6 resultados para Doença periodontal Tratamento

em RUN (Repositório da Universidade Nova de Lisboa) - FCT (Faculdade de Cienecias e Technologia), Universidade Nova de Lisboa (UNL), Portugal


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RESUMO - Os resduos hospitalares (RH) perigosos Grupos III e IV produzidos na prestao de cuidados domicilirios (CD), dada a sua composio, infecciosidade, toxicidade, mobilidade e persistncia, constituem um perigo relevante. A exposio a estes resduos traduz-se num risco importante para os profissionais de sade, doentes e seus familiares. Dado que em muitas situaes estes resduos ficam no domiclio dos doentes, sendo posteriormente depositados nos contentores camarrios, o risco alargado ao pblico em geral, aos catadores e aos profissionais de recolha de resduos slidos urbanos dos municpios. Atravs de um estudo observacional, transversal, com componente analtica, da produo de RH pretende-se determinar e caracterizar os quantitativos dos Grupos III e IV produzidos na prestao de CD em 2003 no concelho da Amadora, identificando tambm o seu destino final. Utiliza- se uma amostra aleatria do universo de doentes submetidos a tratamento domicilirio em 2003 e efectua-se a anlise da associao estatstica das variveis peso do Grupo III e peso do Grupo IV com as variveis relativas s caractersticas do doente (sexo, idade e doença), do tratamento (durao e periodicidade) e sazonais (poca do ano). A mdia do peso produzido dos RH por acto prestado de 213,1 g para o Grupo III e de 3,8 g para o Grupo IV. Estima--se uma produo de RH do Grupo III na prestao de CD, em 2003, no concelho da Amadora entre 8,8 e 11,4 t e para os RH do Grupo IV um valor de 10,2 kg. Verifica-se que, por acto prestado, a produo mdia de resduos do Grupo III maior nos doentes mais idosos, nas lceras varicosas, no p diabtico, na escara de presso, nas situaes de maior durao do tratamento e nos doentes submetidos a trs tratamentos por semana. Tambm por acto prestado, a produo mdia de RH do Grupo IV maior nos doentes mais novos, na patologia osteo-articular, na infeco, no acidente, no ps-operatrio, nas situaes de menor durao do tratamento e nos doentes submetidos a seis tratamentos por semana (o que est relacionado com as patologias em causa). As produes mdias, por acto prestado, de ambos os grupos no apresentam relao com as variveis idade e poca do ano. Todos os RH produzidos nos actos prestados em CD, em 2003, no concelho da Amadora foram depositados nos contentores municipais. Recomendam-se aces de formao e de informao dirigidas aos profissionais de sade e ao pblico em geral, a criao de condies para que os RH produzidos nos CD sejam transportados, em condies adequadas, para os centros de sade e uma articulao entre os rgos de gesto dos centros de sade, a autarquia, os operadores de gesto de RH e os servios de sade pblica no sentido de serem encontradas solues apropriadas e inovadoras relativamente gesto dos RH produzidos na prestao de CD.

