14 resultados para Corpos de números

em Universidade Metodista de São Paulo


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A opressão e a resistência são um fio condutor dos Salmos de peregrinação, o grupo que vai do Salmo 120 até o 134. O distintivo situa-se nas formas variadas com que estas categorias são apresentadas. Este conjunto de salmos impressiona pela maneira simples e direita de dizer as coisas, sem deixar de ser profunda. A partir da análise, observamos que a opressão e a resistência surgem em variadas formas, deixando transparecer que não se trata de falar delas em sentido geral, pois envolvem diferentes formas e facetas que se entrecruzam, sendo manifestas por meio de relações de gênero, classe e raça/etnia. O objetivo desta tese é provar que a partir dos movimentos dos corpos, suas falas e suas memórias é possível apontar para práticas de relacionamentos sociais, econômicos, políticos ou religiosos, marcadas por relações de gênero, raça/etnia, classe, que não se vinculam aos interesses de sistemas institucionais. Mas surgem da interação entre experiências de opressão e resistência e se colocam como alternativas de vida. Cada salmo traz marcas de um contexto particular que se junta às particularidades do outro até revelar um único contexto e nessa dinâmica possibilitar o conjunto. Através das estruturas, formas literárias e dos conteúdos, aponta-se para a centralidade do corpo como sendo fator hermenêutico ativo que, com seu movimento, sua fala, suas memórias, mostra situações de opressão e busca por prazer. O estudo literário e os conteúdos são determinantes, tanto para a estrutura do conjunto, dividida em três grandes partes (Sl 120-122; 123-129 e 130-134), para a tematização do desenvolvimento do conjunto, quanto para a credibilidade da proposta histórica de opressão e resistência apresentada. Constata-se que a vida religiosa aparece integrada à vida social e política da qual constitui um aspecto se bem que existe mais de uma experiência religiosa, inter-relacionada. Estas experiências revelam que as visitas ao templo de Jerusalém não só eram para cumprir com os costumes religiosos, daquela época, mas principalmente, pelo interesse que peregrinos e peregrinas tinham no cotidiano de suas vidas, seus trabalhos, suas necessidades. Elas e eles souberam fazer a articulação entre a festa e a práxis. Assim, o conjunto de salmos torna-se ponte para o diálogo que revela outras vozes e outras maneiras de identificar opressão e resistência. Não para fugir ou acomodar-se, senão reconhecendo a opressão, superando-a na criatividade e na esperança. O estudo desenvolve-se em quatro capítulos. No primeiro, enfatiza-se que os textos estão entre teologia e literatura, especificamente em serem textos poéticos. A partir daí levanta-se o estado atual do estudo sobre este conjunto de salmos e aponta-se ao contexto histórico ao qual estão relacionados estes salmos. No segundo, realiza-se a análise das estruturas poéticas, até entenderque o conjunto de salmo está relacionado como um todo. No terceiro e quarto, pelos resultados do segundo, destacam-se os principais temas que de forma indiciária levam-nos à demonstração da hipótese.

