18 resultados para Biblia. A.T. Salmos
em Universidade Metodista de São Paulo
Resumo:
A opresso e a resistncia so um fio condutor dos Salmos de peregrinao, o grupo que vai do Salmo 120 at o 134. O distintivo situa-se nas formas variadas com que estas categorias so apresentadas. Este conjunto de salmos impressiona pela maneira simples e direita de dizer as coisas, sem deixar de ser profunda. A partir da anlise, observamos que a opresso e a resistncia surgem em variadas formas, deixando transparecer que no se trata de falar delas em sentido geral, pois envolvem diferentes formas e facetas que se entrecruzam, sendo manifestas por meio de relaes de gnero, classe e raa/etnia. O objetivo desta tese provar que a partir dos movimentos dos corpos, suas falas e suas memrias possvel apontar para prticas de relacionamentos sociais, econmicos, polticos ou religiosos, marcadas por relaes de gnero, raa/etnia, classe, que no se vinculam aos interesses de sistemas institucionais. Mas surgem da interao entre experincias de opresso e resistncia e se colocam como alternativas de vida. Cada salmo traz marcas de um contexto particular que se junta s particularidades do outro at revelar um nico contexto e nessa dinmica possibilitar o conjunto. Atravs das estruturas, formas literrias e dos contedos, aponta-se para a centralidade do corpo como sendo fator hermenutico ativo que, com seu movimento, sua fala, suas memrias, mostra situaes de opresso e busca por prazer. O estudo literrio e os contedos so determinantes, tanto para a estrutura do conjunto, dividida em trs grandes partes (Sl 120-122; 123-129 e 130-134), para a tematizao do desenvolvimento do conjunto, quanto para a credibilidade da proposta histrica de opresso e resistncia apresentada. Constata-se que a vida religiosa aparece integrada vida social e poltica da qual constitui um aspecto se bem que existe mais de uma experincia religiosa, inter-relacionada. Estas experincias revelam que as visitas ao templo de Jerusalm no s eram para cumprir com os costumes religiosos, daquela poca, mas principalmente, pelo interesse que peregrinos e peregrinas tinham no cotidiano de suas vidas, seus trabalhos, suas necessidades. Elas e eles souberam fazer a articulao entre a festa e a prxis. Assim, o conjunto de salmos torna-se ponte para o dilogo que revela outras vozes e outras maneiras de identificar opresso e resistncia. No para fugir ou acomodar-se, seno reconhecendo a opresso, superando-a na criatividade e na esperana. O estudo desenvolve-se em quatro captulos. No primeiro, enfatiza-se que os textos esto entre teologia e literatura, especificamente em serem textos poticos. A partir da levanta-se o estado atual do estudo sobre este conjunto de salmos e aponta-se ao contexto histrico ao qual esto relacionados estes salmos. No segundo, realiza-se a anlise das estruturas poticas, at entenderque o conjunto de salmo est relacionado como um todo. No terceiro e quarto, pelos resultados do segundo, destacam-se os principais temas que de forma indiciria levam-nos demonstrao da hiptese.