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Resumo: A hiperplasia benigna da prstata (HBP) tem elevada prevalncia nos homens entre os 50 e 79 anos de idade, sendo ubiquitria com o envelhecimento. Devido significativa morbi-mortalidade associada aos tratamentos mdicos e cirrgicos currentemente disponveis, so necessrias novas tecnologias para melhorar os resultados e minimizar o desconforto dos doentes. Recentemente, estudos preliminares de experimentao animal e em 3 doentes tratados, sugeriram a embolizao arterial prosttica selectiva (EAPS) como hiptese teraputica para a HBP. Decidimos investigar se a EAPS poderia ser um procedimento bem sucedido no tratamento da HBP gravemente sintomtica. Para tal realizmos um estudo antomo-radiolgico e clnico em 63 doentes com recurso a uma teraputica inovadora minimamente invasiva guiada pela imagem. Avalimos 126 hemiplvis com recurso a Angio-RM, Angio-TC e Angiografia Digital de Subtraco, com o intuito de definir os padres bsicos de bifurcao das artrias ilacas internas at agora apenas descritos em estudos cadavricos. Estudmos ainda o suprimento vascular arterial prosttico, identificando: 1 as artrias prostticas; 2 origem e direco; 3 os ramos intra-prostticos; 4 anastomoses com outras artrias. Em relao aos resultados anatmicos, identificmos 181 artrias prostticas, j que em 43.7% das hemiplvis existiam dois pedculos arteriais prostticos com origens independentes. A origem mais frequente foi a artria pudenda interna (39.7%), seguida do tronco comum glteo-pudendo (21%) e da artria vesical superior (18.2%). Origens menos frequentes foram a artria obturadora (12.1%), as artrias glteas inferior (3.9%)ou superior (1.7%), ramos rectais provenientes da artria mesentrica inferior (1.7%) e a artria pudenda acessria (1.7%). Identificaram-se anastomoses com as artrias adjacentes em 57.9% dos casos: com a terminao da artria pudenda interna (41.6%),artrias prostticas contra-laterais (18.2%) e homo-laterais (11.7%), com ramos rectais (15.6%) e com artrias vesicais (12.9%). Em relao ao estudo clnico tratmos 63 doentes (idades compreendidas entre 52 - 82 anos, mdia 69.5 anos) com HBP gravemente sintomtica refractria teraputica mdica h mais de 6 meses. Foi possvel avaliao aps o tratamento em 37 doentes: mdia de seguimento de 4.7 meses (variando entre 1 e 12 meses). A EAPS unilateral foi possvel em todos os doentes, com embolizao bilateral em 73% dos casos. A embolizao bilateral no foi possvel em 27% dos casos devido a tortuosidade, alteraes ateroesclerticas e pequeno calibre das artrias ilacas e/ou prostticas. Em mdia houve uma melhoria do International Prostate Symptom Score (IPSS) de 10.8 pontos, da QoL de 1.5 pontos e do Internationl Index of Erectile Function (IIEF) de 2.1 pontos. Houve uma reduo mdia do PSA de 30% (2.4 ng/mL), um aumento do pico de fluxo urinrio (Qmax) de 3.1 - 3.85 mL/s e uma reduo mdia do volume prosttico de 21% (18.5 mL). Registou-se uma complicao major: pequena rea de isqumia da parede vesical tratada cirurgicamente. Em 75% dos doentes tratados obteve-se sucesso clnico com franca melhoria dos sintomas, enquanto 25% dos doentes foram considerados insucesso clnico por se ter registado uma fraca ou ausente melhoria sintomtica aps a embolizao. Os restantes doentes tratados esto sob controlo evolutivo, pararam toda a medicao prosttica, sem qualquer caso de disfuno sexual associada com o tratamento. Este trabalho constitui o primeiro estudo anatmico descritivo in vivo das artrias prostticas, conseguido devido utilizao de tcnicas de imagem nunca usadas para este fim. O uso clnico dos dados anatmicos acima referidos permitiu a implementao de tcnicas de Radiologia de Interveno no tratatamento de uma doença de elevada prevalncia. ------------------------------- ABSTRACT: Benign prostatic hyperplasia (BPH) has high prevalence in men aged 5079 years being ubiquitous with aging. Due to significant morbi-mortality associated with currently available medical and surgical treatments, there is the need for innovative technologies to continue to improve outcomes and minimize patient discomfort and morbidity. Recently, prostatic arterial embolization (PAE) was