41 resultados para Suporte geométrico multifractal
Resumo:
Nas últimas décadas o comportamento organizacional vem sendo foco de estudos visto a necessidade de se conhecer crenças, afetos e sentimentos, elementos cada vez mais importantes num processo rumo ao alcance de resultados organizacionais, principalmente num cenário de grande disputa e conquista por espaço em um mercado cada vez mais competitivo. Dessa forma, reconhece-se a importância do papel que o conhecimento sobre o comportamento humano tem na eficácia da gestão. O contexto da Economia Solidária aparece como uma forma de organização onde possui princípios organizativos que compreendem a posse coletiva dos meios de produção pelas pessoas que a utilizam, e gestão democrática da empresa, caracterizando a autogestão. A autogestão é uma forma de administração democrática e participativa, onde todos os trabalhadores devem ter acesso à informação de tudo o que acontece na empresa para poder definir metas de produção, políticas de investimentos e modernização, política de pessoal entre outras. Esta pesquisa teve como objetivo analisar as relações de interdependência do capital psicológico, percepções de suporte social e percepções de suporte no contexto organizacional de empreendimentos econômicos solidários. Os participantes desse estudo escolhidos aleatoriamente foram 106 cooperados, e o instrumento de coleta de dados foi um questionário de autopreenchimento composto por quatro medidas validadas para o contexto brasileiro. As informações coletadas, todas representadas por indicadores numéricos, formaram um banco de dados para tratamento no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 18.0. Foram realizadas análises descritivas, correlações entre as variáveis (r de Pearson) e regressão linear. Também foram calculados os alfas de Cronbach para as escalas utilizadas. Os resultados obtidos apontam correlações positivas e significativas entre percepção de suporte social e as três dimensões de percepções de suporte social no trabalho e confirmam o capital psicológico como moderador entre percepções de suporte social e percepções de suporte social no trabalho.
Resumo:
Esta dissertação teve como objetivo geral analisar as relações entre estilos de liderança, percepção de suporte organizacional e comprometimento organizacional afetivo em trabalhadores. Participaram da pesquisa 263 trabalhadores que atuam na Região Sudeste do Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo) em organizações não governamentais, públicas e privadas. Como instrumento para coleta de dados foi utilizado um questionário de autopreenchimento composto de três escalas que mediram as variáveis da pesquisa. O estudo se propôs a apresentar, interpretar e discutir as relações entre as variáveis, como também, testar as hipóteses referentes ao modelo conceitual proposto, por meio de uma pesquisa de natureza transversal com abordagem quantitativa, cujos dados coletados foram analisados por aplicação de técnicas estatísticas paramétricas (cálculos de estatísticas descritivas: médias, desvio padrão, teste t e correlações; cálculos de estatísticas multivariadas: análises de regressões lineares múltiplas hierárquicas). O tratamento e análise dos dados foram realizados pelo software estatístico Statistical Package for the Social Science SPSS, versão 18.0 para Windows. Os resultados obtidos demonstraram que a variável percepção de suporte organizacional exerce forte e significativo impacto sobre comprometimento organizacional afetivo, enquanto que a variável estilos de liderança não consegue aumentar nem diminuir a força. A pesquisa possibilitou concluir pela adequação parcial do modelo testado visto ser a variável estilos de liderança um moderador frágil da relação entre percepção de suporte organizacional e comprometimento organizacional afetivo.
Resumo:
O objetivo geral deste estudo foi analisar, interpretar e discutir as relações entre a percepção de suporte organizacional, comprometimento organizacional afetivo e intenção de rotatividade e os efeitos das variáveis: gênero, idade, tempo de trabalho e chefia sobre a intenção de rotatividade. Participaram deste estudo 132 trabalhadores que atuam no estado de São Paulo em organizações públicas e privadas. Como instrumento para a coleta de dados foi utilizado um questionário de autopreenchimento composto por três escalas que mediram as variáveis. A presente pesquisa se propôs a apresentar, interpretar e discutir as relações entre as variáveis, como também, testar as hipóteses referentes ao modelo conceitual proposto, por meio de uma pesquisa de natureza transversal com abordagem quantitativa, cujos dados coletados foram analisados por aplicação de técnicas estatísticas paramétricas (cálculos de estatísticas descritivas: médias, desvio padrão, teste t student, correlações e cálculos de estatísticas multivariadas: analise da regressão múltipla hierárquica). O tratamento e análise dos dados foram realizados pelo software estatístico Statistical Package for Social Science SPSS, versão 19.0 para Windows. Os resultados obtidos demonstraram que percepção de suporte organizacional e o comprometimento organizacional são preditores diretos de intenção de rotatividade. As variáveis: gênero, idade, tempo de trabalho e chefia não apresentaram coeficientes de regressão significantes, portanto não é possível afirmar que são antecedentes de intenção de rotatividade. Os resultados foram discutidos à luz da literatura da área, tendo sido comparados com resultados de outros estudos empíricos.
