de camundongos em comportamentos sociais e comportamentos associados a ansiedade e depressão. Para este estudo utilizamos camundongos Suos de ambos os sexos. A partir do 30 dia ps-natal (PN) camundongos foram expostos nicotina (at PN40) e/ou estresse (at PN38 para os animais avaliados em PN39-40 e PN40 para os animais avaliados nas outras idades). Desta forma, utilizamos quatro grupos experimentais: 1) Exposio concomitante de soluo de nicotina (diluida na gua potvel, 50g/ml) e estresse por conteno (1h/dia); 2) Exposio somente nicotina via oral; 3) Exposio somente ao estresse por conteno; 4) Grupo controle. Para a avaliao comportamental utilizamos: o teste do labirinto em cruz elevado (LCE), o teste de abordagem social de trs cmaras (TS) e o teste do nado forado (FST). Cada animal foi avaliado nos trs testes, em um entre trs momentos: ao final do perodo de exposio (PN39/40), aps um curto perodo a partir do trmino da exposio (PN44/45) ou na vida adulta (PN69/70). A exposio ao estresse promoveu menor ganho de massa corporal durante a adolescncia, sendo o consumo de nicotina incapaz de alterar este parmetro. Alm disso, o estresse no afetou o consumo da soluo de nicotina. Nosso modelo no foi capaz de alterar os parmetros de ansiedade avaliados pelo teste do LCE. Entretanto, a exposio de estresse em concomitncia com nicotina gerou hiperatividade ao final do perodo de exposio em ambos os sexos. Na avaliao do TS e do FST observamos alteraes significativas somente aps perodo de retirada. Aps um curto perodo de abstinncia pela nicotina, fmeas apresentaram aumento do comportamento associado depressão, tendo este efeito sido revertido pela exposio concomitante ao estresse. De forma contrria, na mesma idade, somente a exposio combinada promoveu aumento do comportamento associado depressão em machos. Alm disso, nossos resultados sugerem um aumento de sociabilidade no grupo submetido a exposio combinada aps longo perodo de interrupo da exposio durante a vida adulta. O presente trabalho fornece evidncias experimentais que indicam que nicotina e estresse interagem durante a adolescncia resultando em alteraes na resposta emocional durante o perodo de exposio e tardiamente, aps a sua interrupo causando alteraes que perduram at o incio da vida adulta.

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O objetivo central deste estudo examinar as novas formas de subjetivao e de mal-estar engendradas pelas exigncias da sociedade do trabalho no contexto do capitalismo contemporneo. A emergncia de uma nova e perversa forma de sociabilidade e de uma subjetividade ligada a ela est intrinsecamente associada s transformaes estruturais da sociedade capitalista e suas atuais condies da acumulao de capital. Considerando o carter social e histrico da sociedade capitalista, do sujeito e da subjetividade, o foco deste trabalho deve ser o sujeito interpelado pela ideologia, clivado pelo inconsciente e individualizado pelo mercado. Busco, portanto, articular pontos tericos entre os conceitos de ideologia, fetiche e inconsciente referenciados no materialismo histrico e na psicanlise. Ao apresentar o Capital como droga e o Trabalho como vicio, pretende-se de forma alegrica desvelar os impasses e sintomas de um sistema em crise que, apesar das sucessivas tentativas de recuperao, colapsa historicamente, levando sua dinmica perversa aos limites do insuportvel. Ao subordinar a reproduo da vida ao trabalho assalariado, ao mesmo tempo em que para se reproduzir tem sistematicamente de aboli-lo, o capitalismo engendra, na sua crise estrutural, uma das mais sofisticadas formas de dominao, sujeio e explorao: a utilizao