193 resultados para CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Resumo:
A epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) é, atualmente, um fenômeno de grande magnitude e extensão na saúde mundial. A síndrome de lipodistrofia é uma alteração que afeta a autoimagem corporal e a sexualidade, aumentando o estigma da doença e ocasionando dificuldades na adesão ao tratamento e nas relações sociais. OBJETIVOS: a) descrever aspectos da psicodinâmica de pacientes HIV/aids acometidos e não acometidos pela lipodistrofia, dando enfoque aos mecanismos de defesa utilizados ; b) investigar a percepção de imagem corporal em pacientes HIV/aids acometidos e não acometidos pela síndrome de lipodistrofia; c) identificar semelhanças e diferenças de percepção de imagem corporal em pacientes HIV/aids acometidos pela lipodistrofia com aqueles não acometidos. MÉTODO: Foram selecionados oito pacientes por critério de conveniência do ambulatório da Clínica de Infectologia do Hospital Heliópolis. Foram utilizados um Roteiro de Entrevista e o Desenho da Figura Humana DFH teste projetivo gráfico de personalidade; a análise dos dados foram submetidos à análise qualitativa conforme indicação do instrumental, auxiliados pela leitura do conteúdo clinico-diagnóstico psicológico. RESULTADOS: Nos dois grupos os dados apontaram para características em comum quanto à psicodinâmica interna e à percepção de imagem corporal. Recursos defensivos primitivos foram os mais utilizados caracterizando a presença de disfunção da imagem corporal e um controle egóico rígido, embora frágil. Percebeu-se o quanto é angustiante, para estas pacientes, lidar não somente com a autoimagem como também com a sexualidade. CONCLUSÕES: Os programas de acompanhamento ao HIV/aids devem considerar o quanto essas pacientes necessitam de ser acompanhadas em psicoterapia. A promoção de saúde deve levar em conta não somente a melhora da qualidade de vida, mas também buscar compreender como estas mulheres se relacionam e de que forma exercem a sua sexualidade.
Resumo:
Variáveis como depressão, ansiedade, estresse e qualidade de vida, oferecem indicativos de saúde e doença de jovens, estudantes em fase de formação profissional; é importante detectar sinais e sintomas leves ou graves, uma vez que representam quatro das dez principais causas de incapacidade no mundo. Assim, o presente estudo apresentou como objetivos: a) Caracterizar o perfil sócio demográfico dos estudantes universitários das duas instituições em estudo estudadas; b) Avaliar sintomas de depressão dos estudantes; c) Avaliar sinais de ansiedade e estresse dos estudantes; d) Avaliar a qualidade de vida geral dos estudantes; e) correlacionar as variáveis qualidade de vida, sinais e sintomas de ansiedade, depressão e estresse dos discentes d) correlacionar as variáveis qualidade de vida geral, sinais e sintomas de ansiedade, depressão dos discentes. Participaram da pesquisa 570 Universitários, 344 eram estudantes da Universidade Metodista de São Paulo e 226 da Universidade Federal do Amazonas, dos gêneros feminino e masculino, entre 16 e 55 anos, estudantes de diferentes cursos universitários da área da saúde e humanas. Para coleta de dados foram utilizados os seguintes Instrumentos: questionário de dados socioeconômicos e culturais; WHOQOL Breve Avaliação da Qualidade de Vida composta por 26 questões e EADS Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse composta por 21 itens; .Os instrumentos, autoaplicáveis, foram feitos aplicados em ambiente acadêmico de sala de aula, com a devida autorização do professor e direção, informo que o projeto foi e aprovação pelo do Comitê de Ética (Plataforma Brasil) das respectivas universidades em questão. Os dados foram avaliados estatisticamente com auxílio do Programa SPSS versão 2.0 para Windows. Os resultados mostraram que a maioria da amostra é do curso de Psicologia, Gestão em Recursos Humanos e Pedagogia (39%), sendo do 1º e 4º(32%) anos, a escolha do curso foi 1ºopção (66%), mora com familiar (76,9%) e não mudou de residência para estudar na Universidade (83,3%). Os resultados revelaram que o melhor nível de QV encontra-se nos domínios Psicológico e Social da Instituição UFAM localizada no Estado do Amazonas. Os domínios mais afetados, ou seja, aquele, em que os universitários encontram mais prejuízo é no que se referem ao domínio Físico e Meio Ambiente de ambas as Instituições estudadas. Com relação ao EADS, pode se observar que a maior média apresentada refere-se ao fator estresse das duas Instituições estudadas, sendo representado pelo resultado de 15.00 (UMESP) e 12.70 (UFAM) e a média menor foi no fator ansiedade UMESP (7,51). Assim sendo, observa-se que os estudantes obtiveram um grau leve de estresse, depressão e ansiedade em ambas instituições estudadas. Analisando e ao correlacionar os domínios de qualidade de vida e as variáveis ansiedade, depressão e estresse, observou-se uma correlação significativa negativa em todas as variáveis, sendo maior entre depressão e domínios psicológico e ambiental,.Isso significa que quanto maior a depressão, menor a qualidade de vida nos domínios psicológico e ambiental. A partir dos resultados, sugerem-se estudos mais aprofundados.
