58 resultados para Psalms - poor - oppression - social exegesis Theology hope


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O seguinte trabalho desenvolve o tema da violncia contra o movimento popular na Galilia, segundo o texto de Lucas 13,1-5. Esse texto no tem paralelo nas outras duas fontes sinticas, nem em Joo, nem em Tom, nem no grupo Galileu que escreveu a fonte Q; quanto a esses eventos histricos que narra o texto, no h referncia nem em Flvio Josefo, nem em outros historiadores da poca. Isso quer dizer, que estes versculos so uma fonte prpria de Lucas, uma fonte autnoma, chamada por alguns como fonte L (ou fonte S). A abordagem deste texto de Lucas, feita por grande parte de pesquisadores na rea bblica, preocupa-se com os temas de pecado e arrependimento, deixando na margem a situao das vtimas e as ameaas de Jesus para seus ouvintes. Neste sentido, este trecho de Lucas de grande importncia. Estes versculos expressam a realidade scio -poltica. Seu contedo um sinal de conflito e de denncia contra o sistema imperial romano que no passou desapercebido para o redator do texto e nem para o seu auditrio. Trata-se, portanto, da memria das vtimas da opresso. Apresentamos a seguir, a pesquisa em trs captulos esboados brevemente. O primeiro descreve o agir especfico dos procuradores ou governadores romanos, nas provncias comandadas por eles; ao mesmo tempo, a reao do povo e os seus protestos. A nossa nfase recair sobre o procurador romano Pncio Pilatos. Nos valeremos das fontes bblicas, extra-bblicas e pseudo-epgrafas. No final, destacaremos a relevncia e o papel central do texto Lucas 13,1-5. No segundo captulo, o centro ser a exegese de Lucas 13,1-5, relacionando-o com o contexto maior que, em nosso caso, chamado itinerrio de viagem para Jerusalm , e com um contexto imediato que o capitulo 13 de Lucas. No final, perguntaremos pelo grupo ou grupos que podem estar por trs destes versculos, e a importncia da fonte L, como fonte primeira que se insere no Evangelho de Lucas. O texto de Lucas 13,1-5 aparece como texto autnomo, memria das vtimas; ele contrasta com a viso moderada dos relatos da Paixo nos sinticos, frente a uma realidade de opresso. O terceiro captulo constitui-se num ensaio de articulao destes dois captulos com a realidade atual, especificamente com a situao de guerra, violncia e morte na Colmbia, junto aos esforos atuais por reconstruir a memria das vtimas do povo colombiano, memria que d sentido e dignifica a oferenda de suas vidas.(AU)

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Sarah Poulton Kalley conhecida, em quase todos os segmentos do protestantismo do Brasil, devido organizao e compilao d e Salmos e Hinos, o mais antigo hinrio protestante editado no vernculo em nosso pas. Seus hinos, ainda em uso em muitas igrejas, marcaram por mais de um sculo a teologia do protestantismo no Brasil. Apesar desta notoriedade, sua influncia na gnese do protestantismo brasileiro nunca foi objeto de estudo. Assim, o objetivo desta pesquisa resgatar e visibilizar reas e estratgias de atuao que conferem a esta mulher um perfil de atuao relativamente autnomo. Contudo, centrada no estudo da trajetria intelectual e biogrfica de um sujeito histrico, a investigao se defronta com um universo de personagens annimos, envoltos numa complexa teia de relaes, atravs das quais o protestantismo se insere no Brasil em um contexto especifico: huguenotes, puritanos, luddistas, famlias no-conformistas inglesas, lderes polticos e eclesisticos, exilados madeirenses, brasileiros, portugueses, imigrantes alemes e, principalmente, a mulher protestante brasileira. A busca por informaes sobre este universo relegado ao anonimato pela historiografia do protestantismo no Brasil, reve lou alguns documentos inditos, inclusive um livro escrito por Sarah Poulton Kalley, em 1866: o A Alegria da Casa. Muito alm do papel de esposa de um missionrio e mdico, Sarah Poulton Kalley emerge de uma rede de relaes e prticas como professora, missionria e poetisa. Nestes trs campos de atuao e atravs do desenvolvimento de mltiplos contatos e relacionamentos, procurava transformar e influenciar atitudes e crenas de seus interlocutores. Junto com a nova f divulgava uma cosmoviso prpria da cultura anglo-sax, protestante e puritana, adaptando-a seletivamente ao universo cultural e social de seus interlocutores.(AU)

