24 resultados para Brasil. [Estatuto da criança e do adolescente (1990)]

em Universidade Federal do Pará


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A Defensoria Pblica uma das instituies essenciais funo jurisdicional do Estado, encarregada constitucionalmente de garantir o acesso justia a populao legalmente necessitada, atravs da orientao jurdica e defesa judicial e extrajudicial em todos os graus. Dentro de sua misso institucional especializou e interiorizou seu atendimento na rea infanto juvenil implantando os Ncleos de Atendimento Especializado da Criana e do Adolescente (NAECAs) na capital e em mais doze cidades do Par. Em razo da carncia de estudos cientficos que demonstrem solues tericas e prticas de resoluo dos problemas organizacionais da Defensoria Pblica, esta dissertao objetiva analisar a gesto e a estrutura organizacional dos NAECAs da Defensoria Pblica do Estado do Par, visando garantia da qualidade de atendimento e da proteo integral de crianas e adolescentes. Utilizou-se a metodologia sistmica com um estudo de caso mltiplo e, para consolidar os resultados obtidos, usou-se a observao sistemtica da instituio pesquisada, realizando entrevistas semiestruturadas e a anlise de contedo, buscando a descrio do contedo manifestado na comunicao que foi realizada. Foi empregado um robusto marco conceitual para a fundamentao da pesquisa a respeito das organizaes, das relaes de poder e da gesto pblica, suporte esse que possibilitou a confirmao das hipteses formuladas na pesquisa e o alcance dos objetivos propostos, concluindo-se que o problema da pesquisa foi respondido afirmativamente, visto que se conseguiu visualizar o funcionamento da estrutura organizacional e da gesto dos NAECAs e sua interrelao, bem como de que modo tal estrutura tem contribudo para garantia da qualidade de atendimento e proteo integral de crianas e adolescentes. Nas concluses da pesquisa, ficou perceptvel que, apesar do trabalho que est sendo realizado, fato comprovado na pesquisa e no projeto redescobrindo o assistido, muito ainda tem que ser feito e a instituio ainda padece de deficincias como a necessidade de maiores investimentos, principalmente em infraestrutura fsica e de pessoal. Com todos esses desafios, a instituio esbarra na inrcia do poder pblico em densificar o preceito constitucional de garantir o acesso justia atravs de uma instituio que garanta os direitos dos cidados em condies de igualdade com o estado-juiz e o estado-acusador e na falta de investimentos para o fortalecimento da instituio que vem lutando para se estabelecer e garantir o acesso ordem jurdica justa para a populao de nosso Estado.

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OBJETIVO: revisar a literatura e os princpios bsicos sobre o atendimento ambulatorial da criana e do adolescente com alteraes no desenvolvimento, salientando os aspectos da preveno, deteco e interveno precoce, incluso e reabilitao. FONTE DE DADOS: pesquisa nas bases de dados Medline, Lilacs, nas publicaes de comits cientficos, de instituies para portadores de necessidades especiais e protocolos sobre assistncia ambulatorial em centros de referncia para crianas e adolescentes portadores de deficincias. SNTESE DOS DADOS: esta populao-alvo apresenta, alm dos problemas de sade tpicos de sua faixa etria, os relacionados sua patologia de base, ou s conseqncias dessas. Este artigo traz ao pediatra as principais causas de distrbios de desenvolvimento e as caractersticas de cada forma de deficincia, ressaltando os cuidados necessrios na sua abordagem nos ambulatrios de pediatria. CONCLUSES: o censo brasileiro de 2000 aponta que 14,5% da populao brasileira apresenta algum tipo de deficincia, posicionando os problemas de desenvolvimento como um dos mais prevalentes agravos da infncia e da adolescncia. Assim sendo, todo pediatra h que estar atento ao desenvolvimento das crianas e adolescentes e aos fatores que possam influir sobre ele. Do pediatra depende a preveno, o diagnstico precoce e o tratamento em tempo hbil, sendo insubstituvel na coordenao da assistncia multidisciplinar, bem como na incluso desta clientela na assistncia bsica sade, fundamentais na definio do prognstico e da qualidade de vida dos portadores de deficincias.

