3 resultados para História das Mulheres

em Dalarna University College Electronic Archive


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No seu romance, Adivinhas de Pedro e Inês, Agustina Bessa-Luís procura recuperar através de um trabalho intertextual, a experiência feminina de Inês de Castro para escrever uma História no feminino: uma “Herstory”. Com efeito, é a partir de uma “des-leitura” dos textos historiográficos, que ela consegue sublinhar a sua dimensão ideológica e normativa, inaugurando um processo de emancipação face aos cenários por eles legitimados. O recurso à intertextualidade com textos literários inicia uma tentativa de focalização sobre a personagem de Inês de Castro, ampliando a sua voz e centrando o texto nela. Emerge então um discurso eminentemente carnavalesco e polifónico que se opõe a uma forma de tradição de escrita logocêntrica e deixa aparecer a multiplicidade dos percursos femininos na História.

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A escrita da História, na obra de Agustina Bessa-Luís, é aqui encarada na óptica de uma “desconstrução” do discurso da História. Veremos como as ficções historiográficas desmantelam a imagem do « Portugal-super-homem » constitutiva da identidade nacional. É denunciado pela incidência do “insucesso” na História portuguesa, um processo cultural de «desdramatização», favorecendo a emergência do recalcado. Enfim, observaremos que para a autora, esta fragilidade identitária lusa se cristaliza à volta de figuras femininas, acrescentando-lhe uma dimensão política. Através destas mulheres exprime-se uma revolta que transcende as épocas e abala o discurso dominante.

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Propomos analisar quatro ficções historiográficas de Agustina Bessa-Luís (Adivinhas de Pedro e Inês, A Monja de Lisboa, Eugénia e Silvina, O Concerto dos Flamengos), para demonstrar como abalam com os modos de representação do feminino na Historiografia. Com efeito, há um questionamento das “máscaras impostas” às mulheres através de uma sobreexposição dos papéis femininos autorizados na História (mãe, noiva, esposa), para depois favorecer a emergência de papéis paradoxais: vítima e monstro. Delineia-se então um lento percurso no feminino, desembocando sobre uma tomada de consciência e sobre actos radicais: o parricida. Os códigos da feminilidade são definitivamente transpostos por uma feminilidade ao mesmo tempo “inquietante” e “actuante”.