34 resultados para Hepacivirus


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Estima-se que a prevalência global da população mundial com hepatite C é de 3%. Pouco se sabe sobre a resposta ao tratamento com respeito à resistência viral. Algumas mutações no fragmento de 109 aminoácidos da NS5B são associadas com resistência ao interferon (IFN) e ribavirina (RBV). Estudos moleculares e clínicos identificaram fatores associados com o hospedeiro e vírus relacionados associada com a resposta ao tratamento, tal como o gene que codifica a IL-28B. Este estudo foi dividido em duas fases, cujos objetivos foram caracterizar a frequência de mutações que conferem resistência ao HCV e avaliar a relevância das mutações em pacientes Respondedores (R) ou Não Respondedores (NR) ao tratamento e caracterizar geneticamente as populações sobre polimorfismos genéticos nos SNPs da IL-28B em relação ao prognóstico da resposta ao tratamento. As amostras dos pacientes foram submetidas a testes de genotipagem e carga viral. As sequências geradas foram comparadas no BLAST e no banco de dados Los Alamos HCV. Realizamos o alinhamento das sequências homólogas e as mutações identificadas. Com base no genótipo e carga viral determinamos a classificação dos pacientes de acordo com a resposta à terapia. O DNA genômico foi isolado a partir de sangue periférico para a realização da tipagem de SNPs de IL-28B. A metodologia utilizada foi de PCR em tempo real utilizando sondas TaqMan SNP específico. A análise dos dados foi realizada utilizando GraphPad Prism com qui-quadrado, risco relativo (RR), Odds Ratio (OR) e intervalo de confiança de 95%, com um nível de significância de P <0,05. Foi encontrado na primeira fase deste estudo uma taxa significativa mutações associadas ao tratamento nas amostras estudadas. A prevalência de mutações associadas à resistência ao IFN e RBV bem como a novos medicamentos antivirais localizados no fragmento de 109 aminoácidos da NS5B foi examinado em 69 indivíduos infectados naïve no Rio de Janeiro, Brasil. Na segunda fase, as mutações foram clinicamente relevantes. Desde então, procuramos observar as diferenças entre melhor ou pior prognóstico de acordo com a imunogenética que mostrou diferenciação entre os grupos R e NR ao tratamento em relação ao prognóstico da resposta terapêutica. Quando as diferenças entre as sequências da NS5B e a resposta ao tratamento foram consideradas verificou-se que associada a mutação R254K, estava a C316N que poderia conduzir a uma não resposta à terapia no genótipo 1b. Os nossos dados também suportaram forte associação de IL-28B rs12979860, com elevada probabilidade de resposta à terapia de IFN + RBV. Nossos dados evidenciam a presença de pacientes virgens de tratamento que abrigam mutações de resistência previamente descritas na literatura. A análise dos fatores preditores de resposta virológica mostrou que a predição de boa resposta ou não ao tratamento e ainda da progressão da doença é dependente de uma importante interação entre a genética viral e a do hospedeiro. Fato este importante para que no momento de avaliação de diagnóstico e conduta terapêutica, o médico possa tomar medidas apropriadas para o tratamento de cada paciente individualmente independentemente do genótipo do HCV em questão.

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Hepacivirus eta Pestivirus generoen artean antzekotasun handia dago, bai genomaren egituran zein erreplikazio mekanismoetan. Antzekotasun hau ez da ematen aldiz, Flavivirus generoko birusekin. Hepacivirus zein Pestivirus generoko birusek euren RNA poliproteina aitzindari bakar batera itzultzen dute; jarraian, birus beraren zein ostalariaren proteasa espezifikoek aitzindari honen prozesamendu proteolitikoa burutuko dute, era honetan, birusaren infekzioa aurrera eraman ahal izateko proteina estruktural eta ez estrukturalak lortuz.

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A precise molecular identification of transmitted hepatitis C virus (HCV) genomes could illuminate key aspects of transmission biology, immunopathogenesis and natural history. We used single genome sequencing of 2,922 half or quarter genomes from plasma viral RNA to identify transmitted/founder (T/F) viruses in 17 subjects with acute community-acquired HCV infection. Sequences from 13 of 17 acute subjects, but none of 14 chronic controls, exhibited one or more discrete low diversity viral lineages. Sequences within each lineage generally revealed a star-like phylogeny of mutations that coalesced to unambiguous T/F viral genomes. Numbers of transmitted viruses leading to productive clinical infection were estimated to range from 1 to 37 or more (median = 4). Four acutely infected subjects showed a distinctly different pattern of virus diversity that deviated from a star-like phylogeny. In these cases, empirical analysis and mathematical modeling suggested high multiplicity virus transmission from individuals who themselves were acutely infected or had experienced a virus population bottleneck due to antiviral drug therapy. These results provide new quantitative and qualitative insights into HCV transmission, revealing for the first time virus-host interactions that successful vaccines or treatment interventions will need to overcome. Our findings further suggest a novel experimental strategy for identifying full-length T/F genomes for proteome-wide analyses of HCV biology and adaptation to antiviral drug or immune pressures.

