73 resultados para Representações sociais


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O contexto batista predominantemente marcado por lideranas masculinas, destinando s mulheres apenas lugares e comportamentos socialmente estabelecidos, como a casa, o cuidado, a maternidade, a submisso, entre outras caractersticas que enfatizam a hierarquia de gnero. Mesmo diante do desenvolvimento econmico e da ocupao que as mulheres esto conquistando no campo pblico, a igreja e principalmente as igrejas batistas, permanecem fundadas em alicerces que exaltam o poder masculino em detrimento do lugar que deve ser ocupado pelas mulheres, ou seja, onde elas decidirem atuar. Caso elas decidam atuar num campo predominantemente masculino, tero que lidar com a desconstruo de um pensamento socialmente permeado de dominao masculina e com a rdua construo de um pensamento que vise a igualdade de gnero. O objeto desta pesquisa o ministrio pastoral feminino no contexto batista brasileiro. O texto analisa o discurso das Pastoras Batistas do Estado de So Paulo e o discurso dos lderes da Ordem dos Pastores Batistas de So Paulo (OPBB-SP) a respeito do ministrio pastoral feminino e a no filiao de mulheres na OPBB-SP. A importncia deste trabalho a de demostrar as relaes de micro poder existentes entre pastores e pastoras e concomitantemente as desigualdades dentro do contexto batista com relao ao ministrio pastoral feminino. Essa afirmao se consolida por meio das anlises das entrevistas semiestruturadas que realizei na pesquisa de campo, com sete pastoras batistas do Estado de So Paulo, bem como com trs lderes da OPPB-SP. Esta uma pesquisa qualitativa, em que foram analisados documentos oficiais da igreja, como pautas de convenes, atas, sites institucionais, peridicos e documentos no oficiais encontrados em redes sociais, blogs, jornais online, entre outros. Posso afirmar que as pastoras batistas esto se mobilizando para cumprir sua vocao, usando argumentos transcendentes que impedem qualquer pessoa de desafiar ou duvidar de seu chamado pastoral, pois: O vento sopra onde quer; ouve-se o rudo, mas no sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele(a) que nasceu do Esprito. (Joo 3.8).

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Ao escolher o tema Gnero e Poder em Instituies Teolgicas Protestantes da Grande So Paulo, a inteno problematizar as relaes de gnero nestes ambientes, a partir da realidade social diferenciada em que vivem homens e mulheres na docncia. Partimos do pressuposto que h relaes de poder a engendradas que encurralam as mulheres naquele gueto de disciplinas que denominamos femininas , bem como um jogo de representações sociais que justificam a estereotipao das disciplinas e naturalizao destas disparidades, uma vez que o poder a todo tempo se serve da diferena para referendar a dominao e a supremacia de um sobre outro, neste caso de homens sobre mulheres. A noo de gnero no enfrentamento do problema mulherSeminrio tem um lugar central quando se quer descobrir o modo pelo qual os saberes e as prticas produzidas nestes ambientes esto estreitamente ligados produo social do feminino e do masculino - enquanto categorias consideradas atemporais e permanentes - e as relaes de poder endgenas a instituio, posto que parte de um sistema religioso, onde a poltica da dialtica constante, pois um ratifica o outro, ou seja, o Seminrio s tem a fora de excluso que tem porque encontra legitimidade na Igreja. Todavia, ainda que as diferenas formais permaneam, formas de resistncia sempre surpreendem a dominao, especialmente pela sutileza com que se firmam. A presena de mulheres nos Seminrios, algo raro h alguns anos, pode ser lida com uma estratgia para irromper a dominao, sendo um meio seguro de entrar num espao essencialmente masculino.

