25 resultados para Assis, Machado de, 1839-1908 Crítica textual
em Universidade Metodista de São Paulo
Resumo:
Esta dissertao de mestrado analisar a expresso grega ta. stoicei/a tou/ ko,smou, os elementos do mundo, que ocorre na carta de Colossenses nos versculos 8 e 20 do segundo captulo. Ser feito um estudo exegtico na percope bblica 2.8-3.4 da referida carta, bem como uma anlise histrica especificamente do termo stoicei/a. O estudo desta expresso importante para poder se compreender a filosofia colossense mencionada em Cl 2.8. A igreja crist na cidade de Colossos estava inserida em um contexto social religioso sincrtico. Esse sincretismo percebido claramente em textos de magia como os Papiros Mgicos Gregos, muito comuns na regio da sia Menor, a mesma onde a igreja colossense estava situada. O sincretismo religioso, envolvendo crenas judaicas e pags, reflete as bases dessa filosofia. O autor da carta aos Colossenses refuta a crena nos elementos do mundo, bem como a subservincia aos mesmos. Dentre outras crenas, acreditava-se que esses elementos poderiam influenciar os acontecimentos sobre a terra e o destino das pessoas. Questes que envolvem prticas acticas, adorao a anjos e observncia de calendrio litrgico, do os contornos dessa filosofia. O autor da carta enfatiza o senhorio de Cristo, bem como as obras dele em favor dos cristos colossenses, que proporcionavam a eles, segurana quanto a terem um bom destino. E, alm disso, assegurada uma liberdade aos cristos colossenses que no podia lhes ser cerceada por quaisquer outras crenas religiosas. Ento, as obras de Cristo, bem como o seu senhorio, so os principais argumentos utilizados pelo autor da carta, a fim de afirmar aos cristos em Colossos que eles no precisam mais temer o destino e nem se submeter aos elementos do mundo.
Resumo:
A ocupao principal deste trabalho residiu no dilogo entre a teologia e a literatura, primordialmente no interior do romance machadiano Dom Casmurro. Esta dissertao preconizou a antropologia emergente no romance machadiano em questo, como lugar das reflexes de cunho teolgico. Para pauta de discusses, foram trazidas obras referenciais, que se apresentaram como o estado atual da questo acerca do dilogo entre teologia e literatura. A sustentao terica deste trabalho se deu com apropriaes conceituais de Paul Ricoeur, Antonio Carlos de Melo Magalhes e Gerard Genette. Portanto, o objetivo deste trabalho se delimitou na demonstrao das relaes entre o Deus que se revela e o humano machadiano, a partir do carter antropolgico do romance Dom Casmurro. A promessa e o carter paratextual do captulo em que ela narrada, conduziram todas as anlises realizadas, que culminaram na observao do antropolgico como tema central do romance. Defendemos que a quebra das relaes estabelecidas entre o humano machadiano e o Deus da promessa estabeleceu a instalao de um mundo desencantado diante da existncia e da realidade do protagonista do romance, Bento Santiago.(AU)
Resumo:
A ocupao principal deste trabalho residiu no dilogo entre a teologia e a literatura, primordialmente no interior do romance machadiano Dom Casmurro. Esta dissertao preconizou a antropologia emergente no romance machadiano em questo, como lugar das reflexes de cunho teolgico. Para pauta de discusses, foram trazidas obras referenciais, que se apresentaram como o estado atual da questo acerca do dilogo entre teologia e literatura. A sustentao terica deste trabalho se deu com apropriaes conceituais de Paul Ricoeur, Antonio Carlos de Melo Magalhes e Gerard Genette. Portanto, o objetivo deste trabalho se delimitou na demonstrao das relaes entre o Deus que se revela e o humano machadiano, a partir do carter antropolgico do romance Dom Casmurro. A promessa e o carter paratextual do captulo em que ela narrada, conduziram todas as anlises realizadas, que culminaram na observao do antropolgico como tema central do romance. Defendemos que a quebra das relaes estabelecidas entre o humano machadiano e o Deus da promessa estabeleceu a instalao de um mundo desencantado diante da existncia e da realidade do protagonista do romance, Bento Santiago.(AU)