Resumo:
A necessidade de obter e manter níveis de excelência e de satisfação no trabalho cada vez mais altos leva as organizações a um crescente investimento em modelos de gestão orientados ao suporte dos seus colaboradores. Desse cenário emergem alguns questionamentos: o suporte organizacional impacta na satisfação dos colaboradores? Indivíduos com alto capital psicológico possuem um maior nível de satisfação no trabalho? Buscando responder a essas perguntas, o estudo teve como objetivo comparar e analisar o impacto individual e combinado dos construtos Percepção de Suporte Organizacional e Capital Psicológico na Satisfação no Trabalho. A pesquisa foi realizada com 304 profissionais de empresas públicas e privadas, com escolaridade mínima equivalente ao nível médio, de ambos os gêneros e idades variadas. O instrumento para coleta dos dados foi um questionário de autopreenchimento composto de três escalas: Satisfação no Trabalho EST, Percepção de Suporte Organizacional EPSO e Escala de Capital Psicológico ECP. Para atingir os objetivos propostos no modelo conceitual, foi utilizada a abordagem quantitativa. Os dados foram analisados por modelagem de equação estrutural pelo algoritmo dos mínimos quadrados parciais (PLS). Os resultados demonstraram que as variáveis Percepção de Suporte Organizacional e Capital Psicológico impactam positivamente a variável Satisfação no Trabalho, sendo que a Percepção de Suporte Organizacional exerce maior impacto na Satisfação do Trabalho do que Capital Psicológico.
Resumo:
Esta pesquisa investiga a possível correlação entre os níveis de depressão e ansiedade e a percepção de suporte social em profissionais de enfermagem em ambiente hospitalar. Utiliza-se de método descritivo exploratório de caráter quantitativo comparativo. Foram aplicados: A Escala Beck de Depressão BDI total e as subescalas S1 cognitivo-afetiva, S2 somática e de desempenho; o Inventário de Ansiedade BAI (Beck Anxiety Inventory) ; a Escala de Percepção de Suporte Social (EPSS) e questionário sócio-demográfico-clínico em 39 profissionais de enfermagem, auxiliares e técnicos de hospital particular de médio porte. Os dados da BAI revelaram uma freqüência média de 6,10 (DP=5,826) ; a BDI total, média de 7,36 (DP=5,163), com média de 4,31 (DP= 3,764) na subescala cognitivo-afetiva e média de 3,03 (DP= 2,323) na subescala somática e de desempenho. Os dados evidenciam sintomas de ansiedade em 15% dos participantes e depressão em 18%, na faixa de intensidade leve, sem comprometimento funcional significativo. O escore médio fatorial da percepção de suporte social emocional, verificado é de 2,61(DP=0,781), obtendo no suporte prático frequência média de 2,28 (DP=0,686). . Foi verificada uma relação significante positiva (P=0,004) entre os escores das escalas BAI e BDI BDIS1 e BDIS2. Por outro lado, a correlação entre a Percepção de Suporte Social Emocional e o nível de ansiedade verificado pela Escala BAI apresenta uma relação negativa e inversa com BAI e significante (P=0,022), ou seja, enquanto a percepção de suporte emocional aumenta, o escore da escala de ansiedade diminui. Também uma foi verificada uma correlação negativa inversa significante entre a Percepção de Suporte Social Emocional e o nível de depressão verificado pela escala BDI total (P=0,012), e com BDI S1 (P=0,019). A correlação entre a percepção de Suporte Social Prático e o nível de depressão verificado pela Escala BDI Total (P=0,016) e BDI S1(P=0,014) apresenta um relação negativa e inversa, significante , ou seja, enquanto a percepção de suporte social prático aumenta, o escore da escala de depressão diminui. Esses dados apontam para que a percepção de suporte social tenha efeitos mediadores na proteção de saúde, agindo como moderador do impacto negativo de possíveis condições adversas de trabalho do profissional de enfermagem.