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A opressão e a resistência são um fio condutor dos Salmos de peregrinação, o grupo que vai do Salmo 120 até o 134. O distintivo situa-se nas formas variadas com que estas categorias são apresentadas. Este conjunto de salmos impressiona pela maneira simples e direita de dizer as coisas, sem deixar de ser profunda. A partir da análise, observamos que a opressão e a resistência surgem em variadas formas, deixando transparecer que não se trata de falar delas em sentido geral, pois envolvem diferentes formas e facetas que se entrecruzam, sendo manifestas por meio de relações de gênero, classe e raça/etnia. O objetivo desta tese é provar que a partir dos movimentos dos corpos, suas falas e suas memórias é possível apontar para práticas de relacionamentos sociais, econômicos, políticos ou religiosos, marcadas por relações de gênero, raça/etnia, classe, que não se vinculam aos interesses de sistemas institucionais. Mas surgem da interação entre experiências de opressão e resistência e se colocam como alternativas de vida. Cada salmo traz marcas de um contexto particular que se junta às particularidades do outro até revelar um único contexto e nessa dinâmica possibilitar o conjunto. Através das estruturas, formas literárias e dos conteúdos, aponta-se para a centralidade do corpo como sendo fator hermenêutico ativo que, com seu movimento, sua fala, suas memórias, mostra situações de opressão e busca por prazer. O estudo literário e os conteúdos são determinantes, tanto para a estrutura do conjunto, dividida em três grandes partes (Sl 120-122; 123-129 e 130-134), para a tematização do desenvolvimento do conjunto, quanto para a credibilidade da proposta histórica de opressão e resistência apresentada. Constata-se que a vida religiosa aparece integrada à vida social e política da qual constitui um aspecto se bem que existe mais de uma experiência religiosa, inter-relacionada. Estas experiências revelam que as visitas ao templo de Jerusalém não só eram para cumprir com os costumes religiosos, daquela época, mas principalmente, pelo interesse que peregrinos e peregrinas tinham no cotidiano de suas vidas, seus trabalhos, suas necessidades. Elas e eles souberam fazer a articulação entre a festa e a práxis. Assim, o conjunto de salmos torna-se ponte para o diálogo que revela outras vozes e outras maneiras de identificar opressão e resistência. Não para fugir ou acomodar-se, senão reconhecendo a opressão, superando-a na criatividade e na esperança. O estudo desenvolve-se em quatro capítulos. No primeiro, enfatiza-se que os textos estão entre teologia e literatura, especificamente em serem textos poéticos. A partir daí levanta-se o estado atual do estudo sobre este conjunto de salmos e aponta-se ao contexto histórico ao qual estão relacionados estes salmos. No segundo, realiza-se a análise das estruturas poéticas, até entenderque o conjunto de salmo está relacionado como um todo. No terceiro e quarto, pelos resultados do segundo, destacam-se os principais temas que de forma indiciária levam-nos à demonstração da hipótese.

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Esta pesquisa procurou descrever, analisar e comparar as cerimônias mortuárias e as representações coletivas de católicos brasileiros da morte e do luto. Tivemos por objetivo estudar os sistemas simbólicos desenvolvidos em várias sociedades, começando com as culturas tribais, passando depois para o cristianismo dos primeiros séculos, antes da instauração do processo de institucionalização que originou o cristianismo católico e durante ele. Analisamos as práticas e representações católicas relacionadas com a morte e o morrer, na Idade Média, Idade Moderna e Contemporânea, tanto na Europa como no Brasil. O objetivo também foi apresentar os ritos mortuários como formas de dar sentido à vida, de reforçar e manter a coesão social, em que indivíduos vivem constantemente os desarranjos gerados pela presença da morte que arrebata um dos seus semelhantes provocando um desequilíbrio social. Ao realizar tal pesquisa sobre os rituais mortuários católicos, a meta consistiu em avançar um pouco mais no conhecimento sobre um fenômeno social religioso nem sempre abordado pelos pesquisadores: a morte do crente, as práticas mortuárias dos grupos católicos, seus hábitos e discurso quanto ao morto, dentro de um cenário brasileiro que se torna cada vez mais urbano e secularizado.(AU)

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Esta pesquisa procurou descrever, analisar e comparar as cerimônias mortuárias e as representações coletivas de católicos brasileiros da morte e do luto. Tivemos por objetivo estudar os sistemas simbólicos desenvolvidos em várias sociedades, começando com as culturas tribais, passando depois para o cristianismo dos primeiros séculos, antes da instauração do processo de institucionalização que originou o cristianismo católico e durante ele. Analisamos as práticas e representações católicas relacionadas com a morte e o morrer, na Idade Média, Idade Moderna e Contemporânea, tanto na Europa como no Brasil. O objetivo também foi apresentar os ritos mortuários como formas de dar sentido à vida, de reforçar e manter a coesão social, em que indivíduos vivem constantemente os desarranjos gerados pela presença da morte que arrebata um dos seus semelhantes provocando um desequilíbrio social. Ao realizar tal pesquisa sobre os rituais mortuários católicos, a meta consistiu em avançar um pouco mais no conhecimento sobre um fenômeno social religioso nem sempre abordado pelos pesquisadores: a morte do crente, as práticas mortuárias dos grupos católicos, seus hábitos e discurso quanto ao morto, dentro de um cenário brasileiro que se torna cada vez mais urbano e secularizado.(AU)

