118 resultados para Umbanda candomblé trânsito religioso igrejas evangélicas
Resumo:
Neste trabalho busca se estudar o ritual, na Santera ou Regla de Ocha, como espao de criao e sustentao do grupo religioso. Aqui so demonstrados e interpretados argumentos que evidenciam a pertinncia da Santera como sistema religioso que ajuda as pessoas a lidarem com as profundas mudanas sociais que aconteceram e continuam a acontecer na sociedade cubana nos diferentes perodos histricos. Isto, devido a que o ritual na Santera um espao dinmico onde se experimentam as relaes individuais e coletivas, sociais e religiosas, e onde se fornece pressupostos indispensveis para as pessoas enfrentarem com os desafios que o cotidiano lhes reserva. A pesquisa destaca aspectos internos do ritual conhecido como o Wemilere ou Tambor de Santo; bem como a relao entre os sujeitos que participam no ritual, as suas motivaes e os espaos litrgicos onde a celebrao acontece. Os aspectos abordados no trabalho no constituem uma apreciao definitiva sobre o ritual, mas uma aproximao a um sistema religioso de grande importncia no contexto scio-cultural cubano. (AU)
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Neste trabalho busca se estudar o ritual, na Santera ou Regla de Ocha, como espao de criao e sustentao do grupo religioso. Aqui so demonstrados e interpretados argumentos que evidenciam a pertinncia da Santera como sistema religioso que ajuda as pessoas a lidarem com as profundas mudanas sociais que aconteceram e continuam a acontecer na sociedade cubana nos diferentes perodos histricos. Isto, devido a que o ritual na Santera um espao dinmico onde se experimentam as relaes individuais e coletivas, sociais e religiosas, e onde se fornece pressupostos indispensveis para as pessoas enfrentarem com os desafios que o cotidiano lhes reserva. A pesquisa destaca aspectos internos do ritual conhecido como o Wemilere ou Tambor de Santo; bem como a relao entre os sujeitos que participam no ritual, as suas motivaes e os espaos litrgicos onde a celebrao acontece. Os aspectos abordados no trabalho no constituem uma apreciao definitiva sobre o ritual, mas uma aproximao a um sistema religioso de grande importncia no contexto scio-cultural cubano. (AU)
Resumo:
A insero das novas religies japonesas no Brasil, entre elas a Seicho-No-Ie, est diretamente ligada imigrao japonesa, iniciada em 1908. Esses imigrantes trouxeram com eles cosmovises e prticas religiosas, que faziam parte de um antigo e rico legado cultural. No Japo, o surgimento dessas novas religies se deu, principalmente, em decorrncia da Restaurao Meiji (1868-1912), um perodo de modernizao daquele pas. Nessa poca apareceram a Oomoto, Tenriky, Soka Gakkai, Igreja Messinica Mundial e a Seicho-No-Ie. Masaharu Taniguchi (1893-1985) fundou a Seicho-No-Ie em 1930, um movimento filosfico-religioso, cujo nome significa lar do progredir infinito . A sua base doutrinria est fundamentada nas tradies budistas e xintostas mescladas, posteriormente, com preceitos do cristianismo. O fato fundante dessa nova religio so as revelaes que Taniguchi afirma ter recebido de uma divindade xintosta. Foi, no entanto, a divulgao de seus ensinamentos, por meio de uma revista, que deu incio sua expanso no Japo e depois em vrias partes do mundo. Taniguchi foi um lder proftico e carismtico, que instaurou um sistema de dominao simblica peculiar, mas passvel de ser analisada luz das teorias de Max Weber e Pierre Bourdieu. O processo de institucionalizao tomou a famlia Taniguchi como o modelo ideal, articulando-se a partir dela um sistema de dominao misto de patriarcal, carismtico e burocrtico. Assim se formou um legado, inicialmente inspirado na tradio imperial japonesa, em que o papel feminino est subordinado ordem androcntrica. Esse fator privilegiou a sucesso do Mestre Taniguchi por seu genro, Seicho Arachi, que adotou o sobrenome do sogro e, anos mais tarde, se reproduziu na ascenso do primognito do casal Seicho e Emiko, Masanobu Taniguchi. No Brasil, os imigrantes japoneses, j no incio dos anos 30, descobriram a Seicho-No-Ie, graas ao recebimento do mensrio editado no Japo por Taniguchi. Foi, entretanto, o trabalho missionrio dos irmos Daijiro e Miyoshi Matsuda, imigrantes japoneses no Brasil, que a Seicho-No-Ie aqui se estabeleceu e se desenvolveu, obtendo o seu reconhecimento oficial como filial da sede japonesa, em 30/05/51. Inicialmente a Seicho-No-Ie se restringiu s fronteiras tnicas e culturais da colnia japonesa, porm, a partir de 1960, passou a atrair brasileiros, enquanto buscava aculturar as suas atividades doutrinrias. Busca-se neste estudo descrever a organizao assumida no Brasil pela Seicho-No-Ie, a sua estrutura doutrinria e administrativa, apresentando-as como uma reproduo da Sede Internacional situada no Japo. Procuramos valorizar o discurso religioso da Seicho-No-Ie contido nos livros e revistas publicados, e atualmente, em programas de televiso. Acreditamos serem esses meios, ao lado dos ensinamentos transmitidos por um seleto corpo de preletores, as principais formas de reproduo desse legado que Masaharu Taniguchi deixou aos seus seguidores, japoneses, brasileiros e de outras nacionalidades.
