3 resultados para Educação alimentar
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
Na oitava sessão do comité intergovernamental da UNESCO, decorrida no dia 4 de Dezembro de 2013 em Baku, capital do Azerbaijão e a propósito de uma candidatura plurinacional envolvendo 7 países (Portugal, Espanha, Marrocos, Itália, Grécia, Chipre e Croácia), a dieta mediterrânica (DM) foi considerada Património Imaterial da Humanidade. Um dos sinais da descaracterização da DM é o consumo excessivo de alimentos fritos. Para além da recorrência familiar a esta técnica culinária não descuremos a oferta de uma multiplicidade de produtos alimentares tipo snack (fritos) que aumentam o aporte lipídico na dieta (gorduras degradadas) e são veículo de substâncias potencialmente tóxicas como é o caso da acrilamida. As doenças cardiometabólicas (DCM ) afetam a qualidade de vida das populações. A funcionalidade do padrão mediterrânico na reabilitação da saúde mostra-nos o antídoto a estilos de vida nefastos (fast food, sedentarismo) numa sociedade de consumo. Num contexto de nutriprevenção, a slow food mediterrânica poderá ser a solução para atenuar o risco de doença e reduzir os custos em saúde. Constituiu objetivo principal do presente trabalho fundamentar a importância que a DM apresenta para a saúde cardiometabólica e avaliar os prejuízos decorrentes do consumo de alimentos submetidos a fritura, mais concretamente à batata frita (incaracterística da referida dieta). O desenvolvimento desta dissertação mostra que o balanço entre os efeitos benéficos da DM na saúde e as consequências nefastas de um produto de grande consumo (batata frita) apela à utilização esporádica do processo de fritura e à implementação de metodologias tecnológicas que diminuam o teor de acrilamida, apontando para a importância da educação/reeducação alimentar, estruturada a partir de conhecimentos ponderados da antropologia da alimentação.
Resumo:
O tema alimentação é uma preocupação nos dias atuais. O aparecimento de doenças associadas aos excessos alimentares, diferentes culturas e informação transmitida, são problemas constantes e preocupantes na sociedade. As pessoas têm de ser educadas desde pequenas para esta situação, valorizando toda a informação que recolhem por parte do meio envolvente e colocando em prática o que aprenderam. Este trabalho baseou-se na avaliação de alguns indivíduos sobre o conhecimento e práticas que têm sobre o tema alimentação saudável. Escolheu-se um grupo de indivíduos que frequentavam do 5º ao 9º ano de escolaridade, do concelho de Viseu. O objectivo pretendido consistia em avaliar o conhecimento adquirido no convívio com a família e amigos, na escola e no marketing que os rodeia, verificando se era colocado em prática, ou se o conhecimento era insuficiente. Adotou-se o método de inquéritos por questionários para recolher a informação necessária e o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) como software para fazer a análise. As escolas escolhidas, encarregados de educação e alunos foram muito recetivos a este questionário, tornando possível uma amostra de 852 inquiridos, dos quais 50,12% são do sexo feminino e 49,88% são do sexo masculino, e cujas idades variam entre os 10 e os 18 anos. De modo geral percebe-se que os inquiridos têm alguma informação sobre alimentação saudável. A maior parte (93,8%) identifica a roda dos alimentos atual e é através da escola (60,2%) e pais/familiares (75,1%) que obtêm o seu conhecimento. No entanto, numa avaliação global resultante de uma análise de clusters, conclui-se que os indivíduos que até possuem algum conhecimento representam um terço dos alunos (38,7%), o que demonstra que ainda há barreiras que têm que se transpor para alertar a população estudantil para este assunto.
Resumo:
Introdução: A fibra dietética (FD) tem feito parte da dieta humana desde há milénios, embora os seus benefícios tenham sido reconhecidos, principalmente, nas últimas décadas. Objetivos: Porque a FD é um componente importante de uma dieta saudável, o objetivo deste trabalho foi avaliar os hábitos de consumo dos Portugueses, bem como o seu conhecimento sobre os alimentos ricos em fibras e as suas atitudes em relação à rotulagem dos alimentos. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo transversal usando uma amostra não-probabilística de 382 participantes. Resultados: Os resultados mostraram que a ingestão de alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e cereais, foi muito menor do que a ingestão recomendada. Os resultados também indicaram que a maioria das pessoas não presta a atenção desejada à rotulagem de alimentos ou à informação nutricional. Conclusões: O nível geral de conhecimento sobre FD foi considerado insatisfatório, e, portanto, é necessário mais educação nutricional e desenvolver esforços para informar as pessoas acerca da importância da FD como parte da sua dieta diária.