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A experincia das mulheres tem sido afirmada como ponto de partida de Teologias Feministas da Libertao. Na Amrica Latina, o sexismo, a feminizao da pobreza, a violncia contra as mulheres tm inspirado o movimento feminista a se articular com as mulheres de movimentos populares para a conquista de direitos plenos para as mulheres. As Teologias da Libertao no lograram analisar a opresso das mulheres e apoiar sua luta, pois entenderam sua opresso como um desdobramento da explorao econmica dos pases pobres pelos pases ricos. Queremos demonstrar que a Teologia Feminista da Libertao, ao contrrio, utilizando um mtodo de anlise feminista, capaz de oferecer um suporte teolgico s reivindicaes das mulheres latino-americanas. O presente trabalho vai analisar teologicamente a experincia das mulheres de movimentos populares e explorar dois temas prioritrios dessa experincia: corpo e cotidiano. Assim procedendo, pretende demonstrar que corpo e cotidiano so importantes categorias para a Teologia Feminista da Libertao na Amrica Latina, atravs das quais ela poder contribuir para apoiar a busca da autonomia e empoderamento das mulheres, em especial das mulheres pobres.(AU)

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Esta pesquisa prope-se a analisar a liturgia no contexto urbano, e a forma como a prxis pode influir e se articular com a liturgia crist construda na cidade, especialmente em reas empobrecidas e que experimentam as contradies resultantes de um modelo econmico excludente e concentrador de renda. Assim, a pesquisa busca apontar para o desenvolvimento da prxis pastoral litrgica, tendo como espao de referncia a rea da Comunidade de Helipolis, So Paulo, a segunda maior favela do Brasil. A prxis a atividade reflexiva e material do ser humano, isto , ao transformadora que deve insistir na opo preferencial pelos pobres e excludos. A pastoral litrgica que tenha o seu referencial na prxis ir, portanto, criar aes que animem as esperanas do povo que celebra, favorecendo a organizao e a sensibilizao para as lutas sociais necessrias para a superao da excluso, devolvendo a dignidade aos seres humanos. A pesquisa se desenvolve em trs etapas: primeiramente, buscam-se as conceituaes tericas de prxis e urbanizaes; em segundo lugar, se analisa o caminho da ocupao da rea de Helipolis; e por ltimo os apontamentos para a prxis pastoral litrgica no contexto urbano. O resultado ser um conjunto de referenciais gerais histricos e tericos capazes de sustentar uma pastoral litrgica que contribua para as esperanas humanas e a criao de um novo paradigma de sociedade fundamentado na justia e na igualdade.(AU)

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A presente investigao se concentra na eclesiologia prtica, experimental e funcional de John Wesley, examinando no apenas o que se encontra explcito em seus escritos sobre a igreja, mas tambm o que est implcito na prxis social e missionria dos primeiros metodistas. Antes, porm, traado um panorama das discusses em torno da concepo wesleyana de igreja, desenvolvidas, sobretudo, nos ltimos cinqenta anos. O valor dessas pesquisas reconhecido, pois elas ajudaram a criar certa convergncia em torno dos principais temas da viso de Wesley. Entretanto, em boa parte delas, nota-se esforo em enquadrar a fragmentada reflexo wesleyana em algum esquema de interpretao previamente definido. De conservador e defensor da Igreja estabelecida a cismtico radical, quase todas as qualificaes lhe foram atribudas. certo que Wesley assimilou a contribuio de vrias correntes, o que oferece justa dimenso da complexidade de sua teologia, resistente a explicaes simplistas. Nem sempre, porm, se indaga sobre o que determinou as suas preferncias. Aqui sustentada a tese de que no foi o apego a princpios considerados ortodoxos, mas o encontro com o povo que levou Wesley abertura crescente para uma compreenso da igreja, ao mesmo, sensvel ao sofrimento dos excludos da sociedade inglesa, e flexvel para se ajustar a conjunturas em mutao constante. Ele rompeu com a eclesiologia hierrquica, em que foi formado, e ps em prtica uma concepo fundamentalmente laica de igreja. Quebrou o monoplio do clero e tornou realidade o sacerdcio de todos os crentes, tanto de homens quanto de mulheres. Rejeitou o individualismo e valorizou a vida comunitria responsvel. Desfez a interpretao paroquialista e exclusivista de igreja e abraou a ecumenicidade como carter essencial da Igreja de Cristo. Enfim, centralizou-se na via salutis, na renovao de toda a criao, pela graa de Deus com a participao humana responsvel, e relativizou a prpria Igreja.