Resumo:
O período de transição para a universidade constitui-se um desafio para os estudantes devido à quantidade e à diversidade de mudanças originadas por um novo contexto pessoal e social que exige o desenvolvimento de recursos adaptativos. A vulnerabilidade trazida por essa fase pode motivar o uso de álcool e outras drogas, sendo um padrão recorrente encontrado em universitários. O bem-estar subjetivo (BES) e a autoeficácia (AE) são exemplos de fatores de proteção capazes de influenciar os comportamentos e atitudes dos jovens diante de situações como o consumo de bebidas alcoólicas. Sendo assim, o objetivo geral deste estudo foi analisar a capacidade explicativa do bem-estar subjetivo e da autoeficácia sobre o consumo de álcool em universitários. A amostra pesquisada foi constituída por 405 estudantes universitários de cursos da área da saúde da região metropolitana de São Paulo, com uma idade média de 21,69 (DP= 5,49), sendo a maioria do sexo feminino (81,5%), cursando o primeiro ou o segundo semestre, tanto do período matutino quanto do noturno. A análise dos dados foi realizada utilizando-se o programa SPSS, versão 20.0 para Windows para a realização de cálculos descritivos e exploratórios: média, desvio-padrão, correlações, análise de regressão múltipla, análises de variância (ANOVA) e teste t de Student. Os resultados do estudo revelaram que os universitários apresentaram um baixo nível de bem-estar subjetivo, autoeficácia acima da média e baixo consumo de álcool, sendo classificados na sua maioria como abstinentes. Foram observados indícios de que o bem-estar subjetivo e a autoeficácia predizem, ainda que de forma limitada, o consumo de álcool, destacando-se com maior capacidade preditiva os afetos negativos, a autoeficácia em ações pró-ativas e a autoeficácia em interação social. Além disso, a análise de correlação (r de Pearson) revelou que BES e AE guardam relação entre si, apresentando índices positivos e significativos. Também foram verificadas correlações significativas e negativas entre o consumo de álcool, a autoeficácia total e seus fatores, assim como correlações significativas e positivas entre o consumo de álcool e afetos negativos. Adicionalmente, é possível concluir que, no grupo estudado, dentre os jovens que consumiram álcool, estudantes do sexo masculino demonstraram um consumo maior da bebida do que as mulheres.