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Este artigo problematiza o acontecimento risco, em uma vertente histrica e poltica. Apresenta um panorama do debate sobre esta categoria analtica, desnaturalizando-a. Em uma segunda parte do texto, busca-se tecer uma descrio de como o acontecimento risco entrou em cena na poltica de proteo s crianas e aos jovens como modo estratgico de defesa social e preveno. Em seguida, analisa-se como a gesto de riscos materializada em prticas de conselheiros tutelares no Brasil, aps a aprovao do Estatuto da Criana e do Adolescente. O conselho tutelar se torna um rgo central de gerncia dos desvios em nome da proteo integral. Conclui-se que gerir riscos implica governar condutas a partir da lgica da sociedade de segurana.

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Este trabalho analisa a construo discursiva das identidades sociais em trs interaes com menores infratores sob o regime semiliberdade. O objetivo desta investigao correlacionar lngua e identidades. Para isto, o estudo comea por problematizar as idias sobre o sujeito e sua identificao com diferentes centros sociais numa sociedade moderna e plural. Destaca, tambm, a influncia das instituies na formao identitria do indivduo, especialmente das instituies reguladoras para menores infratores e do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA). Assim, relaciona o estigma, socialmente construdo, s contingncias identitrias com os quais os menores se deparam nas interaes verbais. Deste modo, recorre a abordagens tericas que consideram a lngua em seu contexto social, como a Sociolingstica Interacional e as teorias da Enunciao, como tambm a outras reas do conhecimento, como os Estudos Culturais e a Psicologia Social. uma investigao de cunho interpretativista e etnogrfico que analisa a construo das identidades sociais por meio de diferentes alinhamentos e enquadres no discurso, e estuda a relao do discurso dos adolescentes com os discursos que circulam na unidade onde esto e na sociedade. Para tanto, entrevistas com funcionrios e pessoas que visitam o referido local foram realizadas, assim como notas de campo sobre a situao social dos participantes foram tomadas. O trabalho observa as identidades emergentes mais relevantes no discurso dos menores, tais como a identidade estigmatizada, a identidade religiosa, as familiares e a identidade da transformao, sempre formadas na sua necessria relao com o outro. A anlise revela o conflito entre a identidade do infrator e as identidades, consideradas socialmente como normais, o que demonstra a complexidade das identidades sociais e suscita novas problematizaes a serem consideradas em pesquisas futuras.

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Objetivou-se analisar as representaes de adolescentes e jovens em Belm sobre o ECA. A dissertao procurou se orientar a partir dos fundamentos do mtodo Materialismo Histrico e Dialtico, particularmente a referncia de Henri Lefebvre acerca da representao social. A abordagem metodolgica se expressou por meio de levantamento e anlise documental como o ECA, decretos e leis, relatrio da I Conferncia Nacional para a Poltica de Juventude e consulta aos sites governamentais. Foram realizadas entrevistas com treze adolescentes e jovens, na faixa etria de 16 a 28 anos, de ambos os sexos. Porm, somente oito entrevistados participaram na discusso emprica. O critrio utilizado na definio da amostra priorizou a vinculao dos informantes de trs segmentos: das medidas socioeducativas, Programa ProJovem/adolescente e jovens militantes de uma entidade poltica. Verificou-se que os adolescentes que tm sido alvo de aes das polticas sociais propostas pelo ECA, como as medidas socioeducativas e o ProJovem, no conseguem perceber as aes como materializao de direito proporcionado para os mesmos. Eles tambm informaram ter pouco conhecimento sobre o que Estatuto representa de positivo, mas apresentam a conscincia de que predomina uma representao negativa sobre o ECA. J os jovens, demonstraram entendimento mais conscientes e/ou politizados acerca do ECA e das polticas para juventude, destacando ganhos e limites das mesmas. Para estes, a Lei no atende as necessidades reais de Crianas e de Adolescentes, principalmente, porque a atuao dos operadores da mesma linha limitada. Conclui-se que muitos outros trabalhos tm discutido esta temtica, sem desconsiderar a importncia do Estatuto, mas destaca-se que muito ainda h de ser feito para que Lei possa melhor ser reconhecida pelos que dele necessitam.

