6 resultados para O Tico-Tico (Revista) História

em Universidade Metodista de São Paulo


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Estudo sobre o Hip Hop como processo comunicacional e sociabilidade entre jovens indgenas de Dourados, Mato Grosso do Sul, para verificar quais os principais objetivos da prtica do movimento Hip Hop, compreender se serve como comunicao, contribui para o fortalecimento da lngua guarani ou gera novas tenses sociais na reserva. Para tanto, foi analisado aspectos histricos do movimento, passando pelos Estudos Culturais, e como Movimento Social, dando incio discusso de uma voz alternativa por meio do Hip Hop. Do ponto de vista metodolgico, trata-se de um de estudo de caso, com representantes dos grupos de jovens Br Mc's e Jovens Conscientes, das reservas Jaguapir e Boror, das etnias Guarani-Kaiow de Dourados (MS). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas junto a jovens que participaram das oficinas de hip hop, das lideranas indgenas e professores. A investigao complementada pela pesquisa bibliogrfica, documental e anlises das letras de rap em confrontao com as vises da imprensa, a partir da anlise dos jornais Dirio MS e O Progresso. Os resultados apontam que os jovens se apropriam de uma cultura global para transformar o ambiente local com objetivo de preservar a lngua guarani, uma alternativa para o conhecimento, logo para no seguirem caminhos como o das drogas. Negociando falas sobre sua realidade, dentro e fora da reserva, j que nos meios de comunicao locais h pouco espao para a voz dos indgenas e dentro da reserva ainda h contestao do movimento em um contexto poltico, na tentativa de atingir uma cultura pura, devido preocupao dos mais velhos com a perda de territrio.

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Nas dcadas de 1970 e 1980 houve a ecloso de experincias comunicacionais populares, em todo Brasil, com vasta produo de materiais, especialmente arquivados pelos centros de documentao. Em sua maioria, criados e financiados por setores progressistas da Igreja Catlica e Protestante. Entre eles, o Centro de Pastoral Vergueiro (CPV) e o Centro de Comunicao e Educao Popular de So Miguel Paulista (CEMI) que tambm tiveram importante papel na construo e preservao da memria das lutas populares no perodo de reorganizao social, no contexto de distenso da ditadura militar. No entanto, tais acervos esto em iminente risco, por falta de investimento e vontade poltica. O que seria um prejuzo histrico e cientfico para movimentos sociais atuais e pesquisa acadmica. O objetivo do estudo identificar a que se deve este desinteresse. A abordagem se d pelo mtodo da história oral e como tcnicas de investigao adotamos a pesquisa bibliogrfica, documental e a pesquisa de campo, por meio da entrevista em profundidade. A falta de uma poltica pblica que garanta a preservao dos documentos sinal de que no Brasil predomina uma cultura que no privilegia a memria, sobretudo das camadas empobrecidas da populao. Alm do que, a memria pode ser subversiva. Afinal tais documentos expressam a fora da participao popular no processo de transformao social e podem despertar novas aes, o que no interessa aos grupos que esto no poder.

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Esta pesquisa procura entender o pensamento de Agostinho de Hipona e de Martinho Lutero, especificamente, no que concerne a suas obras que abordam a temtica da tica e da poltica. Particularmente, a compreenso das metforas da Cidade de Deus e Cidade dos Homens em Agostinho, e a recepo e ressignifio efetuada por Lutero e a construo de suas metforas dos Dois Reinos, ou Dois Regimentos, foco central desta dissertao. Para tal, ser usa-da a concepo do filsofo contemporneo Paul Ricoeur e seu entendimento do papel da metfora. Para articular estas ideias ser necessrio pensar e expor as ideias agostinianas sobre sua Teologia da História. Aps este momento, estuda-se duas doutrinas que so fundamentais para o pensamento teolgico do refor-mador alemo: a questo sobre a Justificao pela F e a integrao com as Bo-as Obras. O estudo do pensamento destes autores ter como objetivo dialogar dois pensadores cristos que continuam sendo usados at os dias atuais pelas igrejas, buscando perceber as oportunidades e limitaes que suas reflexes podem trazer para a prtica da igreja atual. Para que ela seja atuante e relevante para a construo de uma sociedade mais justa, fraterna e marcada pe-los valores de Cristo, tendo o amor como sua base sustentadora.