dos componentes do psiquismo e da subjetivao em nome dos interesses da ordem mercantil. No mundo globalizado pelo mercado, vem aumentando o uso de drogas lcitas, fruto ou no de prescrio mdica, como um recurso para inibir todo tipo de mal-estar e impasse psquico ou reaes indesejveis que possam comprometer a adequao dos indivduos aos padres da produtividade, a permanncia no ambiente de trabalho, bem como o enfrentamento de conflitos e frustraes inerentes condio humana. Essa manipulao qumica da subjetividade potencializa-se na atualidade, expandindo globalmente a drogadico, no sentido amplo do termo, privando o sujeito da capacidade de pensar. Ela aponta tambm para as impossibilidades de o sujeito desenvolver suas faculdades ativas e criativas, assim como o dilogo com o outro, o que nos conduz cada vez mais a atitudes de intolerncia e violncia ou estados compulsivos e depressivos. Ao contrrio do que o capitalismo podia propiciar em seu perodo de ascenso, os modos de incluso imaginria engendrados pelo capitalismo ps-moderno esto baseados no consumo conspcuo e no gozo imediato, implicando novos contornos para o sofrimento psquico, agora marcado por transtornos narcsico-identitrios e sadas no-representacionais. A partir dessa reflexo, busco a crtica do conceito de sujeito configurado pelo trabalho e pelo psicologismo, que tem contribudo para prticas legitimadoras de excluso no interior da prpria psicologia. Esta crtica representa um compromisso tico-poltico pela desalienao do sujeito e pela superao do capitalismo, aqui entendido como um sistema que produz mercadorias e viciados em drogas.

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A fibromialgia uma sndrome reumtica que atinge cerca de 2% da populao brasileira, sendo 90% dos pacientes do gnero feminino. Os principais sintomas so dor crnica generalizada, depressão, desnimo e fadiga acentuada, provocando dificuldades sociais e afetivas cotidianas. Objetivo: O objetivo principal deste estudo foi apreender e interpretar sentidos e significados que mulheres com fibromialgia atribuem s prticas teraputicas corporais realizadas no Projeto de Extenso: Tratamento Multidisciplinar para Pacientes Portadores de Fibromialgia realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Todas as mulheres foram diagnosticadas em ambulatrios pblicos e privados e depois se inscreveram voluntariamente no tratamento gratuito disponibilizado. Nossa principal hiptese de estudo procura relacionar o adoecimento dessas mulheres com o regime social de trabalho, que aumenta o sofrimento e, por conseguinte, provoca somatizao do mal-estar gerado. Mtodos: Trata-se de um estudo socioantropolgico com campo etnogrfico, no qual foram observadas as prticas corporais semanais nos anos 2009-2010. Tambm foram realizadas fotografias e entrevistas em profundidade com todas as mulheres que participavam regularmente das prticas corporais. De igual modo, realizamos entrevistas por computador e por telefone com mulheres diagnosticadas por fibromialgia em diversas cidades brasileiras. Resultados: Foi possvel compreender que estar em um local onde podem se relacionar com outras pessoas com os mesmos sinais e sintomas e que compartilhar situaes de sofrimento semelhantes contribui para construo de uma identidade de grupo baseada no cuidado e no acolhimento. Assim, elas constroem coletivamente valores de cuidado com o corpo e com a sade. Concluses: A participao assdua no tratamento oferecido aumenta a qualidade de vida e a vitalidade de mulheres com fibromialgia, contribuindo para a promoo da sade no apenas na sua dimenso fsico-orgnica, mas em sua totalidade scio-afetiva.