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O presente trabalho versa sobre as Concepes de Infncia Indgena presentes em estudos acadmicos produzidos no Brasil. Para os aportes deste estudo, considerou-se como questo norteadora: quais as concepes de Infncia para as diversas etnias indgenas nas produes acadmicas no Brasil no perodo de 2001 a 2012? O objetivo geral consistiu em investigar as concepes de infncia para as diversas etnias indgenas presentes nas produes acadmicas no Brasil no perodo de 2001 a 2012, visando (1) identificar e mapear essas concepes de infncia indgena nas diversas etnias presentes nas produes acadmicas; (2) descrever o processo de educao da criana indgena nas diversas etnias indgena brasileira; (3) abordar as prticas culturais da infncia indgena mencionadas nesses estudos; (4) discutir a relevncia, avanos e limites desses estudos para a compreenso da infncia indgena no Brasil. O caminho metodolgico percorrido para o desenvolvimento deste estudo foi de carter bibliogrfico tendo como fonte Dissertaes e Teses coletadas no portal da CAPES no perodo de 2001 a 2012 sobre a infncia indgena. Para efeito de sistematizao do corpus de anlise desse estudo e facilitar a compreenso do material, as dissertaes e teses foram organizadas em trs eixos temticos: (1) Concepo tnica de infncia indgena; (2) Prticas culturais da infncia indgena; (3) Educao indgena. A partir da escolha dos eixos temticos, pensou-se em categorias que pudessem facilitar o entendimento da metodologia escolhida para essa dissertao. Ento foi escolhida para cada eixo temtico uma categoria, a saber: (1) Liberdade; (2) Brincadeiras; (3) Educao indgena (escolar e tradicional). No que tange s categorias, foi possvel perceber quo importante foi mencion-las neste estudo, pois entend-las nos permitiu tambm trazer tona o rico arsenal que emergem ao estudar as concepes de infncia ligadas liberdade, brincadeira e educao. Tais concepes nos permitiu ter um novo olhar a respeito da infncia nas sociedades indgenas, a partir de avanos/limites. Os resultados mostraram tambm que os estudos sobre a infncia e/ou a criana indgena incipiente, principalmente no estado do Par e isso se deve ao fato de que os pesquisadores locais ainda no despertaram o interesse pela temtica em questo, sendo possvel elencar algumas razes para esseno interesse”: falta de motivao de pesquisadores nessa rea, a insero desses estudos em vrias reas do conhecimento que no necessariamente no campo da educao e o difcil acesso as comunidades. Percebeu-se tambm que as produes realizadas em nossa regio sobre a temtica infncia indgena so computadas no local de origem dos pesquisadores que para c vm realizar seus estudos deixando a regio Norte no limite das produes sobre infncia indgena. Ademais, urge a necessidade de investigar a infncia e/ou a criana que vivem nas mais diversas sociedades indgenas. Eis a um grande desafio e intento a ser superado para a compreenso do universo infantil e suas lgicas de pensar a realidade, o aprendizado, como sujeito complexo e pleno, de modo que suas percepes do cotidiano da aldeia, da escola, da famlia, dos rituais e dos smbolos constituam-se em tarefa de suma importncia.