Resumo:
A insero das novas religies japonesas no Brasil, entre elas a Seicho-No-Ie, est diretamente ligada imigrao japonesa, iniciada em 1908. Esses imigrantes trouxeram com eles cosmovises e prticas religiosas, que faziam parte de um antigo e rico legado cultural. No Japo, o surgimento dessas novas religies se deu, principalmente, em decorrncia da Restaurao Meiji (1868-1912), um perodo de modernizao daquele pas. Nessa poca apareceram a Oomoto, Tenriky, Soka Gakkai, Igreja Messinica Mundial e a Seicho-No-Ie. Masaharu Taniguchi (1893-1985) fundou a Seicho-No-Ie em 1930, um movimento filosfico-religioso, cujo nome significa lar do progredir infinito . A sua base doutrinria est fundamentada nas tradies budistas e xintostas mescladas, posteriormente, com preceitos do cristianismo. O fato fundante dessa nova religio so as revelaes que Taniguchi afirma ter recebido de uma divindade xintosta. Foi, no entanto, a divulgao de seus ensinamentos, por meio de uma revista, que deu incio sua expanso no Japo e depois em vrias partes do mundo. Taniguchi foi um lder proftico e carismtico, que instaurou um sistema de dominao simblica peculiar, mas passvel de ser analisada luz das teorias de Max Weber e Pierre Bourdieu. O processo de institucionalizao tomou a famlia Taniguchi como o modelo ideal, articulando-se a partir dela um sistema de dominao misto de patriarcal, carismtico e burocrtico. Assim se formou um legado, inicialmente inspirado na tradio imperial japonesa, em que o papel feminino est subordinado ordem androcntrica. Esse fator privilegiou a sucesso do Mestre Taniguchi por seu genro, Seicho Arachi, que adotou o sobrenome do sogro e, anos mais tarde, se reproduziu na ascenso do primognito do casal Seicho e Emiko, Masanobu Taniguchi. No Brasil, os imigrantes japoneses, j no incio dos anos 30, descobriram a Seicho-No-Ie, graas ao recebimento do mensrio editado no Japo por Taniguchi. Foi, entretanto, o trabalho missionrio dos irmos Daijiro e Miyoshi Matsuda, imigrantes japoneses no Brasil, que a Seicho-No-Ie aqui se estabeleceu e se desenvolveu, obtendo o seu reconhecimento oficial como filial da sede japonesa, em 30/05/51. Inicialmente a Seicho-No-Ie se restringiu s fronteiras tnicas e culturais da colnia japonesa, porm, a partir de 1960, passou a atrair brasileiros, enquanto buscava aculturar as suas atividades doutrinrias. Busca-se neste estudo descrever a organizao assumida no Brasil pela Seicho-No-Ie, a sua estrutura doutrinria e administrativa, apresentando-as como uma reproduo da Sede Internacional situada no Japo. Procuramos valorizar o discurso religioso da Seicho-No-Ie contido nos livros e revistas publicados, e atualmente, em programas de televiso. Acreditamos serem esses meios, ao lado dos ensinamentos transmitidos por um seleto corpo de preletores, as principais formas de reproduo desse legado que Masaharu Taniguchi deixou aos seus seguidores, japoneses, brasileiros e de outras nacionalidades.