Resumo:
A opresso e a resistncia so um fio condutor dos Salmos de peregrinao, o grupo que vai do Salmo 120 at o 134. O distintivo situa-se nas formas variadas com que estas categorias so apresentadas. Este conjunto de salmos impressiona pela maneira simples e direita de dizer as coisas, sem deixar de ser profunda. A partir da anlise, observamos que a opresso e a resistncia surgem em variadas formas, deixando transparecer que no se trata de falar delas em sentido geral, pois envolvem diferentes formas e facetas que se entrecruzam, sendo manifestas por meio de relaes de gnero, classe e raa/etnia. O objetivo desta tese provar que a partir dos movimentos dos corpos, suas falas e suas memrias possvel apontar para prticas de relacionamentos sociais, econmicos, polticos ou religiosos, marcadas por relaes de gnero, raa/etnia, classe, que no se vinculam aos interesses de sistemas institucionais. Mas surgem da interao entre experincias de opresso e resistncia e se colocam como alternativas de vida. Cada salmo traz marcas de um contexto particular que se junta s particularidades do outro at revelar um nico contexto e nessa dinmica possibilitar o conjunto. Atravs das estruturas, formas literrias e dos contedos, aponta-se para a centralidade do corpo como sendo fator hermenutico ativo que, com seu movimento, sua fala, suas memrias, mostra situaes de opresso e busca por prazer. O estudo literrio e os contedos so determinantes, tanto para a estrutura do conjunto, dividida em trs grandes partes (Sl 120-122; 123-129 e 130-134), para a tematizao do desenvolvimento do conjunto, quanto para a credibilidade da proposta histrica de opresso e resistncia apresentada. Constata-se que a vida religiosa aparece integrada vida social e poltica da qual constitui um aspecto se bem que existe mais de uma experincia religiosa, inter-relacionada. Estas experincias revelam que as visitas ao templo de Jerusalm no s eram para cumprir com os costumes religiosos, daquela poca, mas principalmente, pelo interesse que peregrinos e peregrinas tinham no cotidiano de suas vidas, seus trabalhos, suas necessidades. Elas e eles souberam fazer a articulao entre a festa e a prxis. Assim, o conjunto de salmos torna-se ponte para o dilogo que revela outras vozes e outras maneiras de identificar opresso e resistncia. No para fugir ou acomodar-se, seno reconhecendo a opresso, superando-a na criatividade e na esperana. O estudo desenvolve-se em quatro captulos. No primeiro, enfatiza-se que os textos esto entre teologia e literatura, especificamente em serem textos poticos. A partir da levanta-se o estado atual do estudo sobre este conjunto de salmos e aponta-se ao contexto histrico ao qual esto relacionados estes salmos. No segundo, realiza-se a anlise das estruturas poticas, at entenderque o conjunto de salmo est relacionado como um todo. No terceiro e quarto, pelos resultados do segundo, destacam-se os principais temas que de forma indiciria levam-nos demonstrao da hiptese.
Resumo:
A pesquisa, em 5 captulos, desenvolve o tema dos/as pobres como categoria social nos Sl 3-14, subunidade do primeiro livro do saltrio (Sl 3-41). Os Sl 3-14 so atribudos a Davi, o fato est relacionado com as escolas e suas teologias presentes na edio final do saltrio. Esses salmos nasceram nas comunidades camponesas do antigo Israel, posteriormente, foram aperfeioados e adaptados por grupos de cantores oficiais no templo de Jerusalm. Os Sl 3-14 se destacam pelo lamento e pela splica individual. Pertencem a uma coleo pr-exlica, mas concentra textos tardios, do ps-exlio. Os lugares que ocupam foram pensados estrategicamente. Os Sl 9; 10 apresentam conceitos hebraicos que identificam os/as pobres: dak, ani, ebyon. Estes/as designam pequenos/as camponeses/as livres, ainda com acesso terra. Ao longo do antigo Israel no sofreram mudanas bruscas como categoria social, no entanto, podem assinalar-se algumas caractersticas que os/as distinguem nos perodos correspondentes ao primeiro e o segundo templo de Jerusalm. Ademais, os Sl 9; 10 apresentam palavras sinnimas que tambm os/as identificam: hellkah pobre/infeliz e naqi inocente . Apesar das pequenas variaes dos conceitos, todos apontam uma categoria social, com direito apelao nos tribunais, embora com fraca influncia jurdica. Essa comunidade tem identidade teolgica. Jav apresentado como o seu defensor. A espoliao no saltrio algo dramtico, porque o rosto do/a pobre o prprio rosto de Jav. A pobreza no um assunto de espiritualidade nem de casualidade. gerada por um sistema