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Esta pesquisa tem como objetivo, esclarecer como a ansiedade desempenha um papel de forte influncia em relacionamentos interpessoais e como o conhecimento desta influncia, seguido de uma conscincia que possibilite sua amenizao, pode permitir relacionamentos harmnicos e diminuio de conflitos que fazem parte do cotidiano. A partir de uma anlise de natureza bibliogrfica, se utilizou autores de reas correlatas como psicologia, aconselhamento, filosofia e teologia, por entender que existe um grande volume de conhecimentos cientficos sobre o tema, os quais podero acrescentar positivamente ao estudo do mesmo. utilizada uma dialtica que considera a formao das relaes sociais, a origem de influncias construtoras de condutas intra e interpessoais de um indivduo, bem como a insatisfao emocional produzida pela ansiedade. A contribuio deste trabalho relaciona-se viabilidade de se conquistar relacionamentos mais saudveis; o desenvolvimento da idia de ao consciente, atitude menos influenciada pela ansiedade; e o realce da importncia de uma prtica pastoral fundamentada na f como esperana minimizadora da ansiedade. Sua utilidade aponta para a esperana em relacionamentos interpessoais harmoniosos, no utpicos, mas produtos de conhecimento, discernimento e compreenso da realidade intra e interpessoal do indivduo.(AU)

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Num ambiente como o da Galilia do sculo I, onde o ensino era realizado nas comunidades religiosas, vilarejos e ncleos familiares de forma oral, o mtodo de fixao de ensinos mediante a assimilao de smbolos do cotidiano era fundamental. Por conta disso, acreditamos que, dentre as fontes orais ou escritas preservadas e organizadas pelos Evangelhos Sinticos, as parbolas de Jesus compem o gnero literrio mais original por terem sido preservadas na memria, com maior preciso pelos primeiros seguidores de Jesus. Muitos estudiosos empreenderam importantes trabalhos para pesquisar o lugar social das parbolas de Jesus, a maioria deles partindo dos prprios textos dispostos como esto nos Evangelhos. Neste trabalho, nos propomos trabalhar as parbolas de Jesus como ditos bem preservados pela oralidade a partir da teoria da Fonte Q, que tratada como um dos estratos mais primitivos da tradio formativa dos Evangelhos Sinticos e do movimento de Jesus. As parbolas do Ladro (Q 12,39-40), Servo Infiel (Q 12,42-46) e do Dinheiro Confiado (Q 19,12-27) sempre foram vistas pela tradio eclesial como parbolas que tratam da necessria vigilncia do cristo por conta da repentina parusia de Jesus. No entanto, nesse trabalho vamos alm, pois acreditamos que essas parbolas tratam do contexto social da Galilia do sculo I, onde so retratadas a opresso econmica e a violncia social imposta aos pequenos proprietrios e camponeses empobrecidos.(AU)

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O livro de J, cujo tema principal a dor humana, mostra que as provaes que J foi obrigado a suportar so absurdas e cruis. Diante da realidade de sua existncia, J percebe o universo como uma ausncia do Deus em quem cr. A vida humana aparece catica e as desigualdades sociais no encontram soluo, a no ser na morte. Na obra, a explicao a cerca do sofrimento do inocente continuou arbitrria e permaneceu irrespondida. Contudo, a aflio gerada pela misria total, pelo abandono e pela solido fez J compreender a aflio das pessoas com as quais ele se identificou: o pobre, a viva, o rfo, o faminto, todos aqueles que de alguma forma sofriam injustamente. Foi a partir dessa identificao que J lanou seu grito de protesto e denunciou os crimes cometidos pelos poderosos aos trabalhadores do campo e da cidade na sociedade de sua poca, como mostra o captulo 24,7-12. J no desprezou o prximo, nem se omitiu diante da violncia contra seres humanos, mas engajou-se no combate do mal. Mal que pode ser entendido como tudo aquilo que contraria o dom mais preciso de Deus, o dom da vida.(AU)