suggested as a treatmentoption for BPH based on preliminary results from animal studies and 3 treated patients. We decided to investigate if PAE might be a successful treatment option for severely symptomatic BPH patients. We performed a clinical and anatomical-radiological study in 63 patients with the use of an inovative image-guided minimally invasive technique. We evaluated 126 pelvic sides using Angio-MR or Angio-CT and Catheter Angiography before embolisation to treat symptomatic BPH. We aimed to define the main branching patterns of the male internal iliac arteries, so far only studied in the cadaver. We also evaluated the prostatic arterial supply, identifying: 1 the prostatic arteries; 2 origin and direction; 3 intra-prostatic branches; 4 anastomoses with surrounding arteries. Regarding the anatomical study we identified 181 prostatic arteries, because in 43.7% of pelvic sides 2 separate prostatic vascular pedicles were found. The most frequent origin was the internal pudendal artery (39.7%) with the common glutealpudendal trunk (21%) and superior vesical arteries (18.2%) the next commonest. Less frequent origins were the obturator artery (12.1%), the inferior (3.9%) or superior (1.7%) gluteal arteries, rectal branches from the inferior mesenteric artery (1.7%) and the accessory pudendal artery (1.7%). There were anastomoses with the surrounding arteries in 57.9% of cases: termination of the internal pudendal artery (41.6%), contralateral prostatic arteries (18.2%), same-side prostatic arteries (11.7%), rectal branches (15.6%), and vesical arteries (12.9%).Regarding the clinical study, we treated 63 patients aged 5282 years (mean 69.5 years) who presented with symptomatic BPH refractory to medical treatment for at least 6 months. Follow-up evaluation (mean 4.7 months, range 1-12 months) was possible in 37 patients. PAE was achieved in all patients with bilateral embolization in 73%. In 27% PAE was performed unilaterally due to tortuosity, atherosclerotic changes and small size of iliac and prostatic arteries. There was a mean decrease in the IPSS of 10.8 points, a mean improvement in QoL of 1.5 points, and a mean increase in the sexual function score of 2.1 points. There was a mean PSA reduction of 30% (2.4 ng/mL), a Qmax increase of 3.1 to 3.85 mL/sec, and a mean prostate volume decrease of 21% (18.5 mL). There was one major complication: a small area of bladder wall ischemia treated by surgery. Overall, 75% of patients were considered clinical success with major improvement after PAE, while 25% of patients were considered clinical failure with little or no improvement after PAE. All remaining patients are under follow-up, stopped all prostatic medication, and reported no sexual dysfunction. This study is the first one to describe the radiological anatomy of the prostatic arteries, with the use of imaging techniques never used for this purpose before. The clinical use of the anatomical findings allowed the implementation of Interventional Radiology tehniques in the treatment of a disease with a high prevalence.

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Os sistemas de sade deparam-se, atualmente, com cenrios epidemiolgicos caraterizados pelo envelhecimento da populao e predomnio de doenças crnicas; com novos paradigmas de garantia da qualidade e da segurana da prestao de cuidados de sade; com necessidade de controlo dos custos no setor da sade, obrigando, assim, as organizaes a adaptarem-se s crescentes necessidades da populao. O reconhecimento desta realidade mutvel, tem levado os governos a definirem polticas orientadas para problemas de sade especficos e a adotar estratgias de interveno que privilegiam uma abordagem integrada, com o objetivo de melhorar progressivamente a sade das populaes, a qualidade dos cuidados prestados e a eficincia na utilizao de recursos. Em Portugal, a orientao desses princpios basilares, deram origem a um modelo designado de Gesto Integrada da Doença, cujo principal objetivo promover uma ao concertada de diferentes prestadores de cuidados de sade, atravs da mobilizao de recursos adequados, que permitam uma melhoria do estado de sade, da