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O transtorno depressivo (TD) um fator de risco cardiovascular independente que apresenta elevada morbi-mortalidade. Recentes evidncias sugerem a participao do xido ntrico (NO), potente vasodilatador e anti-agregante plaquetrio, na patognese de doenas cardiovasculares e psiquitricas. A sntese do NO ocorre atravs da converso do aminocido L-arginina em L-citrulina e NO, pela ao da enzima NO sintase (NOS). Esta tese aborda o papel da via L-arginina-NO em plaquetas de pacientes com TD e sua associao com a funo plaquetria e estresse oxidativo. Para anlise comportamental da depressão em modelo animal, foi utilizado o modelo de estresse ps-natal de separao nica (SMU). Os animais foram divididos em quatro grupos para a realizao do estudo: Grupo Controle Sedentrio (GCS), Grupo Controle Exerccio (GCE), Grupo SMU Sedentrio (SMUS) e Grupo SMU Exerccio (SMUE). O treinamento fsico (TF) dos animais englobou 8 semanas, com durao de 30 minutos e uma velocidade de treinamento estabelecida pelo teste mximo (TE). Para o estudo em humanos, 10 pacientes com TD com score Hamilton: 201, (mdia de idade: 384anos), foram pareados com 10 indivduos saudveis (mdia de idade: 383anos). Os estudos em humanos e animais foram aprovados pelos Comits de tica: 1436 - CEP/HUPE e CEUA/047/2010, respectivamente. Foi mensurado em humanos e em animais: transporte de L-arginina, concentrao GMPc, atividade das enzimas NOS e superxido dismutase (SOD) em plaquetas e cortisol sistmico. Experimentos realizados somente em humanos: expresso das enzimas NOS, arginase e guanilato ciclase atravs de Western Blotting. A agregao plaquetria foi induzida por colgeno e foi realizada anlise sistmica de protena C-reativa, fibrinognio e L-arginina. Para o tratamento estatstico utilizou-se trs testes estatsticos para avaliar as diferenas das curvas de sobrevida: Kaplan-Meier, e os testes de Tarone-Ware e Peto-Prentice. Em humanos, houve uma reduo do transporte de L-arginina, da atividade das enzimas NOS e SOD, e da concentrao de GMPc em plaquetas, e nas concentraes plasmticas de L-arginina no grupo com TD em relao ao grupo controle. Foi observado um aumento dos nveis plasmticos de fibrinognio no TD. Esses resultados demonstram uma inibio da via L-arginina-NO-GMPc e da enzima anti-oxidante SOD em pacientes com TD sem afetar a funo plaquetria. Em relao ao TF, para o modelo animal, foram encontradas alteraes iniciais quanto distncia percorrida e tempo de execuo do TE entre os grupos controles e o grupos SMUs, apresentando estes ltimos menores valores para o TE. Aps 8 semanas de TF, verificou-se um maior influxo no transporte de L-arginina para o SMUE em comparao ao grupo SMUS. As diferenas observadas para o tempo e a distncia percorrida no TE inicial entre os grupos controle e no modelo de estresse foram revertidas aps as 8 semanas de TF, demonstrando o efeito benfico do exerccio fsico na capacidade cardiorespiratria em modelos de depressão.

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Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, visando uma anlise das condies de trabalho em unidades intensivas de um hospital universitrio no municpio do Rio de Janeiro. Foi definido como objeto de estudo a percepo dos trabalhadores de enfermagem sobre os riscos ocupacionais e os problemas de sade inerentes s condies de trabalho em unidades intensivas e como problema de pesquisa: quais os riscos ocupacionais e problemas de sade relacionados s condies de trabalho, percebidos pelos trabalhadores de enfermagem, em unidades intensivas de um hospital universitrio? O objetivo geral foi estudar nas unidades intensivas os riscos ocupacionais e problemas de sade da equipe de enfermagem e sua relao com condies de trabalho, a partir da percepo dos mesmos. Os objetivos especficos traados foram: identificar as caractersticas pessoais e profissionais dos trabalhadores de enfermagem de unidades intensivas; descrever os fatores de risco do ambiente de trabalho percebidos pelos trabalhadores de enfermagem; levantar os problemas de sade percebidos pelos trabalhadores e sua relao com o trabalho; analisar a associao entre os problemas de sade percebidos pelos trabalhadores de enfermagem e as condies do trabalho em unidades intensivas. Participaram da pesquisa 125 profissionais de enfermagem de quatro unidades intensivas do Hospital Universitrio (HU) entre Maio e Julho de 2009. A predominncia foi de profissionais do sexo feminino, com idade acima dos 40 anos, com mais de um vnculo empregatcio e trabalhando no HU h mais de 10 anos. Os riscos ocupacionais mais percebidos pelos trabalhadores foram os ergonmicos, seguido dos biolgicos, de acidentes, fsicos e qumicos. Os problemas de sade mais frequentes foram varizes, problemas oculares, lombalgias, estresse e depressão, transtornos do sono, leses de coluna vertebral, dores de cabea, mudanas no humor, dores musculares crnicas e hipertenso arterial. Pela associao entre riscos ocupacionais e problemas de sade, conclui-se que os trabalhadores expostos a fatores de riscos ergonmicos e fsicos tm maior probabilidade de adquirir problemas de sade osteoarticulares e circulatrios (varizes). Diante dos dados desta pesquisa faz-se necessrio aprofundamento da investigao sobre os fatores de riscos encontrados e possveis medidas para minimiz-los, mediante novos estudos. Como recomendaes destacam-se a criao de um espao de discusso entre os gerentes e trabalhadores para a elaborao de um programa que vise a promoo e proteo da sade do trabalhador de enfermagem de unidades intensivas; implementao de medidas de controle especficas para cada tipo de risco evidenciado e a criao de um Comit de Ergonomia para operacionalizar a implementao das melhorias no HU, a fim de consolidar as transformaes esperadas.