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Neste estudo, que tem por base Gnesis 14,18-20, se discute a respeito de Melquisedec, o rei de Salm e seu deus el elyon , de quem sacerdote (v.18). O texto ps-exlico, sendo uma insero ao captulo 14, e reflete a histria de Jud no perodo de sua restaurao (sculos 6 a 4 a.C.), numa poca em que o sacerdcio de Jerusalm assumiu gradativamente um poder sem precedentes em sua histria, de maneira que o sumo-sacerdote acabou por se tornar uma autoridade civil. Melquisedec, que recebe o dzimo de Abro, uma imagem que evoca o poder do culto hierosolimitano na sociedade judata e seu alegado direito aos dzimos e ofertas oriundos do povo. Mas Melquisedec, usado num texto tardio, pertence a tradies anteriores ao exlio de Jud, segundo as quais o rei tambm desempenhava papel sacerdotal, como chefe religioso e intendente de Iahweh (Salmo 110). Essa dupla funo foi um meio de legitimar as estruturas de poder caracterizadas por uma organizao sciopoltico- econmica que, em aspectos gerais, se ajusta ao conceito de modo de produo tributrio. Assim, todo um discurso construdo sobre a pessoa do rei e sobre outros aspectos ideolgicos, tais quais a teologia de Sio (Salm), serviam de suporte para a manuteno do status quo. E em tal discurso coube o uso do universo simblico da religio. Neste estudo, aventa-se a hiptese de que el elyon seja um nome composto, no qual subjazem el, que corresponde ao deus supremo do panteo cananeu (o ugartico ilu), que tem como um de seus atributos o fato de haver gerado cus e terra (o que situa a tradio em concepes cosmognicas mdio-orientais arcaicas); e elyon, o qual parece esconder as caractersticas de outro deus, Ba al (Salmo 18, 7-17). Nota-se dessa maneira que o nome do deus de Melquisedec a combinao sincrtica de caractersticas de duas grandes divindades do panteo cananeu

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A presente pesquisa analisa igrejas evanglicas pentecostais no municpio de Rio Grande da Serra, regio do Grande ABC Paulista. Busca identificar qual o papel social desses grupos religiosos de grande crescimento no municpio junto aos seus membros em situao socioeconmica frgil, tanto quanto para a populao carente da cidade. A partir de uma reflexo acerca da constituio de espaos territoriais perifricos , e das prticas associativas nesses espaos, nosso objetivo estudar o associativismo religioso formal e informal, e a construo de redes sociais em seu entorno, e a sua contribuio para o aumento do capital social, entendido este, segundo Bourdieu, como agregado de benefcios materiais e simblicos, de seus participantes. A pesquisa leva em considerao que a cidade caracteriza-se por ser uma regio de periferia, em que parcela importante da populao vive em situao de segregao, riscos e vulnerabilidade social.

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Destacar a importncia da reportagem investigativa, e mostrar o valor que deve ser observado no empenho da atuao profissional tica de um reprter de televiso, capaz de mudar o rumo da histria poltica recente do Brasil, o que se prope o presente trabalho. A prtica do jornalismo autntico demonstra ser transformadora. o que acontece com a atuao do reprter Caco Barcellos. Ele se props a perseguir uma histria por mais de um ano e, ao final, mostrar uma verdade escondida durante 30 anos pelo poder pblico. Com tal reportagem, possibilitou a reparao de uma injustia social cometida contra uma jovem estudante brasileira. A fora da reportagem apresentada num telejornal incontestvel, em razo do potencial que representa a televiso na penetrao em todas as camadas da sociedade como veculo de informao. Sendo a reportagem apresentada em srie de trs dias consecutivos pelo Jornal Nacional, eleva seu peso significativamente, devido liderana de audincia do telejornal da Rede Globo. O investimento da emissora numa reportagem como a apresentada neste trabalho depende fundamentalmente da presena de um reprter profundamente identificado com a luta contra a injustia social. E este o perfil de Caco Barcellos. Ele cresceu na periferia pobre de uma metrpole, e desde muito cedo se revoltou contra a ao policial que discrimina o cidado comum e privilegia os poderosos. Conseguiu transformar a raiva acumulada em aes efetivas atravs da reportagem investigativa reveladora da injustia social cometida diariamente. Quando o espao era pequeno para o tamanho do que tinha para reportar, Caco lanou livros, ganhou prmios e enfrentou processos judiciais, movidos por policiais interessados em destruir a vida profissional do reprter que ousou trabalhar srio e encontrar os documentos que provavam os desmandos praticados contra inocentes, friamente assassinados. O resultado uma atuao exemplar, com um mtodo de trabalho digno de ser seguido, refletindo-se na srie de reportagens que desmontou uma farsa montada pelo exrcito, e que pode ser considerada como uma verdadeira aula de jornalismo.