qualidade de vida e do bem-estar global dos doentes. Esta abordagem passa pela colaborao e coordenao dos diferentes nveis de prestao de cuidados, no sentido de oferecerem cuidados integrados de sade, com qualidade elevada em termos de preveno, diagnstico, tratamento, reabilitao e acompanhamento. A primeira patologia a ser considerada neste modelo foi a doença renal crnica, por motivos de oportunidade e de resposta a uma crise poltica instalada em 2007 entre o Ministrio da Sade e os prestadores privados de hemodilise. Neste sentido, a presente tese visa contribuir para o aperfeioamento da poltica pblica de sade de gesto integrada da doença, dirigida doença renal crnica, atravs de uma sntese analtica de conhecimento, suportada em quatro estudos. No primeiro estudo, descreve-se a poltica de gesto integrada da doença renal crnica, particularizando-se a sua implementao, bem como os resultados monitorizados numa srie temporal de trs anos. No segundo estudo, apresenta-se o modelo lgico de anlise da gesto integrada da doença, bem como a poltica que, na sua gnese, incorpora a gesto clnica da doença,centrada no doente, com especial enfoque na autogesto e na clarificao das melhores prticas profissionais; a reorganizao dos servios de prestao de cuidados, com a criao de centros de elevada diferenciao e centros de tratamento, com especiais preocupaes de orientao do doente no sistema, para que os cuidados lhe sejam prestados no nvel mais adequado; um modelo de financiamento especfico, indexado aos resultados, que reflita a adoo das melhores prticas e um sistema de informao que permita a monitorizao e avaliao constante deste processo. No terceiro estudo, atravs da reviso de literatura sobre a gesto integrada da doença, procura-se identificar o grau de integrao de cuidados e as intervenes de gesto de doença predominantes, bem como os resultados observados em doentes. Neste estudo faz-se ainda a contextualizao dos resultados obtidos naquilo que realidade do modelo em Portugal. No quarto e ltimo estudo, faz-se a contextualizao da poltica de gesto integrada da doença renal crnica procurando-se, atravs do modelo terico de Walt e Gilson, contribuir para a compreenso do fenmeno poltico e para o planeamento de novas intervenes. A presente tese conclui que a implementao da poltica pblica de gesto integrada da doença renal crnica parece revelar-se uma estratgia inovadora como ferramenta de monitorizao da prestao de cuidados de sade, bem como de promoo da efetividade e eficincia.

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RESUMO - A doença renal crnica (DRC) resulta da perda de funo renal, sendo necessrio a teraputica de substituio, no estdio terminal. Em Portugal est atualmente em vigor o modelo de Gesto Integrada da Doença, que tem inerente o cumprimento de objetivos e metas pelas unidades de dilise. Uma alimentao adequada um pilar fundamental ao sucesso do tratamento desta doença, o que torna o profissional de nutrio indispensvel. Este trabalho pretendeu avaliar o cumprimento das metas e objetivos estabelecidos no modelo referido, e relacionar os resultados obtidos com a existncia de contacto entre o profissional de nutrio e os pacientes. Para a persecuo dos objetivos, foram analisadas duas bases de dados disponibilizadas pela Direo Geral da Sade: a base de dados da Plataforma de Gesto Integrada da Doença Renal Crnica em 2012 e a do Questionrio de Avaliao da Satisfao dos Doentes em Hemodilise em 2013. Verificou-se uma melhoria contnua ao longo dos anos do cumprimento das metas e objetivos preconizados em Portugal para o tratamento da DRC, com um cumprimento da maioria no ano de 2012. No entanto, os parmetros ferritina e albumina srica ficaram aqum da recomendao. Observou-se um nvel elevado de satisfao do paciente quanto ao trabalho do profissional de nutrio, apesar de ser frequente a inexistncia de contacto entre ambas as partes. Os resultados obtidos demonstram tambm que o profissional de nutrio tem um papel importante para a obteno de melhores resultados de sade nos pacientes em tratamento por hemodilise, pelo que se sugere um acompanhamento da totalidade deste tipo de populao por este profissional.