Resumo:
A presente dissertação de mestrado abordou a qualidade de vida, a percepção de suporte social e o consumo de medicamentos em idosas participantes de um programa da Universidade para a Terceira Idade, no município de São Caetano do Sul - São Paulo - Brasil. O estudo objetivou descrever uma possível relação entre o perfil sociodemografico da amostra, a percepção subjetiva da qualidade de vida, a percepção subjetiva de suporte social, e o consumo de medicamentos, submetendo a testes estatísticos, um conjunto de possíveis relações entre as características sociodemográficas, percepção de qualidade de vida, percepção de suporte social e consumo de medicamentos. Utilizou-se o método descritivo exploratório, de corte transversal, e de caráter quantitativo. Os dados foram coletados entre os meses de agosto a outubro de 2014, através de uma amostra de conveniência, formada por 150 mulheres, com idade média de 66,13 anos. Foram utilizados instrumentos autoaplicáveis: WHOQOL-OLD e WHOQOL-BREF (Word Health Organization Quality of Life Instrument); Escala de Percepção de Suporte Social (EPSS); um questionário sobre a utilização de medicamentos de uso geral, e um questionário contendo os dados sociodemográficos. Dos resultados, 59,3% da amostra concluiu o ensino fundamental, 49,3% é casada, 79,3% não exerce atividade remunerada, e 78,7% não exerce atividades voluntárias. Apresentou boa percepção de Qualidade de Vida Global (82,90%), sendo o domínio com menor valor médio o Funcionamento do Sensório (12,56%), e maior escore médio no domínio Autonomia (14,66%). Sente segurança ao recorrer à rede de suporte social prático (53,08%), e insegurança ao recorrer à sua rede de apoio social emocional (28,88%). A prevalência do uso de medicamentos foi de 3,6%, todos prescritos, e os princípios ativos mais utilizados pertenciam aos tratamentos da hipertensão e sistema cardiovascular. Não foram evidenciadas correlações significativas relevantes entre as variáveis do estudo, do ponto de vista estatístico. Apesar de residirem em um município com elevado Índice de Desenvolvimento Humano, conclui-se que o aumento das possíveis incapacidades físicas das idosas apontam dificuldades de acesso aos recursos do ambiente, onde a amostra estava inserida. Sugere-se a criação de pesquisas e intervenções com idosas, incluindo nos programas de educação continuada, espaços para debate com o tema da finitude e o envelhecimento, bem como a realização de novos estudos de natureza qualitativa, para aprofundar o conhecimento sobre a qualidade de vida, a percepção do suporte social e o consumo de medicamentos nesta população, como também a inclusão de outros grupos sociodemográficos de idosas, em estudos longitudinais.
Resumo:
Há indicativos de que recursos sociais do ambiente de trabalho, entre eles justiça organizacional, poderiam influenciar vínculos com o trabalho, além de impactarem os níveis de bem-estar dos trabalhadores. Além disso, evidências apontam que certas características psicológicas dos trabalhadores fariam variar positiva ou negativamente a magnitude da influência dos recursos sobre os vínculos com o trabalho e sobre bem-estar. Com base nessas evidências esse estudo teve como objetivo principal analisar a influência de justiça organizacional (distributiva, procedimentos e interacional) e capital psicológico sobre engajamento no trabalho e bem-estar subjetivo (balanço emocional e satisfação com a vida). A partir do objetivo principal, foram propostas quatro hipóteses: percepção de justiça organizacional aumenta o engajamento no trabalho (H1) e bem-estar subjetivo (H2); capital psicológico seria moderador da relação entre justiça organizacional e bem-estar subjetivo (H3) e da relação entre justiça organizacional e engajamento (H4), sendo que, níveis altos de capital psicológico fortaleceriam as relações. O delineamento utilizado foi de natureza quantitativa transversal, descritiva e com amostragem não probabilística. A partir de uma amostra composta por 293 trabalhadores com média de idade de 38,3 (DP=10,7) anos, dos quais um pouco mais da metade era composta por mulheres (56,3pc), oriundos de todas as regiões do Brasil, com predomínio da região Sudeste (65,2pc), mediu-se com escalas válidas e precisas, por meio de um questionário online, os níveis de justiça organizacional, capital psicológico, engajamento no trabalho e bem-estar subjetivo. Foram realizados dois conjuntos de análises de regressão linear múltipla para teste das hipóteses. No primeiro conjunto de análises, os resultados das regressões lineares múltiplas padrão indicaram que justiça organizacional influenciou os níveis de engajamento no trabalho e bem-estar subjetivo, sendo que, em relação a engajamento e balanço emocional, apenas a dimensão interacional da justiça foi preditora significativa, enquanto justiça distributiva foi a única preditora significativa de satisfação com a vida. No segundo conjunto de análises, as regressões lineares múltiplas hierárquicas de cada dimensão de justiça organizacional, juntamente com capital psicológico e termo de interação sobre engajamento no trabalho e sobre bem-estar subjetivo, indicaram que capital psicológico moderou as relações entre justiça de procedimentos e justiça interacional com engajamento no trabalho. Concluiu-se a partir dos resultados que a percepção de ser remunerado adequadamente pelos esforços no trabalho, participar das decisões que afetam o trabalho e ser tratado com respeito e sinceridade pode influenciar os níveis de orgulho e inspiração no trabalho, características de engajamento, além de poder aumentar os níveis de bem-estar subjetivo, contribuindo para a vivência predominante de afetos positivos e de avaliações positivas da satisfação com a vida. Além disso, apesar de não ser possível afirmar que trabalhadores com maiores níveis de crenças em sua capacidade para executar suas tarefas e com perspectivas positivas em relação ao futuro, possam prescindir de ambientes justos para se engajarem no trabalho, os resultados demonstraram que esses trabalhadores podem sofrer menos influência de justiça de procedimentos e interacional para estabelecerem esse vínculo com seu trabalho, demonstrando que essas características pessoais funcionariam como amortecedores diante da falta de recursos do ambiente.