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O objetivo central desta tese investigar o potencial de transformao social da organizao no-governamental, ligada a CNBB(Confederao Nacional dos Bispos do Brasil).- Pastoral da Criana - para a libertao de mulheres que l atuam, das relaes de dominao e opresses inerentes ao contexto kyriarchal. Esta pesquisa procura considerar o espao religioso subjacente organizao em decorrncia das influncias das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e do MRCC (Movimento de Renovao Catlica Carismtica). feita pesquisa de campo na regio de Curitiba com observaes e entrevistas semi-estruturadas com doze mulheres atuando na Pastoral da Criana, valorizando-se a relao intersubjetiva entre pesquisadora e pessoas envolvidas na pesquisa. A anlise qualitativa de dados em relao ao marco terico feminista desenvolvido em Cincias Sociais pela sociologia, psicanlise e tambm a teologia, mostra o discurso das representações sociais das mulheres envolvidas, a percepo de suas prprias identidades e a importncia da organizao na construo de suas vidas. Nos traz a concluso que a organizao reproduz o perfil tradicional de mulheres na funo materna e facilita a formao de redes comunitrias. Averigua-se que a Pastoral da Criana est vinculada ao sistema neoliberal de pensamento que reproduz os discursos de dominao do sistema kyriarchal da hierarquia da Igreja Catlica e da medicina higienista. Essas instituies de apropriam da vida e dos corpos das mulheres e os reduzem s suas funes meramente biolgicas, reprodutivas e de cuidados. A Pastoral da Criana caracterizada por atividades que no consideram as causas estruturais da pobreza, mas apenas tentam amenizar os seus efeitos e conseqncias. Em suas capacitaes, a organizao usa a forma bancria de educao que reproduz as relaes de dominao e dependncia de mulheres pobres. A organizao, mesmo com a estrutura da ideologia religiosa analisada, no est vinculada sistematicamente em um espao religioso. Sugere-se em relao situao da organizao, a abertura das idias e valores feministas nos campos da sade e religio a fim de promover a libertao e empoderamento reais de mulheres pobres. Esta recomendao est ligada com a abertura, a necessidade de reflexo e de conhecimento, mostradas pelas mulheres entrevistadas durante a pesquisa de campo. Considera-se como limitao aos resultados da pesquisa, o local pesquisado por no ter influncias de movimentos sociais.(AU)

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Essa dissertao tem por objetivo analisar a partir de uma perspectiva sociolgica, um fenmeno social: o da violncia domstica entre mulheres evanglicas. Fenmeno este que nos preocupa profundamente e que, cada vez mais se manifesta. Este um tema desafiador, que por vezes, em muitos espaos e lugares, inclusive nos religiosos, no inquietam o bastante e nem fomentam uma discusso mais intensa e rigorosa. Ser, portanto, pelas vozes das mulheres que buscaremos identificar como as representações de gnero estruturam suas prprias vidas para lidarem com a questo da violncia sofrida no espao que deveria ser o lcus do afeto, do desenvolvimento da confiana, da auto-estima, do acolhimento, da compreenso e respeito, do ninho de amor e que so antagonicamente transformados, principalmente para as mulheres e crianas, no local para o qual gostariam de no voltar. Procuraremos compreender como a religio evanglica, de maneira sutil, simblica ou de forma concreta, por sua teologia, pela prtica pastoral, nos aconselhamentos ou na prpria dinmica da comunidade, trata a violncia domstica contra mulheres, solicitando o silncio, a submisso, a espera do cumprimento das promessas de Deus em suas vidas: a libertao de seus maridos, companheiros. Uma troca: o silncio pela promessa de uma famlia feliz. Invocao de representações sociais para justificarem ou ocultarem prticas violentas contra as mulheres, mas em nome de Deus. Entretanto, o que pensam e o que sentem essas mulheres? Elas realmente gostam de apanhar? So de fato cmplices da violncia sofrida? Por que resistem em denunciarem seus parceiros agressores e no rompem ou demoram tanto tempo para romperem relacionamentos violentos? Em que medida sua insero religiosa est relacionada com essa situao de violncia? Para tentar responder a essas perguntas, escolhemos como campo de pesquisa o Ncleo de Defesa e Convivncia da Mulher Casa Sofia, uma ONG que atua com mulheres em situao de violncia domstica e sexual. Ao constatarmos o significativo nmero de mulheres evanglicas que ali so atendidas, nos propusemos analisar as representações religiosas de gnero e sua relao com a violncia domstica.(AU)