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RESUMO: INTRODUO: A OMS (2001) revela que cerca de 450 milhes de pessoas sofrem de perturbaes mentais ou comportamentais em todo o mundo, mas apenas uma pequena minoria tem tratamento, ainda que elementar. Transformam-se em vtimas por causa da sua doença e convertem-se em alvos de estigma e discriminao. O suicdio considerado como um grande problema de sade pblica em todo o mundo, uma das principais causas de morte de jovens adultos e situa-se entre as trs maiores causas de morte na populao entre 15-34 anos (OMS, 2001). As perturbaes mentais aumentam o risco de suicdio. A depresso, esquizofrenia, e a utilizao de substncias incrementam o risco de suicdio. Estudos (Sartorius, 2002; Magliano et al., 2012) mostram que os profissionais de sade, tal como o pblico em geral, podem ter atitudes negativas e estigma em relao s pessoas com perturbaes mentais, podendo agir em conformidade, uma vez feito e conhecido o diagnstico psiquitrico. Os clnicos gerais so os receptores das perturbaes mentais e tentativas de suicdio nas principais portas de entrada no acesso a cuidados de sade. As crenas, conhecimentos e contacto com a doença mental e o suicdio, podem influenciar a ateno clnica. OBJECTIVOS: Avaliar o estigma e as percepes dos mdicos de clnica geral em relao s tentativas de suicdio, o suicdio e perturbaes mentais bem como os possveis factores associados a estes fenmenos. MATERIAIS E MTODOS: Estudo do tipo transversal, combinando mtodos quantitativos e qualitativos. A amostra constituda por 125 sujeitos, mdicos de clnica geral. Utilizaram-se as verses adaptadas dos seguintes instrumentos: Questionrio sobre Percepes e Estigma em Relao Sade Mental e ao Suicdio (Liz Macmin e SOQ, Domino, 2005) e a Escala de Atitudes sobre a Doença Mental (Amanha Hahn, 2002). Para o tratamento estatstico dos dados usou-se a estatstica 1) descritiva e 2) Anlise estatstica das hipteses formuladas (Qui Quadrado - 2) a correlao entre variveis (Spearman: , rho). Os dados conectados foram limpos de inconsistncias com base no pacote informtico e estatstico SPSS verso 20. Para a aferio da consistncia interna foi usado o teste de Alfa de Cronbach. RESULTADOS: Uma boa parte da amostra (46.4%) refere que no teve formao formal ou informal em sade mental e (69.35%) rejeitam a ideia de que grupos profissionais como mdicos, dentistas e psiclogos so mais susceptveis a cometer o suicdio. J (28.0%) tm uma perspectiva pessimista quanto a possibilidade de recuperao total dos sujeitos com perturbao mental. Sessenta e oito(54.4%) associa sujeitos com perturbao mental, a comportamentos estranhos e imprevisveis, 115 (92.0%) a um baixo QI e 35 (26.7%) a poderem ser violentas e e perigosas. Os dados mostram uma associao estatisticamente significativa (p0.001) entre as variveis: tempo de servio no SNS, recear estar perto de sujeitos com doença mental e achar que os sujeitos com doença mental so mais perigosos que outros. Em termos estatsticos, existe uma associao estatitisticamente significativa entre as duas variveis(X2=9,522; p0.05): percepo de que vergonhoso ter uma doença mental e os conhecimentos em relao doença mental. Existe uma correlao positiva, fraca e estatisticamente significativa entre os conhecimentos dos clnicos gerais(beneficiar-se de formao em sade mental) e a percepo sobre os factores de risco (0,187; P0,039). DISCUSSO E CONCLUSES: A falta de conhecimento sobre as causas e factores de risco para os comportamentos suicidrios, opes de interveno e tratamento, particularmente no mbito da doença mental, podem limitar a procura de ajuda individual ou dos prximos. Percepes negativas como o facto de no merecerem prioridade nos servios, mitos (frgeis e cobarde, sempre impulsivo, chamadas de ateno, problemas espirituais) podem constituir-se como um indicador de que os clnicos gerais podem sofrer do mesmo sistema de estigma e crenas, de que sofre o pblico em geral, podendo agir em conformidade (atitudes de afastamento ereceio). As atitudes so influenciadas por factores como a formao, cultura e sistema de crenas. Sujeitos com boa formao na rea da sade mental tm uma percepo positiva e optimista sobre os factores de risco e uma atitude positiva em relao aos sujeitos com doença mental e comportamentos suicidrios.