7 resultados para Maria Margarida Ferreira Borges

em Instituto Politécnico de Viseu


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Enquadramento: Devido à elevada prevalência de abandono precoce da amamentação, diversas instituições (e.g., OMS, UNICEF) têm-se preocupado em proteger, promover e apoiar o aleitamento materno um pouco por todo o mundo, defendendo a sua exclusividade durante os primeiros seis meses de vida do bebé, complementado a partir dessa idade pela introdução de alimentos e mantido até aos 2 anos de idade ou mais, se esse for o desejo da mãe. Objetivos: Avaliar os conhecimentos das mães sobre a amamentação; identificar as dificuldades vivenciadas pelas mães em relação à amamentação; analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas e obstétricas das mães e os seus conhecimentos e dificuldades sobre a amamentação. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, analítico, correlacional e de corte transversal, conduzido numa amostra não probabilística de 100 mães de recém-nascidos e/ou lactentes até 1 ano de vida, internadas no serviço de obstetrícia, neonatologia, pediatria e urgência de uma Unidade Local de Saúde do Norte do País. As inquiridas tinham idade mínima de 16 e máxima de 43 anos (M=30,77; Dp=6,356). Foi utilizado um questionário de caraterização sociodemográfica e um questionário de autorrelato da vivência das mães sobre a amamentação, desenvolvido por Sousa (2014). Resultados: Os principais resultados mostraram que 50% das mães consideram possuir bons conhecimentos relativos à amamentação, porém, apenas 39% foram classificadas com bons conhecimentos, enquanto 52% revelaram dificuldades elevadas. Os conhecimentos foram avaliados tendo por base a sinalização correta da importância da amamentação na primeira hora de vida do bebé por 93% das mães, exclusiva até aos 6 meses (28%), a composição do leite materno e composição imunológica 93%, a maioria das mães considerou saber identificar os sinais da pega correta. Relativamente ao horário da amamentação, 62% ainda considera correto amamentar de três em três horas e 14% defende que o bebé deve mamar 10 minutos em cada mama. Os conhecimentos relacionaram-se significativamente com as mães com ensino superior (x2=17,828; p=0,00) e nas que se encontram a amamentar atualmente (UMW=278,000; p=0,01). As dificuldades mais prevalentes associaram-se às fissuras (56,4%), ingurgitamento mamário (38,5%), mastite (3,8%), dor (40%) e dificuldade na pega (60%), tendo-se constatado diferenças estatisticamente significativas associadas ao ingurgitamento mamário, à mastite e abcesso mamário. Exerce influência nas dificuldades das mães, ter sido informada pelo obstetra (UMW=324,000; p=0,02) e não ter expectativas na primeira amamentação (UMW=521,500; p=0,01). Conclusão: O estudo revela bons conhecimentos globais mas dificuldades elevadas, sendo estas as comumente referenciadas noutros estudos. Face a isto, mantem-se necessário apoiar nas dificuldades vividas durante a amamentação, adequando as estratégias de promoção, proteção e apoio ao AM, para que os resultados possam ser bem-sucedidos. Palavras-chave: aleitamento materno, conhecimentos, dificuldades.

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Abstract Introduction: Knowledge provides the foundation for values, attitudes and behavior. Knowledge about sexual and reproductive health (SRH) and positive attitudes are essential for implementing protective behaviors. Objectives: The aim of this study was to evaluate SRH knowledge and attitudes in college students and their association with sexual and reproductive behaviors. Material and methods: A cross-sectional study was conducted in a sample of 1946 college students. The data were collected using a self-report questionnaire on the sociodemographics characteristics of the sample, an inventory on SRH knowledge and an attitude scale, and were analyzed with descriptive and inferential statistics (ANOVA and Pearson’s correlation). Results: The sample was 64% female and 36% male, with a mean age of 21 years. The majority were sexually active and used contraception. The SRH knowledge was moderate (22.27 ± 5.79; maximum score = 44), while the average SRH attitude score was more favorable (118.29 ± 13.92; maximum score = 140). Female and younger students studying life and health sciences had higher (P < .05) SRH knowledge and attitude scores. The consistent use of condom and health care surveillance were highly dependent on the students’ SRH knowledge and attitudes. Engagement in sexual risk behaviors was associated with lower scores for these variables. Conclusions: Strategies to increase SRH knowledge and attitudes are important tools for improving protective behaviors, especially with respect to contraception, health care surveillance and exposure to sexual risk. Older males studying topics other than life sciences should be a priority target for interventions due to their higher sexual risk