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Pós-graduação em Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica) - FMB

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Nonstructural protein 4B (NS4B) plays an essential role in the formation of the hepatitis C virus (HCV) replication complex. It is a relatively poorly characterized integral membrane protein predicted to comprise four transmembrane segments in its central portion. Here, we describe a novel determinant for membrane association represented by amino acids (aa) 40 to 69 in the N-terminal portion of NS4B. This segment was sufficient to target and tightly anchor the green fluorescent protein to cellular membranes, as assessed by fluorescence microscopy as well as membrane extraction and flotation analyses. Circular dichroism and nuclear magnetic resonance structural analyses showed that this segment comprises an amphipathic alpha-helix extending from aa 42 to 66. Attenuated total reflection infrared spectroscopy and glycosylation acceptor site tagging revealed that this amphipathic alpha-helix has the potential to traverse the phospholipid bilayer as a transmembrane segment, likely upon oligomerization. Alanine substitution of the fully conserved aromatic residues on the hydrophobic helix side abrogated membrane association of the segment comprising aa 40 to 69 and disrupted the formation of a functional replication complex. These results provide the first atomic resolution structure of an essential membrane-associated determinant of HCV NS4B.

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Polymorphisms in IL28B were shown to affect clearance of hepatitis C virus (HCV) infection in genome-wide association (GWA) studies. Only a fraction of patients with chronic HCV infection develop liver fibrosis, a process that might also be affected by genetic factors. We performed a 2-stage GWA study of liver fibrosis progression related to HCV infection. We studied well-characterized HCV-infected patients of European descent who underwent liver biopsies before treatment. We defined various liver fibrosis phenotypes on the basis of METAVIR scores, with and without taking the duration of HCV infection into account. Our GWA analyses were conducted on a filtered primary cohort of 1161 patients using 780,650 single nucleotide polymorphisms (SNPs). We genotyped 96 SNPs with P values <5 × 10(-5) from an independent replication cohort of 962 patients. We then assessed the most interesting replicated SNPs using DNA samples collected from 219 patients who participated in separate GWA studies of HCV clearance. In the combined cohort of 2342 HCV-infected patients, the SNPs rs16851720 (in the total sample) and rs4374383 (in patients who received blood transfusions) were associated with fibrosis progression (P(combined) = 8.9 × 10(-9) and 1.1 × 10(-9), respectively). The SNP rs16851720 is located within RNF7, which encodes an antioxidant that protects against apoptosis. The SNP rs4374383, together with another replicated SNP, rs9380516 (P(combined) = 5.4 × 10(-7)), were linked to the functionally related genes MERTK and TULP1, which encode factors involved in phagocytosis of apoptotic cells by macrophages. Our GWA study identified several susceptibility loci for HCV-induced liver fibrosis; these were linked to genes that regulate apoptosis. Apoptotic control might therefore be involved in liver fibrosis.

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The identification of associations between interleukin-28B (IL-28B) variants and the spontaneous clearance of hepatitis C virus (HCV) raises the issues of causality and the net contribution of host genetics to the trait. To estimate more precisely the net effect of IL-28B genetic variation on HCV clearance, we optimized genotyping and compared the host contributions in multiple- and single-source cohorts to control for viral and demographic effects. The analysis included individuals with chronic or spontaneously cleared HCV infections from a multiple-source cohort (n = 389) and a single-source cohort (n = 71). We performed detailed genotyping in the coding region of IL-28B and searched for copy number variations to identify the genetic variant or haplotype carrying the strongest association with viral clearance. This analysis was used to compare the effects of IL-28B variation in the two cohorts. Haplotypes characterized by carriage of the major alleles at IL-28B single-nucleotide polymorphisms (SNPs) were highly overrepresented in individuals with spontaneous clearance versus those with chronic HCV infections (66.1% versus 38.6%, P = 6 × 10(-9) ). The odds ratios for clearance were 2.1 [95% confidence interval (CI) = 1.6-3.0] and 3.9 (95% CI = 1.5-10.2) in the multiple- and single-source cohorts, respectively. Protective haplotypes were in perfect linkage (r(2) = 1.0) with a nonsynonymous coding variant (rs8103142). Copy number variants were not detected. We identified IL-28B haplotypes highly predictive of spontaneous HCV clearance. The high linkage disequilibrium between IL-28B SNPs indicates that association studies need to be complemented by functional experiments to identify single causal variants. The point estimate for the genetic effect was higher in the single-source cohort, which was used to effectively control for viral diversity, sex, and coinfections and, therefore, offered a precise estimate of the net host genetic contribution.