-------------ABSTRACT: INTRODUCTION: The WHO (2001) reveals that about 450 million people suffer from mental or behavioral disorders worldwide, but only a small minority have access to treatment, though elementary. They become victims because of their disease and they become the targets of stigma and discrimination. Suicide is seen as a major public health problem worldwide, is a leading cause of death for young adults and is included among the three major causes of death in the population aged 15-34 years (WHO, 2001). Mental disorders increase the risk of suicide. Depression, schizophrenia, and the substances misuse increase the risk of suicide. Studies (Sartorius, 2002; Magliano et al, 2012) show that health professionals, such as the general public, may have negative attitudes and stigma towards people with mental disorders, and can act accordingly after psychiatric diagnosis is known. General practitioners are the main entry points of mental disorders and suicide attempts in the health sistem. Beliefs, knowledge and contact with mental illness and suicide, may influence clinical care. OBJECTIVES: To assess stigma and perceptions of general practitioners in relation to suicide attempts, suicide and mental disorders as well as possible factors associated with these phenomena. MATERIAL AND METHODS: This was a descriptive cross-sectional study, combining quantitative and qualitative methods. The sample consisted of 125 subjects, general practitioners. We used adapted versions of the following instruments: Questionnaire of Perceptions and Stigma in Relation to Mental Health and Suicide (Liz Macmin and SOQ, Domino, 2005) and the Scale of Attitudes on Mental Illness (Tomorrow Hahn, 2002). For the statistical treatment of the data we used: 1) descriptive (Data distribution by absolute and relative frequencies for each of the variables under study (including mean and standard deviation measures of central tendency and deviation), 2) statistical analysis of hypotheses using (Chi Square - 2, a hypothesis test that is intended to find a value of dispersion for two nominal variables, evaluating the association between qualitative variables) and the correlation between variables (Spearman , rho), a measure of non-parametric correlation, which evaluates an arbitrary monotonic function can be the description of the relationship between two variables, without making any assumptions about the frequency distribution of the variables). For statistical analysis of the correlations were eliminated subjects who did not respond to questions. The collected data were cleaned for inconsistencies based on computer and statistical package SPSS version 20. To measure the internal consistency was used the Cronbach's alpha test. RESULTS: A significant part of the sample 64 (46.4%) reported no formal or informal training in mental health and 86 (69.35%) reject the idea that "professional groups such as doctors, dentists and psychologists are more likely to commit suicide." On the other hand, 42 (28.0%) have a pessimistic view of the possibility of full recovery of individuals with mental disorder. Sixty-eight ( 54.4 % ) of them associates subjects with mental disorder to strange and unpredictable behavior, 115 ( 92.0 % ), to low IQ, 35 ( 26.7 % ) and even to violent and dangerous behavior, 78 ( 62.4 % ) The data show a statistically significant (p = 0.001) relationship between the following variables: length of service in the NHS, fear of being close to individuals with mental illness and considering individuals with mental illness more dangerous than others. In statistical terms, there is a dependency between the two variables (X2 = 9.522, p> 0.05): the perception that "it is shameful to have a mental illness" and knowledge regarding mental illness. There is a positive and statistically significant weak correlation between knowledge of general practitioners (benefit from mental health training) and the perception of the risk factors (0,187; P0,039). DISCUSSION AND CONCLUSIONS: The lack of knowledge about the causes and risk factors for suicidal behavior, intervention and treatment, particularly in the context of mental illness options, may decreaseseeking for help by individual and their relatives. Negative perceptions such as considering that they dont deserve priority in services, myths (weak and cowards, always impulsive, seeking for attentions, spirituals problems) may indicate that general practitioners, may suffer the same stigma and beliefs systems as the general public, and can act accordingly (withdrawal and fear attitudes). Attitudes are influenced by factors such as education, culture and belief system. Subjects with good training in mental health have a positive and optimistic perception of the risk factors and a positiveattitude towards individuals with mental illness and suicidal behaviour.

