978 resultados para Chagas, Doença de Teses


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Esta pesquisa avaliou a situao da tuberculose no Brasil, no perodo de 2001 a 2003, segundo indicadores do processo de operacionalizao do Programa Nacional de Controle de Tuberculose (PNCT), e estimou os efeitos de fatores determinantes da taxa de incidncia da doença. Para a avaliao utilizou-se a anlise de cluster no-hierrquica, visando agrupar os municpios brasileiros de acordo com a morbidade por tuberculose (TB) e AIDS, e pelo desempenho do PNCT. Estes clusters foram mapeados, comparando-se a distribuio nos municpios, em regies metropolitanas, municpios prioritrios, e segundo o tamanho da populao. O qui-quadrado de Pearson foi utilizado para testar associao nas categorias. A modelagem longitudinal multinvel foi usada para identificar e estimar os efeitos dos determinantes da doença. Os agregados foram: anos, municpios e regies metropolitanas. O modelo foi de intercepto e inclinao aleatria. Foram retidas as variveis capazes de diminuir a varincia dos nveis, pois, desta forma, explicam a variabilidade hierrquica da doença. Incluiu-se renda, densidade populacional, proporo de cura, taxa de incidncia de AIDS e as grandes regies brasileiras. A avaliao mostrou que a situao epidemiolgica preocupante ocorreu nos municpios com Baixa TB e Alta AIDS, e Alta TB e AIDS. O cluster de Muito baixa TB e AIDS concentrou 50% dos municpios, o que pode configurar problemas de notificao. So 6 clusters de desempenho do programa. Bom e Bom com baixo DOTS predominando nos municpios pequenos, no prioritrios e fora das regies metropolitanas. No desempenho Moderado houve maior proporo de municpios prioritrios. Clusters Regular e Fraco concentraram 10% dos municpios, com abandono de tratamento elevado e cura muito baixa. O cluster Muito Fraco caracterizou-se pela falta de dados nos indicadores de desempenho. O modelo multinvel identificou a AIDS como fator impactante na tuberculose, anteriormente no encontrado em outros estudos; a interao entre renda e AIDS, e importante contribuio das regies metropolitanas na distribuio da tuberculose, que se manifesta heterogeneamente nas grandes regies do pas. A anlise discriminou municpios, e mostrou no haver associao entre maior morbidade e melhor desempenho do PNCT, retratando inadequao da vigilncia realidade epidemiolgica do Brasil. O programa necessita ser reforado, no sentido de considerar a AIDS ao estabelecer suas estratgias de controle. Ademais, os aspectos de baixa renda da populao e densidade populacional, j analisados em diversas pesquisas, tambm se manifestaram de forma importante nestes resultados.

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O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalncia de periodontite e a presena de leses cariosas, restauradas e elementos perdidos por crie em pacientes com Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RCUI), comparado-os a pacientes saudveis sistemicamente. Como objetivo secundrio, avaliamos a condio clnica da mucosa oral nos trs grupos. Foram examinados 99 pacientes com DC (39.0 DP 12.9 anos), 80 com RCUI (43.3 13.2 anos) e 74 no grupo C (40.3 12.9 anos). A condio periodontal foi avaliada atravs do ndice de placa visvel, do sangramento gengival sondagem, da profundidade de bolsa sondagem (PBS) e do nvel de insero sondagem (NIS). Indivduos que apresentavam pelo menos quatro stios com NIS &#8805;3 forma considerados como portadores de periodontite. As condies dentrias foram avaliadas pelo ndice de dentes com leses cariosas, restaurados e perdidos por crie (CPOD). A condio clnica da mucosa oral foi investigada atravs da presena de leses no tecido mole. A porcentagem de placa foi significativamente menor no grupo DC (44.0 30.5) que no C (54.1 26.4), p= 0.017. O sangramento gengival a sondagem era significativamente menor nos pacientes com DC (22.5 18.0) comparado ao grupo C (29.2 22.1), p= 0.038. A quantidade total de stios com PBS &#8805; 4mm foi significativamente menor no grupo DC (5.4 6.6), comparado ao grupo C (12.9 17.7), p= 0.02. A porcentagem de pacientes portadores de periodontite foi significativamente maior nos grupos RCUI (92.6%, p= 0.004) e DC (91.9%, p=0.019), comparado ao grupo C (79.7%). O ndice de CPOD foi significativamente maior nos grupos RCUI (16.4 6.6; p< 0.0001) e no DC (15.1 7.3; p= 0.016) quando comparados ao C (12.5 6.8). Foram observadas significativamente mais leses bucais nos grupos DC (17.2%; p= 0.0041) e RCUI (28.7%; p < 0.0001) quando comparadas ao grupo C (6.7%). Assim, conclui-se que os pacientes com Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa apresentam maior prevalncia de periodontite, e maior ndice de CPOD quando comparados aos indivduos do grupo controle. A perda de insero foi significativamente maior no grupo da Retocolite Ulcerativa quando comparado a Doença de Crohn. Alm disso, os pacientes com comprometimento intestinal apresentam significativamente mais leses bucais que os pacientes do grupo controle.