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No gnero Staphylococcus, o S. aureus com resistncia oxacilina sem duvida alguma o patgeno de maior importncia, quando associado s infeces hospitalares, sendo responsvel por elevadas taxas morbidade e mortalidade. Este estudo descreve a epidemiologia e perfil de sensibilidade de linhagens de S. aureus procedentes de hospitais pblicos de Macap-Amap. Todos os isolados usados neste trabalho foram novamente reisolados atravs de mtodos convencionais da microbiologia e sistemas automatizados. As amostras com resistncia oxacilina foram todas submetidas ao teste screening com a cefoxitina 30 mcg. O tratamento estatstico dos dados revelou que houve predominncia de S. aureus no sexo masculino (62,8%), sendo a mdia de idade dos pacientes de 20 anos, entretanto, a maior ocorrncia foi na faixa etria de 0 a 10 anos, o hospital de maior prevalncia foi o Hospital da Criana e do Adolescente (54,7%). A prevalncia das amostras isoladas nos hospitais foi de 3,8%. Do total de amostras isolada (n=105), 25 (23,8%) foram resistentes oxacilina. Essas amostras apresentaram resistncia cruzada Gentamicina (80%); Sulfazotrim (72%), Tetraciclina (64%), Eritromicina (60%), Clindamicina (44%), Norfloxacino (44%) e Quinupristina/Dalfopristina (32%). A vancomicina apresentou 100% de sensibilidade. Apesar dos diversos estudos realizados no Brasil e no mundo mostrarem altos ndices de resistncia do S. aureus oxacilina, nesta pesquisa os nveis de resistncia da bactria nos hospitais pblicos de Macap ainda podem ser considerados baixos. Contudo, os resultados revelam a necessidade de vigilncia sistemtica, visando o controle e preveno da disseminao de linhagens resistentes deste patgeno associado com infeco hospitalar.

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Esta dissertao teve por objetivo analisar a objetivao da violncia para o UNICEF, a partir da problematizao da noo de ciclo de vida, estratgia adotada por essa agncia para o enfrentamento da violncia. Realizamos uma pesquisa histrico-documental do livro Anlise da violncia contra a criana e o adolescente, segundo o ciclo de vida no Brasil - conceitos, dados e proposies, publicado em 2005. As anlises pautaram-se na metodologia arqueogenealgica proposta por Michel Foucault. Observamos que a produo da violncia, nesse documento, levou em conta sua abrangncia e especificidade de manifestao em cada fase de vida. Com isso, o UNICEF buscou operar a gesto biopoltica dos corpos de crianas e adolescentes pobres do Brasil, em uma perspectiva calculista neoliberal. Conclumos que as prticas de saber/poder propaladas por essa agncia procuram o controle dos riscos atravs da individualizao da problemtica da violncia, o que em nossa anlise contribuiu para a estigmatizao das famlias pobres, tomadas como as principais responsveis pela reproduo da violncia.

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O presente estudo objetiva desvelar, a memria de escola de adolescentes em conflito com a Lei e que cumprem medidas na Fundao da Criana e do Adolescente do Par, na Unidade Socioeducativa de Internao de Val-de-Ces. A inteno traar por meio dos enunciados discursivos destes sujeitos, suas incurses no ambiente educacional e assim identificar o que os fizeram abandonar a escola de forma precoce e/ou apresentarem em seus currculos escolares um alto ndice de repetncia. As questes que norteiam este estudo so: Que fatores contriburam para que estes adolescentes abandonassem o ambiente educacional de forma precoce? At que ponto a escola e a excluso social foram fatores relevantes para o envolvimento destes adolescentes com a violncia e criminalidade? Qual o comprometimento da escola na formao dos adolescentes em conflito com a Lei, levando em considerao o papel da escola na formao do sujeito? Partindo das questes norteadoras o estudo objetiva identificar que Rede de Significados esto envolvidas nestes questionamentos. A amostra contou com a participao de 18 adolescentes na faixa etria de 12 a 17 anos de idade, com escolaridade de 13 srie do ensino bsico at a 83 srie do ensino fundamental, nascidos no Estado do Par, cumprindo medidas socioeducativas pelo ato infracional que vai do dano ao patrimnio pblico (Art. 163) a assalto seguido de morte (Art.12l c/c Art. 14). Foi utilizado como instrumentos de coleta de dados a entrevista semi-estruturada e documentos cedidos pela Fundao, como os pronturios, com os dados pessoais e acompanhamento de cada adolescente. O corpus da pesquisa foi analisado por meio dos seguintes eixos-temticos: Escola; Famlia; Violncia e Criminalidade; Relaes Interpessoais e Perspectivas Futuras. O referencial terico utilizado para anlise dos dados segue a concepo de Bakhtin sobre a rede de significados e de autores que discutem aspectos relacionados aos eixos temticos. Para tal utilizei autores como ROSSETTI e FERRElRA (2004); ARROYO (1997); BOSSA (2002); CORDI (1996); VYGOTSKY (2000); PINTO (2002), entre outros. Nesta perspectiva, o objetivo foi o de encontrar correspondncia com os princpios e critrios que pudessem contribuir para a fundamentao desta anlise, favorecendo a interao entre as diferentes formas de produo de conhecimento, sobretudo, pelos dados apresentados ao processo de escolarizao destes sujeitos, uma vez que contribuiu para reprovaes, repetncias, defasagens, e no raro, para a evaso escolar.

