9 resultados para População em Situação de Rua
em Universidade Metodista de São Paulo
Resumo:
Trata-se de uma pesquisa sobre O Trecheiro, jornal mensal produzido pela organizao no governamental Associao Rede Rua, que noticia informaes sobre a população em situação de rua. Lanado em 1991 com o objetivo de sistematizar e dar visibilidade s informaes sobre este segmento da sociedade, o jornal totalizou 170 publicaes em dezembro de 2008. Aborda questes relativas s polticas pblicas e as aes da sociedade civil direcionadas para este segmento da população. Tambm registra a histria de vida e a fraternidade entre as pessoas em situação de rua e de alguns grupos que esto ligados a esta realidade, como as igrejas e as entidades de assistncia social. O objetivo principal desta pesquisa resgatar a histria do jornal e compreender de que forma ele se constitui como jornalismo alternativo. Quanto aos procedimentos, esta pesquisa recorre s tcnicas da pesquisa bibliogrfica, documental e a anlise de contedo. Conclui-se que o jornal coloca a situação da rua em debate e serve de instrumento de reivindicao dos direitos de cidadania, estimulando a organizao e manifestao deste segmento da sociedade.(AU)
Resumo:
A população em situação de rua um fenmeno urbano, agravado na contemporaneidade por fatores de ordem social, econmica, cultural que agrupa pessoas independentemente da idade, etnia, grau de instruo e gnero, em situação de excluso social, impedidos renda e suprimento de suas necessidades vitais, culturais e sociais. Na condio de população sobrante, enfrenta obstculos ao desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, biolgicas e culturais; equidade de garantia de direitos civis, polticos e sociais; qualidade de vida em harmonia e bem-estar objetivo dos seres humanos; e ao exerccio pleno de sua cidadania. A Comunidade Metodista do Povo de Rua - CMPR encontrou o seu espao no incio da dcada de noventa, ao tempo em que a Prefeitura Municipal de So Paulo, na Legislatura da Prefeita Luza Erundina, promoveu, atravs da Secretaria Municipal de Bem-Estar social, o censo para conhecer quem era, como vivia e como era vista a população de rua na cidade de So Paulo. Neste contexto, a Igreja Metodista Coreana Ebenezer oferecia população uma assistncia dominical servindo po, caf com leite e achocolatado na regio do Parque Dom Pedro II. Sagrou-se a parceria para a criao da CMPR atravs do despertar do poder pblico e da participao da Igreja Metodista Coreana atravs do Caf do Coreano. Foi fundamental a disposio dos Bispos Nelson Campos Leite e Geoval Jacinto da Silva, ambos da Terceira Regio Eclesistica da Igreja Metodista, que iniciaram os trabalhos utilizando a instituio de carter filantrpico da Igreja Metodista, a AMAS Associao Metodista de Assistncia Social. Assim, com sede no Viaduto Pedroso e, por proximidade geogrfica, a CMPR vinculou-se a AMAS da Catedral Metodista de So Paulo, atuando em trs dimenses: (1) criao da Casa de Convivncia, (2) abrigamento no perodo do inverno; (3) Criao do albergue. O Plano de Ao elaborado pela CMPR que consagrou a criao do Albergue, data da transio 1994/95 e teve como base o Credo Social, o Plano para Vida e Misso da Igreja Metodista e o Plano de Ao encaminhado Prefeitura, luz da vertente social do movimento Metodista a partir de Joo Wesley, estabelecendo que o objetivo geral da CMPR fosse o resgate da cidadania das pessoas que constituem a população de rua. Nesta dimenso, a tese est estruturada em cinco captulos, inclusa pesquisa de campo que foi aplicada a funcionrios e ex-funcionrios da CMPR, com objetivo de reunir contedos para se analisar as aes pastorais da CMPR na perspectiva da Prxis religiosa, considerando a Prxis filosfica e educacional, a fim de perceber se as aes pastorais so aes criadoras, reflexivas, libertadoras e radicais, e se promovem por meio da CMPR o resgate da cidadania em população de rua na cidade de So Paulo.(AU)
Resumo:
A proposta do presente estudo verificar a ao pastoral da Igreja Catlica junto ao povo de rua da cidade de So Paulo, tendo como objetivo formar um conceito terico sobre a contribuio social da pastoral em um contexto urbano, a partir da ao de Entid ades de apoio ao povo de rua. A metodologia utilizada foi a bibliogrfica. As implicaes do estudo foram o direcionamento que a prxis pastoral est direcionada priorizao da superao e do reconhecimento da necessidade material e psicossocial de quem est morando na rua. A concretizao da prxis se d por meio de uma prtica interventora scio-politica, a qual visa a efetivao de medidas pblicas para uma demanda de pessoas que usam a rua como moradia. A ao pastoral contribui ao mostrar a ausncia de poltica pblica que dificulta o reconhecimento deste grupo social como pessoas capacitadas a produzir e pertencer a sociedade em geral. E, ao mesmo tempo em que aponta a lacuna exposta pelo poder pblico, o agir pastoral sinaliza alternativa para o reconhecimento de pessoas que moram na rua com parcerias entre entidades no governamentais e movimentos sociais, como o MST, sendo assim uma via de reinsero social, alm da promoo de Fruns para a criao de medidas pblicas com participao direta de pessoas que vivem na rua e albergues da cidade de So Paulo. Portanto, verifica-se uma prxis pastoral fundamentada por uma responsabilidade social dinamizada pela prtica de parceria participativa que envolva as diversas esferas sociais para efetivao concreta dos direitos sociais da pessoa em situação de rua que vive em reas urbana como a Cidade de So Paulo.
