2 resultados para Capacidade de inovação

em Instituto Superior de Psicologia Aplicada - Lisboa


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As teorias e políticas de desenvolvimento regional sofreram grandes alterações nas duas últimas décadas. Os factores que impulsionam o crescimento económico sustentado já não se relacionam apenas com o capital físico, nem sequer com o capital humano regional. As novas condições de competitividade enfatizam a importância do “capital social”, normas e regras sociais, formais ou informais que promovem a compreensão recíproca e a confiança mútuas entre os agentes da economia da região. Este artigo demonstra a forma como as instituições de uma região se podem organizar em torno dos processos de reestruturação produtiva e encorajar as empresas na região a adoptar normas, expectativas, valores, atitudes e práticas comuns, em suma, uma cultura comum de inovação reforçada pelo processo de aprendizagem social. A acção política dinamizada pela autarquia da Covilhã no projecto ReADAPT, a acção da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios ao promover as condições que sustentam e levam ao aparecimento de redes ou agrupamentos de empresas com actividades relacionadas nas áreas de maior potencial de desenvolvimento da região, e o estabelecimento de relações entre essas redes e as restantes instituições (centros de formação, universidade, sindicatos, etc.) constituem o chamado Sistema Regional de Inovação deste território. Num contexto de depressão económica sectorial e regional, o papel da ANIL e das restantes entidades parceiras assumiu-se como de “animadores e facilitadores” do desenvolvimento. A aprendizagem e a reflexão institucional conseguidas contribuíram também para o que ANIL e as restantes entidades parceiras e o sector público com o qual interagem, tenham adquirido uma nova capacidade de inovação estratégica. Neste contexto, instituições de carácter regional/local assumem-se como um elemento essencial na construção de racionalidades e no condicionamento de comportamentos reflexivos e de cooperação, indicando os caminhos possíveis a seguir aos restantes actores da região. Em suma, as dinâmicas de associação entre actores regionais são um ingrediente fundamental na receita para o desenvolvimento das regiões, no sentido em que podem ajudar outros a ajudar-se na criação de significados, na construção de capacidade para agir e no suporte à construção de redes através das quais os agentes económicos e sociais podem colaborar em benefício comum.

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Neste artigo estuda-se o comportamento de 12 empresas inovadoras do Sector dos Moldes em Portugal. Determina-se onde e como as empresas inovadoras do sector dos moldes nacional, adquirem o conhecimento necessário para a realização das suas inovações, isto é, se apenas internamente e/ou se externamente através de redes de inovação, determinando quais os principais elementos que constituem as redes de inovação, bem como qual o seu desempenho, como impulsionadores da inovação. Este trabalho procura, assim, estudar a relação entre inovação e as ligações que são estabelecidas entre as empresas do Sector dos Moldes e outras empresas (clientes, fornecedores, concorrentes), bem como com instituições académicas (universidades e institutos superiores) e instituições do sector público (laboratórios, centros tecnológicos e de formação). Consequentemente, com este trabalho de investigação, é possível constatar que são fortes e consistentes as ligações que estas empresas têm com outras empresas, sejam elas clientes, fornecedores ou mesmo concorrentes, mas são extremamente fracas e por vezes inexistentes as relações que existem com as instituições académicas e que as empresas mais inovadoras são as que mais se relacionam com as instituições académicas e instituições do sector público. Podendo-se concluir, que a grande vantagem competitiva deste sector da indústria nacional deve-se à sua forte capacidade de se relacionar com outros parceiros, independentemente da sua posição na cadeia de valor.