Resumo:
OS OBJETIVOS DESTE ESTUDO FORAM: CARACTERIZAR A POPULAÇÃO DE PACIENTES DE UMA CLÍNICA-ESCOLA; INVESTIGAR OS ASPECTOS PSICO-AFETIVOS ASSOCIADOS ÀS DOENÇAS PERIODONTAIS DESSES PACIENTES, ALÉM DOS RECURSOS DEFENSIVOS UTILIZADOS POR ELES. MÉTODO: LEVANTOU-SE DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS, DE SAÚDE GERAL E PERIODONTAL DE 789 PACIENTES ATENDIDOS NUM DEPARTAMENTO DE PERIODONTIA DE UMA CLÍNICA-ESCOLA DE ODONTOLOGIA, DADOS ESTES QUE CONSTITUÍRAM A ETAPA QUANTITATIVA DO ESTUDO. ESSA CARACTERIZAÇÃO FOI FEITA ATRAVÉS DE PLANILHAS ESPECIALMENTE ELABORADAS PARA A PESQUISA. A PARTIR DESSAS PLANILHAS, FOI SELECIONADA UMA SUB-AMOSTRA DE 273 PACIENTES QUE APRESENTARAM QUEIXAS EM TRÊS OU MAIS SISTEMAS ORGÂNICOS, ALÉM DA QUEIXA PERIODONTAL, OS QUAIS FORAM DENOMINADOS DE PACIENTES POLI-QUEIXOSOS. UMA TERCEIRA SUB-AMOSTRA INTEGROU 59 PACIENTES POLI-QUEIXOSOS, DIAGNOSTICADOS COM DOENÇA LEVE A MODERADA OU LEVE A SEVERA. DESSES PACIENTES, TRÊS FORAM ENTREVISTADOS E INTEGRARAM A AMOSTRA DA ETAPA QUALITATIVA DA PESQUISA. OS RESULTADOS INDICARAM QUE ENTRE PACIENTES POLI-QUEIXOSOS NÃO FOI ENCONTRADA CORRELAÇÃO SIGNIFICATIVA ENTRE DOENÇA PERIODONTAL LEVE A MODERADA OU LEVE A SEVERA COM GÊNERO, IDADE, ESTADO CIVIL, GRAU DE INSTRUÇÃO OU ATIVIDADE LABORAL. TAMBÉM NÃO HOUVE RELAÇÃO SIGNIFICATIVA QUANTO À PRESENÇA DE TABAGISMO, BRUXISMO, ONICOFAGIA E XEROSTOMIA. VERIFICAMOS QUE A DOENÇA PERIODONTAL CRÔNICA TEM SUAS ORIGENS NAS RELAÇÕES OBJETAIS DA MAIS TENRA INFÂNCIA E QUE AS ANSIEDADES ESQUIZO-PARANÓIDES QUE CARACTERIZAM ESSAS PRIMEIRAS RELAÇÕES, CONTINUAM PERMEANDO AS RELAÇÕES DURANTE TODA A VIDA DAS PACIENTES. COMO OS RECURSOS DEFENSIVOS UTILIZADOS SÃO PSIQUICAMENTE POUCO EVOLUÍDOS, O EQUILÍBRIO, A HOMEOSTASE É ENCONTRADA NA DOENÇA. CONCLUÍMOS QUE A DINÂMICA INTRA-PSÍQUICA PODE ESTAR ASSOCIADA NÃO SÓ À DOENÇA PERIODONTAL, MAS TAMBÉM AO ESTADO DE SAÚDE GERAL DESSES PACIENTES.