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Os textos bblicos so o resultado de um processo histrico-literrio no qual as sociedades e as culturas se fazem presentes pelas construes e representações simblicas, pelas linguagens e pelos discursos. Desse modo, na pesquisa bblica torna-se imprescindvel o estudo das fontes do cristianismo primitivo por meio de conceitos histrico-antropolgicos que possibilitem compreender o processo de formao de identidades no contexto judaicohelnico do cristianismo primitivo. Na perspectiva de anlise das identidades, Gl 3,26-29 reflete e sugere a interao e a aproximao entre os grupos tnicos e socioculturais, observadas as diferenas e a unidade em Cristo Jesus; e o reconhecimento das identidades a partir da dinmica das fronteiras sociais, tnicas e geogrficas. Dos pontos de vista teolgico e antropolgico, aproximamo-nos dos componentes conceituais tnicos, socioculturais e religiosos que o texto sugere, bem como das representações sociais e de gnero que emergem da interao entre os grupos cristos ainda no sculo I. Portanto, para o cristianismo paulino da Galcia, a concepo do judasmo, em sua relao com o helenismo, no constitui uma entidade fixa, estagnada, em simples oposio a este; eles esto em contnuo movimento de interao entre as fronteiras e, em sua diversidade e diferenas, possibilitam compreender o emergir das identidades fluidas em formao.

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A questo relacional na rea da sade envolve o imaginrio sociocultural. Nos casos de mulheres com cncer de mama, denota um carter emergencial em virtude do elevado nmero de ocorrncias ou pela falta de percepo feminina da doena, o que dificulta a preveno e o tratamento em tempo hbil. Este estudo pretende analisar como e de que maneira ocorrem e repercutem as prticas discursivas entre os profissionais da sade e as pacientes com cncer de mama. Para isso, delineamos como pressupostos tericos as barreiras da comunicao, seja interpessoal, intrapessoal e no verbal. A metodologia foi com base na Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici e no Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) de Ana Maria Cavalcanti Lefvre e Fernando Lefvre. Nas anlises dos relatos das mulheres com cncer de mama, identificamos conflitos de ordem sociocultural, como crenas, valores pessoais, esteretipos, enfim, distores provenientes do senso comum e do imaginrio coletivo, disseminadas nas representações da doena levadas a pblico pela mdia em geral. Nas consideraes finais, constatamos que tais representações (estigmas sociais) interferem na relao com os profissionais de sade, influenciando, assim, a adeso ao tratamento da doena. Os aspectos comunicacionais so aqui apontados de maneira tcita.

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Inmeros so os estudos que mostram a importncia de se considerar emoo/afetividade no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que emoo e cognio no se separam. Nesse sentido, o presente trabalho discute a relao entre a emoo e a educao por meio das obras do bilogo chileno Humberto Maturana, analisando como estudantes dos cursos de educao (licenciaturas e pedagogia) relacionam a emoo ao trabalho docente. Para Maturana, a emoo no se restringe ao aspecto afetivo ou mesmo subjetivo dos estados psquicos, nem um sentimento. Trata-se, antes de mais nada, de condutas de ao, de uma construo de um sujeito observador a partir de uma emoo constitutiva fundamental, portanto, estruturante, e que impulsiona todas as demais aes humanas. O autor traz a emoo e a educao como uma quebra de paradigmas que consideravam o corpo e a mente como fragmentos e passa-se a entender o ser humano de forma integral, como um ser complexo que se realiza na linguagem e no racional partindo do emocional. A presente pesquisa configura-se como um recorte do Programa de Pesquisa longitudinal Representações Sociais de estudantes de licenciatura e pedagogia sobre o trabalho docente realizado pelo Centro Internacional de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade Educao (CIERS-ed), entre 2006 e 2011, sob coordenao da Prof. Dr. Clarilza Prado de Sousa. Partindo-se do pressuposto que a produo discursiva dos participantes da pesquisa revela o modo como estes se situam no mundo e como entendem a sua formao, o presente estudo analisou o Banco de Dados sistematizados no Programa de Pesquisa de modo a analisar, ainda que de forma indireta, como os estudantes entendem a emoo no trabalho docente. Para tanto, foram usados dados de associao livre, de classificao mltipla e de entrevista que, embora no tenham se preocupado diretamente em tratar da questo da afetividade e da emoo, permitiram uma anlise nessa direo. Os resultados apontam para uma formao de docentes que consideram a emoo no trabalho docente, mas que pela formao ainda sentem angustia quando pensar na relao do educar.