Resumo:
Um dos grandes desafios a serem enfrentados pelas cidades brasileiras a problemtica vivenciada pela população em situação de rua, cada vez mais numerosa nos centros urbanos. Essa população heterognea e complexa vem sendo cada vez mais, alvo de discusses que buscam compreend-la melhor, tentando quantific-la e descrev-la para delinear caminhos de interveno em sua situação-limite, que melhor contemple suas necessidades. As aes pastorais adotadas com a população em situação de rua nas cidades, por sua vez, geralmente tm privilegiado o proselitismo e o assistencialismo, que acabam por reproduzir os mecanismos que os excluem e os tornam sobrantes em todos os aspectos da vida, inclusive da prpria religio. Essa postura se explica por sua pastoral estar pautada no antigo paradigma de misso, no qual o assistido no tem voz e torna-se apenas um depositrio de assistncia e de dogmas. Na busca de uma ao pastoral alternativa, encontramos a Misso SAL, em Santo Andr, que realiza sua misso a partir da convivncia familiar com pessoas sobrantes dos centros urbanos, como aquela que pode revelar-se uma importante expresso do rosto da misso para eles. Assim, a presente dissertao se props a analisar a ao pastoral da Misso SAL a partir da seguinte pergunta norteadora: A ao pastoral adotada pela Misso Sal possui suas bases em uma metodologia da convivncia, que promova o dilogo, devolvendo a voz s pessoas sobrantes que acolhe, contribuindo para a construo de sua autonomia? A metodologia utilizada contou com dois momentos distintos. Iniciamos com a sistematizao de referencial bibliogrfico sobre a população em situação de rua, especialmente o que convencionamos chamar de sobrantes, bem como o contexto em que esta est inserida na contemporaneidade e a sistematizao da bibliografia sobre o referencial terico para uma avaliao crtica da metodologia de ao pastoral utilizada na Misso SAL. Em seguida nos detivemos ao estudo de caso, que teve como objeto a metodologia de ao pastoral da Misso SAL, em Santo Andr, que foi analisada a partir da observao participativa e de entrevistas no estruturadas com os moradores da casa. Essa dissertao est composta em trs captulos. O primeiro captulo buscou apresentar os sobrantes que fazem parte de um exrcito de excludos e marginalizados, que vivem em situação de rua nos centros urbanos, apontando sua relao com a cidade. O segundo captulo apresentou os resultados obtidos no estudo de caso da Misso SAL e, por fim, o terceiro captulo procurou apontar caminhos para uma metodologia da convivncia na ao pastoral para a população sobrante dos centros urbanos, como aquela que pode contribuir para a autonomia dessa população.
