897 resultados para Juventude Aspectos sociais


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A epidemia de HIV/AIDS, pelo seu histrico, de natureza mutvel em vrios contextos sociais em todo o mundo. Desde a notificao dos primeiros casos at hoje, observa-se um curso diferenciado no decorrer do tempo, tanto no campo social como na biomedicina, o que a torna um problema passvel de controle a longo prazo. Essas mudanas, entretanto, no so percebidas de igual maneira em todos os pases ou regies. Devido a vrios fatores, a epidemia persiste como uma das dez primeiras causas de morte no mundo, sendo a primeira delas na frica. No Brasil, o perfil da epidemia assemelha-se ao global, tendendo a diminuir/estabilizar a velocidade do surgimento de novos casos. Essa conteno deve-se ao impacto de aes preventivas desenvolvidas por iniciativas governamentais e no governamentais no sentido de promover prticas sexuais mais seguras. Neste mesmo contexto, algumas anlises espaciais revelam transies demogrficas da epidemia de HIV/AIDS nos anos mais recentes. H mudanas e desigualdades na razo de sexo em diferentes condies sociodemogrficas e do ponto de vista geracional. Em razo disso, este trabalho justifica-se pela necessidade de analisar as mudanas na razo de sexo, fornecendo informaes importantes para o planejamento e poltica de preveno no tratamento da AIDS, tendo em vista a vulnerabilidade da populao feminina. O objetivo principal desta pesquisa analisar diferenas histricas, espaciais e sociais da razo de sexo e idade na populao internada pelo SUS em consequncia da infeco pelo HIV no perodo de 1998 a 2009. Trata-se de um estudo descritivo e ecolgico das diferenas histricas, espaciais e por grupos de idade na Razo de Sexo abrangendo tambm uma anlise da Regresso Linear Mltipla das variveis. Foram utilizados os dados do Sistema de Informaes Hospitalares do SUS-SIH/SUS - DATASUS/MS, como fonte de informao para os casos de AIDS internados no perodo de 1998 a 2009. Foram considerados casos com idade compreendida entre 15 e 49 anos, bem como estratificados e analisados dados gerados nas microrregies, a fim de homogeneizar as informaes dentro de cada estrato com dados do censo de 2000. As variveis independentes foram representadas pelos seguintes indicadores (fatores de vulnerabilidade): a) percentagem da populao rural residente na regio; b) tamanho da populao da microrregio, para testar se o tamanho da populao est associado razo de sexo por HIV e c) percentagem da populao de 15 a 49 anos de idade no alfabetizada. Nos resultados possvel notar que em quase todas as regies h um aumento considervel do nmero de mulheres infectadas pelo HIV, o que leva deduo da presena de um processo de feminizao, atrelado heterossexualizao da epidemia. Os resultados do estudo apontam que a epidemia de HIV/AIDS tende a atingir indiscriminadamente as regies Nordeste, Sul e Sudeste, especialmente as duas ltimas. Esta constatao de que, em anos recentes, as mulheres vm sendo infectadas em propores maiores que os homens, corrobora o processo de feminizao da AIDS, j anunciado por alguns autores.

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A questo central desta Tese diz respeito emergncia de uma singular modalidade de assistncia social no campo das polticas pblicas e sociais no ps 1930, direcionada aos trabalhadores assalariados da rea urbana e suas famlias. A produo discursiva sobre as condies de vida e de trabalho do operariado, no bojo das novas teorias cientficas e enunciados mdicos-sanitrios reivindicava uma organizao geral da sociedade. Afirmava-se a urgncia de uma interveno poltica estatal de cunho preventivo e coercitivo no modo de vida desses indivduos em sociedade. O que se colocava at ento como um caso de polcia ou de caridade passa a ser nomeado como questo social legitimando novas formas de exerccio de poder e a conformao do Estado em suas novas atribuies de promotor da justia social. Nesta pesquisa de doutoramento investiguei o exerccio dessas estratgias de poder nas intervenes realizadas pelas visitadoras sociais no cotidiano de um grupo de operrios e operrias da Cia (txtil) Nova Amrica na cidade do Rio de Janeiro, objetivando pela investigao minuciosa dessas prticas relativamente microscpicas iluminar uma rede muito maior de ardis e disputas de poder. As aes de ordenao do dia a dia desse operariado implicava a fiscalizao do emprego dos servios sociais disponibilizados pelo Estado e empresa, o monitoramento do uso do tempo e dos espaos, e finalmente a doutrinao em valores e prticas institudas em nome da preservao e otimizao da vida. Tais intervenes aconteciam em diferentes espaos: no interior da Fbrica, na vila operria Cidade Jardim Nova Amrica e nas dependncias da Associao Atltica Nova Amrica e ficaram registradas em textos e imagens no boletim mensal da Fbrica. Esses peridicos constituem o principal corpus documental formado por sessenta e seis peridicos que abrangem o perodo entre novembro de 1944 e dezembro de 1953: Boletim Nova Amrica - rgo da Associao Atltica Nova Amrica. Acionei como instrumento terico-metodolgico as reflexes do pensador francs Michel Foucault sobre biopoltica, ou a estatizao da vida nos liames do biopoder enquanto gesto da vida em sua plenitude ocupando-se de no apenas garantir o corpo dcil e til pelas tcnicas disciplinares, mas, principalmente, assegurar no investimento sobre o corpo e mente desses indivduos o saber normalizador para melhor manej-los. Nesse sentido, no campo das polticas sociais, tanto estatais quanto empresariais, utilizei a noo de poder pastoral, atualizada por Foucault, para identificar o modo como em nome e pelo bem dos assistidos se constituiu um eficiente dispositivo de poder operando em intervenes e controle da vida das pessoas: as visitadoras sociais.

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A me social uma profissional que trabalha em tempo integral em abrigos denominados casas-lares ou residncias, devendo residir juntamente com os jovens abrigados, com o objetivo de desenvolver a ideia de famlia nesses espaos. Como o prprio termo indica, essa mulher, colocada integralmente em um lugar de me, deve esforar-se para cuidar desses jovens como se fossem seus prprios filhos. A figura da me, personagem imprescindvel em uma composio familiar, habita as instituies de abrigamento, exibindo tenses a respeito do que seria hoje uma mulher-me. O vis religioso est muito presente, transformando essa atividade em doao; a vida privada, para alm da maternidade daqueles abrigados, no acontece, acirrada pela contradio da inexistncia de uma casa fora daquela do trabalho, o que marca uma hibridez no espao em que vive. A vida sexual anterior e no momento do trabalho escassa ou no chegou a acontecer e a construo da feminilidade passa quase exclusivamente pelo exerccio da maternidade

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O estudo teve por objetivo identificar e analisar as memrias e representaes sociais acerca do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) construdas por seus docentes, servidores tcnico-administrativos e alunos. Os pressupostos tericos sobre os quais a pesquisa se assenta esto centrados em um dilogo entre aqueles da teoria das representaes sociais e os que presidem os estudos da memria social numa perspectiva psicossocial. As representaes sociais so exploradas tomando-se como principais autores de referncia Moscovici (1978, 2003) e Abric (1998, 2000, 2003), enquanto a memria tratada em seu aspecto coletivo/social, recorrendo-se a autores como Halbwachs (1994, 2004), Barlett (1995) e S (2005, 2007). Para a coleta dos dados foram utilizadas as tcnicas de evocaes livres e de entrevistas semi-estruturadas. Participaram das evocaes 260 sujeitos, sendo 100 docentes, 60 tcnico-administrativos e 100 discentes. Desse total, foram selecionados 58 sujeitos para participarem das entrevistas. O material coletado por meio das evocaes foi processado pelo software EVOC (2003) e o referente s entrevistas pelo software ALCESTE. Os resultados revelaram que a memria socialmente construda acerca do IFMT quando ainda era Escola Tcnica Federal (ETFMT) tende nitidamente para o plo positivo de avaliao e as representaes que consubstanciam essa memria tm relao com a qualidade da educao ali ofertada. Foi tambm possvel evidenciar diferenas entre as representaes construdas pelos trs grupos de sujeitos. De outra parte, os resultados referentes s representaes sociais contemporneas, que tm como objeto o IFMT e o imediatamente anterior Centro Federal de Educao Tecnolgica (CEFETMT), revelam a presena de elementos de avaliao negativa em sua composio. A formao profissional ainda vista como positiva e de qualidade pelo grupo de alunos, mas esse mesmo elemento, qualidade, perde a centralidade nas representaes dos docentes e dos tcnico-administrativos. De modo geral, os resultados apontam para representaes sociais dspares entre os trs grupos. A negatividade identificada na estrutura representacional do IFMT no presente parece estar associada s transformaes pelas quais a instituio passou ao longo das ltimas dcadas, devido s polticas pblicas impostas pelo governo para as instituies que compem a rede federal de educao profissional. Com base nesses resultados, chegou-se concluso quanto existncia de memrias e representaes distintas entre os docentes, discentes e tcnico-administrativos acerca do passado e do presente da instituio.

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A efervescncia cultural e poltica dos anos 20 contribuiu para o surgimento do romance nordestino de 30. Nesse momento, o engajamento do intelectual era uma necessidade e as produes artsticas foram mediadas por influncias polticas de esquerda ou de direita. Com isso, as obras literrias ganharam um tom de denncia, expondo nossos problemas sociais. O intelectual brasileiro se viu entre dvidas e tenses e destacamos, na primeira parte desse trabalho, as posturas dos seguintes escritores: Jos Amrico de Almeida (1887-1980), Rachel de Queiroz (1910-2003), Jorge Amado (1912-2001), Jos Lins do Rego (1901-1957) e Graciliano Ramos (1892-1953). Na segunda parte, tomamos as obras do escritor paraibano, Jos Lins do Rego, para analisar o posicionamento desse intelectual frente as questes de sua poca. Com base nas discusses que o escritor pe em relevo em seus romances, identificamos a abordagem da relao entre intelectual e operrio, os limites da figurao do outro o negro e a mulher pobre , a continuidade e a ampliao da escravido no sculo XX. Cotejando as respostas de Jos Lins com as dos demais romancistas nordestinos de 30, verificamos como se estabeleceu o dilogo entre esses escritores e quais so os limites de seus posicionamentos

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A pesquisa busca compreender como a lgica e as ferramentas das Tecnologias da Informao e Comunicao atuais so apropriadas socialmente na participao dos assuntos cvicos, com nfase na poltica. Como percurso, so revisitados os conceitos tradicionais da democracia e situa-se a discusso nas maneiras como os valores democrticos so paulatinamente incorporados aos ambientes digitais contemporneos, apresentados como elementos importantes na aquisio cognitiva do pblico. Como recorte demogrfico, estuda-se a juventude eleitora conectada, residente na cidade do Rio de Janeiro. Ao fim do trabalho, aplica-se uma pesquisa de carter quantitativo com amostra representativa do pblico, na busca por compreender a opinio poltica, o posicionamento perante a democracia, os hbitos culturais relacionados aos meios massivos e TIC de comunicao, identificando, por fim, os repertrios de ao reconhecidos como tal na esfera pblica com o suporte da comunicao digital.

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O presente trabalho apresentado ao Programa de Ps-Graduao em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no Curso de Doutorado Interinstitucional (DINTER) realizado em parceria com a Universidade Federal do Maranho (UFMA), teve como proposta pesquisar a viso dos atores sociais envolvidos diretamente com a medida socioeducativa de internao no Maranho. O objetivo da pesquisa foi identificar a viso dos atores sociais sobre aspectos relacionados ao processo de aplicao, execuo e cumprimento da medida socioeducativa de privao de liberdade. Com o propsito de compreender a percepo das pessoas que atuam nas trs etapas da medida socioeducativa de internao, realizou-se uma pesquisa de campo com trs grupos sendo que, cada grupo foi representado por indivduos que estavam vinculados a cada uma das etapas da referida medida. Os dados foram coletados por intermdio de entrevistas com os respectivos sujeitos, utilizando-se como apoio um roteiro semiestruturado, elaborado em consonncia com os objetivos da pesquisa. Para categorizao, dimensionamento e anlise dos dados e dos registros do dirio de campo utilizou-se a tcnica de Anlise de Contedo. Os resultados alcanados com a pesquisa proporcionam subsdios para uma reflexo sobre o processo e as condies em que se do a execuo e o cumprimento da medida socioeducativa de internao no Centro da Juventude Esperana (CJE) da Fundao da Criana e do Adolescente (FUNAC) no Maranho (MA). Os resultados da pesquisa apontam para uma incongruncia entre o que estabelece a Lei n 8.069/1990, que instituiu o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), o que preconiza o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e o que, de fato tem sido efetivado pela unidade (CJE) de internao e execuo da medida de privao de liberdade. Alm destas questes, os resultados da pesquisa tambm indicam que o Sistema de Garantias de Direitos da Criana e do Adolescente (SGDCA), no Maranho no vem funcionando em conformidade com os princpios e diretrizes previstos pelo ECA, cujo objetivo principal da medida socioeducativa de internao, abrangendo aspectos educativos, formativos e sociais, no estaria acontecendo no Estado do Maranho.

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A presente dissertao tem a preocupao de demonstrar a relevncia no s psicolgica como tambm social da adoo tardia mergulhando em temas como o abandono familiar, a falta de perspectivas e de planos futuros que isso acarreta. desconhecida em pesquisas a abordagem do tema adoo tardia, mas pela viso do contexto social capitalista em que a sociedade est inserida nos levou a supor sob a tica marxista que o modelo capitalista seja fator causador do abandono de crianas. A proposta dessa dissertao analisar o programa social denominado UM LAR PARA MIM, desenvolvido e aplicado atravs da Lei Estadual numero 3.499 de 08 de dezembro de 2000, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Este instrumento legal, atravs de incentivos, possibilita aos servidores estaduais adotarem crianas com mais de cinco anos de idade, dando-lhes a oportunidade de terem uma famlia, um lar e perspectivas de futuro. O objetivo geral foi o de realizar um estudo emprico acerca da adoo tardia, a partir de uma abordagem histrica sociolgica, tendo como exemplo de fato e de direito a poltica pblica adotada no Estado do Rio de Janeiro e analisar a eficcia do Programa e seu impacto na sociedade carioca. O que o estudo da discusso sobre a adoo tardia nos revelou que a maioria dos autores aborda-o sob uma perspectiva psicolgica.

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Este trabalho realiza anlises de anncios publicitrios que veiculam, de algum modo, cenrios de famlias como parte estruturante de sua composio/prtica discursiva. Estuda os mecanismos lingustico-discursivos e as marcas textuais da enunciao como indiciativos do sujeito discursivo/enunciador/ideolgico e das determinaes que o movem. O discurso conforma-se a normas que causam efeitos de sentido, por sua materialidade e por sua relao com o momento de enunciao, culturalmente, historicamente construdos. O estudo analisa, ento, as selees lexicais, a complexidade sinttica, a engenhosa teia argumentativa e seus operadores, a construo do ethos, os marcadores de heterogeneidades enunciativas e os modos de organizao do discurso publicitrio. Os textos promocionais publicitrios analisados exigem gesto eficaz da convergncia do ethos propriamente discursivo com o construdo a partir de imagens arquetpicas de famlias. A prtica discursiva publicitria uma prtica intersemitica, que integra produes concernentes a diferentes domnios semiticos; no caso, o pictrico. Com base na Anlise Semiolingustica do Discurso, o estudo cientfico da linguagem, ao viabilizar anlises que evidenciam a fora argumentativa do enunciador, revela que o sujeito discursivo detm, pelo uso sutil do discurso, um forte instrumento de poder e de legitimao de valores e marcas, para obteno de suas metas. Assim, o estudo propicia reflexo sobre o uso estratgico do discurso publicitrio como instrumento de poder, de enformao, de moldagem do leitor, de modo que atenda s demandas do enunciador, fortalecendo, portanto, socialmente, as estruturas de dominao

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O que feito ou o que acontece com um grupo que se forma na juventude? Muitos podem ser os caminhos tomados, escolhas podero ser feitas. Muitas dessas escolhas podem estar relacionadas forma como esses grupos desenvolveram suas produes culturais e quais foram as relaes extragrupo que fizeram parte de sua trajetria. Os grupos de jovens das periferias e favelas que produzem cultura se constituem de maneiras bem heterogneas, h vrias formas e caminhos de se fazer parte de um grupo cultural. A presente dissertao investiga, especificamente, como um grupo de jovens moradores de favelas se organiza e produz cultura sem apoio institucional. De que modo as suas produes tm algo de novo, um outro olhar com relao produo cultural vigente? A partir do conceito de funo fraterna, discutido por um grupo de psicanalistas coordenado por Maria Rita Kehl, pretendo investigar como essa organizao horizontal se constitui na busca de um local de pertencimento. Com carter interdisciplinar, essa pesquisa prope tambm um lao fraterno ou na horizontalidade, entre Psicanlise, Educao e Cincias Sociais.

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O presente trabalho est inserido nas pesquisas sobre linguagem no contexto jurdico, e busca responder s seguintes questes: como os atores sociais beneficirios de cotas para ingresso nas universidades pblicas so representados em um conjunto de textos, produzidos pelo Poder Pblico Brasileiro, acerca do prprio sistema de cotas? E como o Sistema da Transitividade demonstra quem so as foras ativas e as foras passivas da questo das cotas? Para isso, buscou-se um corpus heterogneo composto pelo voto do Ministro Ricardo Lewandowsky na ADPF168, que decidiu a polmica das cotas, bem como os textos que apresentam relaes de intertextualidade com o julgamento, sejam eles anteriores ao voto, como, a Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988, em especial o artigo 5, caput e inciso I, e a Lei do Estado do Rio de Janeiro n 4151 de 2003; ou posteriores, como a Lei 12.711 de 29 de agosto de 2012, que veio em resposta ao texto do Supremo Tribunal Federal. A pesquisa tem natureza qualitativa interpretativa, insere-se no ramo da Lingustica Sistmico-Funcional, em especial na Representao dos Atores Sociais de van Leuween (1996) e no Sistema de Transitividade proposto por Halliday (2004)

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Esta tese objetiva estudar o encontro dos jovens com o mundo do trabalho a partir de sua passagem por um programa de aprendizes em uma grande empresa privada brasileira com sede no Rio de Janeiro. Fazem parte do programa de aprendizes dessa empresa jovens entre 15 e 21 anos de ambos os sexos que moram em regies diferentes do Estado, em geral na Baixada Fluminense ou em favelas cariocas pertencentes a famlias de baixa renda. Busca-se refletir sobre as questes que emergem no encontro dos jovens com o universo organizacional assim como compreender os significados concedidos por eles ao trabalho no que se refere s suas expectativas de futuro e aos seus projetos de vida. Parte-se da compreenso de que vivenciamos um momento de crise no qual toda a sociedade vem sofrendo profundas transformaes com impactos diversos para os sujeitos contemporneos e para a produo de subjetividades. A juventude, em especial, vem sendo atingida diretamente por esse cenrio fazendo com que a passagem para a vida adulta seja um desafio. Nesse sentido, o governo brasileiro vem desenvolvendo polticas pblicas voltadas para a juventude, dentre as quais a Lei de Aprendizagem faz parte. Esta foi criada pelo Ministrio do Trabalho e do Emprego visando apoiar o jovem em sua insero no mercado de trabalho e estabelece que organizaes tanto pblicas quanto privadas devem contratar obrigatoriamente um percentual de moas e rapazes entre 14 e 24 anos em regime especial de aprendizagem para conceder-lhes formao tcnico-profissional. Para alcance dos objetivos da tese, foi realizada ampla pesquisa qualitativa de campo ao longo dos anos de 2010 e 2011 na qual foram utilizados instrumentos diversos para a coleta de dados: entrevistas individuais, focus group, observaes e intervenes de campo que se concentraram na seleo dos aprendizes, em algumas aes de treinamento pelo qual passaram e no seu dia a dia de aprendizado na empresa. Os dados mais significativos coletados em campo foram analisados a partir de referncias terico-bibliogrficas da Psicologia e de outras reas de saber das Cincias Humanas e Sociais que dessem suporte sua compreenso. Como alguns dos principais resultados obtidos na pesquisa, pode-se destacar que a ocupao profissional para a qual os jovens so preparados durante sua formao no programa de aprendizado no est necessariamente vinculada aos desejos de carreira que possuem para seu futuro. Os projetos de vida que denotam a busca por estabilidade so pautados em carreiras que requerem a realizao do ensino superior. O encontro dos jovens com o universo da empresa no simples, requer a aprendizagem de formas de falar e de se portar que so bem-vindas ou no. So essas formas de saber assim como o sentido de responsabilidade que ganham ao terem tarefas a realizar os principais aprendizados que os jovens carregam da experincia vivida. Por outro lado, a empresa ainda possui dificuldades para lidar com esses jovens percebendo-os a partir de esteretipos ligados s suas origens socioeconmicas que acabam por gerar mecanismos de desenvolvimento com teor civilizatrio.

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Esta dissertao, que se insere na Linha de Pesquisa Produo Social do Conhecimento, objetiva gerar uma reflexo acerca da metodologia de formar e inserir jovens no mundo do trabalho, aps a promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente. Isto feito a partir da anlise ideolgica do que est subjacente aos discursos dos que atuam ou estimulam o desenvolvimento desta atividade. Partindo de uma fundamentao em autores que, entre as dcadas de 1980 e 1990, realizaram investigaes nas reas de trabalho/educao e de assistncia infncia e juventude, e de uma anlise junto ao Projeto Bolsa de Iniciao ao Trabalho, desenvolvido pela UERJ em conjunto com DEGASE e 2 Vara, foram feitas observaes e entrevistas com educadores e jovens envolvidos nesta prtica. Foi possvel, assim, desvelar o significado desses discursos: falas produzidas a partir das distintas e complexas relaes sociais vivenciadas pela populao brasileira e que, at os dias atuais, interferem no processo de formao e insero profissional do jovem pobre. Aps a anlise, verificou-se que esta ideologia reproduzida por educadores e jovens e, que, apesar das mudanas desta dcada, a prtica instituda a de adequar o jovem ao trabalho, visando a sua socializao, ocupao do tempo ocioso e renda familiar. Este texto ainda tenta sinalizar para a importncia dos programas e da escola formal interagirem, rompendo com o falso paradigma de que a infncia pobre est destinada, com rarssimas excees, ao trabalho instrumental ou marginalizao, o que contribui para sua excluso da escola e do direito ao lazer. Busca, tambm, estratgias que auxiliem na construo de um jovem/cidado crtico e ciente de seus direitos.

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Atualmente, um dos principais desafios que afeta a sade pblica no Brasil a crescente evoluo no nmero de casos e epidemias provocados pelo vrus da dengue. No existem estudos suficientes que consigam elucidar quais fatores contribuem para a evoluo das epidemias de Dengue. Fatores como condies sanitrias, localizao geogrfica, investimentos financeiros em infraestrutura e qualidade de vida podem estar relacionados com a incidncia de Dengue. Alm disso, outra questo que merece um maior destaque o estudo para se identificar o grau de impacto das variveis determinantes da dengue e se existe um padro que est correlacionado com a taxa de incidncia. Desta forma, este trabalho tem como objetivo principal a correlao da taxa de incidncia da dengue na populao de cada municpio brasileiro, utilizando dados relativos aos aspectos sociais, econmicos, demogrficos e ambientais. Outra contribuio relevante do trabalho, foi a anlise dos padres de distribuio espacial da taxa de incidncia de Dengue e sua relao com os padres encontrados utilizando as variveis socioeconmicas e ambientais, sobretudo analisando a evoluo temporal no perodo de 2008 at 2012. Para essa anlises, utilizou-se o Sistema de Informao Geogrfica (SIG) aliado com a minerao de dados, atravs da metodologia de rede neural mais especificamente o mapa auto organizvel de Kohonen ou self-organizing maps (SOM). Tal metodologia foi empregada para a identificao de padro de agrupamentos dessas variveis e sua relao com as classes de incidncia de dengue no Brasil (Alta, Mdia e Baixa). Assim, este projeto contribui de forma significativa para uma melhor compreenso dos fatores que esto associados ocorrncia de Dengue, e como essa doena est correlacionada com fatores como: meio ambiente, infraestrutura e localizao no espao geogrfico.

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Introduo: O adiamento das altas clnicas nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) por motivos sociais actualmente considerado um dos principais motivos que impedem a integrao atempada de novos clientes na Rede Nacional de Cuidados Continuados, RNCC, daqui em diante designada como a REDE. Este atraso tem impacto ao nvel da recuperao e estabilizao dos utentes, bem como ao nvel de eficincia e eficcia da UCCI, no podendo deixar de se considerarem os aspectos sociais e econmicos. Objectivo Geral: Identificar os determinantes que influenciam as altas clnicas em UCCI. Mtodos e Populao do Estudo: Este um estudo de caso colectivo, em que os dados observacionais, transversais, so recolhidos por meio de questionrio de auto-relato (por cada rea de interveno directa) e por anlise dos processos de consulta de pacientes. O objecto desta pesquisa abrange dois grupos: o grupo de amostra composto por 70 profissionais de sade que lidam directamente com os utentes e o grupo amostra composto de utentes internados na UCCI L Nostrum, com alta clnica entre 1/1/2011 e 31/12/2012, e que foram integrados atravs da REDE. Foram recolhidos os dados de 293 utentes sendo objecto de estudo os casos de 83 utentes integrados atravs da REDE e com prolongamento de internamento por motivos sociais. Resultados: Na percepo dos profissionais de sade, as respostas institucionais apresentam-se como a condicionante mais indicada, tanto para os utentes em geral, com 22 indicaes (88%) como para os utentes da REDE, com 10 indicaes (40%). Relativamente aos motivos familiares h referncia de 76% para os utentes em geral e de 36% para os utentes da REDE. Os motivos econmicos tambm apresentam, para os profissionais inquiridos, um valor expressivo (68%) nos utentes em geral, estando nos da REDE este factor condicionante a par com os motivos familiares (36%). Os motivos estruturais tm menor expresso tanto nos utentes em geral (32%) como nos utentes da REDE (16%). Outros para os utentes em geral, refere-se a dependncia funcional (4%). Nos motivos familiares, para os utentes em geral, 23 (92%) foi mais vezes indicada a insuficincia de suporte familiar, para os utentes da REDE, 13 (52%). A ausncia de suporte familiar, para os utentes em geral, representa 48% das respostas, seguindo-se o suporte inadequado (28%) e a ausncia de cuidadores (24%). Para os utentes da REDE, o suporte inadequado apresenta-se como segundo motivo (7%), seguindo-se a ausncia de suporte familiar (16%). Na percepo dos profissionais, os utentes da REDE esto tambm condicionados pela distncia geogrfica (8%) da sua rea residencial. Em termos estruturais, os motivos mais assinalados pelos profissionais para a generalidade dos utentes foram as barreiras fsicas mobilidade (80%) e a habitao sem condies bsicas de habitabilidade (78%). Os mesmos motivos foram assinalados para os utentes da REDE, barreiras fsicas mobilidade (40%) e habitao sem condies de habitabilidade (28%). No entanto, relativamente aos utentes em geral, a ausncia de habitao (29%) e a distncia geogrfica (4%) tambm foram motivos assinalados. Dos motivos econmicos percebidos pelos profissionais, a insuficincia de rendimentos o factor mais assinalado pela generalidade dos utentes (84%) e pelos da REDE (68%), seguida da percepo da capacidade de reposta limitada das instituies, 64% para a generalidade dos utentes e 28% para os da REDE e por fim os tipos de respostas insuficientes para as necessidades individuais dos utentes (20% dos utentes em geral e 12% da REDE). No total dos dois anos, 2011 e 2012, verificaram-se na UCCI L Nostrum 293 prorrogaes (100%) das quais 210 (71,6%) foram consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clnicos, enquanto 83 (28,3%) foram efectivamente protelamentos por motivos sociais, tendo em conta que nestes casos os utentes j no tinham critrios clnicos que justificassem a sua permanncia na UCCI. Das 210 prorrogaes consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clnicos, 93 (44,3%) foram-no por tempo de espera para transferncia de UCCI. Em 2011, dos 146 utentes com alta protelada (100%), 50 utentes (34,2%) permaneceram na UCCI por motivos sociais, enquanto em 2012 houve registo de 33 casos de protelamento (22,4%) em 147 (100%) altas prorrogadas. Concluses: Dos factores identificados como motivo de protelamento nos 83 utentes, estritamente por motivos sociais, destaca-se o protelamento de alta por espera de integrao em equipamento/resposta adequada, nomeadamente lar ou servios de apoio domicilirio (79,5%), seguindo-se a insuficincia de rendimentos do utente/familiares para contratao de servios ou resposta institucional (74,7%), a inexistncia de condies habitacionais para regresso ao domiclio (63,9%) e a insuficincia de suporte familiar (54,2%). Regista-se tambm a inadequao do suporte familiar (31,3%), a inexistncia de suporte familiar (28,9%) e, em menor percentagem, a ausncia de condies estruturais (13,3%). A ausncia de domiclio (sem abrigo) (8,4%) e a ausncia de rendimentos (4,8%) tambm foram factores inibidores da alta clnica. Dos 293 utentes identificados que tiveram protelamento da alta por motivos sociais verificou-se que 144 (49,1%) dos utentes permaneceram unicamente pela existncia de condicionantes institucionais e familiares/estruturais. Aspectos ticos: ao longo deste estudo, foram assegurados e respeitados, todos os procedimentos de garantia da confidencialidade e rigor na recolha dos dados, e a no interferncia nas dinmicas da instituio, dos utentes e dos profissionais.