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O presente trabalho tem como temaa influncia do Estado no crescimento da economia do setor mineral: o caso da CVRD de 1942 a 2010”. Para orientar a pesquisa e a construo da tese foi estabelecido o problema: que mudanas ocorreram no plano legal e institucional, no Brasil e no Par, a partir de 1990, que podem ser interpretadas como componentes de um novo modo de regulao e que transformaes se processaram na economia, no Brasil e no Par, que podem ser interpretadas como parte do processo de constituio de um novo regime de acumulao e de que forma essas alteraes esto relacionadas com o processo de privatizao e crescimento da minerao, sob a gesto da CVRD ou Vale? Como marco terico operou-se com as categorias de anlise regime de acumulao e modo de regulao, considerando as contribuies de Lipetz (1988) e Harvey (1998) da denominada escola da regulao. O objetivo era compreender as mudanas na economia e na legislao, no Brasil e no Par, como uma transio do regime de acumulao e modo de regulao fordista-keyneiano para um novo regime denominado de acumulao flexvel. Selecionou-se um conjunto de eventos para serem analisados como integrantes da transio no modo de regulao: Plano de estabilizao econmica; reforma constitucional de 1995; Lei Complementar n° 87/96 - a Lei Kandir; Medida Provisria nº 2166/67 que criou o conceito de obras de utilidade pblica; Resoluo do Conama nº 369 sobre minerao em rea de Preservao permanente; Lei de responsabilidade Fiscal; Lei de Modernizao dos Portos. Outros eventos foram selecionados e analisados como componentes de um novo regime de acumulao: Investimento pblico em obras de infra-estrutura de transporte e energia; privatizao no Brasil, incluindo a da CVRD e sua expanso posterior, juntamente com o crescimento da economia do setor mineral. Concluiu-se que, com a influncia do Estado h a estabilizao de um novo regime de acumulao, que no Par aprofunda o perfil primrio-exportador da economia. Em 2010, o setor mineral contribuiu com 86% da pauta de exportao e desse total a indstria extrativa mineral participou com 77% e a indstria da transformao com 23%. No perodo de 2002 a 2007, a indstria extrativa mineral participava com 60% e a da transformao com 40% da exportao. A CVRD ou Vale, no Par, a partir de 2010, priorizou a exportao de produtos primrios, sobretudo minrio de ferro, reduzindo sua participao na indstria de transformao, por meio do repasse Norsk Hidro, de suas aes, na Albrs, Alunorte e Companhia de Alumina do Par.