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RESUMO: A reabilitao respiratria (RR) uma interveno abrangente e interdisciplinar dirigida aos doentes respiratrios crnicos e inclui o treino de exerccio, programas de educao e de modificao comportamental, entre outros, desenhados individualmente para melhorar o desempenho fsico e psicossocial e promover a adeso a longo prazo a comportamentos promotores de sade. A doença pulmonar obstrutiva crnica (DPOC) uma doença comum, afetando cerca de 210 milhes de pessoas em todo o mundo, com elevada mortalidade e com custos econmicos significativos decorrentes do agravamento progressivo da doença, das hospitalizaes e de reinternamentos frequentes. Apesar do crescente conhecimento da DPOC e do papel da RR nos benefcios para a sade, existem aspetos ainda no esclarecidos que tm impacto na prtica clnica e de investigao e nas decises das autoridades de sade. A primeira parte desta tese focou a DPOC e o seu impacto negativo e incluiu: o estudo da prevalncia da DPOC em Portugal; os fatores clnicos e funcionais que se associam mortalidade em doentes com DPOC avanada; a morbilidade, impacto funcional e risco dos doentes se tornarem dependentes para as atividades dirias e a influncia da inflamao sistmica. A prevalncia estimada da DPOC de 14,2% indica que esta uma doença comum em Portugal e alerta para a necessidade de uma maior sensibilizao da populao, dos profissionais de sade e autoridades de sade com vista a um diagnstico precoce e alocao dos recursos teraputicos adequados. A elevada taxa de mortalidade em doentes com DPOC avanada - 36,6% em 3 anos - associou-se a insuficincia respiratria, a elevado nmero de exacerbaes, ao cancro do pulmo e a reduzida capacidade funcional para a marcha, salientando a importncia da referenciao precoce para RR, a identificao e o tratamento das comorbilidades e a preveno das exacerbaes. A aplicao de um questionrio que avaliou as atividades da vida diria bsicas e instrumentais, permitiu identificar um marcador clnico do risco de dependncia, complementando as avaliaes funcionais e associando-se a outros marcadores de mau prognstico, como as exacerbaes. Em doentes com DPOC, com FEV1 mdio de 46,76% (desvio padro: 20,90%), 67% da categoria D do GOLD, verificou-se uma associao positiva entre a expresso de genes inflamatrios avaliada pela reao em cadeia da polimerase (ARN mensageiro de IFNg, IL1b, IL6, IL8, TNFa, TGFb1, iNOS) e o ndice de massa corporal em repouso, acentuando-se aps o exerccio. Este estudo aponta a inflamao como o potencial elo de ligao entre a obesidade e a inflamao sistmica em doentes com DPOC. A segunda parte da tese focou a RR, nomeadamente os seus efeitos em doentes das categorias GOLD A, B, C e D; o impacto das comorbilidades nos resultados da RR e os resultados de diferentes intensidades de treino aerbio. Aps o programa de RR, verificaram-se melhorias significativas na capacidade de exerccio funcional e de endurance e no estado geral de sade dos doentes de todas as categorias GOLD. Esta classificao no distingue os doentes que melhor podero beneficiar desta interveno, indicando que devem ser referenciados para RR, os doentes sintomticos ou com repercusso na qualidade de vida, independentemente da categoria da DPOC a que pertenam. A prevalncia das comorbilidades no grupo de doentes com DPOC que referenciado para RR, elevada, sendo as mais frequentes, as cardiovasculares, as respiratrias e as psicolgicas. Apesar de poderem diminuir o impacto da RR, os resultados desta foram semelhantes independentemente do nmero de comorbilidades. A identificao e o tratamento sistemticos das comorbilidades conferem maior segurana clnica a esta interveno teraputica a qual, por apresentar bons resultados, no deve limitar a referenciao dos doentes. Com o programa de RR, verificou-se melhoria significativa em todos os resultados centrados no doente para ambas as intensidades de treino aerbio, a 60% e a 80% da potncia aerbica mxima (Wmax), com melhoria do estado geral de sade, nos sintomas e na capacidade para o exerccio, o que questiona a indicao sistemtica de elevadas intensidades de treino em doentes com DPOC para a obteno de