Resumo:
O jornal Expositor Cristo, rgo oficial da Igreja Metodista no Brasil, nasceu em 1886, com uma proposta que se poderia chamar de ecumnica: seu primeiro nome, Methodista Catholico, revela o desejo de universalidade, confirmado pelo editorial de estria. Seu criador, o missionrio norte-americano John James Ransom, pretendia um veculo de orientao doutrinria que no fosse sectrio, em consonncia com a tradio wesleyana. Mas o Metodista Catlico teve vida curta: em pouco mais de um ano passou a se chamar Expositor Cristo. O campo religioso brasileiro vivia, ento, o perodo da controvrsia apologtica, com a insero do protestantismo de misso, de origem anglo-sax, em contraposio ao catolicismo romano. O nome do recm-nascido jornal foi mais uma vtima dos embates. Este trabalho se disps a avaliar como o jornal tratou a questo do ecumenismo desde esse perodo at a entrada da Igreja Metodista no CONIC, Conselho Nacional de Igrejas Crists, no incio da dcada de 1980. A pesquisa constatou que o anticatolicismo arraigado no metodismo brasileiro em seus primrdios jamais desapareceu por completo. Notou tambm que o metodismo no esteve imune aos conflitos interdenominacionais existentes no prprio meio evanglico. Em que pese o reconhecido pioneirismo da Igreja Metodista na criao de organismos ecumnicos brasileiros, o ecumenismo sempre enfrentou barreiras internas, mais ou menos explcitas. E o jornal Expositor Cristo, criado para ser um veculo de informao e formao doutrinria, nem sempre comunicou com a necessria clareza qual o significado que a Igreja Metodista confere palavra ecumenismo e como ela o pratica. Em alguns momentos, a coexistncia entre ecumenismo e antiecumenismo no interior do campo metodista no foi trazida luz dos debates pelo jornal, mas permaneceu oculta por omisses e ambivalncias. o que este trabalho pde constatar a partir de uma avaliao qualitativa do contedo do jornal.(AU)
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O jornal Expositor Cristo, rgo oficial da Igreja Metodista no Brasil, nasceu em 1886, com uma proposta que se poderia chamar de ecumnica: seu primeiro nome, Methodista Catholico, revela o desejo de universalidade, confirmado pelo editorial de estria. Seu criador, o missionrio norte-americano John James Ransom, pretendia um veculo de orientao doutrinria que no fosse sectrio, em consonncia com a tradio wesleyana. Mas o Metodista Catlico teve vida curta: em pouco mais de um ano passou a se chamar Expositor Cristo. O campo religioso brasileiro vivia, ento, o perodo da controvrsia apologtica, com a insero do protestantismo de misso, de origem anglo-sax, em contraposio ao catolicismo romano. O nome do recm-nascido jornal foi mais uma vtima dos embates. Este trabalho se disps a avaliar como o jornal tratou a questo do ecumenismo desde esse perodo at a entrada da Igreja Metodista no CONIC, Conselho Nacional de Igrejas Crists, no incio da dcada de 1980. A pesquisa constatou que o anticatolicismo arraigado no metodismo brasileiro em seus primrdios jamais desapareceu por completo. Notou tambm que o metodismo no esteve imune aos conflitos interdenominacionais existentes no prprio meio evanglico. Em que pese o reconhecido pioneirismo da Igreja Metodista na criao de organismos ecumnicos brasileiros, o ecumenismo sempre enfrentou barreiras internas, mais ou menos explcitas. E o jornal Expositor Cristo, criado para ser um veculo de informao e formao doutrinria, nem sempre comunicou com a necessria clareza qual o significado que a Igreja Metodista confere palavra ecumenismo e como ela o pratica. Em alguns momentos, a coexistncia entre ecumenismo e antiecumenismo no interior do campo metodista no foi trazida luz dos debates pelo jornal, mas permaneceu oculta por omisses e ambivalncias. o que este trabalho pde constatar a partir de uma avaliao qualitativa do contedo do jornal.(AU)
Resumo:
Este trabalho analisa a fragmentao que vem ocorrendo no neopentecostalismo, procurando investigar as relaes entre as causas dessa fragmentao e a forma especfica como os grupos neopentecostais se colocam na Modernidade, sobretudo em seus conceitos de poder e nas formas de sua estruturao. Essa investigao feita em dilogo com as teorias da secularizao, da modernidade e do poder moderno e fundamentada empiricamente em pesquisa de campo qualitativa realizada atravs de entrevistas com lderes de igrejas neopentecostais na cidade de Sorocaba. Ao desenvolver essa anlise, demonstramos como essas expresses religiosas representam uma adaptao ao ambiente da modernidade brasileira e cultura moderna, especialmente pela assimilao de crenas e prticas populares e da adoo da lgica e da cultura de mercado. nessa vinculao entre as formas de exerccio do poder e o contexto cultural, poltico e econmico modernos que explica-se a acentuada fragmentao neopentecostal.(AU)