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Esta tese tem como objetivo compreender o fenômeno do luto por morte a partir da fenomenologia, por meio das experiências de membros da Igreja Metodista no Grande ABC. Para alcançar o objetivo geral, tem como objetivos específicos: dialogar com teóricos do luto nas áreas da teologia e da psicologia; conhecer a fenomenologia do corpo existencial de Maurice Merleau-Ponty como parâmetro para a compreensão do estudo do luto por morte; contribuir para as pesquisas de Cuidado Espiritual em situações de luto por morte. A trajetória teórico-metodológica tem como lócus da pesquisa o relato oral de dez pessoas, que trazem sua vivência do luto a partir da pergunta norteadora: como você viveu a sua experiência do luto? Depois de transcritos e literalizados, esses relatos permitiram levantar as unidades de significado e estabelecer as categorias analíticas: dor, tipo de perda, desorganização do ser, corpo existencial, cuidado, fé, luto por morte como ordem natural, processo relacional, racionalização, saudade, luto antecipatório, dimensão material do viver, culpa, memória e serenidade. A partir dessas categorias, fenomenologicamente interpretadas, a construção de uma tabela nomotética tornou possível a identificação das convergências e divergências entre os relatos, bem como das idiossincrasias. No percurso em direção à compreensão da experiência do luto, os relatos foram submetidos à análise ideográfica, que é a tentativa de alcançar a psicologia individual dos sujeitos da pesquisa. A síntese de um pensar, como a expressão da fenomenologia do luto, desvela nuanças da práxis pastoral. Resultantes da construção desse novo saber em torno da vivência do luto por morte, foram significativas algumas percepções: o processo do luto no contexto religioso institucionalizado é similar ao de um contexto não-religioso; a teologia cristã tem espaço para a ressignificação da morte, por meio da criação de uma espiritualidade para o processo do morrer e, para que isso seja possível, destaca-se a necessidade, no interior das comunidades religiosas, de uma teologia da perda, que possibilite uma educação cristã voltada para o enfrentamento do luto, ou seja, de uma teologia de valorização da vida em meio às perdas; o corpo foi a linguagem mais presente na vivência do luto e, no entanto, o corpo enlutado é um paradoxo na igreja cristã, na medida em que esta se tem debruçado sobre o tema da corpo de forma tímida, no que se refere à educação da fé. Ficou patente a percepção da necessidade de fomentar um cuidado espiritual terapêutico abrangente e continuado em situações de luto, de forma a alcançar não apenas o indivíduo em situação de enlutamento, mas também de alcance comunitário, como parte do conjunto de ações públicas que acolham essa questão.(AU)

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Esta tese tem como objetivo compreender o fenômeno do luto por morte a partir da fenomenologia, por meio das experiências de membros da Igreja Metodista no Grande ABC. Para alcançar o objetivo geral, tem como objetivos específicos: dialogar com teóricos do luto nas áreas da teologia e da psicologia; conhecer a fenomenologia do corpo existencial de Maurice Merleau-Ponty como parâmetro para a compreensão do estudo do luto por morte; contribuir para as pesquisas de Cuidado Espiritual em situações de luto por morte. A trajetória teórico-metodológica tem como lócus da pesquisa o relato oral de dez pessoas, que trazem sua vivência do luto a partir da pergunta norteadora: como você viveu a sua experiência do luto? Depois de transcritos e literalizados, esses relatos permitiram levantar as unidades de significado e estabelecer as categorias analíticas: dor, tipo de perda, desorganização do ser, corpo existencial, cuidado, fé, luto por morte como ordem natural, processo relacional, racionalização, saudade, luto antecipatório, dimensão material do viver, culpa, memória e serenidade. A partir dessas categorias, fenomenologicamente interpretadas, a construção de uma tabela nomotética tornou possível a identificação das convergências e divergências entre os relatos, bem como das idiossincrasias. No percurso em direção à compreensão da experiência do luto, os relatos foram submetidos à análise ideográfica, que é a tentativa de alcançar a psicologia individual dos sujeitos da pesquisa. A síntese de um pensar, como a expressão da fenomenologia do luto, desvela nuanças da práxis pastoral. Resultantes da construção desse novo saber em torno da vivência do luto por morte, foram significativas algumas percepções: o processo do luto no contexto religioso institucionalizado é similar ao de um contexto não-religioso; a teologia cristã tem espaço para a ressignificação da morte, por meio da criação de uma espiritualidade para o processo do morrer e, para que isso seja possível, destaca-se a necessidade, no interior das comunidades religiosas, de uma teologia da perda, que possibilite uma educação cristã voltada para o enfrentamento do luto, ou seja, de uma teologia de valorização da vida em meio às perdas; o corpo foi a linguagem mais presente na vivência do luto e, no entanto, o corpo enlutado é um paradoxo na igreja cristã, na medida em que esta se tem debruçado sobre o tema da corpo de forma tímida, no que se refere à educação da fé. Ficou patente a percepção da necessidade de fomentar um cuidado espiritual terapêutico abrangente e continuado em situações de luto, de forma a alcançar não apenas o indivíduo em situação de enlutamento, mas também de alcance comunitário, como parte do conjunto de ações públicas que acolham essa questão.(AU)

