11 resultados para Educação familiar - Crianças - Desenvolvimento
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
Hoje em dia a realidade das nossas escolas com crianças surdas é que estas se situam na generalidade aquém dos alunos ouvintes, cujas competências académicas são na grande maioria acima da dos alunos surdos. Neste trabalho vamos tentar perceber se esse facto está relacionado com o acesso tardio à Língua Gestual ou se se relaciona com a forma não natural como é ensinada esta língua. Outra das razões desta diferença nos resultados destas crianças resulta da dificuldade das famílias comunicarem com as suas crianças surdas e destas comunicarem com os seus pares ouvintes e com adultos no contexto escolar, por não poderem partilhar de um mesmo código linguístico. Esta preocupação resultou neste trabalho, com o tema “A Língua Gestual como primeira língua da criança surda” considerando que a idade com que estas crianças iniciam a aprendizagem da Língua Gestual (doravante LG) é muito importante e está relacionada com o seu processo comunicativo e, com as aprendizagens decorrente no meio escolar. Assim, a finalidade deste estudo é a análise da comunicação das crianças surdas, e em como é essencial o ensino primordial da língua gestual e que esta seja aprendida o mais precocemente possível. É também de realçar e destacar dos demais intervenientes na educação da criança a importância do envolvimento dos pais e dos familiares mais próximos nos processos de aprendizagem da língua gestual. No presente trabalho, procedemos a um estudo com observações diretas e participantes a um sujeito surdo no seu contexto escolar e familiar analisando, assim, a comunicação deste para com a família e vice-versa. Examinando ainda a reação deste com os seus pares ouvintes aquando a aprendizagem destes da LG e dos docentes envolvidos no processo. Foram ainda construídos dois inquéritos, para completar o estudo e serem comparadas realidades, dado que as observações diretas foram realizadas a um só sujeito. De forma a poder também analisar e caracterizar a comunicação dos adultos que trabalham com estas crianças e, descrevendo também, como os adultos surdos se sentem / sentiam na comunicação enquanto crianças surdas com adultos e familiares ouvintes. Os dois inquéritos foram preenchidos um por professores ou técnicos que trabalhem com crianças surdas e outro para por adolescentes e adultos surdos. Os resultados obtidos apontam para um acesso tardio à LG que será a primeira língua dos sujeitos surdos e, a uma comunicação disfuncional entre adultos no âmbito escolar e as crianças surdas. Este défice comunicacional é também comprovado entre familiares diretos dos sujeitos surdos, ficando a criança com um atraso comunicacional, nas aprendizagens e na socialização. Desta forma, defendemos, na educação das crianças surdas, a importância da precocidade na identificação da surdez e na implementação da aprendizagem da LG o mais cedo possível.
Resumo:
A presente investigação corresponde à conceção, implementação e avaliação de um Programa de Ciências vocacionado para um aluno com Necessidades Educativas Especiais de Caráter Permanente, com Currículo Específico Individual e Plano Individual de Transição. Assim, pretendeu-se ajudar a desenvolver a literacia científica do aluno, no espírito da escola inclusiva, sempre do ponto de vista funcional. Deste modo, implementou-se um programa denominado Práticas Inclusivas em Ciências que, de uma forma articulada com as atividades pré-profissionalizantes na área da agricultura, ajudasse o aluno a desenvolver competências na prática agrícola, promovendo, assim, a sua funcionalidade e integração na vida profissional futura. Foi, ainda, propósito desta investigação refletir acerca do papel do professor de Educação Especial no desenvolvimento do programa supracitado. A presente investigação assumiu-se como qualitativa, sob a forma de estudo de caso, realizada com um aluno com incapacidade intelectual, sem restrições sensoriais ou motoras. Os resultados foram, globalmente, muito significativos, verificando-se a aquisição de conhecimentos por parte do sujeito de estudo capazes de consubstanciar a sua funcionalidade profissional, bem como o desenvolvimento de inúmeras competências transversais. Estes resultados emergiram da aplicação de uma metodologia "hands-on", "minds-on" e "hearts-on", denominada "learning-on" nesta investigação, por parte do professor de Educação Especial, tendo em conta a necessária diferenciação pedagógica. Com base nestes resultados, emerge a pertinência de uma Educação em Ciências para todos, promotora de literacia científica de um modo verdadeiramente inclusivo.
Resumo:
O presente relatório, referente à Prática Supervisionada do Mestrado em Ensino de 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico, encontra-se dividido em duas partes: a primeira diz respeito à dimensão reflexiva e a segunda referente à dimensão investigativa. Na primeira parte é apresentada uma reflexão crítica e fundamentada sobre todo o percurso realizado ao longo do Mestrado com base em experiências vividas, assim como aprendizagens pessoais e académicas construídas, em cada um dos contextos de Prática Pedagógica, perspetivando que professora de 1.º e 2.º Ciclo pretendo ser. Na segunda parte é apresentada a investigação realizada em contexto de Prática Pedagógica, numa turma, de 4.º ano de escolaridade. Teve por base o desenvolvimento de um projeto, inspirado na metodologia de trabalho de projeto, ao nível da Educação para a saúde, nomeadamente, a Educação Sexual. Este estudo apresenta um caráter qualitativo, pois pretendeu-se analisar e compreender as questões dos alunos sobre a temática do amor, as noções e conhecimentos sobre o desenvolvimento pubertário e sentimentos. A questão orientadora de toda a investigação, foi: “Qual o contributo do desenvolvimento de um projeto de investigação com crianças do 4.º ano de escolaridade na abordagem de temática da Educação Sexual?”. A análise dos dados aponta que a metodologia de trabalho de projeto é essencial para o desenvolvimento de capacidades como o trabalho em equipa e de temas ligados à sexualidade, considerando-se, por isso, fundamental que se desenvolvam nas escolas de forma a que os alunos se conheçam a si e aos outros.
