Os focos de resistência face ao poder disciplinar: afetos e sociabilidades nos discursos de uma apenada
Contribuinte(s) |
Silva, Marluce Pereira da CPF:01166547400 http://lattes.cnpq.br/4048403031541630 CPF:13250809420 http://lattes.cnpq.br/4463809499714404 Muniz, Cellina Rodrigues CPF:61836370334 Nascimento, Silvana de Souza CPF:25376277844 http://lattes.cnpq.br/0383359382532310 |
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Data(s) |
17/12/2014
26/01/2012
17/12/2014
22/07/2011
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Resumo |
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior A dissertação tem como temática a construção de subjetividades uma mulher que se encontra em regime carcerário na cidade de Natal/RN. Como questões norteadoras da pesquisa, perguntamos: Como se traduzem, na materialidade linguístico-discursiva, focos de resistência de uma apenada face aos dispositivos disciplinares reguladores de suas condutas, em específico condutas afetivas e sexuais no presídio? Como se entrelaçam as relações de poder e a constituição subjetividades da presidiária diante de práticas discursivas institucionalizadas? Objetiva-se: analisar na narrativa de uma apenada focos de resistência ao poder disciplinar na medida em que se envolve em relacionamentos afetivos e sexuais na instituição penal; investigar e problematizar formas de subjetivação de uma apenada mediante os efeitos de poder que transitam no Complexo Penal Dr. João Chaves; e examinar de que maneira a presidiária, inserida em um regime de normalização, se utiliza de estratégias discursivas a partir das suas práticas sócio-afetivas para constituir suas subjetividades. A pesquisa se inscreve na área de estudos da Linguística Aplicada, é de natureza qualitativa de abordagem sócio-histórica, com procedimentos etnográficos. Como aporte teórico, articularemos conceitos foucaultianos como relações de poder, normalização e focos de resistência (FOUCAULT, 1979) a fim de averiguarmos como as condutas propostas pelas práticas discursivas que circulam na instituição penal em questão agem sobre o corpo e sobre a própria vida da apenada. Os resultados desta dissertação demonstram que as subjetividades da apenada são produzidas pelas experiências que são constituídas por meio de focos de resistência face à coerção prisional. Isto é, a presidiária busca estratégias sócio-afetivas por meio de contatos interpessoais possibilitados pela visita social negando uma suposta posição de subalternidade ante as possíveis práticas de controle da instituição. Seus discursos estão na contramão de uma eternização do arbitrário (BOURDIEU, 2005), uma vez que seus posicionamentos apontam para uma desessencialização de verdades afetivo-sexuais estereotipadas. |
Formato |
application/pdf |
Identificador |
INÁCIO, Manuelle de Oliveira. Os focos de resistência face ao poder disciplinar: afetos e sociabilidades nos discursos de uma apenada. 2011. 98 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada; Literatura Comparada) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011. http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/handle/123456789/16207 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte BR UFRN Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem Linguística Aplicada; Literatura Comparada |
Direitos |
Acesso Aberto |
Palavras-Chave | #Mulheres apenadas #Afetividades #Sexualidades #Normalização #Resistência. #CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA |
Tipo |
Dissertação |