Resumo:
Mapeamento das dissertaes e teses referentes subrea da comunicao popular, alternativa e comunitria (CPAC) desenvolvidas nos Programas de Ps-Graduao em Comunicao stricto sensu no Brasil, de 1972 a 2012. Dentre os objetivos esto localizar as pesquisas; os autores; sua distribuio no tempo e espao; identificar as instituies e orientadores que impulsionam a subrea; definir as abordagens terico-metodolgicas; e apontar autores/conceitos referncia. Por meio de pesquisa exploratria e aplicao de quatro filtros, chegou-se a uma amostra final de 102 pesquisas, 87 dissertaes e 15 teses, submetidas anlise quantitativa, por meio de Anlise de Contedo a partir de partes pr-definidas (Resumo, Palavras chave, Introduo, Sumrio, Consideraes Finais e captulo metodolgico, quando presente), e a uma anlise qualitativa do contedo completo das 15 teses. O mtodo que orienta esta pesquisa o histrico dialtico, na perspectiva da busca de uma anlise de conjunto e atenta s contradies e mudanas que o objeto est implicado; e a pesquisa bibliogrfica que a fundamenta se ancora em autores como Jorge Gonzlez, Cicilia Peruzzo, Regina Festa, Pedro Gilberto Gomes, Gilberto Gimnez e Augusto Trivios e foi realizada com o apoio do software NVivo. Resultados quantitativos indicam: a) predominncia de pesquisas sobre comunicao comunitria (68%) b) predominncia de estudos empricos (79%); c) a variedade de denominaes atribudas s experincias pelos pesquisadores; d) a constante luta das classes populares por democratizao da comunicao e por direitos sociais ao longo dos anos; e) a influncia e importncia dos intelectuais orgnicos nas experincias estudadas, f) problemas metodolgicos; g) UMESP, USP e UFRJ como instituies protagonistas, e, h) Cicilia Peruzzo e Raquel Paiva como as que mais orientam teses e dissertaes sobre a temtica. Quanto anlise qualitativa verificaram-se alguns critrios que permeiam a CPAC: 1) a definio de classes subalternas; 2) a importncia da participao ativa das comunidades nos processos de comunicao; e 3) formas, contedos e objetivos que se complementam e do identidade s experincias
Resumo:
A ao reduzida do Estado brasileiro com relao ao atendimento das necessidades das crianas e adolescentes em situação de rua d espao para a atuao de novos atores sociais. Alguns destes tm como objetivo promover a cidadania do pas, como os participantes do terceiro setor: ONGs que enfrentam diversos obstculos para realizar suas misses. Dentre estes desafios encontra-se a gesto de pessoas. O presente trabalho prope a anlise da gesto de pessoas e a construo participativa de um modelo de competncias em uma Organizao No Governamental Projeto Meninos e Meninas de Rua, a partir da combinao das metodologias qualitativas de estudo de caso nico e pesquisa-ao, tendo como embasamento a Gesto Social. A pesquisa de campo foi desenvolvida por meio de diferentes fontes de evidncias: entrevistas, questionrios, observao, anlise de documentos e registros e artefatos fsicos, que permitiu a construo participativa de um modelo com cinco (5) competncias essenciais/institucionais: Diagnstico e Planejamento, Alinhamento Institucional, Comunicao, Resilincia e Defesa, Garantia e Promoo de Direitos, tendo como foco deste trabalho o olhar para os Educadores Sociais que atuam na instituio.
Resumo:
O municpio de Rio Grande da Serra est situado em uma regio Grande ABC paulista reconhecida nacionalmente por seu desenvolvimento econmico e industrial e pelas lutas polticas e sindicais. Paradoxalmente, se configura, social e territorialmente falando, por uma regio de periferia urbana. Resultado da forma como a urbanizao, na sociedade moderna, conforma o espao em regies centrais e perifricas. Localizado no caminho que ligava Santos Mogi das Cruzes (sculo XIX) povoado de Geribatiba decorrente das transformaes urbanas ocorridas em toda a regio, conquistaria, nos anos 1960, sua autonomia poltico-administrativa. Nas dcadas seguintes testemunhou intenso crescimento populacional, resultado do processo migratrio, principalmente de mineiros e nordestinos que tinham as cidades, e indstrias, de So Paulo e Grande ABC como destino. Esse deslocamento de pessoas, e as redes formadas em seu em torno, contribuiu para o desenvolvimento de seu campo religioso. Atualmente, com uma população, em torno, de 46 mil habitantes, possui aproximadamente 180 locais de cerimnias religiosas. Nesse contexto, a tese analisa a insero regional socioeconmica e religiosa de Rio Grande da Serra, a partir de dados comparativos com os demais municpios, e discute como o regionalismo tem contribudo para seu desenvolvimento econmico. Realiza a caracterizao das periferias urbanas, discutindo aspectos que lhes so inerentes, como segregao e vulnerabilidade social. Nesse sentido, a investigao possibilitou a identificao do perfil socioeconmico (renda e escolaridade) dos participantes dos grupos religiosos (catlicos, evanglicos, kardecistas e umbandistas), permitindo, tambm, identificar desigualdades sociais no interior de seu territrio, constatando que determinados bairros so mais vulnerveis do que outros. Considerando que esse estudo examina a capacidade das redes sociais e religiosas, de aumentar o capital social de seus participantes, foi realizado o mapeamento e etnografia das diversas prticas associativas, mais ou menos formais e estruturadas, de forma a analisar os elementos materiais e simblicos por elas produzidos. Constatou-se, apoiado na aplicao de questionrios, entrevistas e observao participativa, que, a partir do habitus religioso de cada grupo, as redes possibilitam no mbito econmico questes como emprego e renda ou auxlio em necessidades bsicas de sobrevivncia, atravs de campanhas e trabalhos sociais. No mbito simblico, as redes propiciam questes importantes existncia humana, como a crena na salvao ou evoluo da alma, socializao, autoestima, prestgio ou ainda a expectativa de cura ou tratamento de dependncia qumica. Pde-se aferir que, a despeito das diferentes formas como cada grupo, e seus participantes, se apropriam do capital social, as redes sociais e religiosas, no municpio, funcionam como redes de proteo, especialmente população em situação alta de vulnerabilidade social.