Resumo:
Este trabalho analisa a fragmentao que vem ocorrendo no neopentecostalismo, procurando investigar as relaes entre as causas dessa fragmentao e a forma especfica como os grupos neopentecostais se colocam na Modernidade, sobretudo em seus conceitos de poder e nas formas de sua estruturao. Essa investigao feita em dilogo com as teorias da secularizao, da modernidade e do poder moderno e fundamentada empiricamente em pesquisa de campo qualitativa realizada atravs de entrevistas com lderes de igrejas neopentecostais na cidade de Sorocaba. Ao desenvolver essa anlise, demonstramos como essas expresses religiosas representam uma adaptao ao ambiente da modernidade brasileira e cultura moderna, especialmente pela assimilao de crenas e prticas populares e da adoo da lgica e da cultura de mercado. nessa vinculao entre as formas de exerccio do poder e o contexto cultural, poltico e econmico modernos que explica-se a acentuada fragmentao neopentecostal.(AU)
Resumo:
A pesquisa a seguir tem o poder como objeto de estudos, especificamente na forma de relaes de poder em conselhos diretores (pastoral e administrativo) de igrejas menonitas em Curitiba. A forma presumida de governo dessas igrejas historicamente congregacional, isto , as assemblias das respectivas igrejas so supremas e ltimas nas deliberaes. A metodologia de pesquisa sociolgica, indutiva, funcionalista, com tendncias fenomenolgicas, tendo como perspectiva principal a teoria sistmica e seus recursos de pesquisa. A teoria geral dos sistemas orienta os fundamentos da pesquisa, a teoria dos sistemas sociais o arcabouo da pesquisa. O mtodo de pesquisa a observao-participante com registros em vdeo e udio, transcrio, anlise e elaborao de concluses. A tcnica de pesquisa citada demonstrou-se eficaz e til para o levantamento de dados em pesquisas de campo que tratam de grupos e suas funes diferenciadas em agremiaes eclesisticas. Os objetivos buscam identificar a dinmica sistmica nas reunies dos conselhos observados, bem como identificar o processo das relaes de poder nos mesmos. As hipteses lanadas como ponto de partida afirmam que a teoria sistmica em qualquer perspectiva observvel, bem como os elementos (conselheiros) das relaes de poder se demonstram inconscientes de seus atos de poder. As hipteses principais e secundrias foram confirmadas pela observao-participante, a saber: a pesquisa verifica a hiptese geral de que mesmo igrejas e seus sistemas sociais evidenciam princpios sistmicos segundo a teoria geral dos sistemas e a teoria dos sistemas sociais de Niklas Luhmann. As hipteses especficas verificam se os conselheiros dos grupos de liderana evidenciam conscincia do poder exercido e do poder implcito em suas funes e papis; se os grupos formais, eleitos pela assemblia exercem poder de fato ou se existe influncia do poder informal; se existe uma correlao, entre o poder formal e as fronteiras rgidas , o poder informal e a fronteira difusa ; se possvel trabalhar preventivamente e interventivamente atravs do conceito de relaes de poder e os princpios sociais sistmicos. As igrejas menonitas de Curitiba de maneira geral preservam traos de governo congregacional, mas, a transio para estilos de governo pastorcntricos e autocrticos a partir dos conselhos observados um fato e parece irreversvel. Aparentemente a causalidade desse movimento surge no contexto social metropolitano e suas implicaes, mais do que numa mudana estrategicamente planejada pelas lideranas. Portanto, a transio parece ser cultural. Alis, as transformaes sociais das tradies menonitas so diretamente proporcionais sua incluso e inculturao no contexto social em que se situam, confirmando assim os princpios sistmicos da sociedade em geral.(AU)
Resumo:
A pesquisa a seguir tem o poder como objeto de estudos, especificamente na forma de relaes de poder em conselhos diretores (pastoral e administrativo) de igrejas menonitas em Curitiba. A forma presumida de governo dessas igrejas historicamente congregacional, isto , as assemblias das respectivas igrejas so supremas e ltimas nas deliberaes. A metodologia de pesquisa sociolgica, indutiva, funcionalista, com tendncias fenomenolgicas, tendo como perspectiva principal a teoria sistmica e seus recursos de pesquisa. A teoria geral dos sistemas orienta os fundamentos da pesquisa, a teoria dos sistemas sociais o arcabouo da pesquisa. O mtodo de pesquisa a observao-participante com registros em vdeo e udio, transcrio, anlise e elaborao de concluses. A tcnica de pesquisa citada demonstrou-se eficaz e til para o levantamento de dados em pesquisas de campo que tratam de grupos e suas funes diferenciadas em agremiaes eclesisticas. Os objetivos buscam identificar a dinmica sistmica nas reunies dos conselhos observados, bem como identificar o processo das relaes de poder nos mesmos. As hipteses lanadas como ponto de partida afirmam que a teoria sistmica em qualquer perspectiva observvel, bem como os elementos (conselheiros) das relaes de poder se demonstram inconscientes de seus atos de poder. As hipteses principais e secundrias foram confirmadas pela observao-participante, a saber: a pesquisa verifica a hiptese geral de que mesmo igrejas e seus sistemas sociais evidenciam princpios sistmicos segundo a teoria geral dos sistemas e a teoria dos sistemas sociais de Niklas Luhmann. As hipteses especficas verificam se os conselheiros dos grupos de liderana evidenciam conscincia do poder exercido e do poder implcito em suas funes e papis; se os grupos formais, eleitos pela assemblia exercem poder de fato ou se existe influncia do poder informal; se existe uma correlao, entre o poder formal e as fronteiras rgidas , o poder informal e a fronteira difusa ; se possvel trabalhar preventivamente e interventivamente atravs do conceito de relaes de poder e os princpios sociais sistmicos. As igrejas menonitas de Curitiba de maneira geral preservam traos de governo congregacional, mas, a transio para estilos de governo pastorcntricos e autocrticos a partir dos conselhos observados um fato e parece irreversvel. Aparentemente a causalidade desse movimento surge no contexto social metropolitano e suas implicaes, mais do que numa mudana estrategicamente planejada pelas lideranas. Portanto, a transio parece ser cultural. Alis, as transformaes sociais das tradies menonitas so diretamente proporcionais sua incluso e inculturao no contexto social em que se situam, confirmando assim os princpios sistmicos da sociedade em geral.(AU)
Resumo:
Essa dissertao tem por objetivo analisar a partir de uma perspectiva sociolgica, um fenmeno social: o da violncia domstica entre mulheres evangélicas. Fenmeno este que nos preocupa profundamente e que, cada vez mais se manifesta. Este um tema desafiador, que por vezes, em muitos espaos e lugares, inclusive nos religiosos, no inquietam o bastante e nem fomentam uma discusso mais intensa e rigorosa. Ser, portanto, pelas vozes das mulheres que buscaremos identificar como as representaes de gnero estruturam suas prprias vidas para lidarem com a questo da violncia sofrida no espao que deveria ser o lcus do afeto, do desenvolvimento da confiana, da auto-estima, do acolhimento, da compreenso e respeito, do ninho de amor e que so antagonicamente transformados, principalmente para as mulheres e crianas, no local para o qual gostariam de no voltar. Procuraremos compreender como a religio evanglica, de maneira sutil, simblica ou de forma concreta, por sua teologia, pela prtica pastoral, nos aconselhamentos ou na prpria dinmica da comunidade, trata a violncia domstica contra mulheres, solicitando o silncio, a submisso, a espera do cumprimento das promessas de Deus em suas vidas: a libertao de seus maridos, companheiros. Uma troca: o silncio pela promessa de uma famlia feliz. Invocao de representaes sociais para justificarem ou ocultarem prticas violentas contra as mulheres, mas em nome de Deus. Entretanto, o que pensam e o que sentem essas mulheres? Elas realmente gostam de apanhar? So de fato cmplices da violncia sofrida? Por que resistem em denunciarem seus parceiros agressores e no rompem ou demoram tanto tempo para romperem relacionamentos violentos? Em que medida sua insero religiosa est relacionada com essa situao de violncia? Para tentar responder a essas perguntas, escolhemos como campo de pesquisa o Ncleo de Defesa e Convivncia da Mulher Casa Sofia, uma ONG que atua com mulheres em situao de violncia domstica e sexual. Ao constatarmos o significativo nmero de mulheres evangélicas que ali so atendidas, nos propusemos analisar as representaes religiosas de gnero e sua relao com a violncia domstica.(AU)