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Essa pesquisa objetiva a anlise da relao entre religio e poltica, em perspectiva de gnero considerando a atuao de parlamentares evanglicos/as na 54 Legislatura (de 2011 a 2014) e a forma de interveno desses atores no espao poltico brasileiro quanto promulgao de leis e ao desenvolvimento de polticas pblicas que contemplem, dentre outras, a regulamentao do aborto, a criminalizao da homofobia, a unio estvel entre pessoas do mesmo sexo e os desafios oriundos dessa posio para o Estado Brasileiro que se posiciona como laico. Ora, se laico remete ideia de neutralidade estatal em matria religiosa, legislar legitimado por determinados princpios fundamentados em doutrinas religiosas, pode sugerir a supresso da liberdade e da igualdade, o no reconhecimento da diversidade e da pluralidade e a ausncia de limites entre os interesses pblicos / coletivos e privados / particulares. Os procedimentos metodolgicos para o desenvolvimento dessa pesquisa fundamentam-se na anlise e interpretao bibliogrfica visando estabelecer a relao entre religio e poltica, a conceituao, qualificao e tipificao do fenmeno da laicidade; levantamento documental; anlise dos discursos de parlamentares evanglicos/as divulgados pela mdia, proferidos no plenrio e adotados para embasar projetos de leis; pesquisa qualitativa com a realizao de entrevistas e observaes das posturas pblicas adotadas pelos/as parlamentares integrantes da Frente Parlamentar Evanglica - FPE. Porquanto, os postulados das Cincias da Religio devidamente correlacionados com a interpretao do conjunto de dados obtidos no campo de pesquisa podem identificar o lugar do religioso na sociedade de forma interativa com as interfaces da laicidade visando aprofundar a compreenso sobre a democracia, sobre o lugar da religio nas sociedades contemporneas e sobre os direitos difusos, coletivos e individuais das pessoas.

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A presente pesquisa analisou a posio e ao poltica nas Assembleias de Deus do Brasil nos perodos 1930-1945 e 1978-1988. Defendemos a tese de que desde 1930 h no interior do pentecostalismo brasileiro posies e intervenes no mundo da poltica. Tanto no perodo de 1930-1945 como o de 1978-1988 nossas anlises sero realizadas a partir das temporalidades discutidas por Giorgio Agamben: chronos, ain e kairos. No que diz respeito ao primeiro perodo 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatolgico do pentecostalismo a processos de alienao e no envolvimento com a poltica partidria. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatolgicas no foram causa de certo afastamento da esfera pblica brasileira, mas sim efeito de processos de excluso aos quais homens e mulheres de pertena pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotncia. J no segundo perodo, de 1978-1988, a posio e a ao poltica que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopoltica. Chamamos de captulo intermedrio ou de transio o perodo correspondente s datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da poltica brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa anlise a partir de artigos publicados no rgo oficial de comunicao da denominao religiosa em questo, o jornal Mensageiro da Paz. Esse peridico circula desde 1930. Alm dos artigos, destacamos tambm as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que o incio de nossa pesquisa, h posio e ao poltica nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hiptese de que no perodo 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotncia. Se a biopoltica o poder sobre a vida, a biopotncia o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contriburam para que nos espaos marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperao; eram tambm espaos de criao de outras narrativas e de crtica a modelos hegemnicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos.

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A presente dissertao analisa como o Partido Social Cristo (PSC), ao longo do tempo, se apropriou da identidade religiosa de seus atores polticos que na sua maioria so membros da Frente Parlamentar Evanglica, os quais defendem no espao pblico a famlia tradicional, em detrimento da pluralidade de arranjos familiares na contemporaneidade. Para explicitar o objeto - famlia tradicional e PSC -, foi necessrio retroceder no tempo e investigar na historiografia os primrdios da insero dos evanglicos na poltica brasileira. Em vista disso, analisamos a participao dos evanglicos nos respectivos perodos do Brasil: Colnia, Imprio e Repblica. A dificuldade da entrada de evanglicos na poltica partidria, dentre outros fatores, se deve influncia do catolicismo no Estado. Assim sendo, averiguamos em todas as Constituies (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988) o que a mesma diz no que tange a proibio e a liberdade religiosa no pas. Logo, verificamos entre as Eras Vargas e Repblica Populista, que ocorreu com intensidade a transio do apoliticismo para o politicismo entre os evanglicos brasileiros, porm, eles no recebiam o apoio formal de suas igrejas. Em seguida, a participao dos evanglicos na arena poltica durante a ditadura militar foi investigada com destaque para o posicionamento de vanguarda da IECLB, atravs do Manifesto de Curitiba e, tambm com a presena de parlamentares evanglicos no Congresso Nacional. A politizao pentecostal ressaltada em nosso trabalho, atravs do pioneirismo de Manoel de Mello e, depois na Redemocratizao quando as instituies evanglicas se organizaram para eleger seus candidatos Assembleia Nacional Constituinte. E, com o fim do regime militar, o PSC surge como partido nanico, contudo, deixa o anonimato e ganha visibilidade miditica quando o pastor e deputado, Marco Feliciano, assume a presidncia da Comisso de Direitos Humanos e Minorias, em 2013. Esse o pano de fundo histrico que projetou o PSC e seus atores no pleito de 2014 com o mote famlia tradicional.