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O presente trabalho tem como tema central a opinião do surdo universitário sobre sua auto- estima e qualidade vida. Os objetivos foram conhecer o joven-adulto surdo universitário, segundo sua opinião, buscando especificamente identificar os fatores que contribuíram para o seu desenvolvimento psicológico e sua auto-estima; e identificar as características da qualidade de vida, considerando os aspectos físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. Participaram desta pesquisa 3 jovens-adultos surdos, universitários. O método utilizado foi o descritivo qualitativo, usando-se como fonte de coleta de dados a entrevista livre e o WHOQOL-bref. O método qualitativo na área da saúde visa investigar o significado que os fenômenos sentimentos, idéias, vivências, manifestações, dentre outros, tem para as pessoas e que dão molde às suas vidas incluindo os cuidados com a saúde. Percebemos que ao atingirem a fase adulta, os sujeitos pesquisados conseguem tomar decisões e escolher seus caminhos com maior liberdade em função das experiências e condições que lhes foram apresentadas. Verificamos que as situações vividas no ambiente escolar e o aprendizado da língua de sinais contribuíram para sua constituição como sujeito não limitado à condição da surdez. Foi possível identificar que possuem expectativas profissionais futuras e expressaram suas dificuldades, desejos, frustrações diante do mercado de trabalho, relações sociais e familiares como qualquer outro individuo, encontrando recursos internos para o enfrentamento das circunstâncias cotidianas. Os resultados da pesquisa também permitiram observar que os surdos reconhecem o grau de satisfação que têm com a vida, seu estado de saúde e cuidados com seu bem-estar físico, psicológico e social. Concluímos que ao recontar sua história de vida os surdos têm a possibilidade de se reconhecer como sujeitos e a oportunidade de dar continuidade às próprias vivências que contribuíram para seu bem-estar
Resumo:
Desordens da ansiedade, especialmente a agorafobia e a desordem do pânico foram associadas a anormalidades das funções vestibulares. Evidências de que o controle do equilíbrio pode exigir habilidades atencionais também foram relatadas. Utilizando o medo de altura como modelo clínico onde sintomas ansiosos coexistem com anormalidades com a percepção espacial e controle do equilíbrio, este estudo investigou o desempenho em testes de atenção visual em voluntários normais com altos e baixos escores obtidos do Questionário de Acrofobia. O teste de rastreio visual foi realizado em 30 indivíduos (15 em cada grupo) enquanto ouviam dois tipos diferentes de estímulos auditivos. Na condição volume um som de 900 Hz era apresentado em ambos ouvidos durante 2 segundos seguidos de mais 2 segundos de silêncio. Na condição balanço , o mesmo som era apresentado durante 2 segundos ao ouvido direito seguido por 2 segundos ao ouvido esquerdo. Estímulos auditivos de movimento provocaram maior desconforto em ambos os grupos, mas nos indivíduos com maiores escores de acrofobia estes estímulos foram associados a um pior desempenho no teste visual. Embora muito limitado pela amostra experimental, este estudo sugere que o medo de altura pode estar associado à dependência visual para manutenção do equilíbrio e que poderia piorar o desempenho nos testes visuais devido à competição dos recursos neuro-cognitivos. Implicações experimentais e clínicas destes achados preliminares exigem outras pesquisas.
Resumo:
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor do hospital destinado ao atendimento de pacientes em estado crítico, que requer cuidados complexos e controles rígidos e, por isso sempre gera um ambiente estressante, não só para a equipe que atende ao paciente mas também aos familiares e portanto induz muitas vezes ao processo de depressão. Estes fatores leva-nos a abordar a necessidade de humanização, no atendimento ao paciente, bem como de seus familiares. A preocupação com a humanização deve estar presente nas equipes de enfermagem como filosofia-diretriz e deve ser um indicador de qualidades desses serviços. Humanizar a UTI significa cuidar do paciente como um todo, englobando o contexto bio-psico-social, incorporando os valores sociais e da família, as esperanças, os culturais e as preocupações pessoais. A humanização deve fazer parte da filosofia da enfermagem. O ambiente físico, os recursos materiais e tecnológicos são importantes, porém não mais significativos do que a natureza humana. O pensamento em ações da equipe de enfermagem, alimentam a reflexão crítica e a construção de uma realidade mais humana e menos agressiva e hostil para as pessoas que diariamente convivem no hospital. A hospitalização