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Trata-se de um estudo fundamentado na Epidemiologia, do tipo quantitativo, no-experimental, transversal apoiado na estatstica descritiva e inferencial, baseado no seguinte problema de estudo: qual a associao entre problemas de sade e riscos ocupacionais a partir da percepo dos trabalhadores de enfermagem da maternidade de um hospital universitrio? Teve como objetivo estudar os problemas de sade dos trabalhadores de enfermagem e sua associao com o trabalho, a partir de suas percepes. Foi desenvolvido em uma maternidade de um hospital universitrio do estado do Rio de Janeiro, com uma amostra constituda por 60 trabalhadores de enfermagem, em 2009. Utilizou-se para coleta de dados um questionrio de Boix e Vogel (1997) adaptado por Mauro (2009). Os dados foram analisados atravs do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) verso 12.0. Todos os tipos de risco foram discretamente apontados pelos participantes como existentes no campo de estudo com destaque para os riscos de acidente e mecnicos, riscos ergonmicos e as situaes de conflito e violncia. Os resultados configuram um ambiente de trabalhado que necessita de adequaes de naturezas diversas, para evitar conseqncias negativas na sade dos trabalhadores, visando a minimizao, controle ou eliminao dos referidos riscos. Em relao aos problemas de sade evidenciados, os que se destacaram foram a depressão, o estresse, os problemas oculares, a hipertenso, as varizes, os problemas respiratrios e as lombalgias. Recomenda-se instituio promover a melhoria das condies de trabalho, maior ateno sade dos trabalhadores e a efetivao de programas de promoo da sade.

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Esta dissertao pretende estimar a prevalncia de sintomas depressivos em idosos segundo trs nveis de complexidade de ateno sade e estudar a co-ocorrncia de sintomas depressivos e incapacidade funcional. No Brasil, a transio demogrfica ocorreu de forma rpida e explosiva. medida que o nmero de idosos cresce ocorre o aumento da prevalncia de doenas crnicas e suas complicaes. A habilidade funcional pode ser vista como uma medida de resumo do impacto geral das condies mdicas no contexto do ambiente e do sistema de apoio social do indivduo, e deve ser uma considerao importante em qualquer planejamento de sade. Uma enfermidade associada a elevado grau de incapacidade funcional a depressão. Entre os agravos de sade mental, a depressão um dos mais comuns e importantes problemas psiquitricos entre indivduos idosos. Trata-se de estudo transversal com tamanho amostral de 643 idosos com idade de 65 ou mais anos selecionados aleatoriamente e usurios de trs servios pblicos de sade com nveis crescentes de complexidade (primrio, secundrio e tercirio). A prevalncia de sintomas depressivos foi estimada a partir da EDG-15, j traduzida e validada para uso no Brasil. O nvel de estado funcional foi definido conforme os escores dos instrumentos SF-36 e HAQ. A prevalncia de sintomas depressivos na amostra total foi de 45,2% (IC=41,1 49,3). Estratificando por unidade, a prevalncia foi de 35,3% no nvel primrio, 47,6% no nvel secundrio e 51,7% no nvel tercirio (p=0,004). As prevalncias encontradas foram altas nos trs nveis de complexidade de atendimento, inclusive na populao de idosos da unidade bsica de sade, apesar de serem idosos mais independentes e mais saudveis. A prevalncia geral de sintomas depressivos aumentou medida que o grau de incapacidade funcional tambm aumentou. A busca ativa por idosos com sintomas depressivos importante em todos os nveis de complexidade de atendimento do sistema de sade.