Resumo:
Este trabalho estuda a participao da Igreja Metodista no Projeto Meninos e Meninas de Rua da cidade de So Bernardo do Campo, desde a sua fundao em 1983, at 1993, quando este experimentou o distanciamento daquela instituio religiosa. Analisa a contribuio da Igreja Metodista, de suas instituies e seus agentes pastorais no cuidado das crianas e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Leva em considerao o contexto social e poltico vivenciado em nvel nacional, na Regio do Grande ABC e na cidade de So Bernardo do Campo, bem como na Igreja Metodista, no final da dcada de 1970 e incio da dcada de 1980. O estudo apoia-se em pesquisa documental e em entrevistas com lideranas religiosas, agentes de pastoral e pessoas que foram atendidas pelo PMMR.
Resumo:
O presente estudo teve por objetivos, investigar a presena de ansiedade em executivos aps a quebra de vnculo empregatcio; identificar as principais estratgias de enfrentamento utilizadas por esses sujeitos; e relacionar a influncia do nvel de ansiedade no enfrentamento da situação de desemprego. Participaram 35 sujeitos, de 35 a 56 anos, sendo 27 homens e oito mulheres, desempregados h mais de um (1) ms e em processo de recolocao em uma consultoria em So Paulo. Utilizou-se o Inventrio de Ansiedade Trao-Estado e a Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas EMEP. Os dados foram submetidos ao Statistical Package for the Social Science (SPSS), verso 13.0 para Windows. Os resultados indicaram que o grau de ansiedade encontrava-se dentro da mdia esperada e houve correlao positiva significativa entre Ansiedade-Trao e Estado o que esperado, pois quanto maior o trao ansioso maior ser o estado, para essa população. Quanto ao enfrentamento e grau de ansiedade, houve correlao negativa entre ansiedadeestado e o uso de estratgias de enfrentamento focalizadas no problema, ou seja, quanto mais ansiedade, menos os sujeitos orientam-se para resolver problemas; sendo o contrrio verdadeiro, pois existiu correlao positiva entre ansiedade-estado e estratgias focalizadas nas emoes desagradveis, indicando que quanto maior o estado ansioso mais os sujeitos se utilizam estratgias que inibem aes habilidosas e adaptativas. Enfrentamentos baseados em prticas religiosas e pensamentos fantasiosos tambm estiveram correlacionados com estratgias focalizadas na emoo (sentimentos negativos) podendo sugerir carter adaptativo menos eficaz. As correlaes entre as estratgias de enfrentamento baseadas na emoo e idade mostraram-se negativas, principalmente para sujeitos mais velhos. No foi encontrada correlao entre desemprego e ansiedade, porm quanto maior tempo de desemprego, menor a utilizao de prticas religiosas ou pensamento fantasioso. A anlise de confiabilidade do instrumento para esse estudo, atravs do Alpha de Cronbach foi 0,79; a anlise de varincia (Anova) entre os fatores de enfrentamento e sexo indicou uma diferena significativa para os fatores de enfrentamento focalizados na emoo e religiosidade/ pensamento fantasioso (p < 0,05). Concluiu-se que a varivel ansiedade presente quando relacionada ao enfrentamento focalizado na emoo e busca de prticas religiosas ou pensamento fantasioso entre sujeitos em situação de desemprego; fato que sugere dificuldades de equilbrio adaptativo. Sugerem-se outros estudos com amostras maiores e que possam verificar com mais preciso a relao entre tempo de desemprego, sexo, faixa etria e dados do agrupamento familiar entre desempregados de cargos de gerncia ou altos executivos