3 resultados para Resiliência

em Universidade Técnica de Lisboa


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Artigo teórico: O presente artigo tem como objetivo permitir uma visão global sobre as circunstâncias que podem influenciar, positiva ou negativamente, a vida das crianças e apresentar programas desenhados para promover o seu correto desenvolvimento, mesmo em casos menos favoráveis. Para isto, são revistos os conceitos mais importantes associados às noções de risco, perigo, proteção e resiliência, sintetizadas as relações que estes estabelecem entre si e abordados quais os principais contextos nos quais o profissional pode intervir. Este trabalho foca-se principalmente nas crianças da cidade de Tijuana, pelo que é realizado um trabalho de comparação de estatísticas oficiais entre Portugal e México (quando aplicável, cingido ao estado da Baja Califórnia) de modo a contextualizar os diferentes perigos e proteções que as respetivas culturas providenciam. Para concluir, são apresentados alguns exemplos de intervenções recentes que visam promover a resiliência através de abordagens distintas e em contextos culturais diversos, de modo a deixar no leitor uma ideia das possibilidades e da importância da intervenção nesta área. Artigo teórico-prático: O presente artigo tem como objetivo avaliar o impacto de uma adaptação do programa “Ultrapassar Dificuldades e Vencer Desafios: Manual de Promoção da Resiliência na Adolescência” numa população de crianças em situação de risco, do 1.º ao 6.º ano de escolaridade, da cidade de Tijuana (Baja California, México). Foram realizadas intervenções com dois grupos de crianças que se encontravam em contexto familiar e com um grupo de crianças em contexto institucional. As sessões realizadas, que adaptaram o programa dando-lhe um enfoque psicomotor, compreenderam a duração total de 20 horas e foram realizadas nas instituições de ensino. A intervenção demonstrou ter alguns efeitos positivos ao nível da auto-perceção de competências relacionadas com a resiliência, bem como um efeito de diminuição de alguns fatores de riscos intra-individuais. Na ótica dos prestadores de cuidados, foram ainda encontrados resultados significativos ao nível da diminuição da hiperatividade, dos problemas de comportamento e do total de dificuldades (avaliados pelo instrumento Strenghts and Difficulties Questionnaire). Este programa apresenta assim resultados encorajadores, num contexto diferente ao que serviu de substrato para o desenho do programa, e reforça a noção de que as competências sociais e emocionais são vitais para o correto desenvolvimento infantil em qualquer cultura.

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O presente relatório descreve a experiência de estágio desenvolvida no âmbito do Mestrado em Reabilitação Psicomotora, e insere-se no Ramo de Aprofundamento de Competências Profissionais da Faculdade de Motricidade Humana. A intervenção prática decorreu Junta de Freguesia de Belém, mais precisamente, no Centro de Dia e nas três escolas de 1º Ciclo de que esta entidade está encarregue; e num Centro de Acolhimento Temporário, a Casa da Fonte. Após o enquadramento teórico, no qual são apresentados os conceitos fundamentais na compreensão da intervenção e são caraterizadas as instituições, é apresentada a prática profissional. Nos três contextos de intervenção obtiveram-se resultados muito positivos relativamente à eficácia da Intervenção Psicomotora enquanto promotora de Competências Pessoais e Sociais, tanto em crianças como em idosos. Uma vez apresentados os resultados, é feita uma discussão dos mesmos, e são apresentadas as principais conclusões e reflexões pessoais retiradas da experiência teórica e prática do estágio.

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A transição da adolescência para a idade adulta é uma fase crucial do desenvolvimento de qualquer jovem, na qual são colocados vários desafios em relação ao seu futuro. Os adolescentes com deficiência enfrentam desafios adicionais: quando comparados com os seus pares, têm mais dificuldades em encontrar um percurso de vida adulta, por exemplo no emprego ou no prosseguimento de estudos. Por outro lado, a baixa participação social é um dos fatores que mais afeta a qualidade de vida. Percebendo-se que o processo de transição é multifacetado, as seis investigações apresentadas neste trabalho colocam o enfoque no próprio indivíduo, mas também em contextos importantes para a transição como a família, através da seguinte sequência de estudos: (1) dois estudos preliminares que caracterizam adolescentes e jovens com deficiência no que se refere a comportamentos ligados à saúde, estilos de vida e respetivas interacções com a satisfação com a vida; (2) dois estudos qualitativos que confirmam a problemática da transição e aferem os fatores críticos envolvidos, através das percepções de pais e jovens; e (3) dois estudos que fazem a análise do comportamento destes factores numa amostra de adolescentes e jovens com deficiência. Os resultados revelam um padrão de saúde e sintomático mais negativo nos jovens com deficiência quando comparados com os seus pares, e salientam a importância da relação com os outros significativos, em especial os pais. Os vários estudos mostram ainda que os contextos de vida devem proporcionar suportes adequados e atempados à transição e apelam para a importância do desenvolvimento de aptidões críticas, tais como a promoção de competências de autodeterminação, autoeficácia, e promoção da resiliência. Os resultados dos estudos são discutidos de forma integrada. São também feitas recomendações futuras desde a perspectiva individual até à das políticas e planeamento. Finalmente, é proposto um modelo do planeamento e desenvolvimento da transição que pretende ser orientador para todos os atores envolvidos no processo.