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A presente pesquisa busca avaliar exegeticamente o texto que se encontra na Bíblia, especificamente no livro de Números capítulos 22-24 que relata sobre um personagem conhecido como Balaão. A pesquisa tem também como objeto o estudo sobre o panteão de divindades relatado no mesmo texto, assim como também o estudo dos textos descobertos em Deir Alla, na Jordânia, que apresentam um personagem designado como Balaão, possivelmente o mesmo personagem de Nm 22-24. A motivação que levou ao desenvolvimento dessa pesquisa foi o fato de se ter deparado com os conceitos dos diversos nomes divinos exibidos no texto, além da questão do profetismo fora de Israel, assim como as possibilidades hermenêuticas que se abrem para a leitura desse texto bíblico. O conceito geral sempre foi o de que Israel era a única nação onde existiam “verdadeiros” profetas e uma adoração a um único Deus, o “monoteísmo”. O que despertou interesse foi perceber, especialmente por meio da leitura dos livros bíblicos, que o profetismo não se restringiu somente a Israel. Ele antecede à formação do antigo Israel e já existia no âmbito das terras do antigo Oriente Médio, e que Israel ainda demorou muito tempo para ser monoteísta. Quem é esse Balaão, filho de Beor? Estudaremos sobre sua pessoa e sua missão. Examinaremos os textos de Deir Alla sobre Balaão e sua natureza de personagem mediador entre o divino e o humano. Esse personagem é apresentado como um grande profeta e que era famoso como intérprete de presságios divinos. Analisaremos a importante questão sobre o panteão de deuses que são apresentados na narrativa de Balaão nomeados como: El, Elyon Elohim e Shaddai, além de Yahweh. Entendemos, a princípio, que o texto possui uma conexão com a sociedade na qual foi criado e usando da metodologia exegética, faremos uma análise da narrativa em questão, buscando compreender o sentido do texto, dentro de seu cenário histórico e social. Cenário este, que nos apresentou esse profeta, não israelita, que profere bênçãos dos deuses sobre Israel e que, além disso, pronuncia maldições sobre os inimigos desse mesmo Israel. Percebemos que, parte do texto pesquisado é apresentado sob a ótica de Israel sobre as outras nações. A pesquisa defende, portanto, que o texto de Nm 22-24, além de nos apresentar um profeta fora de Israel igual aos profetas da Bíblia, defende que, o panteão de divindades também era adorado por Israel e que tais nomes são epítetos de uma mesma divindade, no caso YHWH. Defende, também, um delineamento de um projeto de domínio político e militar de Israel sobre as nações circunvizinhas.