Resumo:
A literatura de Machado de Assis foi revisitada nesta tese porque tnhamos a convico de que o tema da religio e suas implicaes para o ser humano machadiano se constituam como uma tarefa de investigao que esperava por ser feita. Para localizar o objetivo central da presente tese no campo das discusses travadas entre religio e literatura construmos, na primeira parte, um caminho que nos levou a constatao da efetiva aproximao entre elas. Amparados pela inabarcvel discusso que trata das imagens religiosas e teolgicas presentes nos textos literrios, bem como pelas inmeras construes metodolgicas que visam a propiciar uma aproximao mais profcua entre religio e literatura, buscamos uma interpretao da literatura machadiana que apontasse para a expresso religiosa do ponto de vista de sua antropologia. O nosso eixo interpretativo foi construdo a partir da teoria hermenutica de Paul Ricoeur, mais especificamente a partir do conceito de metfora. A reflexo que construmos em torno da expresso religiosa da antropologia machadiana foi inicialmente devedora do conceito de vitalidade de Jrgen Moltmann. A expresso religiosa da antropologia machadiana emergida do romance Memrias Pstumas de Brs Cubas (1881) apresenta-se sob a perspectiva de uma incondicionalidade a partir da qual a vida de Brs Cubas tomada. Esta caracterstica da antropologia machadiana fez com que estabelecssemos um recurso conceitual para dar conta de sua particularidade. Propomos, portanto, que o ser humano do espao literrio machadiano seja chamado de homo vitalis.(AU)
Resumo:
A literatura de Machado de Assis foi revisitada nesta tese porque tnhamos a convico de que o tema da religio e suas implicaes para o ser humano machadiano se constituam como uma tarefa de investigao que esperava por ser feita. Para localizar o objetivo central da presente tese no campo das discusses travadas entre religio e literatura construmos, na primeira parte, um caminho que nos levou a constatao da efetiva aproximao entre elas. Amparados pela inabarcvel discusso que trata das imagens religiosas e teolgicas presentes nos textos literrios, bem como pelas inmeras construes metodolgicas que visam a propiciar uma aproximao mais profcua entre religio e literatura, buscamos uma interpretao da literatura machadiana que apontasse para a expresso religiosa do ponto de vista de sua antropologia. O nosso eixo interpretativo foi construdo a partir da teoria hermenutica de Paul Ricoeur, mais especificamente a partir do conceito de metfora. A reflexo que construmos em torno da expresso religiosa da antropologia machadiana foi inicialmente devedora do conceito de vitalidade de Jrgen Moltmann. A expresso religiosa da antropologia machadiana emergida do romance Memrias Pstumas de Brs Cubas (1881) apresenta-se sob a perspectiva de uma incondicionalidade a partir da qual a vida de Brs Cubas tomada. Esta caracterstica da antropologia machadiana fez com que estabelecssemos um recurso conceitual para dar conta de sua particularidade. Propomos, portanto, que o ser humano do espao literrio machadiano seja chamado de homo vitalis.(AU)
Resumo:
A presente pesquisa apresenta um estudo sobre o mal a partir da leitura da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, tendo como referncia um vis da teologia e da filosofia uma vez que este problema historicamente suscitou questionamentos em ambos os campos do conhecimento. Concomitantemente, pretendemos apontar para a possibilidade de uma obra literria fazer surgir uma reflexo teolgica e filosfica, sem contanto, ser necessrio provar a religiosidade do escritor ou desvelar uma doutrina filosfica criada pelo mesmo. Para tanto, propomos como autores de base os telogos Andrs Torres Queiruga, Juan Antonio Estrada, e a teloga Ivone Gebara, e os filsofos Paul Ric ur, Blaise Pascal e Arthur Schopenhauer. Ao mesmo tempo, damos uma relevncia ao livro do Eclesiastes, do qual o escritor carioca era leitor assduo. Com isso, pretendemos evidenciar e compreender mais profundamente na j mencionada obra machadiana a presena do mal em suas mais facetadas manifestaes nas relaes humanas.