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O presente estudo aborda a percepo de pais de crianas e adolescentes com cncer sobre a doença e sobre a morte. A pesquisa de campo possibilitou, atravs das entrevistas, a obteno das histrias parciais de pais ou mes de crianas e adolescentes com cncer. Foi possvel verificar que os pais percebem os sintomas fsicos do filho e tomam suas providncias; aps o diagnstico sabem que seu filho tem cncer, mas dividem-se em mencionar o nome da doença ou mant-la sob resguardo; percebem a doença como algo descontrolado, maligno, perigoso. Os mdicos so vistos como facilitadores no processo sade-doença, mas em alguns casos, tambm como aqueles que certificam a famlia sobre o prognstico inevitvel. O cncer muda a vida da famlia, desde a rotina at os valores. Alguns pais acreditam que o cncer existe em todas as pessoas, mas se desenvolve em algumas dependendo de seu estado fsico ou emocional. Aqui surgem as concepes genticas, religiosas, de causa-efeito, noes de culpa e castigo, meno das histrias de vida para explicar a doença. Para a morte, os pais mencionam pensar nela de forma mais prxima depois do advento da doença. Componentes de f, esperana e elaborao para suas angstias aparecem com frequncia nas falas destes pais. O estudo permitiu compreender de que forma os pais percebem e representam a doença de seus filhos com cncer, como vivenciam a possibilidade e o sentido da morte e de que maneira passam a compreender a finitude depois da dura experincia.

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A doença de Alzheimer (DA) afeta mais de um milho de habitantes no Brasil com grande impacto tanto na sade como social e financeiro. O uso adequado de medicamentos e os programas de cuidado integrado so recomendados como as melhores prticas nesta doença. Em 2002, o Ministrio da Sade criou o Programa de Assistncia Farmacutica aos Portadores de doença de Alzheimer que garante aos portadores desta patologia acesso avaliao por especialistas e tratamento medicamentoso de alto custo. Mas, para um melhor planejamento das aes relacionadas ao programa, importante entender os padres de morbi-mortalidade da populao alvo, qualidade da assistncia oferecida e o seu impacto. Com foco nesse cenrio, esta tese teve como objetivo o estudo da adeso, mortalidade e sobrevida em uma populao portadora de doença de Alzheimer assistida nesse programa de assistncia farmacutica. Para apresentao dessa pesquisa, dividiram-se os resultados em trs artigos. No primeiro artigo, o objetivo foi avaliar a viabilidade de se utilizar as informaes de reabastecimento de receitas coletadas por esse programa na construo de medidas de adeso, uma metodologia j explorada na literatura internacional, mas com experincia limitada no Brasil. Os dados foram acessados nos formulrios de Autorizao de Procedimentos de Alto Custo (APAC) armazenados na base de dados do programa de acesso de medicamentos excepcionais do Sistema de Informao Ambulatorial (SIA). Como resultado, foram criadas vrias medidas de adeso com potencial aplicao no campo da farmacoepidemiologia e planejamento em sade. No segundo artigo, o foco foi entender que fatores individuais, teraputicos ou relacionados assistncia, poderiam estar relacionados com um aumento do risco de abandono do programa. Fatores como o sexo feminino, o nmero de comorbidades na APAC, o tipo de inibidor de colinesterase iniciado e a irregularidade nos reabastecimentos foram associados a um maior risco de abandono do programa. No terceiro artigo, pelas tcnicas de relacionamento probabilstico de base de dados, agregaram-se os dados presentes no Sistema de Informao sobre Mortalidade (SIM) para avaliao dos padres de mortalidade desta patologia. Cerca de 40% dos pacientes foram a bito durante todo o perodo de seguimento e principal causa bsica de mortalidade foi a doença de Alzheimer (19%). Idade mais avanada e sexo masculino foram as nicas variveis associadas com uma menor sobrevida. A persistncia no programa em seis meses e os diferentes nveis de adeso, medidos pela proporo de posse da medicao, no mostraram associao com a sobrevida. Conclui-se que os dados disponveis nas bases possibilitaram a investigao do padro de mortalidade e utilizao de um programa de assistncia na doença de Alzheimer. E, a possibilidade de analisar grandes populaes, em carter contnuo, com medidas objetivas e com um custo relativamente baixo suplanta o carter limitado das informaes individuais e da doença. Polticas que suportem o aumento na disponibilidade, qualidade e escopo da informao e o avano nas metodologias de pesquisa em bases de dados devem ser uma prioridade da sade, pois contribuem com a criao de informaes relevantes para um uso racional de recursos e melhora nas prticas de cuidado.