Resumo:
Este estudo objetivou identificar e descrever uma possível relação entre suporte social e qualidade de vida, em pessoas idosas participantes de um programa de educação permanente, o qual é promovido por órgão público em parceria com uma universidade, instalada em um dos municípios que integram a região do ABC Paulista, em São Paulo. A amostra consistiu de 106 idosos, com idade a partir de 60 anos, de ambos os sexos, e que efetivamente participam do referido programa. Para a coleta de dados, a amostra foi dividida em dois subgrupos, onde o primeiro grupo constou de 54 idosos que freqüentam o programa há menos de 1 ano, e o outro grupo foi formado por 52 idosos que freqüentam o programa há mais de 1 ano, com isso objetivamos identificar uma possível existência de diferentes percepções entre os grupos, das variáveis estudadas, em função do tempo de participação no programa, o que não foi confirmado, com os resultados apontando para uma homogeneidade entre os grupos, tanto nos aspectos socioeconômicos quanto nas percepções de suporte social e qualidade de vida, independente do tempo de participação no programa. Este estudo utilizou método descritivo exploratório, de caráter quantitativo e comparativo. Para a coleta de dados foram utilizadas a Escala de Percepção de Suporte Social (EPSS), que avalia percepção de suporte social em suas dimensões emocional e prático; o instrumento de avaliação da qualidade de vida: WHOQOL Bref e Old, e um questionário com dados socioeconômicos que auxiliaram na caracterização do perfil da amostra e na análise estatística dos resultados. Os resultados apontaram que a amostra pesquisada caracteriza-se por possuir um perfil socioeconômico diferenciado, no que se refere a uma maior escolaridade e rendimento mensal, quando comparado a media nacional que mostra o perfil do idoso brasileiro mais vulnerável, com baixa escolaridade e rendimento. Os resultados das avaliações das percepções de suporte social e da qualidade de vida demonstraram tratar-se de idosos que se sentem satisfeitos com seu momento de vida; que percebem apoio emocional, sentindo-se objeto de afeto em sua rede social. Com relação a percepção de suporte prático, os resultados demonstraram que os idosos possuem uma percepção relativa, apontando dúvidas e incertezas quanto ao recebimento deste tipo de apoio de sua rede social. Diante deste resultado, percepção de dúvidas e incertezas em receber suporte prático, e a característica socioeconômica diferenciada da amostra, podemos supor que esses idosos possuem estas percepções, por se sentirem ou por serem de fato provedores e não dependentes da sua rede social. Não foi evidenciada correlação entre as variáveis suporte social e qualidade de vida, sugerindo que o construto suporte social talvez seja percebido pelos idosos da amostra como fator de diminuição da funcionalidade biopsicossocial ou da competência comportamental; ou ainda, pode-se supor que diante dos sentimentos de satisfação com a vida atual, a amostra de idosos volta-se menos aos aspectos protetores do suporte social.
Resumo:
A psicologia positiva focaliza o estudo das emoções positivas, traços de caráter positivo e se destina a complementar, e não se distanciar ou substituir, o que já se sabe sobre o sofrimento humano, a fraqueza e as debilidades. Recentemente, baseado nos estudos da psicologia positiva, foi desenvolvido o conceito de capital psicológico (psycap), um construto de nível superior o qual pode ser definido como um estado de desenvolvimento psicológico positivo, caracterizado por: (1) possuir confiança (autoeficácia) para realizar os esforços necessários para enfrentar tarefas desafiadoras; (2) realizar atribuições positivas (otimismo) acerca de como se comportar no momento atual e no futuro; (3) perseverança no direcionamento dos esforços para atingir seus objetivos (esperança); e, (4) quando confrontado com problemas e adversidades, resistir à pressão e superar os obstáculos (resiliência) para atingir os seus objetivos. A percepção de suporte social pode ser entendida como um conceito que se refere à crença do indivíduo de que possui acesso a recursos materiais e psicológicos através de suas redes sociais. O suporte social pode atuar de forma positiva na saúde, desde a proteção até sua recuperação. A adesão ao tratamento pode ser considerada como a extensão à qual o comportamento do paciente (em termos de tomar os medicamentos, seguir dietas ou alterar o estilo de vida) coincide com as orientações ou conselhos médicos. Este estudo teve como objetivo analisar as relações entre capital psicológico, percepção de suporte social e adesão ao tratamento. Dele fizeram parte, 102 participantes escolhidos por conveniência, que responderam a um questionário autoaplicável contendo as medidas das variáveis deste estudo. Os dados foram submetidos às análises descritivas e multivariadas utilizando o SPSS, versão 19.0. Dentre os resultados, pode-se salientar a comprovação do impacto de percepção de suporte social sobre a adesão ao tratamento e a impossibilidade de que capital psicológico exerça papel moderador sobre essa relação na amostra estudada. Conclui-se que foram atingidos os objetivos do estudo com destaque para a corroboração que os resultados do mesmo trouxeram para os achados já presentes na literatura acerca do impacto do suporte social na adesão ao tratamento.