poltico-social, planejado de forma inteligente, que no permite ao povo da roa progredir como agricultor. Esse setor poderoso, nacional ou estrangeiro, identificado nos textos, sob os conceitos: goyim naes , sorerim agressores , oyebim inimigos , raxa im injustos . O seu domnio suportado pela violncia e as armas. A ideologia dos sistemas dominantes fundamental para a interpretao dos textos. A sociedade dos salmistas apresenta crises com relao identidade humana. A violncia e a paz se disputam os espaos. O Sl 8 mostra uma sociedade alternativa pensada a partir daquilo aparentemente fraco: as olelim crianas e os yanaqim lactantes (Sl 8,3). O grito das criancinhas, o grito dos/as oprimidos/as, unido ao grito da criao, se compara dor de parto, com o qual inicia a vida. Trata-se de um grito que busca transformar os trajetos entortados da histria. Esses so indcios da esperana que distingue a teologia dos/as pobres. Os Sl 3-7 e 11-14 continuam a apresentar a situao dos/as pobres. s vezes, localizam-se os conceitos: ani oprimido e ebyon pobre , outras, recorre-se a novos sinnimos como has͇id fiel e sadiq justo . Esses salmos demonstram que os/as pobres esto presentes tambm nos textos onde tais conceitos no aparecem. As agrupaes (Sl 3-7 e 11-14) so uma pausa na subunidade (Sl 3-14), no uma quebra de sentido com os Sl 8; 9 e 10. Finalmente, se localiza na sociedade dos Sl 3-14, o Modo de Produo Tributrio. As teorias das cincias econmica, arqueolgica, histrica, contribuem com a compreenso do universo sciopoltico gerador de pobres.
Resumo:
A opresso e a resistncia so um fio condutor dos Salmos de peregrinao, o grupo que vai do Salmo 120 at o 134. O distintivo situa-se nas formas variadas com que estas categorias so apresentadas. Este conjunto de salmos impressiona pela maneira simples e direita de dizer as coisas, sem deixar de ser profunda. A partir da anlise, observamos que a opresso e a resistncia surgem em variadas formas, deixando transparecer que no se trata de falar delas em sentido geral, pois envolvem diferentes formas e facetas que se entrecruzam, sendo manifestas por meio de relaes de gnero, classe e raa/etnia. O objetivo desta tese provar que a partir dos movimentos dos corpos, suas falas e suas memrias possvel apontar para prticas de relacionamentos sociais, econmicos, polticos ou religiosos, marcadas por relaes de gnero, raa/etnia, classe, que no se vinculam aos interesses de sistemas institucionais. Mas surgem da interao entre experincias de opresso e resistncia e se colocam como alternativas de vida. Cada salmo traz marcas de um contexto particular que se junta s particularidades do outro at revelar um nico contexto e nessa dinmica possibilitar o conjunto. Atravs das estruturas, formas literrias e dos contedos, aponta-se para a centralidade do corpo como sendo fator hermenutico ativo que, com seu movimento, sua fala, suas memrias, mostra situaes de opresso e busca por prazer. O estudo literrio e os contedos so determinantes, tanto para a estrutura do conjunto, dividida em trs grandes partes (Sl 120-122; 123-129 e 130-134), para a tematizao do desenvolvimento do conjunto, quanto para a credibilidade da proposta histrica de opresso e resistncia apresentada. Constata-se que a vida religiosa aparece integrada vida social e poltica da qual constitui um aspecto se bem que existe mais de uma experincia religiosa, inter-relacionada. Estas experincias revelam que as visitas ao templo de Jerusalm no s eram para cumprir com os costumes religiosos, daquela poca, mas principalmente, pelo interesse que peregrinos e peregrinas tinham no cotidiano de suas vidas, seus trabalhos, suas necessidades. Elas e eles souberam fazer a articulao entre a festa e a prxis. Assim, o conjunto de salmos torna-se ponte para o dilogo que revela outras vozes e outras maneiras de identificar opresso e resistncia. No para fugir ou acomodar-se, seno reconhecendo a opresso, superando-a na criatividade e na esperana. O estudo desenvolve-se em quatro captulos. No primeiro, enfatiza-se que os textos esto entre teologia e literatura, especificamente em serem textos poticos. A partir da levanta-se o estado atual do estudo sobre este conjunto de salmos e aponta-se ao contexto histrico ao qual esto relacionados estes salmos. No segundo, realiza-se a anlise das estruturas poticas, at entenderque o conjunto de salmo est relacionado como um todo. No terceiro e quarto, pelos resultados do segundo, destacam-se os principais temas que de forma indiciria levam-nos demonstrao da hiptese.