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Background & Aims Patients infected with hepatitis C virus (HCV) genotype 1, body weight <85 kg, and high baseline viral load respond poorly to standard doses of pegylated interferon (peginterferon) and ribavirin. We evaluated intensified therapy with peginterferon alfa-2a plus ribavirin. Methods This double-blind randomized trial included HCV genotype 1-infected outpatients from hepatology clinics with body weight <85 kg and HCV RNA titer <400,000 IU/mL. Patients were randomized to 180 μg/wk peginterferon alfa-2a for 48 weeks plus 1200 mg/day ribavirin (standard of care) (group A, n = 191) or 1400/1600 mg/day ribavirin (group B, n = 189). Additional groups included 360 μg/wk peginterferon alfa-2a for 12 weeks then 180 μg/wk peginterferon alfa-2a for 36 weeks plus 1200 mg/day ribavirin (group C, n = 382) or 1400/1600 mg/day ribavirin (group D, n = 383). Follow-up lasted 24 weeks after treatment. Results Sustained virologic response rates (HCV RNA level <15 IU/mL at end of follow-up) in groups A, B, C, and D were 38%, 43%, 44%, and 41%, respectively. There were no significant differences among the 4 groups or between pooled peginterferon alfa-2a regimens (A + B vs C + D: odds ratio [OR], 1.08; 95% confidence interval [CI], 0.831.39; P = .584) or pooled ribavirin regimens (A + C vs B + D: OR, 1.00; 95% CI, 0.791.28; P = .974). Conclusions In patients infected with HCV genotype 1 who are difficult to treat (high viral load, body weight <85 kg), a 12-week induction regimen of peginterferon alfa-2a and/or higher-dose ribavirin is not more effective than the standard regimen. © 2010 AGA Institute.

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BACKGROUND AND GOAL: Patients infected with hepatitis C virus (HCV) with elevated low-density lipoprotein (LDL) levels achieve higher sustained virologic response (SVR) rates after peginterferon (PegIFN)/ribavirin treatment versus patients with lower LDL. Our aim was to determine whether SVR rates in patients with low/elevated LDL can be improved by dose intensification. STUDY: In PROGRESS, genotype 1 patients with baseline HCV RNA≥400,000 IU/mL and body weight ≥85 kg were randomized to 48 weeks of 180 μg/wk PegIFN α-2a (40 kDa) plus ribavirin (A: 1200 mg/d; B: 1400/1600 mg/d) or 12 weeks of 360 μg/wk PegIFN α-2a followed by 36 weeks of 180 μg/wk, plus ribavirin (C: 1200 mg/d; D: 1400/1600 mg/d). This retrospective analysis assessed SVR rates among patients with low (<100 mg/dL) or elevated (≥100 mg/dL) LDL. Patients with high LDL (n=256) had higher baseline HCV RNA (5.86×10 IU/mL) versus patients with low LDL (n=262; 4.02×10 IU/mL; P=0.0003). RESULTS: Multiple logistic regression analysis identified a significant interaction between PegIFN α-2a dose and LDL levels on SVR (P=0.0193). The only treatment-related SVR predictor in the nested multiple logistic regression was PegIFN α-2a dose among patients with elevated LDL (P=0.0074); therefore, data from the standard (A+B) and induction (C+D) dose arms were pooled. Among patients with low LDL, SVR rates were 40% and 35% in the standard and induction-dose groups, respectively; SVR rates in patients with high LDL were 44% and 60% (P=0.014), respectively. CONCLUSIONS: Intensified dosing of PegIFN α-2a increases SVR rates in patients with elevated LDL even with the difficult-to-cure characteristics of genotype 1, high baseline viral load, and high body weight. Copyright © 2013 by Lippincott Williams & Wilkins.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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O presente estudo objetivou comparar o desempenho de quatro kits para detecção do anti-HCV, por enzimaimunoensaio, frente à detecção do HCV-RNA por meio de reação em cadeia pela polimerase (PCR), em 19 funcionários (FC) e 66 pacientes, sendo 54 submetidos à hemodiálise (HD) e 12 a diálise peritoneal (DP), em uma unidade de diálise em Belém, Pará. A pesquisa do anti-HCV foi realizada com kits de 3ª geração do Ortho, Ubi, BioChem e Abbott. A amplificação e quantificação de HCV-RNA foram realizadas utilizando-se kits do Roche. A concordância de resultados entre os quatro kits imunoenzimáticos foi de 89,5% entre os funcionários e 81,8% entre os pacientes. A prevalência do anti-HCV variou de 34,1 a 37,5% entre a população estudada, e de 42,4 a 47% entre os pacientes. O HCV-RNA foi detectado em 25 (37,9%) dos pacientes, dos quais 24 eram submetidos à hemodiálise. Não foi detectada infecção pelo HCV entre os funcionários. Não houve diferença estatística à análise dos índices de sensibilidade, especificidade e valores preditivos, entre os quatro kits em relação ao PCR, contudo, deixou-se de identificar, na dependência do kit utilizado, de 12,5 a 20% de indivíduos infectados pelo HCV. Não se observou correlação entre infecção pelo HCV e aumento nas aminotransferases. Foi possível mostrar correlação estatística entre a infecção pelo HCV e o tratamento por hemodiálise, tempo de tratamento superior a seis meses e idade dos pacientes superior a cinqüenta anos. Além disso, houve alta prevalência de portadores do HBV (13%) entre os hemodiálisados.