Resumo:
A perspectiva atual da ciência psicológica, somada aos aspectos da psicologia positiva e da saúde, permite estudar o fenômeno da resiliência, transformando velhas questões em novas possibilidades de compreensão, permitindo um olhar positivo dos seres humanos, focando ao invés de aspectos negativos, os aspectos virtuosos, tais como: resiliência, felicidade, otimismo, altruísmo, esperança, como sendo recursos favoráveis para manutenção e promoção da saúde. A percepção do suporte social protege os indivíduos contra a desestabilização, e os valores humanos contribuem na tomada de decisão e nas escolhas para a resolução de conflitos. O objetivo deste estudo foi verificar se valores humanos e percepção de suporte social predizem resiliência em profissionais da saúde. Participaram 127 brasileiros, profissionais da saúde, sendo 76% do sexo feminino, com idade média de 38 anos, em sua maioria, casados. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram um questionário de dados sociodemográficos, a Escala de Avaliação de Resiliência, o Questionário de Perfis de Valores QPV e Escala de Percepção de Suporte Social EPSS. Foram calculadas estatísticas descritivas, testes t e análises de regressão lineares múltiplas padrão. Os resultados revelaram que os participantes possuem bons níveis de resiliência, percebem que recebem mais suporte afetivo e movem e guiam suas ações e comportamentos pelo bem-estar dos outros. Resultados das análises de regressão revelaram que apenas valores humanos são preditores de resiliência. Estes achados contribuem para a compreensão do constructo de resiliência como um estado ou processo, portanto, como um fenômeno dinâmico que leva em consideração o contexto onde o ser humano está inserido, mas revela também a importância das características individuais na explicação deste fenômeno. Tendo em vista as limitações deste estudo e considerando que não foi encontrado nenhum estudo empírico acerca da influencia dos valores humanos sobre a resiliência, os resultados indicam a necessidade de desenvolvimentos de mais estudos para melhor compreensão dos preditores de resiliência e uma agenda de pesquisa é sugerida ao final das conclusões.
Resumo:
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) definem que a criança e o adolescente que cometem ato infracional são imputáveis, porém passíveis ao cumprimento de medidas socioeducativas. Esta reformulação do modelo do atendimento e o fenômeno da violência juvenil tem assumido uma visibilidade social e acadêmica a partir da crescente problematização da temática, principalmente referente ao aumento dos índices de ato infracional, reincidência do ato infracional e da criminalidade de maneira geral. A partir deste cenário, surgem algumas demandas sobre o papel da família no desenvolvimento dos adolescentes em conflito com a lei. Compreende-se que a família também viveu transformações histórico-sociais e que atualmente foi eleita a assumir os cuidados e responsabilidades de seus membros sem levar em conta as condições de inclusão/exclusão que também sofre. Nesse contexto, a presente pesquisa buscou identificar a percepção de suporte familiar dos adolescentes em cumprimento de medida socioducativa de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade em São Bernardo do Campo SP. O processo de coleta dos dados foi dividido em duas etapas distintas, a primeira referiu-se a aplicação do Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF), em que 84 adolescentes participaram do estudo, e a segunda etapa referiu-se a realização de entrevistas com cinco adolescentes. Identificou-se uma percepção de suporte familiar na dimensão afetivo-consistente média-alta à médio-baixa, na dimensão adaptação e autonomia familiar baixa à médio-baixa, estes resultados podem indicar certa fragilidade dos vínculos e das relações intra-familiares e uma percepção de inadequação e pouca autonomia na família. A percepção de suporte familiar dos adolescentes em conflito com a lei pode ser compreendida pela dificuldade de imposição de impeditivos e continência por parte da família, não rompendo com os ciclos de violência vivenciado pelos adolescentes e suas família. Desta forma, identifica-se a necessidade de intervenções junto a rede de garantia de direitos que promovam ações no âmbito do fortalecimento dos vínculos comunitários e familiares, podendo assim, instaurar novas possibilidades de vivências entre os adolescentes e suas famílias, em que o Estado, a comunidade e a família juntos se responsabilizam pelo desenvolvimento da criança e do adolescente.