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As mulheres protestantes da cidade de Cali-Colômbia, ao reproduzir nos seus corpos os princípios da tradição religiosa, se deparam hoje com discursos e exigências que não conseguem ou aceitam articular na sua prática cotidiana. Assistimos na atualidade a uma tensão evidente entre a ortodoxia cristã e o imaginário e prática das mulheres cristãs a respeito da corporeidade. Nas últimas décadas a forma de assumir o corpo por parte das mulheres reflete incongruências em relação à matriz doutrinaria do sistema religioso protestante, o que é decorrente, por um lado, da influência cultural e midiática na promoção de uma nova representação do corpo feminino, baseada na beleza e na juventude, e por outro lado a cada vez maior relativização do poder religioso numa sociedade secularizada. As mulheres cristãs acham-se em meio aos ideais do corpo puro e regrado da sua instituição religiosa assim como às cobranças midiáticas, valores e padrões estabelecidos pela sociedade moderna. Neste sentido, a dissertação analisa as interfaces desta tensão discursiva que tem lugar nos corpos, através do próprio discurso das mulheres protestantes assim como das suas práticas cotidianas em relação à corporeidade.

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A opressão e a resistência são um fio condutor dos Salmos de peregrinação, o grupo que vai do Salmo 120 até o 134. O distintivo situa-se nas formas variadas com que estas categorias são apresentadas. Este conjunto de salmos impressiona pela maneira simples e direita de dizer as coisas, sem deixar de ser profunda. A partir da análise, observamos que a opressão e a resistência surgem em variadas formas, deixando transparecer que não se trata de falar delas em sentido geral, pois envolvem diferentes formas e facetas que se entrecruzam, sendo manifestas por meio de relações de gênero, classe e raça/etnia. O objetivo desta tese é provar que a partir dos movimentos dos corpos, suas falas e suas memórias é possível apontar para práticas de relacionamentos sociais, econômicos, políticos ou religiosos, marcadas por relações de gênero, raça/etnia, classe, que não se vinculam aos interesses de sistemas institucionais. Mas surgem da interação entre experiências de opressão e resistência e se colocam como alternativas de vida. Cada salmo traz marcas de um contexto particular que se junta às particularidades do outro até revelar um único contexto e nessa dinâmica possibilitar o conjunto. Através das estruturas, formas literárias e dos conteúdos, aponta-se para a centralidade do corpo como sendo fator hermenêutico ativo que, com seu movimento, sua fala, suas memórias, mostra situações de opressão e busca por prazer. O estudo literário e os conteúdos são determinantes, tanto para a estrutura do conjunto, dividida em três grandes partes (Sl 120-122; 123-129 e 130-134), para a tematização do desenvolvimento do conjunto, quanto para a credibilidade da proposta histórica de opressão e resistência apresentada. Constata-se que a vida religiosa aparece integrada à vida social e política da qual constitui um aspecto se bem que existe mais de uma experiência religiosa, inter-relacionada. Estas experiências revelam que as visitas ao templo de Jerusalém não só eram para cumprir com os costumes religiosos, daquela época, mas principalmente, pelo interesse que peregrinos e peregrinas tinham no cotidiano de suas vidas, seus trabalhos, suas necessidades. Elas e eles souberam fazer a articulação entre a festa e a práxis. Assim, o conjunto de salmos torna-se ponte para o diálogo que revela outras vozes e outras maneiras de identificar opressão e resistência. Não para fugir ou acomodar-se, senão reconhecendo a opressão, superando-a na criatividade e na esperança. O estudo desenvolve-se em quatro capítulos. No primeiro, enfatiza-se que os textos estão entre teologia e literatura, especificamente em serem textos poéticos. A partir daí levanta-se o estado atual do estudo sobre este conjunto de salmos e aponta-se ao contexto histórico ao qual estão relacionados estes salmos. No segundo, realiza-se a análise das estruturas poéticas, até entenderque o conjunto de salmo está relacionado como um todo. No terceiro e quarto, pelos resultados do segundo, destacam-se os principais temas que de forma indiciária levam-nos à demonstração da hipótese.