Resumo:
A ocupao principal deste trabalho residiu no dilogo entre a teologia e a literatura, primordialmente no interior do romance machadiano Dom Casmurro. Esta dissertao preconizou a antropologia emergente no romance machadiano em questo, como lugar das reflexes de cunho teolgico. Para pauta de discusses, foram trazidas obras referenciais, que se apresentaram como o estado atual da questo acerca do dilogo entre teologia e literatura. A sustentao terica deste trabalho se deu com apropriaes conceituais de Paul Ricoeur, Antonio Carlos de Melo Magalhes e Gerard Genette. Portanto, o objetivo deste trabalho se delimitou na demonstrao das relaes entre o Deus que se revela e o humano machadiano, a partir do carter antropolgico do romance Dom Casmurro. A promessa e o carter paratextual do captulo em que ela narrada, conduziram todas as anlises realizadas, que culminaram na observao do antropolgico como tema central do romance. Defendemos que a quebra das relaes estabelecidas entre o humano machadiano e o Deus da promessa estabeleceu a instalao de um mundo desencantado diante da existncia e da realidade do protagonista do romance, Bento Santiago.(AU)
Resumo:
A literatura de Machado de Assis foi revisitada nesta tese porque tnhamos a convico de que o tema da religio e suas implicaes para o ser humano machadiano se constituam como uma tarefa de investigao que esperava por ser feita. Para localizar o objetivo central da presente tese no campo das discusses travadas entre religio e literatura construmos, na primeira parte, um caminho que nos levou a constatao da efetiva aproximao entre elas. Amparados pela inabarcvel discusso que trata das imagens religiosas e teolgicas presentes nos textos literrios, bem como pelas inmeras construes metodolgicas que visam a propiciar uma aproximao mais profcua entre religio e literatura, buscamos uma interpretao da literatura machadiana que apontasse para a expresso religiosa do ponto de vista de sua antropologia. O nosso eixo interpretativo foi construdo a partir da teoria hermenutica de Paul Ricoeur, mais especificamente a partir do conceito de metfora. A reflexo que construmos em torno da expresso religiosa da antropologia machadiana foi inicialmente devedora do conceito de vitalidade de Jrgen Moltmann. A expresso religiosa da antropologia machadiana emergida do romance Memrias Pstumas de Brs Cubas (1881) apresenta-se sob a perspectiva de uma incondicionalidade a partir da qual a vida de Brs Cubas tomada. Esta caracterstica da antropologia machadiana fez com que estabelecssemos um recurso conceitual para dar conta de sua particularidade. Propomos, portanto, que o ser humano do espao literrio machadiano seja chamado de homo vitalis.(AU)
Resumo:
O livro de J pertence literatura sapiencial de Israel. Seu contedo um grande debate entre sbios. Estes formavam um segmento educado da populao: sabiam ler e escrever. A sabedoria era demasiadamente valorizada e concebida como orientao prudente para a vida. O texto 24,1-12 de J pertence parte potica do livro. O poema foi escrito na primeira metade do sculo V a.C., no perodo do ps exlio, durante a dominao dos persas. Este imprio trouxe profundas modificaes para a vida do povo em Jud. Apesar da aparente tolerncia por parte de seus governantes, eles criaram mtodos muito eficazes para alcanar seus objetivos de controle sobre os povos submetidos. Atravs de um forte aparelho burocrtico, fiscal e militar controlavam e garantiam a ordem e o pagamento de tributos. O templo tornou-se o intermedirio entre o imprio e o povo. A economia e a sociedade se estruturaram conforme o regime imposto pelos persas. Essa poltica econmica e administrativa favorecia o enriquecimento dos setores dominantes, e conseqentemente o empobrecimento cada vez maior dos camponeses. Os sacerdotes eram os lderes do povo e a teologia da retribuio se fortaleceu muito nessa poca. No entanto, a justia de Deus explicada pela teologia da retribuio deparava-se com o problema do mal e do sofrimento do justo. a partir da experincia e da observao da realidade que se origina um movimento de resistncia teologia da retribuio. No captulo 24,1-12, J se lana numa contemplao sobre a sociedade dividida entre opressores e oprimidos. Desmonta o funcionamento da sociedade mostrando suas rupturas e conflitos graves. Sua inteno nesse texto mostrar atravs da realidade, porque no concorda com as afirmaes dos sbios que defendem a teologia da retribuio, sobre o castigo infalvel para os mpios ricos e sobre o sofrimento do pobre como indicao de castigo.(AU)