Resumo:
Nesta dissertao nos propomos a fazer uma leitura da narrativa de Atos dos Apstolos 6,1-8,3, considerando-a nos moldes de uma antiga tradio de martrio. Os Helenistas entram em conflito com os Hebreus, Estevo entra em atrito com os judeus da dispora que se renem nas sinagogas, e levado perante o Sindrio e executado. O motivo de sua execuo a crtica Lei e ao Templo. Depois de ter uma experincia de xtase visionrio ele violentamente assassinado. Lucas, todavia, descreve Estevo como heri vitorioso. A realidade de conflitos, oposio, perseguio e martrio no se constitui em derrota, mas em fortalecimento da f. A morte de Estevo interpretada dentro desta tradio. A compreenso do caso de Estevo e dos Helenistas fundamental para entender a continuao do movimento dos seguidores de Jesus e o incio do desenvolvimento da Cristologia aps o evento pascal.(AU)
Resumo:
Sarah Poulton Kalley conhecida, em quase todos os segmentos do protestantismo do Brasil, devido organizao e compilao d e Salmos e Hinos, o mais antigo hinrio protestante editado no vernculo em nosso pas. Seus hinos, ainda em uso em muitas igrejas, marcaram por mais de um sculo a teologia do protestantismo no Brasil. Apesar desta notoriedade, sua influncia na gnese do protestantismo brasileiro nunca foi objeto de estudo. Assim, o objetivo desta pesquisa resgatar e visibilizar reas e estratgias de atuao que conferem a esta mulher um perfil de atuao relativamente autnomo. Contudo, centrada no estudo da trajetria intelectual e biogrfica de um sujeito histrico, a investigao se defronta com um universo de personagens annimos, envoltos numa complexa teia de relaes, atravs das quais o protestantismo se insere no Brasil em um contexto especifico: huguenotes, puritanos, luddistas, famlias no-conformistas inglesas, lderes polticos e eclesisticos, exilados madeirenses, brasileiros, portugueses, imigrantes alemes e, principalmente, a mulher protestante brasileira. A busca por informaes sobre este universo relegado ao anonimato pela historiografia do protestantismo no Brasil, reve lou alguns documentos inditos, inclusive um livro escrito por Sarah Poulton Kalley, em 1866: o A Alegria da Casa. Muito alm do papel de esposa de um missionrio e mdico, Sarah Poulton Kalley emerge de uma rede de relaes e prticas como professora, missionria e poetisa. Nestes trs campos de atuao e atravs do desenvolvimento de mltiplos contatos e relacionamentos, procurava transformar e influenciar atitudes e crenas de seus interlocutores. Junto com a nova f divulgava uma cosmoviso prpria da cultura anglo-sax, protestante e puritana, adaptando-a seletivamente ao universo cultural e social de seus interlocutores.(AU)
Resumo:
Sarah Poulton Kalley conhecida, em quase todos os segmentos do protestantismo do Brasil, devido organizao e compilao d e Salmos e Hinos, o mais antigo hinrio protestante editado no vernculo em nosso pas. Seus hinos, ainda em uso em muitas igrejas, marcaram por mais de um sculo a teologia do protestantismo no Brasil. Apesar desta notoriedade, sua influncia na gnese do protestantismo brasileiro nunca foi objeto de estudo. Assim, o objetivo desta pesquisa resgatar e visibilizar reas e estratgias de atuao que conferem a esta mulher um perfil de atuao relativamente autnomo. Contudo, centrada no estudo da trajetria intelectual e biogrfica de um sujeito histrico, a investigao se defronta com um universo de personagens annimos, envoltos numa complexa teia de relaes, atravs das quais o protestantismo se insere no Brasil em um contexto especifico: huguenotes, puritanos, luddistas, famlias no-conformistas inglesas, lderes polticos e eclesisticos, exilados madeirenses, brasileiros, portugueses, imigrantes alemes e, principalmente, a mulher protestante brasileira. A