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Os processos de formao continuada de professoras de infncia tm ganhado importncia no mbito das polticas de educao no Brasil nos primeiros anos do sculo XXI. Seu principal objetivo tem sido proporcionar nveis de qualidade da atuao dos docentes que cuidam e educam as crianas menores de sete anos. Para combater o dficit histrico no plano do acesso e da qualidade, algumas iniciativas governamentais tm sido apresentadas comunidade acadmica numa tentativa de integrao em rede. Afinal, qualquer ao que pretenda impactar na qualidade da formao dos professores em nvel nacional exige a participao das universidades. Nesse sentido, a parceria entre os governos federal, estadual e municipal com as universidades tem buscado construir experincias consistentes, com nfase na modalidade da educao a distncia. Neste trabalho, discuto as concepes sobre criana, infncia e interdisciplinaridade das professoras da regio paraense do Baixo Tocantins a partir da atuao do Programa EDUCIMAT: Formao, Tecnologia e Servios em Educao em Cincias e Matemtica que tem por objetivo formar professores tutores capazes de mediar a formao continuada de outros professores no contexto do municpio. Para isso, construmos os dados da pesquisa por meio de questionrios, entrevistas e registros escritos destacando as reflexes das professoras sobre suas memrias, concepes e prticas. O objetivo ressaltar a importncia da formao continuada para a transio conceitual vivenciada pelas professoras em formao. Concluo que o dilogo entre os fundamentos tericos e as experincias educacionais das professoras possibilita um repensar de suas concepes e, por conseguinte, de suas prticas pedaggicas.

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O Estatuto do Magistrio de Belm, que regulamenta a carreira e, portanto, a vida funcional dos profissionais da educao o tema desta pesquisa, que tem como objetivo analisar as polticas implementadas para a carreira docente e suas implicaes para o desenvolvimento do trabalho do docente, em Belm (estado do Par), nos anos de 1997 a 2004. Esse perodo considerado relevante, na pesquisa, porque a prefeitura de Belm esteve sob o comando de um governo que se autodenominou governo do povo, que, para as finalidades deste estudo, chamamos governo de frente popular. Este apresentou, entre outros, um programa que apontava para a valorizao dos profissionais da educao, com nfase nas garantias do Estatuto do Magistrio, ao mesmo tempo em que sofreu presses por parte desses profissionais pelo cumprimento de direitos contidos no referido Estatuto. Para analisar as polticas sobre a carreira docente emanadas desse tipo de governo, no perodo de referncia, buscamos compreender, de um lado, o macro contexto de uma realidade de crise do sistema capitalista, a insero do Brasil nessa realidade, e a realizao de contra-reformas no Estado brasileiro orientadas para auxiliar na superao dessas crises. De outro, compreender a concepo e o papel de um governo de frente popular, as influncias das citadas contra-reformas em suas polticas, a localizao poltica e econmica de tal gesto, construindo, assim, o entendimento dos efeitos da dinmica desses fatores sobre o trabalho docente, em Belm. Assim, os objetivos especficos que definimos para a investigao foram: 1) identificar as conseqncias da crise sistmica do capital e do papel do Estado no processo de trabalho docente; 2) analisar as contra-reformas do Estado brasileiro, a partir de 1990, e os seus efeitos sobre o trabalho docente; 3) identificar algumas caractersticas do governo de Frente Popular, em Belm, e suas perspectivas programticas para a valorizao dos profissionais da educao; 4) avaliar as polticas emanadas por tal governo e os efeitos de sua implementao para a carreira docente, em Belm. Partimos da anlise histrica do fenmeno estudado, fundamentando-nos nas elaboraes de Antunes (1995; 1999; 2004), Brzezinski (2007), Chesnais (1996), Engels (1977),Enguita (1991), Lnin (1986; 1986a), Marx (1980), Maus (2003; 2005; 2006), Moreno (2003; 2003a), Oliveira (2003), entre outros. Valemo-nos, ainda, de documentos jurdicos e governamentais, bem como de publicaes do movimento docente, como os da Confederao Nacional dos Trabalhadores da Educao (CNTE) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educao Pblica do Par (SINTEPP), que nos permitiram compreender as categorias de anlise carreira, remunerao, formao e condies fsicas do trabalho no espao educacional. Coletamos dados e informaes documentais e empricos, buscando algumas respostas que permitissem identificar, mesmo nas relaes contraditrias apresentadas, as polticas que envolveram a carreira docente, o governo de frente popular e o movimento docente. Por isso, os sujeitos das entrevistas semiestruturadas foram selecionados em funo de sua localizao funcional e poltica. Funcional, no caso dos sete profissionais da educao e de um representante do governo que exercia funo de coordenao, na Secretaria Municipal de Educao; e pela atuao poltica e sindical no movimento docente organizado no SINTEPP, em entrevista com dois de seus dirigentes. A partir do referencial bibliogrfico e dos procedimentos metodolgicos indicados, pudemos concluir que o cumprimento de direitos contidos no Estatuto do Magistrio de Belm possibilitaria o desenvolvimento e a valorizao da carreira docente, sobretudo quanto a salrio e condies fsicas de trabalho, ressaltando que o perodo analisado foi de efervescncia sindical e poltica sobre as demandas dos profissionais da educao que buscaram assegurar seus direitos na realidade de um governo considerado progressista.