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Este estudo teve por objetivo conhecer, discutir e analisar as motivaes e aspiraes dos alunos inseridos nos cursos pr-vestibulares para negros e carentes da ONG EDUCAFRO, bem como a insero desses jovens no Ensino Superior e no mercado de trabalho, considerando os mecanismos de incluso e excluso dos negros no Sistema Educacional Brasileiro. Dentre muitos estudos importantes, que abordam a temtica do negro no sistema educacional, gostaramos de destacar os Movimentos Sociais, de Educao e Cidadania, a dissertao: Um Estudo sobre os Cursos Pr-Vestibulares Populares, apresentada ao Programa de Ps-graduao, como requisito parcial obteno do ttulo de Mestre de Alexandre do Nascimento UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1999 e a dissertao de Mestrado de Cristiane Maria Ribeiro sob o ttulo Anti-Racismo e Educao: O Projeto Poltico-Pedaggico das Lideranas Negras de Uberlndia em 2000. A leitura dessas obras foi essencial para o encaminhamento dos estudos que integram este trabalho, uma vez que argumentam sobre a dvida social que o Brasil tem com os afro-descendentes no sistema educacional. Destacamos tambm o professor, escritor e ativista dos direitos humanos, o historiador negro nascido nos EUA, John Hope Franklin declara que as polticas compensatrias foram aplicadas desde a dcada de sessenta. Essas polticas pretendiam oferecer aos afro-americanos a chance de participar das mudanas sociais. De modo que as universidades foram obrigadas a implantar polticas de cotas e tambm implantar procedimentos que fossem favorveis populao negra. No Brasil, essa luta est sendo organizada pela ONG EDUCAFRO que vem desenvolvendo h alguns anos mecanismos de incluso social, justificando-os por meio da necessidade de compensar os negros pela discriminao sofrida no passado, beneficiando de alguma forma essa porcentagem da populao brasileira. No decorrer da pesquisa bibliogrfica, encontramos, por meio das diversas obras consultadas, uma grande preocupao dos autores com a questo das Aes Afirmativas como meio de compensar a populao negra, apesar da resistncia por parte daqueles que temem o progresso social dos negros, no entanto, pesquisas s indicam caminhos para reverter esse quadro negativo. Diante dessa realidade, fica o grande desafio: o que motiva e quais so as metas dos professores que ministram voluntariamente aulas nos Cursinhos Comunitrios? O que almejam os alunos com o seu acesso no Ensino Superior? A pesquisa confirmou que os alunos do Ncleo estudado buscam na ONG EDUCAFRO uma forma alternativa de insero no Ensino Superior e, que essa insero os motiva e os inspira no vislumbre de se colocarem tambm no mercado de trabalho. Vale ressaltar que o presente estudo no tem a pretenso de esgotar o assunto, mas de abrir espaos

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A perspectiva atual da cincia psicolgica, somada aos aspectos da psicologia positiva e da sade, permite estudar o fenmeno da resilincia, transformando velhas questes em novas possibilidades de compreenso, permitindo um olhar positivo dos seres humanos, focando ao invs de aspectos negativos, os aspectos virtuosos, tais como: resilincia, felicidade, otimismo, altrusmo, esperana, como sendo recursos favorveis para manuteno e promoo da sade. A percepo do suporte social protege os indivduos contra a desestabilizao, e os valores humanos contribuem na tomada de deciso e nas escolhas para a resoluo de conflitos. O objetivo deste estudo foi verificar se valores humanos e percepo de suporte social predizem resilincia em profissionais da sade. Participaram 127 brasileiros, profissionais da sade, sendo 76% do sexo feminino, com idade mdia de 38 anos, em sua maioria, casados. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram um questionrio de dados sociodemogrficos, a Escala de Avaliao de Resilincia, o Questionrio de Perfis de Valores QPV e Escala de Percepo de Suporte Social EPSS. Foram calculadas estatsticas descritivas, testes t e anlises de regresso lineares mltiplas padro. Os resultados revelaram que os participantes possuem bons nveis de resilincia, percebem que recebem mais suporte afetivo e movem e guiam suas aes e comportamentos pelo bem-estar dos outros. Resultados das anlises de regresso revelaram que apenas valores humanos so preditores de resilincia. Estes achados contribuem para a compreenso do constructo de resilincia como um estado ou processo, portanto, como um fenmeno dinmico que leva em considerao o contexto onde o ser humano est inserido, mas revela tambm a importncia das caractersticas individuais na explicao deste fenmeno. Tendo em vista as limitaes deste estudo e considerando que no foi encontrado nenhum estudo emprico acerca da influencia dos valores humanos sobre a resilincia, os resultados indicam a necessidade de desenvolvimentos de mais estudos para melhor compreenso dos preditores de resilincia e uma agenda de pesquisa sugerida ao final das concluses.