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Esta pesquisa procurou descrever, analisar e comparar as cerimônias mortuárias e as representações coletivas de católicos brasileiros da morte e do luto. Tivemos por objetivo estudar os sistemas simbólicos desenvolvidos em várias sociedades, começando com as culturas tribais, passando depois para o cristianismo dos primeiros séculos, antes da instauração do processo de institucionalização que originou o cristianismo católico e durante ele. Analisamos as práticas e representações católicas relacionadas com a morte e o morrer, na Idade Média, Idade Moderna e Contemporânea, tanto na Europa como no Brasil. O objetivo também foi apresentar os ritos mortuários como formas de dar sentido à vida, de reforçar e manter a coesão social, em que indivíduos vivem constantemente os desarranjos gerados pela presença da morte que arrebata um dos seus semelhantes provocando um desequilíbrio social. Ao realizar tal pesquisa sobre os rituais mortuários católicos, a meta consistiu em avançar um pouco mais no conhecimento sobre um fenômeno social religioso nem sempre abordado pelos pesquisadores: a morte do crente, as práticas mortuárias dos grupos católicos, seus hábitos e discurso quanto ao morto, dentro de um cenário brasileiro que se torna cada vez mais urbano e secularizado.(AU)

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Esta tese tem como objetivo compreender o fenômeno do luto por morte a partir da fenomenologia, por meio das experiências de membros da Igreja Metodista no Grande ABC. Para alcançar o objetivo geral, tem como objetivos específicos: dialogar com teóricos do luto nas áreas da teologia e da psicologia; conhecer a fenomenologia do corpo existencial de Maurice Merleau-Ponty como parâmetro para a compreensão do estudo do luto por morte; contribuir para as pesquisas de Cuidado Espiritual em situações de luto por morte. A trajetória teórico-metodológica tem como lócus da pesquisa o relato oral de dez pessoas, que trazem sua vivência do luto a partir da pergunta norteadora: como você viveu a sua experiência do luto? Depois de transcritos e literalizados, esses relatos permitiram levantar as unidades de significado e estabelecer as categorias analíticas: dor, tipo de perda, desorganização do ser, corpo existencial, cuidado, fé, luto por morte como ordem natural, processo relacional, racionalização, saudade, luto antecipatório, dimensão material do viver, culpa, memória e serenidade. A partir dessas categorias, fenomenologicamente interpretadas, a construção de uma tabela nomotética tornou possível a identificação das convergências e divergências entre os relatos, bem como das idiossincrasias. No percurso em direção à compreensão da experiência do luto, os relatos foram submetidos à análise ideográfica, que é a tentativa de alcançar a psicologia individual dos sujeitos da pesquisa. A síntese de um pensar, como a expressão da fenomenologia do luto, desvela nuanças da práxis pastoral. Resultantes da construção desse novo saber em torno da vivência do luto por morte, foram significativas algumas percepções: o processo do luto no contexto religioso institucionalizado é similar ao de um contexto não-religioso; a teologia cristã tem espaço para a ressignificação da morte, por meio da criação de uma espiritualidade para o processo do morrer e, para que isso seja possível, destaca-se a necessidade, no interior das comunidades religiosas, de uma teologia da perda, que possibilite uma educação cristã voltada para o enfrentamento do luto, ou seja, de uma teologia de valorização da vida em meio às perdas; o corpo foi a linguagem mais presente na vivência do luto e, no entanto, o corpo enlutado é um paradoxo na igreja cristã, na medida em que esta se tem debruçado sobre o tema da corpo de forma tímida, no que se refere à educação da fé. Ficou patente a percepção da necessidade de fomentar um cuidado espiritual terapêutico abrangente e continuado em situações de luto, de forma a alcançar não apenas o indivíduo em situação de enlutamento, mas também de alcance comunitário, como parte do conjunto de ações públicas que acolham essa questão.(AU)

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Esta dissertação - Entre números e palavras: diferenças que colidem no fracasso escolar - procura observar, inicialmente, as diretrizes curriculares e os sistemas avaliativos, com ênfase sobre o Currículo Oficial, instituído em 2008, e o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar (SARESP) do Estado de São Paulo, para, posteriormente, buscar compreender as relações que se estabelecem quando observados pelo discurso dos professores, que em sala de aula são o ponto de contato entre o currículo e os alunos. Para tanto, além da análise dos documentos curriculares e dos sistemas de avaliação oficiais, referendamo-nos em pressupostos teóricos relacionados ao campo curricular, tendo como principal viés os conceitos de Capital Cultural e Habitus desenvolvidos por Pierre Bourdieu. A partir destas discussões e conceitos se organizam as entrevistas realizadas com professores de Língua Portuguesa do 9º ano do ensino fundamental da rede pública do Estado de São Paulo, em que buscamos problematizar o Currículo Oficial, as metas e resultados de desempenho estabelecidos pelo SARESP, as relações de poder e ideologia presentes nas diretrizes curriculares no encontro com o Capital Cultual dos alunos. Deste modo, este estudo observa um amplo conjunto de práticas que mobilizam as ações educativas, com reflexos sobre o funcionamento da escola, bem como sobre os professores e os alunos; bem como, problematiza a constituição de diretrizes curriculares, o estabelecimento de currículos oficiais e sua unicidade, os resultados advindos das avaliações sistêmicas, as relações de poder e ideologias que atravessam os documentos oficiais e sua influência sobre a formação escolar dos alunos.