Resumo:
A educação e formação de adultos (EFA) é imprescindível na atual sociedade, pois esta está em constante transformação, sendo necessário a atualização dos indivíduos, ou seja os conhecimentos e as experiências são cada vez mais privilegiados especialmente em contexto profissional exigindo dos indivíduos mais qualificação. Assim, educar e formar não passa só pela educação formal (ensino tradicional), mas também pela educação não formal centrada nas aprendizagens ao longo da vida, tendo essencialmente em conta o saber-fazer adquirido através das práticas do quotidiano, tornando esta tipologia de ensino mais dinâmica e inclusiva, pois tem em conta as características do indivíduo certificando os seus saberes, competências e práticas através dos cursos de educação e formação de adultos, por exemplo o RVCC que foi mencionado no decorrer do presente trabalho. É importante salientar, que os saberes e competências que são adquiridos no quotidiano também podem ser de carácter informal (educação informal), estando por isso presentes aprendizagens involuntárias obtidas em contexto familiar ou social. Pode-se afirmar que o ensino não está unicamente reservado aos mais novos (crianças e jovens), mas também direcionado para os adultos e seniores, considerando que as aprendizagens podem ser obtidas na educação formal, não-formal e informal. Assim, cada tipologia será importante em distintas faixas etárias ou em determinados momentos da vida. Neste sentido, a investigação pretende compreender a perspetiva dos formandos e formadores/coordenadores dos cursos EFA do concelho de Leiria, nomeadamente no que diz respeito aos contributos que esta tipologia de formação proporcionou, bem como a perspetiva dos formandos/coordenadores em relação a este. Assim, na recolha de dados utilizou-se uma abordagem qualitativa, usando como técnicas de recolha dos dados os inquéritos por entrevista e por questionário.
Resumo:
O presente relatório surge no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico e resulta das aprendizagens mais significativas realizadas ao longo das práticas pedagógicas em educação pré-escolar e do 1ºCEB. Este trabalho encontra-se dividido em dois capítulos. O primeiro, contempla a dimensão reflexiva que surge da análise crítica das situações mais marcantes, vivenciadas ao longo dos diferentes contextos educacionais. O propósito deste capítulo é refletir sobre receios, dificuldades, aprendizagens e estratégias utilizadas ao longo da prática, e dessa forma, melhorar intervenções futuras. O segundo capítulo, incide na dimensão investigativa onde é apresentado um estudo, de natureza qualitativa, realizado em contexto de 1º Ciclo do Ensino Básico na área de Expressão Dramática. Este estudo foi realizado numa turma de 2º ano de escolaridade de uma escola da rede pública do Ministério da Educação, e teve como questão de investigação: “Qual o contributo da Expressão Dramática no desenvolvimento de competências comunicativas e expressivas?” Os resultados do estudo evidenciam que as sessões de Expressão Dramáticas, quando proporcionados aos alunos, influenciam positivamente a sua comunicação e expressão. Este estudo, ao facultar situações de desenvolvimento das capacidades comunicativas e expressivas, contribuiu para o desenvolvimento global e harmonioso das crianças, nomeadamente na sua desinibição e imaginação.
Resumo:
Numa sociedade onde existem crianças com necessidades educativas especiais é cada vez mais emergente e fundamental a sua inclusão. Desta forma, é importante conceber ferramentas que permitam o desenvolvimento destas crianças o mais precocemente possível e a literatura tem debatido a relevância da leitura no desenvolvimento cognitivo e na interação social de um individuo. Nesta linha de pensamento, estruturou-se o presente projeto que teve o objetivo de adaptar a obra literária infantil “O Tomás já não cabe nos calções” de Mymi Doinet, presente no Plano Nacional de Leitura para a Educação Pré-Escolar do Ministério da Educação no formato acessível do Sistema Pictográfico para a Comunicação (SPC). Posteriormente, seguiu-se um estudo exploratório, através de um jogo, da consequência do livro adaptado em comparação com o seu formato original, particularmente no que diz respeito à reação comunicativa das crianças face ao livro. Participaram neste estudo quatro crianças com perturbações distintas, tendo em comum a comunicação verbal de algum modo comprometida; as perturbações são a perturbação do desenvolvimento intelectual, perturbação da linguagem, perturbação do espectro do autismo e uma criança sem diagnóstico concreto, onde se destaca os movimentos musculares involuntários, sem comprometimento do desenvolvimento cognitivo. Os resultados obtidos evidenciaram que o livro adaptado foi estruturador e facilitador da comunicação, face ao livro na sua versão original. A reação comportamental e comunicativa das crianças fase ao livro adaptado foi de maior participação e dinâmica se comparada com as reações face ao livro no formato original. Face aos resultados obtidos, não se pode esperar que existam materiais adaptados para perturbações apenas em investigações. É vital criar oportunidades e promover a igualdade, adaptando livros acessíveis, utilizando materiais adequados às capacidades/necessidades e que permitam a todas as crianças desenvolveram as suas potencialidades.