Virtuosismo para instrumentário de sopro em Lisboa (1821-1870)
Contribuinte(s) |
Castro, Paulo Ferreira de |
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Data(s) |
09/09/2011
09/09/2011
01/10/2010
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Resumo |
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências Musicais A presente dissertação discute a praxis virtuosística para instrumentos de sopro em Lisboa entre 1821 e 1870. É estabelecida uma periodização entre 1821-1834; 1834-1860 e 1860-1874; e 1874-1882. A classificação destas manifestações compreende a instituição definitiva, na década de 1840, do virtuosismo moderno em Lisboa. Esta alteração deveu-se à constituição de novos espaços de exibição – as sociedades amadores e profissionais (Academia Melpomenense, Orquestra dos Concertos Populares) e novos teatros – o consequente aumento das audiências, o início de um discurso entre o público e na imprensa periódica acerca dos virtuosi. O virtuosismo moderno lisbonense é contudo caracterizado pela minorização da competição entre intérpretes, por força do corporativismo e proteccionismo capacitados pela Irmandade de Santa Cecília, Montepio Filarmónico e Associação Música 24 de Junho. Esta característica é comprovada pela apresentação conjunta de virtuosi na interpretação de obras de conjunto e na composição e dedicatória de obras entre virtuosi. O estudo analítico do repertório virtuosístico visa evidenciar a alteração no uso de géneros clássicos – concerto e sonata – para estruturas formais mais livres – fantasia, danças estilizadas, peças vocais populares e de carácter, ocorrida, grosso modo, na década de 1840. A análise integra a discussão dos topoi utilizados, asseverando a utilização maioritária de style brillant, cantabile, estilos militar e de caça e danças. Os dois primeiros indicam o enfoque na exibição dos parâmetros técnico e expressivo do intérprete; o terceiro sugere o reflexo da conjuntura sócio-política da época; o quarto alude ao novo espaço de sociabilidade burguesa: o salão de baile. A análise da figuração confirma a existência de um número restrito de padrões de invenção, utilizados pelo instrumentário de sopro. É discutida a existência de discursos instrumentais idiomáticos. O intuito de equiparação do instrumentário ao canto sofre alterações devido, entre outros factores, ao estabelecimento de novas tipologias vocais. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Virtuosismo #Instrumentos de sopro #Topoi #Figuração |
Tipo |
masterThesis |