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em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
Enquadramento: A Artrite Reumatóide (AR) é uma patologia com profundas implicações na funcionalidade das pessoas, com efeitos significativos não só ao nível do funcionamento físico, mas também a nível emocional, familiar, social e económico. Objetivos: Avaliar a funcionalidade das pessoas com artrite reumatóide e analisar a sua relação com as variáveis sócio demográficas, clínicas, dor e qualidade do sono. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 75 pessoas com o diagnóstico de artrite reumatóide, acompanhadas na Unidade de Dor, na Consulta de Reumatologia e na Medicina Física de Reabilitação do CHTV, EPE. Para a mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados que integra uma secção de caracterização sócio demográfica e clínica, o Índice da Qualidade de Sono de Pittsburgh – PSQI e o Health Assessment Questionnaire – HAQ. Resultados: Constatou-se que 60,0% dos inquiridos apresenta dificuldades/incapacidades leves no desempenho das atividades da vida diária, 32,0% apresenta já dificuldades moderadas e 8,0% incapacidade grave, sendo que o valor médio da funcionalidade global avaliado por meio do HAQ foi de 1,48, o que revela a existência de uma incapacidade moderada na nossa amostra. Das variáveis sócio demográficas, a idade (p=0,003), a situação laboral (p=0,000), a escolaridade (p=0,006) e os rendimentos mensais (p=0,001) têm influência no estado funcional das pessoas com AR. Das variáveis clínicas, a intensidade da dor (p=0,007) e o tempo de diagnóstico da doença (p=0,013) mostraram relacionarem-se com a funcionalidade. Em relação à qualidade do sono, apenas existem diferenças estatísticamente significativas nas subescalas “levantar-se” (p=0,030) e “caminhar” (p=0,034), sendo que a má qualidade de sono configurou-se em 94,7% dos inquiridos. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo referem que a idade, a situação laboral, a escolaridade, os rendimentos mensais, o tempo de diagnóstico, a intensidade da dor e a qualidade do sono, associam-se a uma pior funcionalidade nas pessoas com AR. O diagnóstico precoce, a adoção de medidas para a promoção da boa qualidade do sono, a aplicação de medidas farmacológicas e não farmacológicas para o alívio da dor, e ações de formação direcionadas aos doentes com AR, devem ser estratégias a desenvolver junto desta população, numa tentativa de minimizar o impacto negativo que esta doença acarreta. Palavras-chave: artrite reumatóide, estado funcional, qualidade do sono.
Resumo:
Enquadramento: O stress acompanha o indivíduo, tanto no trabalho como na vida social. Desencadeado por diversos fatores, o stress está, também,presente na vida do professor. Objetivos: Identificar os fatores que têm desencadeado situações de stress dos professores no Ensino Fundamental do município de Campo Grande-AL; Determinar os principais stressores no bem-estar e satisfação dos mesmos. Material e métodos: Optou-se pelo tipo de investigação quantitativo e não experimental, com corte transversal, descritivo e correlacional. A recolha de dados foi realizada através de protocolo constituído por questionário de caraterização sócio demográfica e escalas de: Satisfação Geral do Trabalho; Vulnerabilidade ao Stress; Afecto Positivo e Negativo; Apgar Familiar e Inventário de Qualidade de Vida. A amostra é não probabilística por conveniência constituída por 70 (setenta) professores do Ensino Fundamental. Resultados: Constatou-se que 50% dos participantes apresentaram vulnerabilidade ao stress, 28,5% boa relação com pessoas desconhecidas e 55% revelaram ter apoio dos amigos. Não foram identificados problemas familiares e 65% dos inquiridos referiram ter ajuda da família. Na satisfação do trabalho apenas 27% dos professores estão satisfeitos e 30% pensaram abandonar o trabalho. Conclusões:O desgaste em sala de aula envolve situações diárias dos professores, levando à necessidade de alertar os órgãos públicos, a fim de adotarem estratégias para o bem estar e satisfação dos professores, visando o sucesso desejado. Palavras-chave: Vulnerabilidade ao Stress; Professor; Bem-estar; Satisfação Profissional.
Resumo:
Enquadramento: Embora o ciclo menstrual seja um fenômeno normal na vida de mulheres em idade fértil, a ele podem se associar síndromes de intensidade variável. Objectivo: Determinar o impacto da síndrome pré-menstrual e da síndrome disfórica pré-menstrual na qualidade de vida de mulheres em idade fértil, comparadas a mulheres sem essas síndromes. Material e Métodos: Procedeu-se a estudo quantitativo, descritivo, correlacional, transversal, com 60 participantes do sexo feminino (16 com síndrome pré-menstrual, 28 com sintomatologia compatível com SDPM e 16 não apresentavam sintomas compatíveis com diagnóstico), A colheita de dados foi no Ambulatório de Ginecologia do Hospital Militar de nível terciário no período de janeiro a fevereiro de 2015, apresentando idade entre 18 e 56 anos, menarca há mais de um ano; ciclos menstruais em ausência de uso de terapia de reposição hormonal, com queixas associadas ao período menstrual. Três instrumentos de recolha de dados foram empregados: um questionário de identificação da paciente e caracterização de vida reprodutiva; o Questionário de Triagem de Sintomas Pré-menstruais e o Short Form Health-Survey com 36 itens. Para organização e análise dos dados, foi empregado o programa Statistical Package for Social Sciences, na versão 21.0. As variáveis foram dicotomizadas, para análise de contingência com o teste exato de Fisher. Para comparação de médias, foram utilizados o teste de diferença de médias de amostras independentes e o teste Kruskal Wallis, todos em nível de significância de 0,05. Resultados: A prevalência de síndrome menstrual igualou-se a 76,3%, sendo 46,6% compatível com síndrome disfórica e 29,7% com síndrome pré-menstrual. Esses grupos diferiram significantemente nos sintomas de ansiedade/tensão, fadiga/perda de energia, dificuldade de concentração, fome excessiva ou anorexia e sentimento de opressão. A síndrome disfórica pré-menstrual associou-se a maior comprometimento de relações sociais, familiares e domésticas, bem como à perda de saúde geral e de saúde mental, nos domínios de vitalidade, funções sociais, limitações devidas a problemas emocionais e saúde mental. Essas alterações não interferiram na percepção da libido e de orgasmo, mas alguns domínios da qualidade de vida estiveram associados a características reprodutivas. Conclusão: As síndromes pré-menstruais comprometem a qualidade de vida das utentes e requerem assistência voltada à melhoria do conhecimento das mulheres sobre seu problema de saúde. Palavras-chave: Síndrome pré-menstrual, Síndrome disfórica pré-menstrual, Qualidade de vida.
Resumo:
Destacamos dois grandes objectivos que presidiram à elaboração do presente documento de reflexão: 1. Evidenciar a relatividade do conhecimento científico e, consequentemente, de todas as eventuais "teses" dadas como certezas ou verdades absolutas, quer relativamente ao Homem quer relativamente ao Mundo. 2. Reflectir sobre as implicações que a alteração dos pressupostos epistemológicos da ciência trouxe para vários domínios, nomeadamente social, psicológico e psicopedagógico. Esperamos que este contributo possa de alguma forma, ainda que modestamente, suscitar a reflexão e a problematização de algumas das questões decorrentes dos referidos objectivos.