3 resultados para Vehicles by motive power.
em Universidade Metodista de São Paulo
Resumo:
Os ideais de liberdade exigiram do povo negro diferenciadas práticas para romper com o sistema escravista. Eram as rebeliões em navios, os atos de infanticídio, os justiçamentos dos feitores, as revoltas, além de participações em movimentos libertários e formações de quilombos. Dentre estas formas de organização, o quilombo foi fenômeno essencial nos mais de 300 anos de escravismo no Brasil. Em cada região existiam quilombos, pois para a população negra, cativa ou não, esse era o melhor meio de alcançar a liberdade, um meio coletivo para enfrentar o sistema. O Quilombo do Urubu representou a insistência em garantir a condição humana que o regime escravista negava, sobretudo às mulheres, aos homens e às crianças negras. Essa era uma força que saía de suas entranhas como grito de liberdade, configurada nas fugas em busca de um lugar que lhes assegurasse aproximação de uma vida digna e que pudessem orgulhar-sedo seu porte físico e da sua cultura. Todo esse desprendimento, além de uma força física, exigia um completo conhecimento histórico e espiritual, resguardado pela religiosidade que fortalecia seus espíritos para lutar contra toda negação de humanidade do século XIX no subúrbio da capital baiana. A líder Zeferina, inconformada com a exclusão social de seu povo negro, e entusiasmada pelo poder de herança de ancestralidade, pelo conhecimento de raiz da cultura matrilinear angolana, pelo profundo conhecimento histórico de resistência da rainha Nzinga Mbandi e pela tradição de quilombolas e guerreiras, viveu e lutou pelo sonho de liberdade. Hoje, a chama desse poder é mantida acesa na caminhada de celebração do 20 de novembro pela comunidade de Pirajá e arredores, enquanto referencial de resistência negra na luta contra as exclusões sociais vigentes.(AU)
Resumo:
O memóravel rei Salomão passou para a história como um sábio por excelência. Ainda na atualidade, a maioria das pessoas relaciona o seu nome com a sabedoria. Mas a partir do momento que passamos a ter conhecimento dos textos que se referem a Salomão, de como foram construídos e quais as ideologias ali presentes (tanto as favoráveis quanto as contrárias), surgem muitos questionamentos, em especial, quando se busca metodicamente dissociar a história da memória. Ao que parece a historiografia tradicional sobre Salomão, ainda encontra-se muito dependente da figura idealizada de Salomão. Resultado de uma construção feita desde a sua época, pelas mãos de seus escribas, como também em tempos posteriores, de acordo com os interesses de cada época. Concluí-se que a sabedoria de Salomão nada mais é do que uma construção ideológica. A partir dessa perspectiva, surge o desafio de buscar outra memória de Salomão, a fim de propor um caminho alternativo, que nos permita produzir uma nova historiografia a respeito de Salomão. Uma historiografia que não se firma na memória oficial , mas que siga na direção contrária, a partir das memórias dos que não se deixaram influenciar pela ideologia do poder. Dessa forma, poderemos alcançar a comprovação de nossa tese: a existência de duas memórias conflitantes a respeito de Salomão, dentro da Escola de Escribas da corte de Jerusalém no século X a.C. Infelizmente, as fontes disponíveis sobre esse assunto são realmente escassas, o que temos são textos, isto é, memórias sobre Salomão. Escolheu-se um texto crítico a Salomão. Trata-se de 1Rs 1-2, texto que pertence a chamada História da Sucessão de Davi, acreditando-se que a partir dele, consiga-se produzir uma historiografia diferente da historiografia tradicional. Concluímos que dentro da Escola de Escribas Salomônica existiam duas ideologias conflitantes. Os que eram a favor de Salomão, defendiam os interesses urbanos. Aqueles que pertenciam à escola anti-Salomônica e anti-Jerusalém, representavam os interesses dos camponeses explorados e oprimidos pelo poder.
Resumo:
Os ideais de liberdade exigiram do povo negro diferenciadas práticas para romper com o sistema escravista. Eram as rebeliões em navios, os atos de infanticídio, os justiçamentos dos feitores, as revoltas, além de participações em movimentos libertários e formações de quilombos. Dentre estas formas de organização, o quilombo foi fenômeno essencial nos mais de 300 anos de escravismo no Brasil. Em cada região existiam quilombos, pois para a população negra, cativa ou não, esse era o melhor meio de alcançar a liberdade, um meio coletivo para enfrentar o sistema. O Quilombo do Urubu representou a insistência em garantir a condição humana que o regime escravista negava, sobretudo às mulheres, aos homens e às crianças negras. Essa era uma força que saía de suas entranhas como grito de liberdade, configurada nas fugas em busca de um lugar que lhes assegurasse aproximação de uma vida digna e que pudessem orgulhar-sedo seu porte físico e da sua cultura. Todo esse desprendimento, além de uma força física, exigia um completo conhecimento histórico e espiritual, resguardado pela religiosidade que fortalecia seus espíritos para lutar contra toda negação de humanidade do século XIX no subúrbio da capital baiana. A líder Zeferina, inconformada com a exclusão social de seu povo negro, e entusiasmada pelo poder de herança de ancestralidade, pelo conhecimento de raiz da cultura matrilinear angolana, pelo profundo conhecimento histórico de resistência da rainha Nzinga Mbandi e pela tradição de quilombolas e guerreiras, viveu e lutou pelo sonho de liberdade. Hoje, a chama desse poder é mantida acesa na caminhada de celebração do 20 de novembro pela comunidade de Pirajá e arredores, enquanto referencial de resistência negra na luta contra as exclusões sociais vigentes.(AU)