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Esta pesquisa fundamenta-se em uma perspectiva psicossocial da Teoria das Representações Sociais, sistematizada por Serge Moscovici, Denise Jodelet e demais colaboradores, com o objetivo de analisar como revistas informativas semanais (Veja e CartaCapital) representam questes relacionadas ao professor. A temtica, do ponto de vista terico, justifica-se em face do papel fundamental da mdia na sociedade contempornea como difusora e produtora de informaes. Foram levantados produtos jornalsticos publicados, durante um ano, na maior e mais importante revista semanal de informao do Pas (Veja) e em CartaCapital sobre a temtica professor e suas variantes. O nico critrio para seleo dos textos foi que versassem sobre o professor brasileiro, independentemente do grau de ensino, sendo includas reportagens, entrevistas e/ou artigos opinativos. Esta investigao abarca ainda como recurso terico-metodolgico, o conceito de representações miditicas conforme elaborado por Sary Calonge. Foram analisados 79 produtos jornalsticos entre janeiro de 2012 e janeiro de 2013 que indicaram que o professor praticamente um ser invisvel nas pautas de reportagens e artigos desses veculos de comunicao. Professor para falar sobre educao, s se for da rea econmica. Nas poucas vezes em que mencionado ou at aparece com algum destaque, percebe-se o uso de esteretipos e clichs, o que aponta a existncia de um discurso naturalizado na mdia que ora o aponta como vilo, ora o trata como vtima das circunstncias que permeiam a situao atual da Educao no Brasil.

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A histria da fundao e desenvolvimento de uma instituio educacional, no pode ser desvinculada dos acontecimentos do pas, sobretudo se ocorrida no ltimo meio sculo, perodo mpar na histria, em que o ensino superior se expandiu de forma acelerada, sobretudo o privado. Este estudo do ensino superior brasileiro, contemplando a histria da Universidade Guarulhos, tem como pano de fundo a histria de vida de seu fundador e atual Chanceler Antonio Veronezi, como mtodo de investigao qualitativa, construdo por meio de entrevistas autobiogrficas. Identificando nas narrativas momentos marcantes da histria da educao brasileira, foram eles contextualizados no aspecto poltico, econmico e social. As transformaes do processo de industrializao foram tambm pesquisadas procurando apresentar o desenvolvimento da prpria cidade de Guarulhos, geradora da demanda por ensino superior desde a dcada de 1970 mantida at o momento. A trajetria educacional, a entrada no setor de educao, o desenvolvimento de habilidades de gesto e a transformao do professor do ensino mdio em um dos mais importantes empresrios e representante do setor, dotam de sentido as questes suscitadas, que podero ser respondidas por pesquisadores da histria, da pedagogia, da lingustica ou da administrao, entre as quais: a democratizao do acesso, a qualidade do ensino superior, as representações sociais dos gestores e a mercantilizao do setor.

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Pouco discutido no mbito pedaggico, o riso tem sido historicamente dissociado da escola, motivo pelo qual este trabalho tem como objetivo identificar como ele percebido em sala de aula. A proposta entender como o riso e sua funo social so vistos por professores e alunos. Para isso, foi selecionada uma escola pblica estadual na cidade de So Bernardo do Campo, SP. L so atendidos adolescentes que frequentam as aulas no Ensino Fundamental II e Mdio. A pesquisa foi realizada com estudantes que esto terminando o Ensino Fundamental. Cem alunos responderam a questionrios estruturados, compostos por itens de perfil e questes abertas. O mesmo foi feito com dezenove professores da referida escola, entretanto as questes para cada pblico sofreram variaes. Como categoria analtica, foi utilizado o conceito de representao da Teoria de Representações Sociais, de forma instrumental. Os resultados obtidos indicam que os sujeitos observam um conceito hbrido presente na composio do objeto em anlise, de forma que o avaliam ora como um elemento nocivo, ora como um recurso estimulante a aulas mais agradveis. Foi constatado que os alunos riem na escola, mas expressivo o fato de no associar essa ao ao contexto escolar. Os estudantes reforam que o riso na sala de aula atrapalha a concentrao, embora sejam conscientes de que essa constatao circunstancial. Em contrapartida, mais de 60 alunos afirmaram j terem aprendido algo com a interferncia do riso, sendo o professor o principal protagonista nesses momentos. Com relao aos docentes, a maioria afirmou que o riso pode ajudar o aluno a aprender algo, mas compreendem que a maior contribuio desse elemento na sala de aula a de proporcionar um ambiente mais agradvel. As duas desvantagens mais listadas pelos professores sobre o riso na sala de aula a de que ele pode provocar a falta de ateno do aluno e tambm momentos de bullying entre os colegas de sala. Acredita-se que a associao do ambiente escolar com manifestaes de seriedade justifique as frequentes referncias feitas ao seu aspecto negativo, retratado na pesquisa pelos sujeitos. Mais da metade dos docentes analisa que o riso pode servir como instrumento pedaggico, entretanto os alunos afirmam que isso depende do professor e do momento. A pesquisa deixou evidente que o aspecto negativo do riso impede que este objeto seja mais bem aceito na escola, de forma que a percepo que os sujeitos fazem sobre o riso passa a interferir na relao que estabelecem com ele em sala de aula.