Resumo:
O livro de J pertence literatura sapiencial de Israel. Seu contedo um grande debate entre sbios. Estes formavam um segmento educado da populao: sabiam ler e escrever. A sabedoria era demasiadamente valorizada e concebida como orientao prudente para a vida. O texto 24,1-12 de J pertence parte potica do livro. O poema foi escrito na primeira metade do sculo V a.C., no perodo do ps exlio, durante a dominao dos persas. Este imprio trouxe profundas modificaes para a vida do povo em Jud. Apesar da aparente tolerncia por parte de seus governantes, eles criaram mtodos muito eficazes para alcanar seus objetivos de controle sobre os povos submetidos. Atravs de um forte aparelho burocrtico, fiscal e militar controlavam e garantiam a ordem e o pagamento de tributos. O templo tornou-se o intermedirio entre o imprio e o povo. A economia e a sociedade se estruturaram conforme o regime imposto pelos persas. Essa poltica econmica e administrativa favorecia o enriquecimento dos setores dominantes, e conseqentemente o empobrecimento cada vez maior dos camponeses. Os sacerdotes eram os lderes do povo e a teologia da retribuio se fortaleceu muito nessa poca. No entanto, a justia de Deus explicada pela teologia da retribuio deparava-se com o problema do mal e do sofrimento do justo. a partir da experincia e da observao da realidade que se origina um movimento de resistncia teologia da retribuio. No captulo 24,1-12, J se lana numa contemplao sobre a sociedade dividida entre opressores e oprimidos. Desmonta o funcionamento da sociedade mostrando suas rupturas e conflitos graves. Sua inteno nesse texto mostrar atravs da realidade, porque no concorda com as afirmaes dos sbios que defendem a teologia da retribuio, sobre o castigo infalvel para os mpios ricos e sobre o sofrimento do pobre como indicao de castigo.(AU)
Resumo:
A sociedade brasileira confrontada com um verdadeiro mercado religioso, onde os bens simblicos da salvao podem ser garantidos por meio de contribuies financeiras. A prtica do dzimo faz parte deste debate e busca na leitura da Bblia fundamentao teolgica. Diversos textos bblicos apresentam a questo do dzimo, revelando que no existe uma forma nica de se lidar com o dzimo na Bblia. Deuteronmio 14,22-29 o ponto de partida da presente pesquisa, revelando uma prtica do dzimo que busca fortalecer a liberdade e identidade do povo de Israel sustentada pela f em Jav. A prtica do dzimo em Deuteronmio um ato comunitrio dos camponeses que acontece a partir do poder local. O campons come o dzimo que ele produziu. A cada trs anos o campons deposita o dzimo no porto da vila-cidade. Este dzimo ser comido por grupos empobrecidos. Em Deuteronmio 14,22-29, a prtica do dzimo expresso da organizao comunitria dos camponeses que se opem cobrana do dzimo como tributo. Em Deuteronmio 14,22-29, a prtica do dzimo expresso da organizao comunitria para preservar a liberdade e garantir a autonomia dos camponeses.(AU)
Resumo:
A sociedade brasileira confrontada com um verdadeiro mercado religioso, onde os bens simblicos da salvao podem ser garantidos por meio de contribuies financeiras. A prtica do dzimo faz parte deste debate e busca na leitura da Bblia fundamentao teolgica. Diversos textos bblicos apresentam a questo do dzimo, revelando que no existe uma forma nica de se lidar com o dzimo na Bblia. Deuteronmio 14,22-29 o ponto de partida da presente pesquisa, revelando uma prtica do dzimo que busca fortalecer a liberdade e identidade do povo de Israel sustentada pela f em Jav. A prtica do dzimo em Deuteronmio um ato comunitrio dos camponeses que acontece a partir do poder local. O campons come o dzimo que ele produziu. A cada trs anos o campons deposita o dzimo no porto da vila-cidade. Este dzimo ser comido por grupos empobrecidos. Em Deuteronmio 14,22-29, a prtica do dzimo expresso da organizao comunitria dos camponeses que se opem cobrana do dzimo como tributo. Em Deuteronmio 14,22-29, a prtica do dzimo expresso da organizao comunitria para preservar a liberdade e garantir a autonomia dos camponeses.(AU)