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Com o objetivo de contribuir para um melhor conhecimento do eventual envolvimento das infecções pelos vírus das hepatites B e C, na etiopatogenia do carcinoma hapatocelular (CHC) na Amazônia Oriental, estudaram-se 36 pacientes internados em três hospitais públicos em Belém (PA), de janeiro de 1992 a março de 1999. Os critérios de inclusão adotados foram: o clínico, associado à imagenologia compatível, níveis séricos de alfafetoproteína (AFP) acima de 400ng/ml e/ou histopatologia compatível. Foram avaliados os aspectos clínicos, exames bioquímicos e hematológicos, imagenologia, histopatologia, níveis séricos de AFP e exames sorológicos das hepatites B e C. A presença dos ácidos nucléicos virais, o HBV-DNA e o HCV-RNA, foi avaliada a partir da detecção no soro pela reação em cadeia da polimerase. Observou-se um predomínio do sexo masculino (p<0.01), com reação M/F de 6,2: 1. Média e medianas gerais de idade foram, respectivamente, 50,8 e 53,0 anos, com amplitude de 6-81 anos. A maioria dos pacientes (52,7%) era procedente da zona rural, sendo a profissão de lavrador a mais freqüente (p<0,01). Etilismo foi encontrado em 33,3% dos casos. Dor abdominal e hepatomegalia, presentes em 94,4% dos casos, foram os sintomas e sinais mais freqüentes. Observou-se a presença de cirrose em 83,3% dos casos, sendo 80% enquadrados nas classes B e C (child-pugh). Cinqüenta por cento apresentaram complicações durante o diagnóstico, sendo as mais freqüentes a encefalopatia hepática e a hemorragia digestiva alta, relacionadas à doença hepática crônica de base. Marcadores sorológicos de infecção pelo HBV e pelo HCV foram encontrados em, respectivamente, 88,9% e 8,3% da casuística. Em 11,1% não se encontrou marcador sorológico. O HbsAg foi encontrado em 58, 3%. Anti-HBc foi encontrado em 86%, estando associado ao anti- HBs em 25%. Entre os HbsAg positivos: o anti- Hbe foi encontrado em 85%; o antiHBc IgM em 57,1%; e o anti-HD não foi detectado. O HBV- DNA foi encontrado em 37,7% do total de casos e em 65% dos HbsAG positivos. O HCV-RNA foi encontrado em 8,5% da amostra estudada e em 100% dos casos anti-HCV positivos. Não foi observada positividade para o HBV-DNA e para o HCV-RNA em soros de pacientes HbsAG ou anti- HCV negativos. A AFP esteve acima da normalidade em 88,9% dos casos, estando acima de 400 ng/ml em 75% e em 27,8% a titulações foi superior a 70.000 ng/ml. A ultrassonografia abdominal mostrou tumores com múltiplos nódulos em 63,9% e, nódulo único em 36,1% dos casos. O tipo histológico predominante foi carcinoma bem diferenciado do tipo trabecular (p<0,05). Os casos HbsAg positivos apresentaram menor média de idade e níveis de AFP mais elevados (p<0,01). A maioria dos pacientes se encontravam em fase avançada de doenças com uma taxa de óbito durante o diagnóstico de 38,9%. Conclui-se que, na Amazônia Oriental, a infecção pelo HBV parece exercer importância na etiologia do CHC, ressaltando-se a necessidade de incrementação de medidas preventivas, como vacinação e programa de detecção precoce do tumor em populações de risco. São necessários estudos adicionais controlados ou direcionados, para os possíveis co-fatores de importância na região, o que pode contribuir para um melhor entendimento dos mecanismos envolvidos na hepatocarcinogênese.