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A autoavaliao do estado de sade (AAS) um indicador de sade amplamente utilizado e influenciado por uma grande variedade de fatores. Em particular, existem evidncias crescentes de que a discriminao racial um importante fator de risco para eventos mrbidos em sade e seu impacto na sade da populao brasileira ainda pouco explorado. No primeiro artigo, o objetivo principal investigar a associao entre AAS e fatores sociodemogrficos, comportamentais e de morbidade. No segundo artigo, o objetivo estimar a associao entre discriminao racial e diferentes desfechos em sade, a saber, AAS, morbidade fsica e depressão ajustando por variveis sociodemogrficas, comportamentos relacionados sade e ndice de Massa Corporal, na populao de pretos e pardos. O presente estudo possui delineamento seccional, baseado nos dados do inqurito de abrangncia nacional Pesquisa Dimenso Social das Desigualdades. Os entrevistados responderam a questionrios estruturados e suas medidas antropomtricas foram aferidas. No primeiro artigo, foram avaliados 12.324 indivduos, entre chefes de famlia e cnjuges, com idade maior ou igual a 20 anos. No segundo artigo, foram avaliados 3.863 chefes de famlia que responderam a pergunta sobre discriminao racial e que se classificaram como pretos e pardos. AAS foi avaliada por meio de pergunta obtida do instrumento de qualidade de vida SF-36 e, para o primeiro artigo, foi analisada de forma dicotmica em AAS boa (categorias de resposta excelente, muito boa e boa) e AAS ruim (categorias de resposta razovel e ruim). No segundo artigo, esse desfecho foi analisado utilizando-se as 5 categorias de resposta. As anlises foram realizadas utilizando-se modelos de regresso logstica uni e multivariados, para dados binrios (artigo 1) ou ordinais (artigo 2). Os resultados foram apresentados na forma de Odds Ratios com os respectivos intervalos de 95% de confiana. Maior faixa etria, analfabetismo, tabagismo, obesidade e doenas crnicas estiveram associados a maior chance de AAS ruim. Para cada incremento na faixa de renda, observou-se uma reduo de 20% na chance de relatar AAS ruim. Atividade fsica esteve associada a menor chance de AAS ruim. No segundo artigo, exposio discriminao racial esteve associada com aumento na chance de relato de pior AAS, de morbidade fsica e de depressão. O presente estudo identificou a influncia de diversos fatores sociais, demogrficos, comportamentos relacionados sade e morbidade fsica na AAS. O estudo demonstrou ainda que a discriminao racial est associada negativamente aos trs desfechos em sade avaliados (AAS, morbidade fsica e depressão). Esses resultados podem traar um perfil de subgrupos populacionais mais vulnerveis, ou seja, com maior risco de contrair doenas ou de procurar o servio de sade por uma doena j existente, auxiliando na definio de populaes-alvo para o adequado planejamento de polticas e de programas de promoo de sade.