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Um dos termos empregados por Freud em sua metapsicologia que mais foram adulterados foi o vocbulo Angst. Em portugus, este foi vertido para angstia, ansiedade, medo e temor, e seu emprego se deu de forma tal que, em alguns dos textos de Freud, no se consegue saber, pela leitura da verso brasileira, o que ele tinha em mente quando empreendeu a sua elaborao. A partir da traduo da palavra alem Angst para o vocbulo medo, conforme a nova edio das Obras Psicolgicas de Sigmund Freud, que a Imago Editora comeou a publicar a partir de 2006, est sendo possvel uma nova abordagem e compreenso da obra freudiana. A perspiccia clnica de Freud levou-o a constatar que o afeto do medo (Angst), que ele designou tambm por termos derivados ou sinnimos, assumia diferentes feies na vida de seus pacientes. As pessoas revelavam diversas formas de temor, de mltiplas coisas e em vrias situaes. A partir de 1926, ele definiu que seria essa emoo o sinal usado pelo ego como forma de mobilizar as defesas neurticas. O afeto do medo, entretanto, no um evento psquico apenas. Ele causa profundas alteraes fisiolgicas e , atualmente, reconhecido como a principal emoo desencadeadora do processo de estresse. Essas alteraes orgnicas decorrentes do alerta fisiolgico que caracteriza o estresse prolongado so, cada vez mais, relacionadas quelas afeces denominadas doenças psicossomticas. A presente pesquisa tem como objetivo descrever e catalogar as diferentes manifestaes do medo e suas consequncias psquicas, conforme as elaboradas por Freud. Alm disso, pretende relacionar as vivncias emocionais amedrontadoras com as alteraes fisiolgicas corporais correspondentes e com o advento dos respectivos quadros patolgicos orgnicos.

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Os pacientes idosos em hemodilise (HD) so altamente suscetveis ao desenvolvimento de sarcopenia, devido ao processo natural de envelhecimento e ao catabolismo induzido pelo procedimento de HD. O objetivo deste estudo foi primeiro, avaliar a prevalncia de sarcopenia, dinapenia e atrofia muscular em um grupo de pacientes idosos em HD; o segundo, avaliar se os critrios aplicados para o diagnstico de sarcopenia, propostos por sociedades internacionais, so capazes de distinguir os pacientes com pior condio clnica, estado nutricional e qualidade de vida. Este estudo multicntrico e transversal incluiu 94 pacientes idosos em HD (> 60 anos) de cinco centros de dilise. Todos os participantes foram submetidos avaliao antropomtrica, de composio corporal, fora de preenso manual (FPM), laboratorial e avaliao da condio nutricional atravs da avaliao subjetiva global de 7 pontos (AGS-7p). Adicionalmente, os participantes responderam um questionrio de qualidade de vida. Para o diagnstico de sarcopenia, foram adotados os critrios propostos por sociedades internacionais, que englobam os parmetros indicativos de baixa massa muscular e baixa funo muscular. Para a massa muscular adotou-se o ndice de massa magra (IMM) < percentil 20 para o gnero e faixa etria de uma populao de referncia, avaliado a partir da massa magra obtida pelo somatrio de dobras cutneas. Para o critrio de baixa funo muscular, adotou-se a FPM < percentil 10 para o gnero, faixa etria e o brao utilizado de uma populao de referncia. Os pacientes foram classificados como Sarcopnicos (baixo IMM associado baixa FPM); Dinapnicos (baixa FPM) e Atrofia muscular (baixo IMM). A sarcopenia estava presente em 13.8% dos pacientes, enquanto a dinapenia foi observada em 37.2% e a atrofia muscular em 35.1%. A sarcopenia foi capaz de distinguir os pacientes que possuam maior comprometimento do estado nutricional e da composio corporal. O critrio de funo muscular (isoladamente ou em combinao com a massa muscular) tambm identificou os pacientes com pior qualidade de vida. Em concluso, a prevalncia de sarcopenia foi observada em 13,8% do grupo. Entretanto, ao usar apenas critrios que indicam reduo da fora ou massa muscular, esta prevalncia aumentou para 30%. A condio de sarcopenia distinguiu pacientes com pior estado nutricional e qualidade de vida.