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As questões do desenvolvimento humano desde tempos remotos são de interesse das diversas áreas do conhecimento. Tendo em vista o aumento da expectativa de vida, as questões relacionadas ao processo de envelhecimento ganharam importância, principalmente no que tange às políticas de saúde. A saúde é preocupação central no campo do envelhecimento, uma vez que problemas de saúde podem acarretar diversas dificuldades para os idosos e para suas famílias. Este estudo teve por objetivo buscar identificar as associações entre percepções de suporte social e autoeficácia em idosos. Suporte social e autoeficácia são variáveis estudadas em contextos diversos. Estudos revelam que ambas são capazes de colaborar para proteger e promover saúde. Suporte social diz respeito ao grupo de informações que leva o indivíduo a acreditar que é valorizado, amado e estimado e que o faz sentir-se pertencente a uma rede social de comunicação recíproca. Autoeficácia pode ser definida como o conjunto de crenças que o indivíduo tem sobre suas capacidades para organizar e executar ações para o cumprimento de tarefas específicas. Portanto, identificar a existência de associações entre as percepções de suporte social e autoeficácia pode contribuir para dar maior solidez aos conhecimentos já existentes sobre esses temas e sobre o processo de envelhecimento. Participaram do estudo 61 idosos de ambos os sexos, com idade média de 67 anos, com grau de escolaridade que variou entre ensino fundamental até pós-graduação e participantes em ações de promoção à saúde. Todos foram voluntários e autorizaram sua participação por meio da assinatura de termo de consentimento. A coleta de dados foi feita mediante a aplicação de questionário contendo escalas para avaliar os construtos, além de questões para caracterização dos participantes. Os dados foram analisados eletronicamente por meio do cálculo de frequências, percentuais, médias e desvios padrão. Para se testar a hipótese, foi calculada a correlação (r de Pearson) entre as variáveis do estudo. Entre os resultados obtidos, a percepção de suporte social, tanto na dimensão emocional quanto na dimensão prática, para os idosos participantes deste estudo, é de que muitas vezes são amados, cuidados, estimados, valorizados e, que pertencem a uma rede de comunicação e obrigações mútuas. Em se tratando da percepção da autoeficácia, constatou-se que esses participantes possuem crenças de que às vezes é verdade que são eficazes e que conseguem organizar e executar ações para o cumprimento de tarefas específicas. Aponta-se ainda que não existem correlações significativas entre percepção de suporte social e autoeficácia, ou seja, os níveis de percepção de suporte social não variam proporcionalmente à variação das crenças de autoeficácia em idosos. Isto significa dizer que para estes participantes, não seria eficaz investir em melhorias do suporte social, pois isto não teria impacto em suas crenças de autoeficácia. Indica-se a realização de novas pesquisas com idosos não participantes de ações de promoção à saúde, pois se pode pensar que idosos não engajados nestes tipos de ações poderiam necessitar de maior suporte social e assim, terem suas crenças de autoeficácia associadas à sua percepção de suporte social.