busca por informaes sobre este universo relegado ao anonimato pela historiografia do protestantismo no Brasil, reve lou alguns documentos inditos, inclusive um livro escrito por Sarah Poulton Kalley, em 1866: o A Alegria da Casa. Muito alm do papel de esposa de um missionrio e mdico, Sarah Poulton Kalley emerge de uma rede de relaes e prticas como professora, missionria e poetisa. Nestes trs campos de atuao e atravs do desenvolvimento de mltiplos contatos e relacionamentos, procurava transformar e influenciar atitudes e crenas de seus interlocutores. Junto com a nova f divulgava uma cosmoviso prpria da cultura anglo-sax, protestante e puritana, adaptando-a seletivamente ao universo cultural e social de seus interlocutores.(AU)
Resumo:
Esta tese, baseada na exegese, defende que as maldies do Salmo 137 devem ser interpretadas levando-se em conta o princpio da reciprocidade praticado na justia do AT, o famoso "olho por olho, dente por dente". Apresenta auxlios para a interpretao das maldies nos salmos; analisa o estado atual da questo; verifica a coerncia ou no da utilizao do termo "Salmo Imprecatrio"; trata da difcil questo do contexto histrico dos salmos e, ainda, destaca alguns pontos que dificultam a interpretao crist deste tipo de literatura. Ela trata das questes do texto, da estrutura, do gnero literrio, da autoria, e do contexto de vida e histrico do Salmo 137. Alm disso, apresenta paralelos deste gnero no mundo bblico e compara verses do Salmo 137 em portugus. Mostra que no AT a palavra era tratada como algo que possui poder intrinseco; verifica como, normalmente, era feito o uso das maldies no AT em geral, preparando o caminho para a verificao de seu uso especfico no Salmo 137; faz uma rpida retrospectiva histrica mostrando a longa trajetria de desavenas de Israel/Jud com Edom e Babilnia, o que leva o salmista a sentir-se no direito de pedir que estas duas naes sejam destrudas e sofram; levanta, ainda, a possibilidade do Salmo 137 no ser o nico do Saltrio com maldies contra Edom e Babilnia, e destaca que nesta composio existe uma automaldio e duas maldies, uma contra Edom e outra contra Babilnia, todas elas levando em conta o princpio da reciprocidade na justia do AT.(AU)
Resumo:
Esta tese, baseada na exegese, defende que as maldies do Salmo 137 devem ser interpretadas levando-se em conta o princpio da reciprocidade praticado na justia do AT, o famoso "olho por olho, dente por dente". Apresenta auxlios para a interpretao das maldies nos salmos; analisa o estado atual da questo; verifica a coerncia ou no da utilizao do termo "Salmo Imprecatrio"; trata da difcil questo do contexto histrico dos salmos e, ainda, destaca alguns pontos que dificultam a interpretao crist deste tipo de literatura. Ela trata das questes do texto, da estrutura, do gnero literrio, da autoria, e do contexto de vida e histrico do Salmo 137. Alm disso, apresenta paralelos deste gnero no mundo bblico e compara verses do Salmo 137 em portugus. Mostra que no AT a palavra era tratada como algo que possui poder intrinseco; verifica como, normalmente, era feito o uso das maldies no AT em geral, preparando o caminho para a verificao de seu uso especfico no Salmo 137; faz uma rpida retrospectiva histrica mostrando a longa trajetria de desavenas de Israel/Jud com Edom e Babilnia, o que leva o salmista a sentir-se no direito de pedir que estas duas naes sejam destrudas e sofram; levanta, ainda, a possibilidade do Salmo 137 no ser o nico do Saltrio com maldies contra Edom e Babilnia, e destaca que nesta composio existe uma automaldio e duas maldies, uma contra Edom e outra contra Babilnia, todas elas levando em conta o princpio da reciprocidade na justia do AT.(AU)
Resumo:
Com esse trabalho, visamos discutir a tentativa de estabelecer um equilbrio entre o ser humano e natureza na rea rural de Jud, pouco antes do reinado de Josias (640-609 a.C.). Nesse caso, pode-se perguntar: seria o mandamento de Deuteronmio 5,12-15 um discurso ecolgico? A partir dos estudos de Frank Crsemann e Haroldo Reimer se admite que partes das leis veterotestamentrias eram destinadas ao assim chamado grupo povo da terra de Jud, visando manuteno de seu poder. O grupo teria assumido a liderana em Jud mediante um golpe poltico e, articulando-se, desde ento, numa poltica de aliana para se conservar no poder, mesmo no o assumindo diretamente. Nesse contexto de poltica de alianas deve-se procurar a implementao do mandamento de Deuteronmio 5,12-15. Ele teria sido escrito por ancios, um grupo junto ao qual o povo da terra teria se aliado para que ordenassem sentenas jurdicas para a acomodao social. Nesse caso, inicialmente o porto da cidade, espao oficial para discusses, reclamaes e propostas de intermediaes, deve ter sido o lugar de elaborao de sentenas jurdicas sobre a utilizao de tcnicas na agricultura. Sendo elas posteriormente levadas ao tribunal do templo para passar pelas mos dos sacerdotes, outro brao da coalizo. O uso dos animais de porte, cujo peso prejudicava as pequenas propriedades de terra de Jud, deve ter sido um motivo de incessantes conflitos entre pequenos e grandes proprietrios de terra. Ressaltamos assim que apenas os homens mais abastados de Jud tinham acesso a esses animais. Esta soluo, segundo se entende, liga o rodzio de culturas ao descanso do campo pertencente ao povo da terra de Jud. Liga-se o termo sbado com a vida da elite rural judata do perodo do reinado de Josias. Uma sada encontrada pelas elites de Jud, a qual nos leva a ponderar uma situao similar que ocorre na Amrica Latina, diante da globalizao. Se o texto Deuteronmio 5,12-15 uma ponderao das elites hegemnicas de Jud que buscam o equilbrio entre ser o humano e a natureza (ecologia), o discurso ecolgico contemporneo poder ter neste texto um importante interlocutor. Esse discurso pode ocultar interesses econmicos, completamente diferentes, pois se trata de uma estratgia dominadora e no libertadora, objetivando-se, sobretudo, a reproduo social. O Brasil e os demais pases da Amrica Latina vm sofrendo, h algum tempo, com essa distncia entre a elite e o resto da sociedade. Nossas elites utilizam-se, h tempos, do discurso ecolgico para se manterem no poder dessas sociedades. Por exemplo, vemos nos noticirios uma quantidade de programas e manchetes ligadas destruio da natureza. Isso interessante porque, aps terem eles mesmo destrudo a natureza, passam agora a defend-la; controlando as reservas naturais, garantindo sua produtividade e seu status quo no sistema econmico atual.(AU)
Resumo:
Com esse trabalho, visamos discutir a tentativa de estabelecer um equilbrio entre o ser humano e natureza na rea rural de Jud, pouco antes do reinado de Josias (640-609 a.C.). Nesse caso, pode-se perguntar: seria o mandamento de Deuteronmio 5,12-15 um discurso ecolgico? A partir dos estudos de Frank Crsemann e Haroldo Reimer se admite que partes das leis veterotestamentrias eram destinadas ao assim chamado grupo povo da terra de Jud, visando manuteno de seu poder. O grupo teria assumido a liderana em Jud mediante um golpe poltico e, articulando-se, desde ento, numa poltica de aliana para se conservar no poder, mesmo no o assumindo diretamente. Nesse contexto de poltica de alianas deve-se procurar a implementao do mandamento de Deuteronmio 5,12-15. Ele teria sido escrito por ancios, um grupo junto ao qual o povo da terra teria se aliado para que ordenassem sentenas jurdicas para a acomodao social. Nesse caso, inicialmente o porto da cidade, espao oficial para