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Os Transtornos Mentais Comuns (TMC), especialmente ansiedade e depressão, so altamente prevalentes, independentemente das dificuldades com a sua classificao. Na Ateno Primria Sade (APS), representada no Brasil pela Estratgia de Sade da Famlia (ESF), essas condies so pouco detectadas e tratadas, o que resulta em sobrecarga para pacientes, famlias e comunidades, alm de prejuzos sociais e econmicos. Tal situao pode ser atenuada integrando-se cuidados de sade mental ateno bsica. Nesse sentido, objetivou-se identificar e analisar as intervenes psicossociais voltadas para o cuidado do sofrimento psquico e dos TMC atualmente empregadas na APS, no Brasil e no exterior. Para isso, foi realizada uma reviso bibliogrfica da literatura nacional e internacional atravs das bases de dados MEDLINE/PubMed e LILACS/BVS. As intervenes identificadas foram reunidas em dois grupos. No primeiro, incluram-se as intervenes com formato tradicional em que um profissional graduado conduz o tratamento presencialmente, enquanto no segundo grupo foram alocados os arranjos diferenciados em que o contato com o profissional reduzido e seu papel mais o de facilitar do que de liderar o tratamento, tal como nas intervenes com o uso de mo de obra leiga em sade, suporte ao autocuidado, e sistemas automatizados ou pacotes de tratamento informatizados oferecidos via internet. Teoricamente, Terapia Interpessoal, Terapia Cognitivo-comportamental e Terapia de Soluo de Problemas embasaram as intervenes. Na APS internacional, as intervenes so breves e bastante estruturadas, incluindo um plano de ao definido em um manual de aplicao. Na Estratgia de Sade da Famlia destacaram-se as intervenes grupais e a Terapia Comunitria, modelo especialmente desenvolvido por brasileiros. Verificou-se que os TMC ganham visibilidade medida que a APS se consolida no territrio e prxima populao. No exterior, a integrao da sade mental na APS um processo em consolidao e h crescente tecnificao das intervenes psicossociais, enquanto, no Brasil, a aproximao da APS com a ESF recente e no h um padro de atuao consolidado. Resultados insuficientes ou controversos impediram concluir quais so as melhores intervenes, porm a alta prevalncia dos TMC e o potencial de cuidado do setor da APS exigem que as pesquisas continuem.

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Trata-se de um estudo quantitativo, com abordagem descritiva e comparativa, que objetivou verificar a influncia da consulta de enfermagem gerontolgica no nvel de adeso teraputica dos clientes com doenas crnicas no-transmissveis, acompanhados num ambulatrio especializado. Como objetivo especfico, buscou-se comparar o nvel de adeso teraputica, perfil sociodemografico e clnico entre o grupo de clientes acompanhados na consulta de enfermagem e o grupo dos no acompanhados. Este foi motivado pela prxis da autora em consultas gerontolgica, onde foram percebidos obstculos enfrentados por muitos clientes com adeso inadequada ao tratamento, acarretando dificuldades no controle de suas doenas, fato este ratificado pela literatura. Os resultados evidenciaram similaridade entre os perfis sociodemogrficos, com prevalncia de sexo feminino, baixa escolaridade e renda. O perfil clnico revelou, em ambos os grupos, alto ndice de hipertenso, diabetes e depressão, destacando-se esta ltima por ser desfavorvel ao comprometimento com o autocuidado. Por fim, verificou-se que os nveis de adeso teraputica ficaram majoritariamente dentro da faixa estabelecida como adeso ampla, sem diferena expressiva entre os grupos. relevante citar que, entre os acompanhados pela consulta de enfermagem, observou-se, um maior conhecimento sobre a doena em tratamento e suas manifestaes, maior acesso aos medicamentos e auto percepo de conhecimentos sobre efeitos colaterais. Constatando-se que, este ltimo achado, exerce grande influncia na adeso ao tratamento farmacolgico. Este desfecho reflete a importncia de uma assistncia sistematizada, embasada em uma teoria de enfermagem, que neste contexto, foi a teoria do autocuidado de Orem, utilizada previamente nas consultas de enfermagem do ambulatrio investigado. Os resultados corroboram o uso desta teoria, especialmente numa perspectiva educativa da assistncia ambulatorial. Diante disso, mister buscar novas abordagens de pesquisa, a fim continuar a investigao sobre as contribuies da enfermagem para uma melhor adeso teraputica dos clientes idosos. Finalmente, a autora espera cooperar para o aprimoramento cientfico nesta matria e para uma progressiva qualificao da assistncia de enfermagem na preveno e controle de agravos sade.