Resumo:
Tendo como pano de fundo a confessionalidade da rede adventista de educao presente de maneira marcante no espao escolar e a intensa diversidade religiosa discente, esta pesquisa analisa a relao de possveis tenses entre a confessionalidade escolar e a diversidade religiosa presente neste espao. Leva em considerao o processo de modernidade causadora de importantes transformaes na educao, na religio e na forma dos dois institutos se relacionarem. Levou-se em considerao o perfil socioeconmico e religioso dos alunos e possveis tenses na recepo do religioso no espao escolar adventista por parte dos discentes, inclusive por aqueles que se declaram adventistas. O espao escolhido para esta pesquisa foi o de colgios adventistas localizadas no contexto do ABCD Paulista, que ofertam o Ensino Mdio. Estas unidades escolares esto situadas nas cidades de Diadema, Santo Andr e So Caetano do Sul, cidades localizadas na mesma microrregio, mas com distintas realidades socioeconmicas
Resumo:
O jornalismo um dos principais meios de oferta de temas para a discusso e formao da opinio pblica, porm depende de um sistema tcnico para ser transmitido. Durante mais de cem anos as informaes produzidas pela imprensa foram emitidas, armazenadas, transmitidas e recebidas pelos chamados veculos de comunicao de massa que utilizam a rede centralizada cujas caractersticas esto na escassez material, produo em srie e massificao. Esse sistema separa no tempo e no espao emissores e receptores criando uma relao desigual de fora em que as grandes empresas controlaram o fluxo informativo, definindo quais fatos seriam veiculados como notcia. Em 1995, a internet cuja informao circula sob a tecnologia da rede distribuda, foi apropriada pela sociedade, alterando a forma de produo, armazenamento e transmisso de informao. A tecnologia despertou a esperana de que esta ferramenta poderia proporcionar uma comunicao mais dialgica e democrtica. Mas aos poucos pode-se perceber novas empresas se apropriando da tecnologia da rede distribuda sob a qual circula a internet, gerando um novo controle do fluxo informativo. Realizou-se nessa pesquisa um levantamento bibliogrfico para estabelecer uma reflexo crítica dos diferentes intermedirios entre fato e a notcia tanto da rede centralizada como na rede distribuda, objetivando despertar uma discusso que possa oferecer novas ideias para polticas, bem como alternativas para uma comunicao mais democrtica e mais libertria.
Resumo:
No romance O Idiota, Dostoivski cria, por meio do prncipe Mchkin, uma personagem com as caractersticas do Cristo. Sabe-se que a Bblia, principalmente o Novo Testamento, acompanhou o escritor desde sua infncia at o momento de sua morte. O primeiro captulo, dedicado ao referencial terico da pesquisa, lida com o universo da linguagem. Tanto o texto literrio quanto a literatura bblica procedem do mito. Neste sen-tido, religio e literatura se tocam e se aproximam. O segundo captulo foi escrito na inteno de mostrar como o Cristo e os Evangelhos so temas, motivos e imagens recorrentes na obra de Dostoivski. A literatura bblica est presente, com mais ou menos intensidade, em diversas das principais obras do escritor russo e no somente em O Idiota. A hiptese de que Dostoivski cria um Cristo e um Evangelho por meio de O Idiota demonstrada na anlise do romance, no terceiro captulo. A tese proposta : Dostoivski desenvolve um evangelho literrio, por meio de Mchkin, misto de um Cristo russo, ao mesmo tempo divino e humano, mas tambm idiota e quixotesco. Na dinmica intertextual entre os Evangelhos bblicos e O Idiota, entre Cristo e Mchkin, a literatura e o sagrado se revelam, como uma presena divina. Nas cenas e na estruturao do enredo que compe o romance, Cristo se manifesta nas aes de Mchkin, na luz, na beleza, mas tambm na tragicidade de uma trajetria deslocada e antinmica. O amor e a compaixo ganham forma e vida na presen-a do prncipe, vazio de si, servo de todos.