2 resultados para sistema de produção convencional
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
Pouco depois da segunda guerra mundial, surge no Japão, uma metodologia inovadora vocacionada para a eliminação do desperdício, melhoria contínua e eficiência produtiva, que ficou conhecido num célebre trabalho, desenvolvido por Womack et al.(1990), como o sistema de produção lean. Desde então o termo tem-se globalizado, e hoje em dia as suas técnicas e filosofias são utilizadas em diversas áreas da nossa indústria. Face aos benefícios, recolhidos, da implementação da filosofia lean, algumas organizações têm procurado adotar esta filosofia, que contribui para a redução do desperdício, melhoria das operações e geração de valor, e têm obtido resultados bastantes positivos. Tendo em conta esta necessidade e a importância da aplicação da metodologia lean na indústria global, foi realizado um estágio, no âmbito da "Implementação da metodologia lean na indústria automóvel", cujo objetivo principal é a aplicação das metodologias lean, num contexto real de trabalho. Nesse sentido, foi realizado um estágio na Sasal, uma empresa do sector automóvel, que pertence ao grupo Faurecia onde, durante o período de estágio, foram abordadas algumas metodologias lean, com principal enfoque no sistema de gestão da produção existente. Implementou-se, numa linha modelo, um novo sistema Kanban, que resultou numa redução de stock na produção, de produto acabado, de cerca de 200 capas/dia. O trabalho realizado também incidiu na redefinição de um novo layout para a área da produção e escritórios, com ganhos substanciais na ocupação dos espaços, e no acompanhamento das auditorias 5'S. No que toca à otimização de processos e eliminação de desperdícios, foi realizada uma ação hoshin, numa linha de produção, com ganhos na redução do tempo de ciclo, em cerca 152 segundos por capa, e na eficiência produtiva, com um aumento de 7%. A experiência e o enriquecimento adquirido, o contacto com algumas das ferramentas e filosofias preconizadas pela Faurecia, permitiram concluir que a melhoria é sempre possível, mesmo nas situações em que os resultados já são bons e depende apenas da nossa vontade, aceitar a mudança e procurar as melhores formas para reduzir o desperdício, com o objetivo de criar o maior valor possível para a organização e para o cliente.
Resumo:
Nos últimos anos tem havido um aumento significativo da procura de frutos vermelhos. Os mirtilos são considerados frutos de boa qualidade, dado o seu elevado teor em compostos fitoquímicos biologicamente ativos, associados a efeitos benéficos para a saúde e bem-estar do Homem. A produção em modo biológico é reconhecida pelo consumidor como um processo que melhora a qualidade do produto. No presente trabalho pretendeu-se avaliar o efeito do modo de produção (biológico versus convencional) de três cultivares de mirtilo (Duke, Bluecrop, Ozarkblue) nas suas propriedades físico-químicas, e em particular na sua composição fenólica e atividade antioxidante. Foi ainda estudado o efeito da temperatura de armazenamento (± 5ºC e ± 15-25ºC) sobre essas propriedades. Para tal, as amostras foram analisadas à colheita e após 7 e 14 dias de armazenamento. A atividade antioxidante medida pelos métodos ABTS e DPPH mostrou que não há diferenças significativas entre as cultivares estudadas, sendo elevada em todos os casos. Os resultados obtidos confirmam, por isso, que o mirtilo é uma importante fonte de compostos fenólicos com elevada atividade antioxidante. Foi ainda verificado existirem algumas diferenças significativas em algumas propriedades em função da variedade (nomeadamente teor em matéria seca, cor ou textura). Também se verificara diferenças significativas em função do modo de produção, o qual influencia em particular a acidez e a doçura, o teor em taninos, a cor e a elasticidade dos frutos. Por fim, a temperatura de armazenamento mostrou ter uma influência significativa apenas no que respeita às propriedades físicas, nomeadamente cor e textura.