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A doença pulmonar obstrutiva crnica uma doença que leva obstruo pulmonar geralmente irreversvel e est intimamente relacionada com o hbito de fumar. Ao longo dos anos, ocorre destruio dos septos alveolares com a degradao das fibras elsticas e depsito do colgeno que compe estes septos. Muito tem se discutido sobre a existncia de inflamao sistmica no paciente com DPOC e sobre as suas possveis manifestaes extra-pulmonares . O processo de aterosclerose pode fazer parte deste espectro inflamatrio a partir da presena de dano endotelial. O fator de Von Willebrand um marcador de dano endotelial e pode ser dosado de forma quantitativa e qualitativa. Este trabalho demonstra uma diferena estatisticamente significativa, qualitativa e quantitativamente, entre os nveis de fator de Von Willebrand em tabagistas e em pacientes com DPOC, quando comparados ao grupo controle. Ao analisarmos os pacientes com DPOC dividindo-os em subgrupos considerando quatro classificaes distintas: GOLD 2006 (Anexo A), GOLD 2011 (Anexo B), grau de sintomatologia a partir da escala de dispneia MRC modificada (Anexo C) e nmero de exacerbaes no ltimo ano. Observamos uma diferena estatisticamente significativa, em relao ao nvel qualitativo do fator de von Willebrand, apenas quando comparamos pacientes com DPOC sintomticos e no sintomticos. Demonstramos ainda uma correlao inversa entre o percentual predito de volume expiratrio forado no primeiro segundo (VEF1%) com os nveis qualitativos de fator de von Willebrand. Desta forma, o fator de von Willebrand est aumentado no paciente com DPOC, sendo um possvel marcador srico de sintomatologia relacionado a esta doença. Apesar de no se conseguir definir gravidade dos pacientes com DPOC pelo GOLD, o fator de von Willebrand estabelece uma correlao inversa com os nveis de VEF1%, sugerindo algum tipo de participao na progresso da doença.

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A doença venosa crnica (DVC) uma desordem complexa que compreende sinais e sintomas que variam das telangiectasias s lceras ativas. A DVC classificada de acordo com aspectos clnicos, etiolgicos, anatmicos e fisiopatolgicos (CEAP) em sete classes variando de C0 C6. A principal causa da DVC a hipertenso venosa que altera o fluxo venoso e, consequentemente, a fora de cisalhamento que induz alteraes fenotpicas nas clulas endoteliais que passam a expressar mediadores pr-inflamatrios e pr-trombticos, que levam adeso de leuccitos, ao aumento do estresse oxidativo, da permeabilidade vascular e do dano endotelial e ao remodelamento tecidual e vascular.Em virtude dos inmeros mecanismos e da diversidade de molculas envolvidas na patognese e progresso da DVC, essencial conhecer a interao entre elas e tambm saber quais so as molculas (biomarcadores) que se correlacionam positivamente ou negativamente com a gravidade da doença. Foram avaliados os nveis de Interleucina-6 (IL-6), sL-selectina, sE-selectina, sP-selectina, molcula de adeso intercelular-1solvel (sICAM-1), molcula de adeso das clulas vasculares-1 solvel (sVCAM-1), ativador tecidual do plasminognio (tPA), atividade do inibidor do ativador do plasminognio-1 (PAI-1), trombomodulina solvel (sTM), fator de von Willebrand (vWF), metaloproteinase de matriz (MMP)-2, MMP-3, MMP-9, inibidor tecidual das MMPs -1 (TIMP-1), angiopoietina-1 e -2, sTie-2 e s-Endoglina e fator de crescimento do endotlio vascular (VEGF) no sangue coletado da veia braquial de 173 mulheres com DVC primria divididas em grupos C2, C3, C4 e C4 menopausadas (C4m) e de 18 voluntrias saudveis (grupo C0a). Foram tambm analisados os nveis urinrios de ent-prostaglandina F2&#945; nesses grupos. No foram encontradas diferenas estatisticamente significativas com relao s concentraes sanguneas e urinrias de sE-selectina, sP-selectina, sICAM-1, atividade de PAI-1, MMP-3, razo TIMP-1/MMP-3, angiopoietin-2, razo angiopoietina-1/angiopoietina-2, s-Endoglina e ent-prostaglandina F2&#945; entre os grupos estudados, possivelmente devido alta variabilidade na concentrao desses biomarcadores entre as participantes do mesmo grupo. Entretanto, as concentraes sanguneas de IL-6 sL-selectina, sVCAM-1, tPA, vWF, sTM, MMP2, MMP-9, TIMP-1, razo TIMP-1/MMP-2, razo TIMP-1/MMP-9, angiopoietina-1 e VEGF foram estatisticamente diferentes entre os grupos. No foi identificado nenhum biomarcador que se correlacionasse diretamente ou inversamente com a progresso da DVC, provavelmente devido diversidade de fatores envolvidos e complexa interao entre eles durante o curso da doença.

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As leishmanioses so doenças consideradas antropozoonoses, ou seja, doenças primrias de animais que podem ser transmitidas ao homem. So causadas por microorganismos do gnero Leishmania e transmitidas atravs da picada de flebotomneos, que so insetos alados da ordem Diptera (mesmo grupo das moscas, mosquitos e borrachudos). Apresentam-se sob duas formas clnicas: Leishmaniose Visceral ou Calazar (LV) e Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). As leishmanioses apresentam distribuio geogrfica vasta pelo Velho e Novo Mundo, sendo estimado dessa maneira que aproximadamente 350 milhes de pessoas estejam sob iminente risco de contrair algum tipo de leishmaniose. No Brasil, as leishmanioses so encontradas em todas as unidades federadas, e o estado do Rio de Janeiro vem apresentando franca expanso dessas doenças em reas urbanas, devido principalmente ao desmatamento ocasionado pela expanso no planejada da malha urbana. Nesse contexto, faz-se necessrio desenvolver estudos sobre o espao e o processo sade-doença, relao estabelecida pela Geografia da Sade, a fim de que se compreenda a correlao entre o homem e o ambiente vivido.

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A dignidade da pessoa humana e a autonomia privada espraiam-se pela experincia da vida, alcanando a doença e a morte. As diretivas antecipadas, gnero dos quais so espcies o testamento vital e o mandato duradouro, constituem negcio jurdico de carter existencial que tm por objetivo assegurar a realizao da dignidade da pessoa e o cumprimento dos atos de autonomia nas situaes em que a pessoa estiver incapacitada para manifestar sua vontade. As diretivas representam instrumento de autodeterminao atravs do qual a pessoa disciplina os tratamentos mdicos que aceita ou no ser submetida, autoriza doao de rgo, estipula se tem interesse em conhecer seu estado clnico e/ou nomeia terceira pessoa para tomar estas decises em seu lugar. As trs primeiras hipteses constituem o que usualmente se qualifica como testamento vital, enquanto a ltima situao descrita configura o mandato duradouro. O objeto de estudo abrange a evoluo das diretivas antecipadas, a disciplina existente em pases que j regulamentaram o tema, a legitimao no sistema jurdico brasileiro (o que autoriza a concluso favorvel a sua utilizao independentemente de lei expressa) e a sistematizao deste negcio jurdico perante o ordenamento jurdico.

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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tratamento periodontal sobre marcadores (PCR, albumina, colesterol e triglicerdeos) em indivduos com Doença Renal Crnica (CRD) bem como sobre o curso da progresso dessa doença. Vinte e seis pacientes, idade mdia de 60 ( 11,2) anos, com Doença Renal Crnica estgios 3 e 4 com periodontite crnica no severa e severa receberam terapia bsica periodontal. Parmetros clnicos periodontais incluram ndice de Placa (IP), Sangramento Sondagem (SS), Profundidade de Bolsa Sondagem (PBS), Nvel de Insero Sondagem (NIS). A taxa filtrao glomerular estimada (ml/min/1.73 m2) e nveis sricos de protena C-reativa (mg/dl) (PCR), triglicerdeos (mg/dl), colesterol total (mg/dl) e albumina (g/dl) foram avaliados no dia zero e noventa dias aps o tratamento periodontal. No dia zero, os percentuais mdios de stios com PBS &#8805; 4mm e NIS &#8805; 4mm eram de 23,7 ( 11) e 38,2 ( 16,5), respectivamente. Trs meses aps, os valores correspondentes diminuram para 13,3 ( 8,0) e 33,4 ( 16,6). O percentual mdio de stios com PBS &#8805; 6mm e NIS &#8805; 6 mm diminuiu de 7,8 (8,6) e 24,5 (19,3) para 2,9 (5,1) e 23,8 (20,3). Os valores mdios no dia zero de PCR, albumina, triglicerdeos e colesterol total eram de 1,0 mg/dl (1,0), 4,4 g/dl (0,4), 160 mg/dl (61,5), 200,1 mg/dl (36,9), enquanto que 90 dias aps o tratamento os valores correspondentes foram de 0,8 mg/dl (0,6), 4,4 g/dl (0,3), 155,8 mg/dl (65,6), 199,5 mg/dl (46), respectivamente. No havia diferena estatstica entre os parmetros laboratoriais, entre os dias 0 e 90. No dia 0, as taxas da filtrao glomerular estimada foram de 41,6 ml/min/1.73m2 (13,1), enquanto no dia 90 esses valores foram de 45 ml/min/1.73m2 (15,7) (p<0.05). Concluiu-se que aps o tratamento periodontal os parmetros clnicos periodontais e a taxa de filtrao glomerular estimada melhoraram significantemente e houve uma tendncia para diminuio dos nveis de PCR. O significado clnico do aumento da taxa filtrao glomerular estimada discutvel. Estudos longitudinais com tempos de observao mais longos so necessrios para avaliar se o tratamento periodontal pode oferecer benefcio para o paciente renal crnico.

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A doença de Chagas endmica na Amrica Latina sendo considerada uma doença negligenciada com grande impacto socioeconmico. A infeco causada pelo protozorio Trypanosoma cruzi que transmitido pela forma vetorial, entre outros mecanismos. O tratamento consiste basicamente no uso de dois frmacos, o benznidazol e o Nifurtimox que apresentam uma srie de efeitos colaterais e atuam muito pouco nas formas amastigotas intracelulares o que faz com que o tratamento atual seja restrito e insatisfatrio.Vrias atividades farmacolgicas foram atribudas ao lapachol e a pterocarpanos, tais como atividade antitumoral e antiparasitria. Devido a esse potencial foi sintetizado uma molcula hbrida, a pterocarpanoquinona LQB-118, e algumas molculas derivadas. A LQB-118 mostrou anteriormente atividade antitumoral e anti-Leishmania. O objetivo do presente trabalho foi investigar a atividade in vitro da LQB-118 e suas molculas derivadas sobre o Trypanosoma cruzi clone Dm28c. Para avaliao inicial do efeito anti-parasitrio das molculas, amastigotas intracelulares, tripomastigotas metacclicos e epimastigotas foram incubados com 20 M das LQBs 118, 168, 187, 182 e 236. A LQB-118 demonstrou atividade antiparasitria nas trs formas evolutivas (90% na forma amastigota, 44% na forma tripomastigota e 70% na forma epimastigota) do parasito, enquanto as molculas derivadas no mostraram atividade significativa. Sendo assim os estudos foram continuados com a molcula LQB-118. A ao da LQB-118 sobre as amastigotas intracelulares foi dose dependente, com reduo do ndice de infeco em 81% e 88% nas concentraes de 20 e 30 M respectivamente. J sobre tripomastigotas, a LQB-118 foi menos ativa reduzindo a mobilidade dessas formas em at 45% a 30 M. Sobre a forma epimastigota a ao foi dose-dependente chegando a inibir 96% o crescimento dos parasitos a 20 M, com alteraes da morfologia tais como arrendondamento do corpo celular e perda do flagelo. A dose capaz de inibir 50% foi de 4,2 M para amastigota intracelular e 38,1 M para tripomastigotas. Para macrfagos, a LC50 ficou em 40 M, uma concentrao quase dez vezes maior que a IC50 para amastigotas. A capacidade das formas amastigotas intracelulares se diferenciarem em tripomatigotas e lisar os macrfagos foi avaliada aps o tratamento com a LQB-118 por 72h. Observou-se um atraso do ciclo intracelular do parasito de modo dose-dependente, onde na concentrao de 30 M o surgimento de tripomastigota foi no 9 dia enquanto nos controles foi no 5 dia de cultura. Para delinear o mecanismo de ao, foi avaliado o efeito direto sobre o parasito como a induo da fragmentao de DNA. A anlise de induo da fragmentao do DNA feita pela marcao pelo TUNEL mostrou que o tratamento com a LQB-118 induziu seletivamente a fragmentao do ncleo das amastigotas enquanto o ncleo dos macrfagos se mantiveram ntegros. Macrfagos peritoneais pr-tratados com LQB-118 por 24 horas foram capazes de reduzir o nmero de amastigotas aps 72h de cultivo na ausncia da molcula, mas sem alterao na produo de xido ntrico. Esses resultados mostram que a LQB-118 ativa contra o T. cruzi, principalmente sobre a forma amastigota intracelular, que a forma presente na fase crnica da infeco. O mecanismo de ao sugere que a LQB-118 capaz de ser seletivamente txica para o parasito e tambm ativar os mecanismos microbicidas dos macrfagos de modo independente da produo de xido ntrico.

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O contexto do estudo a predio da anemia fetal em gestantes portadoras da doença hemoltica perinatal e tem como objetivo avaliar a acurcia da medida doppler velocimtrica da velocidade mxima do pico sistlico da artria cerebral mdia na deteco da anemia fetal na doença hemoltica perinatal. A identificao dos estudos foi realizada com a adoo de bancos de dados gerais (MEDLINE e LILACS) e a partir de referncias bibliogrficas de outros autores. Os estudos selecionados tinham como critrios serem do tipo observacionais, com gestantes apresentando coombs indireto maior do que 1:8, tcnica de insonao do vaso adequada, Vmax-ACM &#8805; 1,5MOM, presena obrigatria de comparao com o padro-ouro (hemoglobina fetal e/ou neonatal), e nvel de evidncia diagnstica acima ou igual a 4. Os dados dos estudos selecionados foram alocados em tabelas 2x2 comparando o resultado do teste com o padro-ouro. A acurcia diagnstica foi expressa principalmente atravs da razo de verossimilhana. A reviso incluiu onze estudos, com uma amostra total de 688. Trs estudos apresentaram delineamento do tipo prospectivo e nvel de evidncia diagnstica categoria 1. A performance do teste em questo apresentou variao razovel. O estudo de Mari et al (2000) foi considerado o de melhor qualidade metodolgica, apresentando uma RV(+) de 8,45 e uma RV(-) de 0,02. A medida do doppler da Vmax da ACM como preditor da anemia fetal na doença hemoltica perinatal est consolidada. Porm, alguns pontos precisam ser melhor esclarecidos, como o intervalo ideal dos exames em casos graves e a validade do mtodo em fetos que j foram submetidos a transfuses intra-uterinas.

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A doença heptica gordurosa no alcolica (DHGNA) tornou-se a hepatopatia crnica mais comum no mundo, afetando principalmente alguns grupos de pacientes, como os diabticos tipo II. A bipsia heptica permanece como mtodo padro ouro para o seu diagnstico. A prevalncia da DHGNA e seus subtipos, em especial a esteatohepatite (EH), pode estar subestimada por mtodos no invasivos de diagnstico ou superestimada pela realizao da bipsia em pacientes selecionados por alteraes na ultrassonografia (US) ou nas aminotransferases. Os objetivos deste estudo foram: determinar a prevalncia da DHGNA (esteatose, EH e cirrose) em uma amostra de pacientes diabticos tipo II, com base na bipsia heptica; quantificar a esteatose, inflamao e fibrose quando presentes; identificar fatores preditivos de DHGNA, EH e fibrose significativa (&#8805; estgio 2) e avaliar o valor das aminotransferases e da US de abdome para o diagnstico de EH e fibrose significativa. Todos os diabticos tipo II, entre 18 e 70 anos, consecutivamente atendidos no ambulatrio de Diabetes do Hospital Universitrio Pedro Ernesto, eram candidatos a participar do estudo. Foram excludos pacientes com sorologias positivas para hepatite B ou C, outras doenças hepticas crnicas, uso de drogas hepatotxicas ou esteatognicas, etilismo (&#8805;20g/dia), obesidade grau III, comorbidades graves, gravidez ou por recusa em participar do estudo. Dos 396 pacientes triados com critrios de incluso, 85 foram includos. Todos os pacientes foram submetidos avaliao clnica, exames laboratoriais, US de abdome e bipsia heptica. As lminas foram analisadas por dois patologistas independentes e a DHGNA foi graduada pelo NASH Clinical Research Network Scoring System. A concordncia entre os patologistas foi medida pelo coeficiente Kappa (k) e foi realizada anlise multivariada por regresso logstica para avaliao dos fatores associados de forma independente DHGNA, EH e fibrose significativa. A prevalncia de DHGNA na amostra foi de 92%, sendo 50% esteatose simples, 40% EH e 2% cirrose. A concordncia (k) entre os patologistas foi 0,78. A esteatose foi leve na maior parte dos pacientes com esteatose simples e predominantemente acentuada nos pacientes com EH (p<0,001). A fibrose foi verificada em 76% dos pacientes com EH, sendo significativa em 41% deles. A presena de sndrome metablica foi associada de forma independente DHGNA, o ndice de massa corporal e a circunferncia abdominal aumentada EH e a dosagem de alanina aminotransferase (ALT) EH e fibrose significativa. Apenas um de 21 pacientes (5%) com US e ALT normais apresentou EH. A prevalncia da EH aumentou progressivamente com o aumento do grau de esteatose na US e com o aumento da ALT. Concluso: A prevalncia da DHGNA estimada pela bipsia heptica sem vieses de seleo foi muito elevada. Apesar de alto, o percentual de EH e fibrose significativa foi inferior ao dos estudos com bipsias em diabticos selecionados por alteraes na US e aminotransferases. EH foi associada a esteatose acentuada na histologia. A obesidade foi um cofator importante no diagnstico de EH. O melhor desempenho da ALT e da US foi o de excluir as formas graves de DHGNA quando normais.

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Fadiga um sintoma subjetivo de difcil definio. Extremamente comum em pacientes com Artrite Reumatoide. O objetivo deste estudo estudar a fadiga numa amostra de pacientes brasileiros de dois hospitais de grande porte na cidade do Rio de Janeiro e analisar sua correlao com outras variveis freqentes da doença como a Qualidade de Vida, Capacidade Funcional, Ansiedade, Depresso e atividade inflamatria da doença.Um protocolo padro foi prospectivamente aplicado a 371 pacientes como diagnstico de AR de acordo com os critrios de classificao do American College of Rheumatology de 1987. Achados clnicos, demograficos e laboratoriais foram coletados.Os dados laboratoriais incluram a velocidade de sedimentao das hemcias e dosagem da protena C reativa. O nmero de juntas dolorosas foi obtido atraves do terceiro item do questionrio de atividade inflamatria da doença DAS 28. Idade, gnero, ndice de massa corporal, tempo de doença, qualidade de vida avaliada pelos domnios fsico e mental do questionrio Medical Outcomes Study Short-Form 36-item Health Survey (SF-36P e SF-36M), a capacidade funcional avaliada pelo Health Assessment Questionaire - Disability Index (HAQ DI). A ansiedade e a depresso foi mensurada pelo Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD a/d). A fadiga foi avaliada pela utilizao da subscalaprpria para mensurao das queixas de fadiga do questionrio Fatigue Assessment of Chronic Illness Therapy (Facit FS). Foi aplicado o intervalo de confiana de 95% como medida de preciso. O valor mdio de fadiga mensurado pelo Facit FS foi 39.88 8.64. O escore da fadiga correlacionou-se com capacidade funcional mensurada pelo HAQ DI (-0.507; p < 0.0000), a ansiedade e depresso mensurada pelo HAD a/d (-0.542 e -0.545; p < 0.0000 respectivamente) e com a qualidade de vida mensuradapor ambos domnios do SF-36, porm predominantemente com o seu domnio fsico (SF-36P: 0.584; p < 0.0000 e 0.405; p < 0,05 respectivamente).No encontramos associao com a velocidade de sedimentao das hemcias (-0.118; p < 0.05), da protena C reativa (-0.089), da atividade de doença mensurada pelo DAS 28 (-0.250; p < 0.0000) ou com o nmero de juntas dolorosas (-0.135; p < 0.009). Nesta amostra de pacientes com Artrite reumatoide, sugerimos um novo significado para a fadiga, como um parmetro independente, no relacionado a atividade inflamatria da doença ou ao nmero de juntas dolorosas. A fadiga mostrou-se associada principalmente a incapacidade funcional e a sintomas de ansiedade. Estudos adicionais e a adoo de mtodos padronizados para seu monitoramento e manejo clnico so necessriospara melhor compreenso da fadiga. A fadiga mostrou ser uma queixa importante em pelo menos 1/3 dos pacientes de AR da amostra.