3 resultados para Relações econômicas internacionais - Moçambique

em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal


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A globalização, a nova era da informação, as novas ameaças extraterritoriais, a alteração da natureza dos conflitos e as crescentes intervenções no âmbito das operações de resposta a crises, entre outros aspectos caracterizadores da ordem internacional deste inicio do século XXI, têm pressionado a comunidade internacional a debater e a clarificar a questão da ingerência e do direito internacional. Directamente ligada à ingerência humanitária, ao direito internacional humanitário, e a legitimidade e legalidade das intervenções militares e humanitárias, está a questão mais subjectiva da "Moral nas Relações Internacionais", associada a juízos relativos ao bem e ao mal em uso na comunidade internacional. Esta subjectividade, associada ao facto de constituir matéria "tabu" para muitos Estados soberanos, constitui por si só um desafio, no sentido de tentarmos demonstrar que, com algumas exepções, os decisores políticos das democracias, equilibram constantemente os interesses nacionais com os princípios e valores que regem a comunidade internacional. Na prática, este pequeno trabalho tem como objectivo contribuir com alguns subsídios para as teses que defendem uma crescente moralização das Relações Internacionais (RI) nos últimos anos, pressionada sobretudo pelos média e pela opinião pública mundial. Para atingir tal desiderato, consubstanciado pela nossa (sempre frágil) percepção tentaremos dar resposta a várias questões, deixando em aberto outras interrogações, a que só o tempo poderá dar resposta, independentemente das visões pessoais e conjunturais, mais ou menos realistas ou idealistas. Assim, começaremos por um resumido enquadramento conceptual, a que se segue uma reflexão sobre o que está em causa, quando se fala hoje em Moral e RI. Abordaremos depois a moralização das RI, na perspectiva da pressão e influência dos média, das soluções possíveis para uma mais eficaz e eficiente aplicabilidade das regras universalmente aceites e do "nível de análise da Moral" nos patamares político, estratégico ou operacional. Terminamos com alguns exemplos, que constituem, na nossa perspectiva, claros indicadores irreversíveis dessa evolução, a que será preciso dar continuidade em termos locais e globais, independentemente do plano das boas intenções mais ou menos aceites por toda a comunidade internacional. Dominados em parte pela obra "Moral e Relações Internacionais" que Pascal Boniface dirigiu à cerca de quatro anos e que inclui intervenções de excelência proferidas pela maioria dos seus co-autores, alargámos a nossa pesquisa a outros pensadores e a outras escolas e, sobretudo, às novas realidades como a recente guerra do Iraque. Para um tema tão debatido, mas com tantos passos a dar, temos consciência de que, apesar da nossa visão optimista, vamos deixar o leitor com mais questões do que soluções...

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A produtividade organizacional assume hoje um papel preponderante na vida de todos nós: organizações, empresários, gestores e colaboradores. Este facto condiciona o grau de competitividade nas empresas e nos mercados e determina o sucesso no mundo dos negócios. Por outro lado empresas competitivas (ou não) veem na internacionalização a oportunidade de explorarem novos caminhos e conquistarem novos mercados. As empresas portuguesas não constituem excepção. Assim, este trabalho procura reflectir sobre os diferentes factores que determinam a eficácia e eficiência organizacional segundo uma perspectiva organizacional e humanista da mesma, tendo em vista o processo de internacionalização das empresas. A responsabilidade, a motivação, a cultura e a liderança fazem parte desse conjunto de factores, e serão alvos de análise pormenorizada ao longo deste documento. O relatório inclui ainda a identificação das principais razões ligadas aos processos de decisão pela internacionalização das organizações, bem como as fases e o modo pelo qual realizam com perseverança este processo de aprendizagem contínua. A AICEP tem especial destaque nos apoios concedidos às empresas portuguesas neste domínio e assume-se como uma instituição de referência no processo de dinamização dos negócios internacionais e na ajuda ao tecido empresarial português – neste caso especial em Moçambique. Este documento procura também evidenciar os contributos da preparação académica e do estágio (ao abrigo do Programa INOV Contacto) para a formação profissional, terminando com a apresentação de conclusões sobre o trabalho desenvolvido.

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O artigo analisa a noção e processo de integração europeia desde a sua fase “reconstrutiva e construtiva”, integradora e inclusiva até aos efeitos das condicionalidades regressivas e que têm vindo a desconstruir o edifício europeu. O autor parte da arquitetura institucional adotada pela UE na construção do espaço económico e monetário e questiona a sua viabilidade sem o acompanhamento de outros instrumentos de integração como o orçamento, a fiscalidade ou a proteção social e a interferência dos Estados-membros mais poderosos. Analisa o modelo de integração desejável, por comparação ao modelo vigente, em que o primado do económico se sobrepõe a outras prioridades do foro político, social e até cultural evoluindo da coordenação de políticas económicas para a adoção de uma moeda única. Reflete sobre as consequências desagregadoras do desenho institucional da UE, sobre os efeitos do financiamento das economias independentemente da ação reguladora e limitadora do Estado, da excessiva liberalização dos mercados, da deslocalização produtiva no plano mundial e do distanciamento da economia em relação à sociedade.