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Esta pesquisa qualitativa de orientao fenomenolgica existencial gestltica, procura desvelar alguns significados atribudos ao fenmeno do abuso sexual intrafamiliar, por meio de um estudo de caso em que a informante, dos 9 aos 11 anos, foi vitimizada pelo pai e ainda hoje, no seu campo existencial, influenciada pela vivncia dessa experincia. A violncia contra a criana, em suas diversas modalidades, um problema de sade pblica e de relaes interpessoais entre famlia ou cuidador e a criana. Em se tratando do abuso sexual, em que o agressor o responsvel pelos cuidados primrios, geralmente, h negao pela vtima, agressor e a famlia, e quase sempre, ocorre, envolvendo mais de uma modalidade de violncia. Mesmo no havendo um consenso entre os autores, a maioria destaca os efeitos nocivos desses acontecimentos sobre a sade psquica, ocupacional, fsica e desenvolvimental das vtimas. Os dados foram coletados na ONG Repblica de Emas abrangendo leitura de documentos, relatos informais, observao participante e entrevista com a adolescente, sendo esta ltima, a principal fonte de apreciao. A anlise da entrevista conjugou, na medida do possvel, a teoria da interpretao de Ricoeur, alguns conceitos da gestalt-terapia como o de contato, figura-fundo, e nutrio psicolgica; e da Terapia Ocupacional, como reas, componentes e os contextos de desempenho. Da entrevista foram criadas unidades de significao que nortearam as reflexes acerca dos significados do discurso da adolescente. Alguns resultados so: apresentao do peso da vivncia do abuso sexual ora como figura ora como fundo; repercusses disfuncionais de auto-contato e contato com o outro; na auto-imagem, auto-estima e em algumas reas de desempenho: aprendizagem e socializao. O ajustamento criativo pode ser identificado na abertura em revelar a experincia, o que sugere expanso de suas fronteiras de contato. Uma concluso que o estudo apontou foi sobre a relao da adolescente com o pai que, ainda, destaca-se enquanto uma gestalt aberta.