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Abstract: Schizophrenia is a complex chronic disease that turns the affected person into a dependent and disorganized patient. This pathology is responsible for a major burden on the family members who are in charge of taking care of that person. Analyze to what extant can socio-demographic, clinical and environmental variables interfere with the burden felt by family members who live with someone suffering from schizophrenia; to analyze the relationship between a depressive mood state and the burden on the family members who live with a person suffering from schizophrenia were our objectives. As a methodology, quantitative and non-experimental, cross-sectional, descriptive and correlational study. The data collection was done through socio-demographic questionnaires; Vaz Serra and Pio Abreu’s Portuguese version of Beck Depression Inventory (1973); Zarit Burden Interview adapted by Sequeira (2007). 95 informal caregivers taking care of schizophrenic patients were assessed. Participants are mainly female (66%), aged 40 or over (79%) and 36 % are the patients’ mothers. Gender, age and existing family ties variables interfered significantly with the impact caused on the caregiver’s burden. There was a statistically significant correlation between the depressive symptomatology and the burden experienced by the family caregivers. Family/ informal caregiver experience several difficulties when they have to go through a daily process of taking care of a family member suffering from schizophrenia. This situation may cause exhaustion, conflicts, emotional suffering and even depressive symptomatology. This burden of care grows stronger as the patients are older, when they are male and when there are no families ties binding patient and caregiver. These variables must be taken into account in these caregivers’ service plans.

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Este Simpósio é dedicado ao tema “Género e TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação) ”, visando analisar e discutir as questões de género, no âmbito da utilização das TIC. Para desencadear a discussão, as/os participantes no Simpósio enquadrarão teoricamente o tema e apresentarão uma síntese dos resultados de diferentes estudos académicos, contribuindo, assim, para o retrato da relação entre género e utilização das TIC por crianças e jovens em Portugal. O enquadramento teórico apresentará as diferentes abordagens internacionais ao tema. Será referido o capítulo dedicado às TIC, do Guião Educação, Género e Cidadania para o 3º ciclo, e o programa de formação contínua de docentes que tem vindo a usar o referido capítulo na formação contínua de docentes, resultando na aplicação do mesmo pelos/as formandos/as em agrupamentos de escolas de todo o país. Serão também apresentados os resultados de uma investigação sobre a dimensão de género na utilização das TIC por jovens no ensino superior em Portugal. A análise das questões de género na utilização da internet pelas crianças será apresentada por pessoas da coordenação portuguesa de dois projetos europeus.

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O romance Cântico Final insta o leitor a refletir sobre o significado da vida num Mundo em que, conforme afirma Elsa (uma das personagens centrais da obra), Deus morrera: “ […] que pena Deus ter morrido! Já o não podemos desafiar…” (147).Porém, ao proclamarem a morte de Deus, quer Elsa, quer Mário, o protagonista, com quem Elsa vive um romance fugaz mas intenso, ficam à mercê da sua condição humana de incompletude e de uma linguagem também humana e como tal reducionista, precária. Ainda que nos momentos de maior intimidade entre si estas personagens prefiram o silêncio ao diálogo, numa tentativa de aproximação e comunhão com um absoluto dessacralizado, a sua demanda de plenitude permanecerá vã. É o que acontece, por exemplo, quando o casal passa férias em Sesimbra, uma vila junto ao mar, com toda a simbologia que os espaços marítimos transportam e evocam. Já a Morte é incontornável, total e definitiva. É devido à inverosimilhança da morte dos seus pais que Mário abandona o espaço rural da sua aldeia e ruma a Lisboa, espaço cosmopolita, de arte e de cultura. Aí, cruza-se com várias personagens que o fazem acreditar no potencial da Arte para captar os pequenos milagres e aparições da vida. Contudo, também a arte, seja a verbal, a pictórica ou a quinestésica, é uma forma de linguagem e daí a sua natureza humana, truncada. Por isso Mário, confrontado com a iminência da sua própria morte, retorna às origens, ao espaço rural que tão bem se enquadra na noção de trialética da espacialidade tal como foi definida por Edward Soja (1999), ou seja espaço macro e micro, subjectivo e imaginado, vivido e experienciado. Ao pintar a capela da Senhora da Noite, erigida no cimo de um monte transbordante de silêncio, Mário assegura, ainda que muito parcialmente, a sua permanência, ao mesmo tempo que o rosto da Senhora da Noite capta, também fruto das tintas de Mário, uma parcela da essência de Elsa. O protagonista responde assim, de um certo ponto de vista, ao apelo de lugar, “pull of place”, como é definido por Lucy Lippard (1997,20) que lhe permite, ainda que ilusoriamente, ultrapassar o sentimento de alienação que mora em si como em todo o sujeito. Circular como a trajetória de Mário, a diegese abre e fecha num mesmo espaço: a aldeia, lugar não de ausência, mas de presença, próxima como está da voz primordial, de que são testemunho as pedras e a montanha secular, símbolos de “união indestrutível dos céus e da terra” (127).