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Neste estudo, busco desvelar a relao entre formao continuada de professores e a prtica de leitura, considerando a instituio do ato de ler e suas implicaes e relacionando conceitos, fatos, causas e efeitos. Apresento uma retrospectiva da iniciao s letras no mundo, pontuando conceitos e as diferentes metodologias utilizadas para o desenvolvimento da indissocivel dupla leitura e escrita, considerando os aspectos sociais e as exigncias de cada poca. Tomo como base os escritos de Alberto Manguel, Uma histria da leitura, e a obra Formao do Brasil Colonial, de Arno Wheling & Maria Jos C.M. Wheling, que direcionam a sntese da implementao da aquisio de leitura e escrita no Brasil e conduzem o discurso para um breve histrico da formao continuada na rede estadual de So Paulo. A instituio da formao continuada e a concepo do conceito de formao continuada, segundo a literatura especfica, permitem a percepo de algumas mudanas nas representações sociais assumidas pelos docentes em relao educao, ao processo de ensino e aprendizagem e ao seu papel como indivduo ativo historicamente situado. Exemplifico a formao continuada de professores com a anlise do programa EMR Ensino Mdio em Rede. O estudo inclui inicialmente a observao, seguida da anlise, das opinies expressas em questionrios e entrevistas de professores com participao efetiva no programa EMR. A histria da vida de trs professores, enfocando a formao leitora, auxilia no entendimento do processo de leitura e sua influncia na constituio dos sujeitos enquanto leitores e o impacto da prtica de leitura em sua atividade docente. A identificao das situaes que envolvem o processo de leitura e escrita, bem como dos elementos que corroboram ou no para seu aprimoramento, contribui para uma discusso relevante para a efetiva ampliao da prtica de leitura.(AU)

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Nos ltimos anos, estudos sobre o ensino da linguagem escrita abordaram as prticas de leitura como uma produo cultural, que se originam nos contextos sociais de comunicao e se constituem em um instrumento de incluso social e de participao poltica. Essas ideias foram apropriadas pelos discursos oficiais e amplamente divulgadas no meio educacional no Estado de So Paulo em diversos programas de formao continuada. Nesse contexto, esta pesquisa fundamentou-se na teoria das representações sociais, desenvolvida por Serge Moscovici, para investigar os sentidos atribudos ao ato de ler por um grupo de professoras que leciona nos quatro primeiros anos do ensino fundamental. Para o desenvolvimento deste trabalho, foram consideradas as prticas e preferncias leitoras das professoras, a histria do ensino da leitura, as representações sociais sobre o ato de ler entre as mulheres e as suas relaes com o processo de profissionalizao do magistrio. Por meio da metodologia da anlise de contedo foi possvel desvelar as representações da leitura presentes nos discursos das professoras, contribuindo para conhecer suas formas de conceber a prtica de ler.(AU)