Resumo:
Essa dissertao tem por objetivo analisar a partir de uma perspectiva sociolgica, um fenmeno social: o da violncia domstica entre mulheres evangélicas. Fenmeno este que nos preocupa profundamente e que, cada vez mais se manifesta. Este um tema desafiador, que por vezes, em muitos espaos e lugares, inclusive nos religiosos, no inquietam o bastante e nem fomentam uma discusso mais intensa e rigorosa. Ser, portanto, pelas vozes das mulheres que buscaremos identificar como as representaes de gnero estruturam suas prprias vidas para lidarem com a questo da violncia sofrida no espao que deveria ser o lcus do afeto, do desenvolvimento da confiana, da auto-estima, do acolhimento, da compreenso e respeito, do ninho de amor e que so antagonicamente transformados, principalmente para as mulheres e crianas, no local para o qual gostariam de no voltar. Procuraremos compreender como a religio evanglica, de maneira sutil, simblica ou de forma concreta, por sua teologia, pela prtica pastoral, nos aconselhamentos ou na prpria dinmica da comunidade, trata a violncia domstica contra mulheres, solicitando o silncio, a submisso, a espera do cumprimento das promessas de Deus em suas vidas: a libertao de seus maridos, companheiros. Uma troca: o silncio pela promessa de uma famlia feliz. Invocao de representaes sociais para justificarem ou ocultarem prticas violentas contra as mulheres, mas em nome de Deus. Entretanto, o que pensam e o que sentem essas mulheres? Elas realmente gostam de apanhar? So de fato cmplices da violncia sofrida? Por que resistem em denunciarem seus parceiros agressores e no rompem ou demoram tanto tempo para romperem relacionamentos violentos? Em que medida sua insero religiosa est relacionada com essa situao de violncia? Para tentar responder a essas perguntas, escolhemos como campo de pesquisa o Ncleo de Defesa e Convivncia da Mulher Casa Sofia, uma ONG que atua com mulheres em situao de violncia domstica e sexual. Ao constatarmos o significativo nmero de mulheres evangélicas que ali so atendidas, nos propusemos analisar as representaes religiosas de gnero e sua relao com a violncia domstica.(AU)
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Reconhecendo, a partir da constatao emprica, a multiplicidade de escolhas de crenas no Mundo e em particular na periferia urbana paulistana, reconhecemos, tambm, a emergncia criativa de novas possibilidades de crer e no crer. Tal amplitude no apenas aponta para o crer (segundo as ofertas de um sem nmero de religies) e o no crer (ateu e agnstico), mas para uma escolha que poderia vir a ser silenciada e esquecida, neste binmio arcaico e obsoleto, quando algum se d liberdade crer sem ter religio. Reconhecer interessadamente os sem-religio nas periferias urbanas paulistanas dar-se conta das violncias a que estes indivduos esto submetidos: violncia econmica, violncia da cidadania (vulnerabilidade) e proveniente da armas (grupos x Estado). Tanto quanto a violncia do esquecimento e silenciamento. A concomitncia espao-temporal dos sem-religio nas periferias, levou-nos buscar referncias em teorias de secularizao e de laicidade, e, a partir destas, traar uma histria do poder violento, cuja pretenso a inelutabilidade, enquanto suas fissuras so abertas em espaos de resistncias. A histria da legitimao do poder que se quer nico, soberano, de carter universal, enquanto fragmenta a sociedade em indivduos atomizados, fragilizando vnculos horizontais, e a dos surgimentos de resistncias no violentas questionadoras da totalidade trgica, ao reconhecer a liberdade de ser com autonomia, enquanto se volta para a produo de partilha de bens comuns. Propomos reconhecer a igual liberdade de ser (expressa na crena da filiao divina) e de partilhar o bem comum em reconhecimentos mtuos (expressa pela ao social), uma expresso de resistncia no violenta ao poder que requer a igual abdicao da liberdade pela via da fragmentao individualizante e submisso inquestionvel ordem totalizante. Os sem-religio nas periferias urbanas, nossos contemporneos, partilhariam uma tal resistncia, ao longo da histria, com as melissas gregas, os profetas messinicos hebreus, os hereges cristos e os ateus modernos, cuja pretenso no o poder, mas a partilha igual da liberdade e dos bens comuns. Estes laicos, de fato, seriam agentes de resistncias de reconhecimento mtuos, em espaos de multiplicidade crescente, ao poder violento real na histria.
