9 resultados para Mulheres Artistas em Portugal no século XX

em Universidade Metodista de São Paulo


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Esta dissertação apresenta um estudo da Revista O Cruzeiro tendo como f oco principal os gêneros jornalísticos praticados por essa publicação ao longo dos 47 anos em que pertenceu a Assis Chateaubriand/ Diários Associados. Com dois objetivos principais, procurou-se identificar, primeiramente, os gêneros, formatos e tipos de textos jornalísticos presentes na revista entre 1928 e 1975, além de definir as peculiaridades do jornalismo informativo do periódico. Por outro lado, procurou-se descobrir quais as principais temáticas abordadas pela mesma. Ambos os esforços foram realizados com o intuito de definir o perfil de O Cruzeiro. O trabalho foi pautado em duas metodologias, a primeira, Análise Formal que foi utilizada, sobretudo, na identificação dos gêneros a partir da Teoria dos Gêneros Jornalísticos. A segunda metodologia foi a Análise de Conteúdo por Construção Iterativa utilizada no momento da identificação das temáticas. Ao final conclui-se que O Cruzeiro era predominantemente uma revista Opinativa e que seu jornalismo Informativo diverge do praticado hoje, quanto ao modelo de construção da notícia. No que concerne aos assuntos jornalísticos tratados, vemos que os temas relacionados ao ambiente social predominavam inicialmente, tendo a política ganho destaque ao longo dos anos. Por outro lado, sua marca registrada, as grandes reportagens fotográficas realizadas com temas inéditos como candomblé e manicômios, dentre outros, dão a essa publicação um destaque no cenário brasileiro, contribuindo para que a mesma permaneça até os dias atuais como uma das melhores revistas de todos os tempos.

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O trabalho tem a proposta de analisar os desdobramentos do teatro musical brasileiro desde a primeira encenação em território nacional de adaptações de espetáculos do Teatro de Revista, gênero originário da França, até as superproduções musicais realizadas nos últimos 16 anos de adaptações de espetáculos americanos. O panorama histórico e analítico será estudado, com ênfase no teatro musical que se utiliza de elementos midiatizados para estar inserido em uma sociedade em que a produção cultural é vista como internacionalizada e mercantilizada. Como forma de marketing, os produtores utilizam-se da notoriedade midiática presente em formatos estrangeiros já consagrados, adaptações renomadas e bem aceitas pelo público, além da fama de celebridades que são escaladas para os musicais. Tudo para a conquista de um patrocinador que, por sua vez, acaba fazendo exigências que interferem de maneira decisiva na montagem dos espetáculos. Em meio a um processo onde são tantos os direcionamentos pré-estabelecidos por patrocinadores, onde se encontra o genuíno teatro musical brasileiro? A pesquisa abrange o ineditismo da presença de temáticas nacionais em formatos estrangeiros e agrega o conjunto de fatores que possibilitam que um roteiro de musical saia do papel e adentre os palcos, tais como as políticas públicas de incentivos fiscais; a ligação de empresas patrocinadoras e suas marcas a musicais; o fato de que, mesmo as produções sendo pagas por dinheiro público, possuírem ingressos que não são a preços populares. Para auxiliar nas conjecturas a serem formadas, será utilizada uma metodologia histórico-descritiva com foco na relação do tema com elementos notórios na mídia, como os artistas e obras a serem adaptadas no palco.

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O jornalismo é um dos principais meios de oferta de temas para a discussão e formação da opinião pública, porém depende de um sistema técnico para ser transmitido. Durante mais de cem anos as informações produzidas pela imprensa foram emitidas, armazenadas, transmitidas e recebidas pelos chamados veículos de comunicação de massa que utilizam a rede centralizada cujas características estão na escassez material, produção em série e massificação. Esse sistema separa no tempo e no espaço emissores e receptores criando uma relação desigual de força em que as grandes empresas controlaram o fluxo informativo, definindo quais fatos seriam veiculados como notícia. Em 1995, a internet cuja informação circula sob a tecnologia da rede distribuída, foi apropriada pela sociedade, alterando a forma de produção, armazenamento e transmissão de informação. A tecnologia despertou a esperança de que esta ferramenta poderia proporcionar uma comunicação mais dialógica e democrática. Mas aos poucos pode-se perceber novas empresas se apropriando da tecnologia da rede distribuída sob a qual circula a internet, gerando um novo controle do fluxo informativo. Realizou-se nessa pesquisa um levantamento bibliográfico para estabelecer uma reflexão crítica dos diferentes intermediários entre fato e a notícia tanto da rede centralizada como na rede distribuída, objetivando despertar uma discussão que possa oferecer novas ideias para políticas, bem como alternativas para uma comunicação mais democrática e mais libertária.

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Esta pesquisa objetiva analisar o desenvolvimento da missão adventista na cidade de São Paulo em busca de um modelo missiológico para centros urbanos. São Paulo, uma das maiores metrópoles do mundo tem uma formação cultural plural, não apenas pelas forças atuantes da modernização, secularização, globalização e pós-modernidade. A composição da população da cidade possui uma gênese étnica plural. Além da matriz autóctone indígena, do colonizador branco europeu e dos escravos africanos, desde o início do século XIX chegaram outros imigrantes, europeus e asiáticos. Nas primeiras décadas do século XX, o Brasil foi o país que mais recebeu imigrantes em todo o mundo. Estima-se que nos anos de 1920, apenas um terço da população na cidade de São Paulo fosse de brasileiros, o restante era composto por imigrantes. A inserção do adventismo em São Paulo se deu por missionários imigrantes que trabalharam primeiro com outros imigrantes antes de evangelizar e desenvolver a missão adventista com os brasileiros nacionais. De alguma forma, esse início deixou marcas na missão adventista paulistana. São Paulo é hoje a cidade com o maior número total de adventistas no mundo e a única com Igrejas Adventistas étnicas que atendem cinco grupos étnicos distintos: japoneses, coreanos, judeus, árabes e bolivianos/peruanos. Esta pesquisa busca investigar a formação de uma sensibilidade cultural no adventismo paulistano que lhe permitiu dialogar com a pluralidade cultural da metrópole paulistana.

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A presente pesquisa analisou a posição e ação política nas Assembleias de Deus do Brasil nos períodos 1930-1945 e 1978-1988. Defendemos a tese de que desde 1930 há no interior do pentecostalismo brasileiro posições e intervenções no mundo da política. Tanto no período de 1930-1945 como o de 1978-1988 nossas análises serão realizadas a partir das temporalidades discutidas por Giorgio Agamben: chronos, aiôn e kairos. No que diz respeito ao primeiro período 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatológico do pentecostalismo a processos de alienação e não envolvimento com a política partidária. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatológicas não foram causa de certo afastamento da esfera pública brasileira, mas sim efeito de processos de exclusão aos quais homens e mulheres de pertença pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotência. Já no segundo período, de 1978-1988, a posição e a ação política que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopolítica. Chamamos de capítulo intermedário ou de transição o período correspondente às datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da política brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa análise a partir de artigos publicados no órgão oficial de comunicação da denominação religiosa em questão, o jornal Mensageiro da Paz. Esse periódico circula desde 1930. Além dos artigos, destacamos também as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que é o início de nossa pesquisa, há posição e ação política nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hipótese é de que no período 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotência. Se a biopolítica é o poder sobre a vida, a biopotência é o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contribuíram para que nos espaços marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperação; eram também espaços de criação de outras narrativas e de crítica a modelos hegemônicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos.

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A presente pesquisa se propõe a analisar o contexto histórico, político, social, econômico e ideológico em que surge a pedagogia crítica de Paulo Freire e posteriormente a Teologia da Libertação, visando encontrar influências deste peculiar contexto na gênese do pensamento freireano e nas concepções dos teólogos Rubem Alves e Gustavo Gutiérrez, que foram os primeiros publicar obras sobre Teologia da Libertação, corrente teológica considerada genuinamente latino-americana. Ainda procura observar em que medida as concepções pedagógicas de Freire podem ter sido acolhidas pelos teólogos Alves e Gutiérrez em suas obras aqui analisadas. Em ambos os pensamentos encontramos a visão de valorização do ser humano e de uma práxis que busca sua libertação de sistemas opressores. Tanto em Paulo Freire como nos fundamentos desta corrente teológica se apresentam princípios humanistas e elementos da tradição cristã. A partir da ferramenta metodológica de análise do materialismo histórico dialético marxista, procura identificar temas comuns que são abordados pelos autores em suas obras surgidas entre as décadas de 1950 a 1970, detendo-se ao estudo de alguns temas subjacentes a esse contexto histórico, a saber: práxis, história, humanismo e libertação.

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Estudo sobre as construções simbólicas e identitárias da mulher presentes na narrativa e na estrutura das personagens femininas do filme Malévola (2014) – produção dos estúdios Disney (EUA). A narrativa é inspirada no conto de fadas “A Bela Adormecida do Bosque” e distingue-se pela perspectiva feminina, modificando as possibilidades de interpretação, além de possibilitar a quebra do paradigma dicotômico relacionado ao Bem e ao Mal. A pesquisa tem por objetivo estudar a evolução das construções imaginárias da mulher no cinema e traçar paralelos entre as características arquetípicas das personagens de Malévola em relação à identidade da mulher na contemporaneidade. Para tal, será tomado como referencial teórico os estudos do imaginário social, com as obras de Gilbert Durand, Edgar Morin e, em especial, Michel Maffesoli; conceitos da psicanálise a partir dos trabalhos de C.G. Jung, Erich Neumann, Marie-Louise Von Franz e Clarissa Pinkola Estés; as teorias de Stuart Hall, Laura Mulvey e Gilles Lipovetsky relacionadas aos estudos culturais com ênfase em gênero; e também o ecofeminismo através dos trabalhos de autoras como Vandana Shiva e Maria Mies. Nosso referencial teórico-metodológico é a Hermenêutica de Profundidade (HP) visando à interpretação da estrutura simbólica de nosso objeto. Resultam desta pesquisa a verificação de um processo de saturação de padrões identitários e simbólicos provindos da modernidade e a evolução de novas dinâmicas nas narrativas presentes nas mídias e na comunicação

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A presente pesquisa investiga a formação de professores das ciências e sua perspectiva para o século XXI, a partir da análise das manifestações acadêmico-científicas de docentes doutores pesquisadores em educação científica nas áreas de Biologia, Química, Física, Matemática e Ciências da Natureza. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cuja narrativa procura contemplar aspectos de formação dessas áreas em meio aos conflitos, embates, especificidades e necessidades do atual contexto educacional. Busco tratar de visões e assumir posições sobre o que os professores das Ciências precisam aprender, pela configuração das tendências de formação e das práticas de ensino e de aprendizagem consideradas no século XX, bem como das projeções do que se põe como desejável para o século XXI. Nesse âmbito, identifico cinco categorias analíticas que são postas a partir de entrevistas junto aos meus sujeitos de pesquisa. Em relação à primeira categoria de pesquisa as tendências apontam que os conteúdos científicos são imprescindíveis, porém não suficientes durante o processo educativo, havendo necessidade de juntar o seu valor formativo. A segunda categoria traz a consideração do aluno no processo de aprender e ensinar ciências. Dentre o que não pode mais ser admissível neste século, a terceira categoria discute a dissociação entre ciência, tecnologia e sociedade atrelada a uma visão fragmentada de ciência. A quarta categoria aponta o que é posto de novidade na formação de professores das ciências, e a quinta categoria põe em discussão as necessidades formativas de professores das ciências para o século XXI. As análises dessas tendências em função dos relatos e entrevistas desses sujeitos de pesquisa são responsáveis pela integração entre o ensinar e o aprender, compartilhando os saberes pedagógicos, filosóficos, sociológicos, científicos. A partir da literatura atual sobre a formação de professores de ciências, procuro dar conta de algumas inquietações que permeiam a investigação e corroboram com uma mudança epistemológica do ensino: Quais aspectos devem ser prioritariamente considerados no âmbito da formação de professores das ciências? Quais as necessidades formativas desses professores? As contribuições acadêmicas a respeito dos saberes profissionais dos professores têm contribuído sobremaneira para o estabelecimento de uma cultura reflexiva em torno da prática docente de forma bastante crítica. Palavras-chave: 1. Formação de professores; 2. Ensino das ciências; 3. Necessidades formativas no século XXI.

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O presente estudo analisou a implantação e a prática educativa do trabalho da missionária metodista norte-americana Martha Hite Watts na virada do século XIX e início do século XX, na cidade de Piracicaba, situada no estado de São Paulo. Os eixos de análise para interpretar as interfaces históricas do período baseiam-se em três aspectos: gênero, educação e missão. Martha Watts, é considerada a primeira educadora metodista no Brasil. Sua atuação se deu a partir de 1881, na cidade de Piracicaba, onde fundou o Colégio Piracicabano, que permanece em funcionamento até o presente momento. Sua experiência educacional foi relevante para o desempenho das escolas metodistas ao adotar uma pedagogia inovadora, nos moldes dos países europeus e de sua terra natal. No Brasil do final do século XIX, Martha Watts mostrou determinação ao enfrentar as diferenças de uma nova cultura e novo ambiente com hábitos, gestos e palavras estranhas para ela. O estudo procurou, a partir do diálogo com as cartas deixadas pela missionária, contribuir para a linha de pesquisa em História da Educação Brasileira. A obra da missionária Martha Watts se configura como um valioso legado para o estudo da História da Educação, História das Mulheres e Gênero.(AU)