Resumo:
A família é o primeiro grupo social ao qual o individuo pertence e exerce importante função no desenvolvimento dos seres humanos. Levando-se em consideração o fato da adolescência ser considerada um período do desenvolvimento, marcada por diversas transformações, tanto do individuo quanto do meio familiar, assim como a importância que a família exerce na constituição desses adolescentes, faz-se necessário pensar na qualidade das relações que são estabelecidas. Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo identificar possíveis relações entre a percepção de suporte familiar e qualidade de vida relacionada à saúde de adolescentes e seus responsáveis. Para tanto, buscou-se identificar a percepção dos adolescentes sobre sua qualidade de vida e suporte familiar, bem como a percepção de seus responsáveis sobre os mesmos. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e de delineamento transversal. Participaram desse estudo 348 sujeitos, sendo 174 adolescentes e 174 responsáveis, escolhidos por conveniência. Dentre os resultados pode-se salientar que os adolescentes possuem percepção de melhor qualidade de vida relacionada à saúde do que seus responsáveis, porém ambos revelam que possuem visão positiva acerca da adolescência. No que se refere à percepção de suporte familiar os dados revelaram que os homens (independente de serem responsáveis ou adolescentes) apresentam melhor percepção acerca da expressão afetiva entre os membros da família e os responsáveis possuem melhor percepção acerca do fator autonomia do que os adolescentes. Conclui se que os objetivos do presente estudo foram atingidos na medida em que foram identificadas inúmeras correlações entre os fatores de percepção de suporte familiar e as dimensões de qualidade de vida relacionada à saúde. Os resultados obtidos sugerem a necessidade de ações que favoreçam o dialogo entre responsáveis e adolescentes favorecendo a aproximação e, consequentemente favorecendo a promoção da saúde.
Resumo:
O setor de saúde é fortemente impactado por diversos fatores e é considerado um dos mais importantes ramos da economia brasileira.O profissional da área é desafiado a responder pela gestão de temas para os quais não foi desenvolvido em seu processo educacional acadêmico. Considerando que pessoas emocionalmente inteligentes e ao mesmo tempo portadores de estados psicológicos positivos, que integram o capital psicológico, possuem uma estrutura psíquica que lhes possibilite atingir posições de liderança, este estudo objetivou interpretar e discutir as correlações entre inteligência emocional, capital psicológico, e percepção do suporte organizacional. Participaram do estudo 123 gestores com formação acadêmica em saúde e experiência em organizacões do segmento saúde. A coleta de dados foi realizada através de questionário eletrônico auto aplicável e os dados foram submetidos a análise descritiva e bivariada através do software SPSS em sua versão 19.0. Evidenciou-se que estes profissionais possuem em maior evidência a habilidade da inteligência emocional de autoconciencia, por outro lado apresentam limitações na disponibilidade e no estabelecimento das relações pessoais (sociabilidade) tão relevantes no processo de gestão. Já as dimensões relativas a capital psicológico, voltadas para o desempenho no trabalho, demonstraram que este profissional é confiante na sua capacidade de contribuição com os objetivos da empresa, bem como de superar os possíveis obstáculos inerentes a sua atividade laboral. Soma-se a seu capital psicológico a percepção de suporte que a organização possa lhe oferecer, quando necessitar de apoio para sentir-se bem e realizar suas tarefas.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo investigar o papel moderador de potência de equipes sobre as relações entre percepção de suporte social e bem-estar subjetivo, mediante delineamento longitudinal. A potência de equipes refere-se à crença dos membros na eficácia de sua equipe, enquanto o suporte social é à crença do indivíduo em receber apoio de sua rede social. Já o bem-estar subjetivo demonstra o quanto uma pessoa está satisfeita com sua própria vida. Participaram da pesquisa 249 adolescentes, provenientes de 53 equipes, cada uma composta por três a sete membros, idade média 13,85 anos (DP = 1,86), 57,4% do sexo masculino. O estudo foi realizado em grupos de escoteiros com sedes localizadas em Contagem e Belo Horizonte, Minas Gerais. O instrumento utilizado foi um questionário de autopreenchimento, composto por três escalas que aferiram as três variáveis deste estudo. Os resultados demonstraram que a percepção de suporte social e a potência de equipes influenciaram positiva e significativamente o bem-estar subjetivo dos adolescentes, porém, potência de equipes não foi capaz de moderar a relação entre percepção de suporte social e bem-estar subjetivo. Os adolescentes também mantiveram seus níveis de percepção de suporte social e de crença na potência de equipes em patamares semelhantes. Logo, os adolescentes desfrutavam de bem-estar e saúde psíquica, condição que se manteve ao longo do tempo. Tais evidências asseguram o papel promotor de bem-estar subjetivo tanto de percepção de suporte social quanto de potência de equipes na saúde mental do indivíduo.