discusses, reclamaes e propostas de intermediaes, deve ter sido o lugar de elaborao de sentenas jurdicas sobre a utilizao de tcnicas na agricultura. Sendo elas posteriormente levadas ao tribunal do templo para passar pelas mos dos sacerdotes, outro brao da coalizo. O uso dos animais de porte, cujo peso prejudicava as pequenas propriedades de terra de Jud, deve ter sido um motivo de incessantes conflitos entre pequenos e grandes proprietrios de terra. Ressaltamos assim que apenas os homens mais abastados de Jud tinham acesso a esses animais. Esta soluo, segundo se entende, liga o rodzio de culturas ao descanso do campo pertencente ao povo da terra de Jud. Liga-se o termo sbado com a vida da elite rural judata do perodo do reinado de Josias. Uma sada encontrada pelas elites de Jud, a qual nos leva a ponderar uma situao similar que ocorre na Amrica Latina, diante da globalizao. Se o texto Deuteronmio 5,12-15 uma ponderao das elites hegemnicas de Jud que buscam o equilbrio entre ser o humano e a natureza (ecologia), o discurso ecolgico contemporneo poder ter neste texto um importante interlocutor. Esse discurso pode ocultar interesses econmicos, completamente diferentes, pois se trata de uma estratgia dominadora e no libertadora, objetivando-se, sobretudo, a reproduo social. O Brasil e os demais pases da Amrica Latina vm sofrendo, h algum tempo, com essa distncia entre a elite e o resto da sociedade. Nossas elites utilizam-se, h tempos, do discurso ecolgico para se manterem no poder dessas sociedades. Por exemplo, vemos nos noticirios uma quantidade de programas e manchetes ligadas destruio da natureza. Isso interessante porque, aps terem eles mesmo destrudo a natureza, passam agora a defend-la; controlando as reservas naturais, garantindo sua produtividade e seu status quo no sistema econmico atual.(AU)
Resumo:
A imagem de Jav em Juzes 5 constitui-se nas primeiras impresses que o Israel antigo teve do seu Deus. Ela desenha a sada de Jav de sua antiga morada no Sinai para adentrar na terra da Palestina, a fim de lutar por seu povo contra a opresso canania. O perodo tribal foi o momento formativo desse antigo conceito de Jav no Antigo Testamento. Grupos israelitas reformularam o conceito de Jav promulgado pela tradio do Sinai, afirmando, assim, que Jav no mais o Deus esttico e teofnico, morador de uma montanha, mas o Deus de Israel . E a migrao da divindade de um monte para um campo de batalha no representa meramente a caminhada dessa divindade, mas representa o caminhar dos vrios estgios em que Israel conceituou seu Deus. Decisivo nessas novas articulaes teolgicas foi o campo de batalha, que foi o moto da celebrao Jav ressalvada em Juzes 5. Jav celebrado por seu agir histrico! A histria a mediadora entre Jav e seu povo. Ela a via pela qual se pronuncia sobre Jav. Assim, as novas conjunturas histricas requerem novas formulaes sobre Deus. A antiga memria blica de Jav contida em Juzes 5 perpassa a histria da religio de Israel, podendo ser observada tambm em Habacuque 3,3-6. Esse um texto do sculo VII a.C. Assim, detectamos uma memria corrente na histria da religio de Israel, que comeou nos momentos antecedentes da formao da monarquia (Juzes 5) e ainda pode ser notada em Habacuque, no sculo VII a.C. Nesse desenrolar da religio de Israel, a memria blica sobre Jav esteve sujeita a vrias mutaes. Mas, essencialmente, manteve sua proposta: tornar os sujeitos da opresso promulgada pelos imprios em agentes de transformao social. O conceito blico de Jav patrocinou as revoltas contra o despotismo social, sendo, portanto, uma forma de resistncia dos grupos desprestigiados da sociedade, em Israel e Jud
Resumo:
A imagem de Jav em Juzes 5 constitui-se nas primeiras impresses que o Israel antigo teve do seu Deus. Ela desenha a sada de Jav de sua antiga morada no Sinai para adentrar na terra da Palestina, a fim de lutar por seu povo contra a opresso canania. O perodo tribal foi o momento formativo desse antigo conceito de Jav no Antigo Testamento. Grupos israelitas reformularam o conceito de Jav promulgado pela tradio do Sinai, afirmando, assim, que Jav no mais o Deus esttico e teofnico, morador de uma montanha, mas o Deus de Israel . E a migrao da divindade de um monte para um campo de batalha no representa meramente a caminhada dessa divindade, mas representa o caminhar dos vrios estgios em que Israel conceituou seu Deus. Decisivo nessas novas articulaes teolgicas foi o campo de batalha, que foi o moto da celebrao Jav ressalvada em Juzes 5. Jav celebrado por seu agir histrico! A histria a mediadora entre Jav e seu povo. Ela a via pela qual se pronuncia sobre Jav. Assim, as novas conjunturas histricas requerem novas formulaes sobre Deus. A antiga memria blica de Jav contida em Juzes 5 perpassa a histria da religio de Israel, podendo ser observada tambm em Habacuque 3,3-6. Esse um texto do sculo VII a.C. Assim, detectamos uma memria corrente na histria da religio de Israel, que comeou nos momentos antecedentes da formao da monarquia (Juzes 5) e ainda pode ser notada em Habacuque, no sculo VII a.C. Nesse desenrolar da religio de Israel, a memria blica sobre Jav esteve sujeita a vrias mutaes. Mas, essencialmente, manteve sua proposta: tornar os sujeitos da opresso promulgada pelos imprios em agentes de transformao social. O conceito blico de Jav patrocinou as revoltas contra o despotismo social, sendo, portanto, uma forma de resistncia dos grupos desprestigiados da sociedade, em Israel e Jud
Resumo:
Tendo como pano de fundo a confessionalidade da rede adventista de educao presente de maneira marcante no espao escolar e a intensa diversidade religiosa discente, esta pesquisa analisa a relao de possveis tenses entre a confessionalidade escolar e a diversidade religiosa presente neste espao. Leva em considerao o processo de modernidade causadora de importantes transformaes na educao, na religio e na forma dos dois institutos se relacionarem. Levou-se em considerao o perfil socioeconmico e religioso dos alunos e possveis tenses na recepo do religioso no espao escolar adventista por parte dos discentes, inclusive por aqueles que se declaram adventistas. O espao escolhido para esta pesquisa foi o de colgios adventistas localizadas no contexto do ABCD Paulista, que ofertam o Ensino Mdio. Estas unidades escolares esto situadas nas cidades de Diadema, Santo Andr e So Caetano do Sul, cidades localizadas na mesma microrregio, mas com distintas realidades socioeconmicas
Resumo:
No Quarto Evangelho Jesus se apresenta por meio de metforas, sendo o objeto de nossa pesquisa a frase: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, que ser o ponto de partida condutor em busca da identidade do grupo joanino. No final do primeiro sculo, o grupo joanino se entende como fiis herdeiros de Jesus, agora seguidores do discpulo Joo (filho de Zebedeu), o qual caminhou com Jesus. O grupo no se apresenta alheio realidade da multiplicidade religiosa do perodo, mas est atento aos conflitos e aos caminhos divergentes para Deus. Isso nos aponta o quo identitrio o tema. A partir de uma leitura em Joo 13.33-14.31, nossa dissertao tem como objeto o modo como o grupo joanino recebe essa mensagem no imaginrio, a exterioriza e reage no cotidiano, bem como os grupos posteriores do gnosticismo como o Evangelho da Verdade da Biblioteca Copta de Nag Hammadi, elaborado a partir de leituras ulteriores que plasmam o mundo simblico imaginrio, cultivando diferentes caractersticas de pertena, gerando a identidade do grupo joanino.