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A preocupação acrescida com a condição e aparência física, refletem-se em cuidados com o estado de saúde e bem-estar e são, nos últimos anos, responsáveis pela expansão dos ginásios e health clubs.Mas, atividade física e a alimentação estão intimamente ligadas, tanto no que respeita à estética como também, com maiores preocupações, no que respeita à saúde. Daí que as duas vertentes estejam ligadas à imagem de pessoas saudáveis e vigorosas. Na verdade, a capacidade de rendimento do organismo melhora com a nutrição adequada. A avaliação da composição corporal é um importante aspeto na determinação da condição física e permite-nos observar as alterações fisiológicas produzidas pelos programas de atividade física e/ou alimentares, oferecendo informações quanto a sua eficiência ou possíveis correções a serem efetuadas. Pretendeu-se com o presente estudo caracterizar os hábitos alimentares e a composição corporal dos indivíduos praticantes de exercício físico num ginásio do Concelho de Coimbra. A amostra foi constituída por 50 indivíduos, 22 do sexo masculino e 28 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 57 anos. Estes indivíduos têm em comum o facto de praticarem exercício físico num mesmo ginásio, de uma forma sistemática há pelo menos 6 meses. Para a caracterização dos hábitos de AF dos participantes no estudo foi utilizada a versão curta do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Para avaliação nutricional recorreu-se ao Questionário Semiquantitativo de Frequência Alimentar (QSFA), elaborado pelo Serviço de Higiene e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. A conversão dos alimentos em nutrientes foi realizada recorrendo ao programa informático Food Processor Plus ® versão 7.0. Foram ainda avaliados os seguintes parâmetros antropométricos: peso, altura, perímetro abdominal, IMC, massa gorda e massa magra. As análises estatísticas foram efetuadas com recurso ao Programa Estatístico SPSS (Statistical Package for the Sciences) para o Windows, versão 20.0. O nível de significância estatística foi mantida em 5% (p<0,05). A análise dos dados permitiu retirar as seguintes conclusões: Os frequentadores de ginásio são na sua maioria indivíduos do sexo feminino (56%), jovens com uma idade média de 27±7 anos. A maioria dos participantes do estudo praticava EF (exercício físico) há 39 meses, no entanto no grupo existe uma grande variabilidade, existindo indivíduos que praticam EF há 6 meses, e outros que o fazem há 180 meses. Praticam EF com uma frequência média de 3,5±1,3 sessões/semana a que corresponde uma prática de EF 6,40±3,2 h/semana. A maioria apresentava um Perímetro Abdominal (PA) de 85,2±6,3 cm, Índice de Massa Corporal (IMC) normal (23,1± 2,6 kg/m2), valores de Massa Gorda (MG) (23,9%) e de Massa Muscular (MM) de 34,6±7,9%. Observou-se uma diminuição da MG com o tempo de prática de exercício de 25,3% (praticantes entre 6-12 meses) vs 20,9% (praticantes> 48 meses). Esta influência temporal, embora sem significado estatístico, verifica-se também relativamente ao perímetro abdominal e IMC, embora neste último numa razão inversa, caracterizada pelo seu aumento. O tipo de exercício praticado influencia a composição corporal: praticantes de exercício aeróbio apresentam um perímetro abdominal inferior (82,3±6,0 cm) aos praticantes de outro tipo de exercícios porém acompanhado de uma percentagem de massa gorda superior (29,4±6,0%).Os praticantes de exercício de resistência apresentam valores de MG de 16,0±7,4%. No estudo por nós realizado, constatou-se inadequação na quantidade energética consumida, face às necessidades efetivas da amostra. Embora a ingestão de hidratos de carbono, de fibra e de lípidos se apresente dentro dos limites recomendados a ingestão de proteína ultrapassa os valores recomendados.Os resultados obtidos mostram que o tipo de exercício bem como o tempo de prática de exercício influenciam a composição corporal. Verificou-se ainda que a alimentação dos participantes no estudo não é adequada do ponto de vista nutricional e para além disso os hábitos nutricionais não parecem influir na composição corporal da amostra. Mais estudos serão necessários para que os hábitos alimentares dos praticantes de exercício em ginásios e health clubs sejam bem conhecidos e os profissionais da área tenham mais informações e possam orientar melhor os praticantes de exercício físico regular em ginásios e health clubs de modo a otimizar os resultados pretendidos através de um aconselhamento nutricional individualizado.

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Poucos foram os estudos conduzidos, até agora, com o objectivo de modificar o bem-estar subjectivo dos idosos. Para procurar colmatar esta lacuna, foi levada a efeito a presente investigação, com três amostras de indivíduos, provenientes de diferentes locais do país. Em nenhuma delas se verificaram melhorias significativas na satisfação com a vida dos idosos, ao cabo de oito semanas de tratamento.