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Esta pesquisa tem como objetivo analisar as relações estabelecidas entre alunos e professores no ensino médio. Estas relações são construídas por diversos aspectos, porém delimitamos como foco deste trabalho a comunicação entre os sujeitos. Consideramos nesta interação a linguagem verbal e a não-verbal, e, mais especificamente, reconhecemos aí a importância do corpo em seus gestos, expressões e aparência. A questão norteadora, portanto, consiste em examinar o corpo como elemento antecessor à linguagem verbal nas ditas relações. Utilizamos a metodologia qualitativa, com coleta de dados por intermédio de questionários constituídos por questões abertas e aplicados aos discentes de duas escolas, uma pública e outra particular. Para análise do material e refloxões desta pesquisa, buscamos o aporte teórico em Bakhtin e seu círculo, particulamente em seu conceito de concretização...(AU)

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A presente pesquisa busca avaliar exegeticamente o texto que se encontra na Bíblia, especificamente no livro de Números capítulos 22-24 que relata sobre um personagem conhecido como Balaão. A pesquisa tem também como objeto o estudo sobre o panteão de divindades relatado no mesmo texto, assim como também o estudo dos textos descobertos em Deir Alla, na Jordânia, que apresentam um personagem designado como Balaão, possivelmente o mesmo personagem de Nm 22-24. A motivação que levou ao desenvolvimento dessa pesquisa foi o fato de se ter deparado com os conceitos dos diversos nomes divinos exibidos no texto, além da questão do profetismo fora de Israel, assim como as possibilidades hermenêuticas que se abrem para a leitura desse texto bíblico. O conceito geral sempre foi o de que Israel era a única nação onde existiam “verdadeiros” profetas e uma adoração a um único Deus, o “monoteísmo”. O que despertou interesse foi perceber, especialmente por meio da leitura dos livros bíblicos, que o profetismo não se restringiu somente a Israel. Ele antecede à formação do antigo Israel e já existia no âmbito das terras do antigo Oriente Médio, e que Israel ainda demorou muito tempo para ser monoteísta. Quem é esse Balaão, filho de Beor? Estudaremos sobre sua pessoa e sua missão. Examinaremos os textos de Deir Alla sobre Balaão e sua natureza de personagem mediador entre o divino e o humano. Esse personagem é apresentado como um grande profeta e que era famoso como intérprete de presságios divinos. Analisaremos a importante questão sobre o panteão de deuses que são apresentados na narrativa de Balaão nomeados como: El, Elyon Elohim e Shaddai, além de Yahweh. Entendemos, a princípio, que o texto possui uma conexão com a sociedade na qual foi criado e usando da metodologia exegética, faremos uma análise da narrativa em questão, buscando compreender o sentido do texto, dentro de seu cenário histórico e social. Cenário este, que nos apresentou esse profeta, não israelita, que profere bênçãos dos deuses sobre Israel e que, além disso, pronuncia maldições sobre os inimigos desse mesmo Israel. Percebemos que, parte do texto pesquisado é apresentado sob a ótica de Israel sobre as outras nações. A pesquisa defende, portanto, que o texto de Nm 22-24, além de nos apresentar um profeta fora de Israel igual aos profetas da Bíblia, defende que, o panteão de divindades também era adorado por Israel e que tais nomes são epítetos de uma mesma divindade, no caso YHWH. Defende, também, um delineamento de um projeto de domínio político e militar de Israel sobre as nações circunvizinhas.