Resumo:
A presente dissertação de mestrado abordou a qualidade de vida, a percepção de suporte social e o consumo de medicamentos em idosas participantes de um programa da Universidade para a Terceira Idade, no município de São Caetano do Sul - São Paulo - Brasil. O estudo objetivou descrever uma possível relação entre o perfil sociodemografico da amostra, a percepção subjetiva da qualidade de vida, a percepção subjetiva de suporte social, e o consumo de medicamentos, submetendo a testes estatísticos, um conjunto de possíveis relações entre as características sociodemográficas, percepção de qualidade de vida, percepção de suporte social e consumo de medicamentos. Utilizou-se o método descritivo exploratório, de corte transversal, e de caráter quantitativo. Os dados foram coletados entre os meses de agosto a outubro de 2014, através de uma amostra de conveniência, formada por 150 mulheres, com idade média de 66,13 anos. Foram utilizados instrumentos autoaplicáveis: WHOQOL-OLD e WHOQOL-BREF (Word Health Organization Quality of Life Instrument); Escala de Percepção de Suporte Social (EPSS); um questionário sobre a utilização de medicamentos de uso geral, e um questionário contendo os dados sociodemográficos. Dos resultados, 59,3% da amostra concluiu o ensino fundamental, 49,3% é casada, 79,3% não exerce atividade remunerada, e 78,7% não exerce atividades voluntárias. Apresentou boa percepção de Qualidade de Vida Global (82,90%), sendo o domínio com menor valor médio o Funcionamento do Sensório (12,56%), e maior escore médio no domínio Autonomia (14,66%). Sente segurança ao recorrer à rede de suporte social prático (53,08%), e insegurança ao recorrer à sua rede de apoio social emocional (28,88%). A prevalência do uso de medicamentos foi de 3,6%, todos prescritos, e os princípios ativos mais utilizados pertenciam aos tratamentos da hipertensão e sistema cardiovascular. Não foram evidenciadas correlações significativas relevantes entre as variáveis do estudo, do ponto de vista estatístico. Apesar de residirem em um município com elevado Índice de Desenvolvimento Humano, conclui-se que o aumento das possíveis incapacidades físicas das idosas apontam dificuldades de acesso aos recursos do ambiente, onde a amostra estava inserida. Sugere-se a criação de pesquisas e intervenções com idosas, incluindo nos programas de educação continuada, espaços para debate com o tema da finitude e o envelhecimento, bem como a realização de novos estudos de natureza qualitativa, para aprofundar o conhecimento sobre a qualidade de vida, a percepção do suporte social e o consumo de medicamentos nesta população, como também a inclusão de outros grupos sociodemográficos de idosas, em estudos longitudinais.
Resumo:
Bem-estar no trabalho, percepção de suporte do supervisor e estilos de liderança são temas que vêm despertando atenção crescente nos últimos tempos, de diversos pesquisadores no campo de estudos do comportamento organizacional. O objetivo desta pesquisa foi investigar o impacto da percepção do suporte do supervisor e dos estilos de liderança no bem-estar no trabalho. O construto bem-estar no trabalho no presente estudo foi representado por duas dimensões: satisfação no trabalho e comprometimento organizacional afetivo. A amostra foi composta por 200 trabalhadores que atuavam em empresas privadas e públicas, situadas no Estado de São Paulo, sendo 110 mulheres e 90 homens, distribuídos entre solteiros e casados. O instrumento de coleta de dados foi um questionário composto por quatro escalas que mediram as variáveis: percepção de suporte do supervisor, estilos de lideranças, satisfação no trabalho e comprometimento organizacional afetivo. Para a análise dos dados utilizou-se um programa estatístico. Foram calculadas estatísticas descritivas das variáveis do estudo (médias, desvios-padrão e correlações bivariadas) e modelos de regressão multivariada para se investigar os impactos causados por percepção do suporte do supervisor e por estilos de liderança sobre bem-estar no trabalho, representado por vínculos com o trabalho (satisfação no trabalho) e com a organização (comprometimento organizacional afetivo). Os resultados deste estudo, revelaram maiores impactos do suporte do supervisor do que de estilos de liderança sobre bem-estar no trabalho. Ao final, algumas considerações e recomendações serão feitas destacando-se a importância do bem-estar no trabalho sobre a saúde dos trabalhadores e das organizações.