altera a rotina não só do paciente mas também dos familiares. De certa forma, a própria hospitalização pode ser vivida como abandono ou morte, à medida que implica um afastamento das pessoas queridas, da casa, como também uma invasão de privacidade. Este trabalho procurou Identificar as necessidades dos familiares ou visitantes, frente à equipe de saúde durante o período de internação na UTI e avaliar o grau de satisfação em relação à qualidade das informações e ao suporte dados à família ou visitante. Os resultados indicam que no Hospital Heliópolis, onde o trabalho foi conduzido, os entrevistados estavam satisfeitos com a equipe multiprofissional pois os pacientes eram bem cuidados, havendo preocupação com os pacientes, e que os médicos, além de compreensivos e competentes, forneceram as informações de modo que eles pudessem compreender,. Porém deve-se ressaltar que 48% dos entrevistados apontam a necessidade de apoio psicológico.(AU)
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Diante do sofrimento e das questões enfrentadas por pais e mães de crianças diagnosticadas com paralisia cerebral, o presente trabalho estudou aspectos psicodinâmicos e adaptativos. Para tanto, foi realizado estudo clínico, de recorte diagnóstico, em que participaram dois pais e duas mães de crianças com paralisia cerebral que contavam de 1 a 5 anos de idade. Os pais e mães passaram por entrevistas clínicas preventivas orientadas pela EDAO e pela técnica de Desenho-Estória com Tema. A análise do material obtido indicou que todos eles passaram por período de crise após a notícia do diagnóstico da criança e, na atualidade, foram classificados como tendo Adaptação Ineficaz, sendo que os dois pais e uma mãe tinham Adaptação Ineficaz Severa, uma mãe Adaptação Ineficaz Moderada. Com relação aos aspectos intra-píquicos, foram identificadas defesas primitivas nessa lida com o sofrimento ocasionado pela deficiência da criança. Concluiu-se que os recursos internos anteriores ao nascimento da criança e à própria personalidade de cada pai/mãe foi preponderante em sua adaptação e que a paralisia cerebral da criança afetou todos os setores adaptativos dos pais e mães.(AU)
Resumo:
Este estudo teve como objetivos investigar aspectos da dinâmica intrapsíquica de mães de crianças institucionalizadas em abrigo por ordem judicial, e identificar recursos defensivos utilizados por essas mães. Para atingir estes objetivos, realizou-se uma investigação clínica com estudo de três casos de mães de crianças abrigadas. Foram utilizados dois instrumentos: a) Roteiro de Entrevista roteiro de temas a serem abordados em uma ou mais entrevistas não diretivas de cunho clínico, a fim de auxiliar na investigação da psicodinâmica destas mães. b) Procedimento de Desenho Estória com Tema técnica projetiva que associa o uso de desenhos com estórias, como forma de explorar livre e dinamicamente os conteúdos da personalidade. A técnica permite o estudo das características formais e estruturais da personalidade, pois tem a particularidade de facilitar a expressão de aspectos inconscientes relacionados a pontos de angústias presentes, focos conflituosos e perturbações emergentes. Estes procedimentos foram realizados nas dependências da instituição (abrigo) onde as crianças estavam hospedadas. Os principais resultados comuns aos três casos foram: Ambigüidade e os Impeditivos de Crescimento a primeira mãe entrevistada ao mesmo tempo ataca a mãe que a abandona (mãe biológica e a mãe adotiva), em busca de uma mãe idealizada. Essa ambigüidade a impede de crescer. Nota-se a mesma tentativa de idealização na segunda mãe estudada que demonstra dificuldade em aceitar a atual situação em que vive e não consegue perceber que a aproximação de sua mãe é por causa da doença que ela adquiriu e não por continência. A terceira e última mãe entrevistada demonstra conteúdos persecutórios diante do abrigamento dos filhos e dificuldade de sentir gratidão. Os mecanismos predominantes que aparecem nos três casos são os de: idealização e regressão a estágios primitivos. Nota-se ainda, depressão, dificuldade de elaboração da posição depressiva. Estas mães não conseguem vivenciar continuamente a realidade psíquica, que implicaria na elaboração da posição depressiva, pois não conseguem fazer, ainda que tentem, uma comparação entre os mundos interno e externo, o que as levariam à uma melhor compreensão das semelhanças e diferenças. De modo que, a figura dos pais (principalmente da mãe) fica cindida entre aterrorizante e idealizada, porém os mecanismos predominantes são suas fantasias que propiciam idealização; identificação projetiva maciça. A persecutoriedade e a culpa, ao mesmo tempo parecem indicar a depressão que pode ser tão forte que levam à intensificação destes sentimentos. Há a presença da inveja que também intensifica as angústias persecutórias, requerendo mecanismos de defesa que violentam as funções psíquicas.(AU)
Resumo:
Esse estudo teve por objetivos identificar sinais e sintomas de transtornos psiquiátricos e descrever tipos de enfrentamento utilizados por trabalhadores aeroportuários. Participaram desse estudo 203 trabalhadores e utilizou-se uma Escala Modo de enfrentamento problemas EMEP e uma Escala de Medida de Sinais e Sintomas psiquiátricos QMPA. Os resultados indicaram predomínio de estratégias positivas : a) focalizadas no problema (3,78) que significam que há um esforço do indivíduo no enfrentamento de situações estressantes procurando mudanças na relação entre o indivíduo e o ambiente causador de tensão; b) busca de suporte social (3,13), denotando busca de apoio instrumental, emocional ou de caráter informativo, ou seja, enquanto a maior parte da amostra apresentava estratégias mais positivas e integradoras também não apresentava sinais e sintomas psiquiátricos. Houve, portanto indicativos de que os sujeitos que compuseram essa amostra apresentaram mais respostas positivas em seus esforços cognitivos ante as situações estressantes ao mesmo tempo em que eram não suspeitos de sintomas psiquiátricos; acrescendo ao fato de que houve consonância entre os instrumentos de medida utilizados no presente estudo. Porém, uma pequena parte da amostra apresentou sinais e sintomas psiquiátricos (23,2%), bem como maior utilização de estratégias focalizadas na emoção (2,50), ou seja, estratégias de enfrentamento negativas. Embora esse fosse um número pequeno em relação à amostra total, considera-se preocupante, dado ao fato de serem trabalhadores aeroportuários e exercerem importantes funções tanto em relação ao manejo e orientação de manobras de aeronaves no solo como em relação à lida com pessoas; de modo que a associação entre sinais e sintomas com estratégias consideradas negativas implicam em transtornos que merecem acompanhamento pela equipe de saúde e de recursos humanos na empresa. É nesse sentido que aqui se sugere um trabalho de constante acompanhamento com trabalhadores em geral, a fim de verificar aqueles que necessitam de suporte psicológico e médico e aqueles que podem ser remanejados de suas funções dentro do aeroporto. O acompanhamento com instrumentais adequados, além de serem preventivos e promotores de saúde psicológica, na medida em que facilitam a detecção de sintomatologias mentais, também auxilia no planejamento de programas de saúde e, por conseguinte, como benefício no trabalho e fator preditor de saúde.(AU)
Resumo:
A presente dissertação de mestrado aborda a percepção de professores universitários a respeito da Saúde Mental no contexto da sala de aula. O objetivo geral do trabalho é compreender como o professor universitário percebe e lida com a sua saúde mental e a dos seus alunos em sala de aula. O autor utiliza as entrevistas de um total de 11 professores de primeiro e segundo semestres dos cursos de fisioterapia, jornalismo e sistemas de informação da Universidade Metodista de São Paulo - UMESP. Com base no método da Ground Theory, são realizadas as codificações aberta, axial e seletiva dos dados que por final são agrupados em nove categorias, sendo essas: percepção da saúde mental dos professores; percepção da saúde mental dos alunos; manejo da saúde mental do professor; manejo da saúde mental dos alunos; conceito de saúde; conceito de promoção da saúde; contextos promotores da saúde; contextos não promotores da saúde e manejo de alunos geradores de desconforto. O fenômeno central levantado a partir dos dados observado indica uma prática solitária, onde o professor considera apenas seus recursos psicológicos, seus valores e crenças pessoais como instrumentos para lidar com as adversidades emergentes em sala de aula. Observase também uma super valorização da aula expositiva e da cultura do dar aula, práticas que não estimulam uma participação mais democrática, autônoma e ativa por parte dos alunos. Nesse ambiente, o aluno surge como o maior problema à prática docente, na medida em que com sua imaturidade e conflitos inerentes a adolescência não permite que o professor transmita os conteúdos planejados sendo este motivo de frustrações e desmotivação no trabalho. A falta de um espaço institucional onde os professores possam trocar experiências, expor suas angústias e buscar apoio psicológico denuncia o distanciamento dos docentes das demais instâncias da instituição. A sala de aula também não é entendida pelos docentes como um espaço possível para a promoção da saúde, sendo esta compreendida mais como uma disciplina do que um conjunto de ações e práticas passíveis de serem aplicadas e incentivadas em sala de aula.(AU)