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O HCV é um vírus esférico, que apresenta um genoma de RNA com polaridade positiva. Atualmente está classificado na família Flaviviridae num gênero separado que é o Hepacivirus, apresenta cerca de 9,4 Kb constituído por uma única e longa fase de leitura aberta (ORF) que compreende quase todo o genoma. Apresenta duas regiões não traduzidas nas extremidades 5' e 3' denominadas 5' UTR e 3' UTR. A poli proteína precursora é clivada em dez proteínas, resultando em proteínas virais estruturais e proteínas nãoestruturais. É um vírus de transmissão preferencialmente parenteral, com distribuição universal, cujo diagnóstico é feito na grande maioria de maneira acidental, sendo atualmente utilizado os testes sorológico e molecular. Este trabalho tem como objetivo comparar o teste sorológico de imunoensaio enzimático (ELISA) e a reação em cadeia da polimerase (PCR) na ocasião da seleção de pré-doadores de sangue. Foram feitos testes de detecção do vírus C por PCR em 290 amostras com resultado positivo ou indeterminado para o teste ELISA. A análise dos resultados revelou que as amostras com testes ELISA positivo/PCR positivo e ELISA positivo/PCR negativo são duas amostras diferentes e independentes (p=0,0006). Esta diferença pode ser supostamente devido a resposta imune diferenciada nas amostras que apresentaram resultado no teste PCR positivas. Esperava-se que houvesse correlação entre os resultados do DO/Cutoff (ELISA) e carga viral (PCR) como o que ocorre em outros vírus como o HIV, no entanto os resultados apresentaram-se totalmente dispersos (R2=0,025), confirmando a não correlação entre os dois testes: ELISA e PCR para o vírus C.

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A infecção pelo Vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV -1) em associação com a do Vírus da hepatite C (HCV) representa, atualmente, uma comorbidade que pode interferir principalmente na história natural da hepatite C. Este trabalho tem como objetivo descrever aspectos demográfico, clínico e laboratorial, incluindo exame histopatológico de pacientes coinfectados HIV/RCV. No período de agosto de 2004 a dezembro de 2006, 36 pacientes coinfectados, foram selecionados para o estudo. Noventa e dois por cento desses pacientes eram procedentes de Belém, com média de idade de 42 anos. Entre as principais informações demográficas da população estudada, foram identificados 72,52% solteiros, 83,5% do sexo masculino e 61,1% relataram ser heterossexuais. Entre os fatores de risco para o HCV o uso de drogas ilícitas injetáveis foi identificado em 41,7% dos casos, o uso de cocaína intranasal foi relatado por 38,9% dos pacientes, e o compartilhamento de seringas e material pessoal, em 38,9% dos casos. A história de etilismo em 77,8% e o uso de TARV foram os possíveis fatores agravantes mais frequentes para a doença hepática. Apenas um paciente apresentou sinais clínicos de insuficiência hepática crônica. Entre os testes bioquímicos hepáticos, a mediana de ALT e AST foi de 68UI/L e 61UI/L, respectivamente. Os níveis de linfócitos T CD4+ apresentaram mediana de 327 células/mm³, a carga viral do HIV com mediana de 2,53 logl0 cópias/mL (ep=0,34), carga viral do HCV com mediana de 5,9 log10UI/mL. O genótipo 1 do HCV foi o mais frequente (58,82%). Cinqüenta e sete por cento dos pacientes submetidos à biópsia hepática apresentavam fibrose de moderada a severa, e 11% não apresentaram fibrose pela classificação MET AVIR. Houve associação entre níveis de linfócitos T CD4+ e níveis de ALT e de AST (p=0,0009 e p=0,0002, respectivamente), assim como associação entre genótipo 1 do HCV e HCV-RNA maior ou igual a 6 log10 UI/mL (p=0.0039). Foi observada também associação entre HCV-RNA e HIV-RNA (p=0,039). Os pacientes apresentam estado geral bom, imunologicamente estáveis, sem sinais de descompensação hepática, mas com alterações estruturais hepáticas importantes, sendo portanto bons candidatos à terapia antiviral para o HCV. Futuros estudos, talvez de caso controle, com casuística maior são necessários para melhor entendimento da co-infecção HIV/HCV.