3 resultados para Saúde geral

em Universidade Técnica de Lisboa


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Introdução: As lesões medulares acarretam consigo a problemática da deficiência, as suas respectivas sequelas interferem na qualidade de vida bem como na independência funcional destas pessoas, sendo habitual a existência de limitações que se prolongam ao longo a vida. O presente estudo visa a caracterização de sujeitos com lesão medular há mais de um ano, no que diz respeito à sua qualidade de vida e independência funcional, assim como, a relação entre as variáveis sóciodemográficas (género, idade, estado civil, escolaridade e profissão) e clínicas em estudo (nível, tipo, etiologia e data da lesão). Materiais e Métodos: O presente trabalho apresenta-se como um estudo observacional exploratório descritivo com abordagem quantitativa. A amostra foi formada por indivíduos adultos com lesão medular recrutados através da Associação Salvador e Associação Vida Independente. As medidas instrumentais utilizadas pelo estudo são o questionário sóciodemográfico e clínico, bem com a escala MIF (Granger, Hamilton, Keith, Zielezny, & Sherwins, 1986) e a escala SF-36 (Ware % Sherbourne, 1992). Resultados e Discussão: As análises demonstraram valores satisfatórios. A independência funcional e sua respectiva dimensão física e sóciocognitiva revelam resultados estatisticamente significativos com a variável nível neurológico. No que diz respeito à qualidade de vida esta demonstrou resultados estatisticamente significativos entre a dimensão desempenho emocional e a escolaridade entre o desempenho físico e a profissão e vitalidade e idade. Revelou igualmente valores satisfatórios entre todas as dimensões e o nível neurológico, entre a função social e data da lesão e por último entre a etiologia e função social, vitalidade, dor, saúde geral e mental. Conclusão: Os resultados obtidos com este estudo vêm reforçar a visão de que apesar dos indivíduos experienciarem um evento traumático e aspetos negativos após a lesão medular, há diferentes níveis de percepção de QoL e IF e que estas variam em função de algumas variáveis sóciodemográficas e clínicas. Neste ponto são ainda apresentadas as limitações do estudo e discutidas propostas de trabalhos futuros.

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Índices reduzidos de Qualidade de Vida Relacionada com Saúde (QVRS) durante a adolescência têm sido associados a um estado de saúde menos apto na idade adulta, a um maior envolvimento em comportamentos de risco e a um estilo de vida sedentário. Este estudo tem como objetivo geral perceber se a Atividade Física (AF) e a Maturação estão associadas à perceção de QVRS (medida pelo KIDSCREEN-52) em 751 crianças, 395 rapazes e 356 raparigas, com idades entre os 11 e os 17 anos de idade. Esta investigação explora ainda a influencia que a idade cronológica, a idade óssea e o volume de AF podem ter nesta possível associação. Os resultados sugerem que: 1) O índice geral de QVRS é independente da idade cronológica, do nível de maturidade e da AF; 2) A dimensão “Saúde e Atividade Física” parece ser influenciada pelo nível de AF e pelo estado maturcional em ambos os géneros; 3) A dimensão “Estado de Humor Global” foi influenciada pelo estado maturacional, nas raparigas. Conclui-se que a maturação e a atividade física não influenciam o índice geral da QVRS. No entanto, a dimensão “Saúde e Atividade Física” parece ser influenciada pelo grupo de AF a que as crianças e adolescentes pertencem, em ambos os géneros; e a maturação parece ser particularmente importante na perceção desta dimensão por parte das raparigas.

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Objetivo: Analisar as associações entre a potência muscular dos membros inferiores e a saúde óssea avaliada através de ultrassonografia quantitativa. Métodos: A amostra incluiu 63 crianças de 9 anos de idade. A velocidade de som (VS) do rádio e da tíbia foi avaliada através de ultrassonografia quantitativa, a potência de salto foi estimada a partir de um salto vertical com contramovimento e a maturidade somática foi determinada a partir da estimação do pico de velocidade em altura. O estado geral de saúde e o historial de fraturas foram avaliados através de questionário. As associações entre medidas dos parâmetros ósseos e a potência de salto foram analisadas através de correlações bivariadas, com as variáveis expressas em valores absolutos e relativos (estandardizados). Resultados: Foram observadas associações positivas entre a maturidade somática e a potência de salto expressa tanto em valores absolutos como relativos (p <0,05). A maturidade somática correlacionou-se ainda positivamente com a VS da tíbia nas raparigas (r=0,358, p=0,045), enquanto nos rapazes se verificou uma associação negativa, embora não significativa (r=-0,290, p=0,126). Observou-se uma associação ou propensão para associação negativa entre a VS da tíbia e a potência de salto nos rapazes (r=-0,490, p=0,007) e nas raparigas (r=-0,344, p=0,054). Conclusão: A potência de salto não parece constituir um bom marcador da saúde óssea de rapazes e raparigas de 9 anos de idade quando avaliada através de ultrassom.