Resumo:
No romance O Idiota, Dostoivski cria, por meio do prncipe Mchkin, uma personagem com as caractersticas do Cristo. Sabe-se que a Bblia, principalmente o Novo Testamento, acompanhou o escritor desde sua infncia at o momento de sua morte. O primeiro captulo, dedicado ao referencial terico da pesquisa, lida com o universo da linguagem. Tanto o texto literrio quanto a literatura bblica procedem do mito. Neste sen-tido, religio e literatura se tocam e se aproximam. O segundo captulo foi escrito na inteno de mostrar como o Cristo e os Evangelhos so temas, motivos e imagens recorrentes na obra de Dostoivski. A literatura bblica est presente, com mais ou menos intensidade, em diversas das principais obras do escritor russo e no somente em O Idiota. A hiptese de que Dostoivski cria um Cristo e um Evangelho por meio de O Idiota demonstrada na anlise do romance, no terceiro captulo. A tese proposta : Dostoivski desenvolve um evangelho literrio, por meio de Mchkin, misto de um Cristo russo, ao mesmo tempo divino e humano, mas tambm idiota e quixotesco. Na dinmica intertextual entre os Evangelhos bblicos e O Idiota, entre Cristo e Mchkin, a literatura e o sagrado se revelam, como uma presena divina. Nas cenas e na estruturao do enredo que compe o romance, Cristo se manifesta nas aes de Mchkin, na luz, na beleza, mas tambm na tragicidade de uma trajetria deslocada e antinmica. O amor e a compaixo ganham forma e vida na presen-a do prncipe, vazio de si, servo de todos.
Resumo:
A presente pesquisa analisou a posio e ao poltica nas Assembleias de Deus do Brasil nos perodos 1930-1945 e 1978-1988. Defendemos a tese de que desde 1930 h no interior do pentecostalismo brasileiro posies e intervenes no mundo da poltica. Tanto no perodo de 1930-1945 como o de 1978-1988 nossas anlises sero realizadas a partir das temporalidades discutidas por Giorgio Agamben: chronos, ain e kairos. No que diz respeito ao primeiro perodo 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatolgico do pentecostalismo a processos de alienao e no envolvimento com a poltica partidria. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatolgicas no foram causa de certo afastamento da esfera pblica brasileira, mas sim efeito de processos de excluso aos quais homens e mulheres de pertena pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotncia. J no segundo perodo, de 1978-1988, a posio e a ao poltica que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopoltica. Chamamos de captulo intermedrio ou de transio o perodo correspondente s datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da poltica brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa anlise a partir de artigos publicados no rgo oficial de comunicao da denominao religiosa em questo, o jornal Mensageiro da Paz. Esse peridico circula desde 1930. Alm dos artigos, destacamos tambm as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que o incio de nossa pesquisa, h posio e ao poltica nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hiptese de que no perodo 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotncia. Se a biopoltica o poder sobre a vida, a biopotncia o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contriburam para que nos espaos marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperao; eram tambm espaos de criao de outras narrativas e de crtica a modelos hegemnicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos.