2 resultados para Espiritualidade feminina

em Instituto Politécnico de Viseu


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Os suplementos alimentares para emagrecer são um apelo irresistível para quem procura uma forma de perder peso “sem sacrifícios” e “sem esforço”. Com efeito, estamos perante um mercado sazonal em expansão em que a menção “natural” parece tranquilizar os consumidores esquecendo que a eficácia e segurança destes produtos necessita ser avaliada. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo efetuar a caraterização dos consumidores de suplementos alimentares para emagrecer, da zona centro de Portugal, avaliar o seu grau de satisfação com os produtos e ainda o possível risco que envolve o consumo destes produtos sobretudo quando ingeridos concomitantemente com medicamentos. Recorreu-se a um questionário anónimo, confidencial e de preenchimento voluntário, distribuído em farmácias, parafarmácias e dietéticas e/ou ervanárias maioritariamente do concelho de Viseu e Figueira da Foz. A recolha dos dados decorreu entre os meses de abril e julho de 2014. E tinha como critérios de inclusão ser maior de 18 anos, ambos os sexos e saber ler e escrever. Acorreram 304 indivíduos. A análise dos dados foi feita recorrendo a testes estatísticos adequados a cada caso. O presente estudo ao caracterizar o perfil de consumidores de suplementos alimentares encontrou uma população, maioritariamente feminina (88,5%) com grau de instrução elevado, secundário e superior, nas faixas etária dos 25-44 anos (59,4%), casados ou em união de facto. Apresentavam excesso de peso e obesidade (54%), sem hábitos de prática de exercício físico e com alimentação desequilibrada. Estes preferem adquirir os suplementos alimentares para emagrecer nas farmácias embora a decisão de consumir estes produtos seja pessoal (32,7%). Para aconselhamento preferem o farmacêutico (17,6%) e apenas 4,2% recorrem ao médico. Revelaram ainda consumir estes produtos por um período de tempo limitado, entre 1-3 meses e estarem satisfeitos com os resultados obtidos após o consumo de suplementos alimentares (63,1%). Constituindo os efeitos secundários dos suplementos alimentares uma preocupação legítima verificamos que a maioria dos inquiridos (93,3%) não refere qualquer efeito indesejável, os restantes indivíduos que revelaram aparecimento de ações indesejáveis disseram ter-se dirigido ao farmacêutico para reportar a situação. As patologias com maior prevalência entre os consumidores foram doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, seguida das perturbações mentais e comportamentais e por fim as doenças cardiovasculares a que correspondem os principais grupos terapêuticos encontrados: psicofármacos, medicamentos usados em patologias do sistema endócrino e antihipertensores. Cerca de 25,8% dos inquiridos que consumiam suplementos alimentares para emagrecer utilizavam concomitantemente estes fármacos. A análise dos cinco suplementos alimentares para emagrecer maioritariamente consumidos pela amostra (57,8%) evidenciou a existência de possíveis interações com os grupos de fármacos mais utilizados. Os resultados obtidos mostram por um lado, a necessidade de esclarecer o conceito de que nem tudo o que é natural é inócuo e por outro lado, ressaltam a importância no ato de venda do aconselhamento individual, adaptado a cada consumidor (com ou sem medicação), por um profissional de saúde com conhecimentos no âmbito da gestão e fisiologia de peso corporal e conhecimento sólido sobre a eficácia e segurança destes suplementos.

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Enquadramento: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte, cuja etiologia surge da conjugação de fatores de risco, causando uma patogenia complexa. Objetivos: identificar quais os fatores de risco, em presença, nos profissionais de saúde do Centro Hospitalar Tondela-Viseu; analisar a relação das variáveis sociodemográficas (sexo e idade) com o risco cardiovascular. Métodos: Estudo quantitativo e não experimental, transversal, descritivo e correlacional. Recorreu-se ao Questionário de Nível de Risco Cardiovascular (QNRC) (Cunha & Macário, 2012). A amostragem é não probabilística por conveniência, constituída por 1000 profissionais de saúde do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Resultados: Amostra maioritariamente feminina (71.3%), na faixa etária dos 36-45 anos (35.8%), a exercerem em serviços médicos (40.1%), destacando-se os enfermeiros (42.7%). Quanto à presença de fatores de risco cardiovascular, 5.2% são hipertensos; 3.5% são obesos; 1.6% sofrem de doença cardíaca; 1.6% sofrem de diabetes mellitus; verificou-se a presença de história familiar de hipertensão arterial (40.6%), obesidade (7.8%), doença cardíaca (15.9%), diabetes mellitus (23.4%); 69.9% apresentavam pressão arterial normal; 37.3% relataram hábitos tabágicos; 80.7% não apresentavam situação sem riso em relação aos triglicerídeos, mas em 19.3% esse estava presente; 61.9% não revelaram risco no parâmetro colesterol total, contudo, 38.1% patenteavam; 88.8% não apresentam risco quanto ao colesterol HDL, porém, 11.2% enquadravam-se no grupo de risco face ao colesterol HDL; 64.0% não apresentam valores de colesterol LDL considerados de risco, todavia, 36.0% revelaram valores de colesterol LDL considerados de risco. Conclusão: Os resultados apontam para a realização de sessões de esclarecimento na promoção da saúde e prevenção das doenças cardiovasculares para profissionais de saúde. Palavras-chave: Fatores de Risco Cardiovascular; Profissionais de Saúde.