A gestão da pessoa com hipertensão arterial na unidade móvel de saúde

Enquadramento: A gestão da doença, designadamente da hipertensão arterial (HTA) através do apoio à auto-gestão, aconselhamento motivacional, acesso à informação resultam em maior adesão terapêutica. Objetivos: Identificar os fatores que determinam a adesão ao tratamento na pessoa com HTA numa amostra comunitária. Metodologia: Estudo transversal, descritivo-correlacional, com amostra de 235 hipertensos (63,8% do género feminino), idade média 75 ± 8,14 anos, 62,6% casados e a maioria com o 1.º ciclo de escolaridade. Recorremos ao questionário com variáveis sociodemográficas, dietéticas, clínicas, motivacionais, relacionadas com os profissionais e serviços de saúde, Escala de Apgar Familiar, Questionário de Dependência Alcoólica, Questionário Internacional de Atividade Física, Questionário de Determinação da Saúde Nutricional, Escala de Autocuidado com a Hipertensão, Questionário de Crenças Sobre a Doença, Escala de Crenças Acerca dos Medicamentos, Escala de Satisfação dos Utentes com os Cuidados de Enfermagem na Unidade Móvel de Saúde, Questionário abreviado da Perceção do Cliente sobre o Ambiente Terapêutico, Questionário de Autorregulação, Escala de Competência Percebida e Escala de Medida de Adesão aos Tratamentos para colheita de dados. Resultados: A pressão arterial estava controlada em 34,5% da amostra, 28,2% homens e 38% mulheres. A MAT revelou um mínimo de 3,86 e um máximo de 6 com uma média de 5,66±0,49. As variáveis preditoras da adesão foram: controlo pessoal (p=0,005), identidade (p=0,000), ambiente terapêutico (p=0,001), alimentação geral (p=0,041), atividade física (p=0,007) e toma de medicamentos (p=0,000). Conclusões: Compreender os fatores envolvidos na gestão do tratamento permite perceber como podem os enfermeiros contribuir para melhorar a adesão ao regime terapêutico. Palavras-chave: Hipertensão arterial, gestão da doença crónica, adesão ao tratamento e adultos.

Public health implications of dietary fiber intake to reduce the cost of chronic diseases

Objective: To assess the epidemiological evidence on dietary fiber intake and chronic diseases and make public health recommendations for the population in Romania based on their consumption. Populations that consume more dietary fiber from cereals, fruits and vegetables have less chronic disease. Dietary Reference Intakes recommend consumption of 14 g dietary fiber per 1,000 kcal, or 25 g for adult women and 38 g for adult men, based on epidemiologic studies showing protection against cardiovascular disease, stroke, hypertension, diabetes, obesity, metabolic syndrome, gastrointestinal disorders, colorectal -, breast -, gastric -, endometrial -, ovarian - and prostate cancer. Furthermore, increased consumption of dietary fiber improves serum lipid concentrations, lowers blood pressure, blood glucose leads to low glycemic index, aids in weight loss, improve immune function, reduce inflammatory marker levels, reduce indicators of inflammation. Dietary fibers contain an unique blend of bioactive components including resistant starches, vitamins, minerals, phytochemicals and antioxidants. Dietary fiber components have important physiological effects on glucose, lipid, protein metabolism and mineral bioavailability needed to prevent chronic diseases. Materials and methods: Data regarding diet was collected based on questionnaires. We used mathematical formulas to calculate the mean dietary fiber intake of Romanian adult population and compared the results with international public health recommendations. Results: Based on the intakes of vegetables, fruits and whole cereals we calculated the Mean Dietary Fiber Intake/day/person (MDFI). Our research shows that the national average MDFI was 9.8 g fiber/day/person, meaning 38% of Dietary Requirements, and the rest of 62% representing a “fiber gap” that we have to take into account. This deficiency predisposes to chronic diseases. Conclusions and recommendations:The poor control of relationship between dietary fiber intake and chronic diseases is a major issue that can result in adverse clinical and economic outcomes. The population in Romania is at risk to develop such diseases due to the deficient fiber consumption. A model of chronic diseases costs is needed to aid attempts to reduce them while permitting optimal management of the chronic diseases. This paper presents a discussion of the burden of chronical disease and its socio-economic implications and proposes a model to predict the costs reduction by adequate intake of dietary fiber.