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Este trabalho uma interpretao do imaginrio a respeito de Deus, revelado por um grupo de crianas desprotegidas. Obter-se uma representao desse imaginrio, tarefa difcil, foi o primeiro passo da investigao. A partir da prtica do desenho, considerado como forma capaz de oferecer indicaes seguras para busca de traos de personalidade, adicionada s interpretaes verbais, realizadas pelas crianas; imagens foram se revelando e concretizando o desejado imaginrio. A explicitao dos mecanismos de produo de sentidos das imagens fundamentou-se em dois diferentes nveis de interpretao terica: a primeira, subsidiada por propostas psicolgicas e psicanalticas, permitiu a interpretao dos traos e cores, nos desenhos, como indicadores de sentimento. A segunda, baseada na Teologia Sistemtica: a simbologia segundo Tillich, oportunizou a identificao de smbolos relacionados ao Divino, dos quais um, pela sua presena nas duas expresses: pictrica e verbal, foi considerado o smbolo, ou, a figura simblica de Deus, manifestada pelas crianas. O desenvolvimento do trabalho abarca os seguintes tpicos: realidade contextual das crianas, a perda como uma caracterstica marcante nas crianas, o imaginrio infantil, sntese tradicional das interpretaes que as crianas fazem a respeito de Deus, significaes das expresses pictricas, revelao simblica como representao da pessoa de Deus, imaginada, experincias religiosas de f das crianas, para com a pessoa de Deus, por elas revelada. Considerando-se que nenhuma anlise acabada, no final do trabalho encontram-se algumas perspectivas oriundas do seu interior, substituindo qualquer concluso.(AU)

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Este trabalho uma interpretao do imaginrio a respeito de Deus, revelado por um grupo de crianas desprotegidas. Obter-se uma representao desse imaginrio, tarefa difcil, foi o primeiro passo da investigao. A partir da prtica do desenho, considerado como forma capaz de oferecer indicaes seguras para busca de traos de personalidade, adicionada s interpretaes verbais, realizadas pelas crianas; imagens foram se revelando e concretizando o desejado imaginrio. A explicitao dos mecanismos de produo de sentidos das imagens fundamentou-se em dois diferentes nveis de interpretao terica: a primeira, subsidiada por propostas psicolgicas e psicanalticas, permitiu a interpretao dos traos e cores, nos desenhos, como indicadores de sentimento. A segunda, baseada na Teologia Sistemtica: a simbologia segundo Tillich, oportunizou a identificao de smbolos relacionados ao Divino, dos quais um, pela sua presena nas duas expresses: pictrica e verbal, foi considerado o smbolo, ou, a figura simblica de Deus, manifestada pelas crianas. O desenvolvimento do trabalho abarca os seguintes tpicos: realidade contextual das crianas, a perda como uma caracterstica marcante nas crianas, o imaginrio infantil, sntese tradicional das interpretaes que as crianas fazem a respeito de Deus, significaes das expresses pictricas, revelao simblica como representao da pessoa de Deus, imaginada, experincias religiosas de f das crianas, para com a pessoa de Deus, por elas revelada. Considerando-se que nenhuma anlise acabada, no final do trabalho encontram-se algumas perspectivas oriundas do seu interior, substituindo qualquer concluso.(AU)

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O presente trabalho visa interpretar as representações religiosas do fiel carismtico pertencente ao grupo de orao da Renovao Carismtica Catlica de Maring, Paran, quando o mesmo se encontra diante de um processo de enfermidade. Tendo por base a concepo antropolgica da sade e a concepo antropolgica interpretativa, o texto abre uma discusso entre essas reas do conhecimento para interpretar a busca da religio, como sistema de significado e motivao para a recuperao de enfermidades na vida do fiel carismtico. O processo sade/doena, pela viso antropolgica, visto enquanto fenmeno social, preocupando-se com as pessoas, em diferentes culturas e grupos sociais, uma vez que sade e doena no esto presentes, de forma igual, nas culturas. Compreendendo que a sade algo que ultrapassa os conceitos de ser considerada apenas quando um corpo no tem doena, a antropologia prope um modelo de estudo que inter-relacione cultura/sociedade/natureza, que nos permita refletir, e no reproduzir, o modelo positivista da medicina que fragmenta o corpo, lanando a responsabilidade da doena sobre o enfermo, no considerando sua histria, suas crenas, valores e o contexto social em que vive. O estudo revelou, pelas narrativas dos fiis entrevistados: a busca do grupo de orao da RCC, como lugar de valorizao, cuidado humano, e espao de aproximao com o sagrado; a religio, como algo que lhe confere significado por meio de smbolos religiosos que atuam de forma teraputica para a recuperao de sua enfermidade; e, por fim, a religio como recurso e sistema de motivao e nimo no processo de enfrentamento do mal-estar do corpo e da mente, ou seja, a doena propriamente dita.(AU)