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As pesquisas sobre infncia no Brasil tm apontado na direo de uma nova forma de olhar a infncia, trazendo a criana como um ator legtimo da pesquisa e no apenas um objeto de investigao. Ao viverem em um contexto de um movimento social como o MST, as crianas tm na sua vida as marcas da luta pela terra e reforma agrria, que influenciam seus modos de ser. Olhar para a criana do MST v-la como um ser que participa da organicidade do MST. Portanto, as crianas criam seus espaos de organizao e mobilizao. Neste sentido, questiono: Quais os sentidos e significados de infncia nas falas das crianas do assentamento mrtires de abril do MST? A pesquisa foi realizada no assentamento Mrtires de Abril do MST, localizado em Mosqueiro, um distrito da cidade de Belm. Para recolher os dados da pesquisa, utilizei oficinas e entrevistas em grupo com as crianas do assentamento. Das oficinas participaram ao todo 23 crianas, estas oficinas tinham como objetivo me aproximar das crianas e criar um clima de confiana para as entrevistas. Nas entrevistas participaram 13 crianas com idade entre 06 e 11 anos, denominadas pelo coletivo do movimento como Sem Terrinhas. A entrevista foi dividida em quatro sesses. As falas das entrevistas foram transcritas e organizadas em sete categorias temticas. Como referencial de anlise me apoio na noo de sentido e significado que se expressam por meio da linguagem e esto relacionados formao do eu numa perspectiva scio-histrica, fundamentado em Bakhtin. Os resultados da pesquisa apontam para os diversos olhares que as Crianas do Assentamento Mrtires de Abril tm sobre a infncia: elas vem a infncia como o tempo do brincar e que ser criana no MST vivenciar uma experincia ldica de participao em um movimento que luta pelos direitos dos excludos. Ao falarem de seus espaos estruturais as crianas do assentamento nos dizem em relao ao espao domstico que a relao com os adultos de sua famlia se constri com muito cuidado, mas tambm com a contradio do autoritarismo; em relao ao espao da produo que o trabalho assume outra dimenso no espao do assentamento, sendo um momento de aprendizagem e participao na vida da comunidade; e que em relao ao espao da cidadania a escola est distante de ser um lugar onde o direito a brincar respeitado. As culturas infantis so produzidas pelas crianas do assentamento nas suas relaes de pares atravs das brincadeiras, onde se ressalta que o espao importante para o enriquecimento dessa cultura ldica, seja nas praias, nos igaraps e nas rvores. As crianas do assentamento nos dizem ainda que a Televiso influencia suas vidas, seus horrios e seu modo de ser a agir. Finalizo o texto apontando caracterstica que fazem da brincadeira o meio atravs do qual as crianas podem agir sobre o mundo e exercer efetivamente o seu direito a participao.

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Este estudo, a partir da descrio da trajetria acadmica da professora Florentina da Silva Souza, apresenta como se deu a entrada dos pesquisadores negros na universidade nos cursos de Ps-Graduao. Buscou-se a partir da trajetria da pesquisadora compreender como os estudos desenvolvidos por intelectuais negros repercutem na luta contra a discriminao racial no Brasil, identificando algumas dificuldades encontradas pelos negros no espao acadmico ao trazer a questo racial como objeto central de suas anlises. O recorte temporal da pesquisa centra-se no final da dcada de 1970 e as dcadas de 1980 e 1990, perodo em que o Brasil entra em um processo de redemocratizao, posterior a ditadura militar, momento em que o movimento negro se reorganizou e desenvolveu-se pressionando o governo para que a questo racial passasse a fazer parte da agenda poltica. Para descrever a trajetria acadmica da professora Florentina da Silva Souza foi utilizado como aporte terico s noes conceituais de Bourdieu (2008, 2009) mais especificamente habitus, campo e capital cultural, a fim de compreender as escolhas que direcionaram a vida da pesquisadora em termos profissionais. Como aporte metodolgico, utilizou-se a Biografia e Contexto, desenvolvida por Giovanni Levi (2006), que ocorre quando se relaciona as particularidades da biografia e destaca-se a poca, o meio ambiente, fatores capazes de justificar as atitudes de Florentina durante a trajetria como pesquisadora. Em sntese, constatou-se com este estudo que a experincia profissional de Florentina soma-se a de muitos negros de sua poca e da atualidade que, apesar de ter ascendido socialmente e ingressado na universidade como professora pesquisadora, no a livrou de sofrer preconceitos, pois o lugar de subalternidade a que os negros foram submetidos, como demonstrado nas argumentaes desta pesquisa, foi construdo historicamente por meio de teorias que os colocavam comoseres inferiores”. Apesar de terem sido desqualificadas, essas teorias ainda persistem no imaginrio social, trazendo como consequncia o preconceito e a discriminao que se manifestaram nas diversas instncias sociais do pas.