benefcios a curto prazo. Na terceira e ltima parte da tese foi estudado o papel da atividade fsica na DPOC, focando os fatores que influenciam a atividade fsica diria; a evoluo da capacidade funcional e o estado de sade 2 anos aps um programa de RR e o papel da telemonitorizao na quantificao e monitorizao da atividade fsica. Confirmmos que os doentes com DPOC so marcadamente sedentrios e os fatores que se associaram ao sedentarismo nestes doentes foram a dispneia e a distncia percorrida na prova de marcha de seis minutos. Este estudo sublinha a importncia do controlo sintomtico, nomeadamente da dispneia, bem como, mais uma vez, o potencial papel da reabilitao respiratria no aumento da capacidade funcional para o exerccio e na aquisio de hbitos de vida fisicamente ativa. Verificmos que, apesar de os doentes com DPOC apresentarem benefcios clinicamente significativos na capacidade funcional para o exerccio e no estado geral de sade com o programa de RR, apenas os que se mantm ativos, podem, no final dos dois anos de seguimento, manter os efeitos benficos desse programa. O sistema de telemonitorizao que combina a oximetria e a quantificao da atividade fsica provou ser clinicamente til na avaliao da necessidade de oxigenoterapia de longa durao (OLD) e na aferio do dbito de oxignio em repouso, no esforo e no sono, podendo contribuir para uma melhor adequao da prescrio da OLD. A monitorizao dos nveis de atividade fsica regular um importante instrumento de avaliao dos programas de RR e o seu uso potencial na telereabilitao permitir prolongar a eficcia dos programas e reduzir os custos associados aos cuidados de sade.---------------------------------------------------------------------------------------------------ABSTRACT: Pulmonary rehabilitation (PR) is a comprehensive interdisciplinary intervention that includes, but is not limited to, exercise training, education, and behavior change, individually designed to improve physical and psychological conditions of people with chronic respiratory disease and to promote long-term adherence to health-enhancing behaviors. Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is a common disease, affecting about 210 million people worldwide, with high mortality and significant health-related costs due to disease progression, hospitalizations and frequent hospital readmissions. Although the increasing knowledge about COPD and benefitial outcomes of PR, some aspects with impact in clinical practice, research and health authorities decisions, remain to be clarified. The first part of this thesis focused on COPD and its negative impact, including the study of COPD prevalence in Portugal; clinical and functional factors associated with mortality in advanced COPD patients; morbidity, functional impact and risk of others dependance to perform activities of daily living; and the role of systemic inflammation. The evidence of 14.2% estimated COPD prevalence as a common disease in Portugal raises the need of an increasing awareness of population, health care professionals and health authorities towards an earlier diagnosis and apropriate treatment resources allocation. High mortality in patients with advanced COPD 36.6% in 3 years - was associated with respiratory failure, high frequency of exacerbations, lung cancer and a low functional capacity in walking. This highlightens the importance of an earlier referral to PR, comorbidity identification and treatment, and prevention of exacerbations. A questionnaire evaluated basic and instrumental activities of daily living, and identified a clinical marker of the risk of becoming dependent. This clinical marker complemented other functional evaluations and was associated with prognosis markers such as the number of exacerbations. In COPD patients with a mean FEV1 46.76% (SD 20.90%), 67% belonging to GOLD grade D, we found a positive association between inflammatory gene expression evaluated by polymerase chain reaction (IFNg, IL1b, IL6, IL8, TNFa, TGFb1, iNOS RNA messenger) and body mass index at rest, and a further increase with exercise. This study evidenced obesity as one potential link between COPD and systemic inflammation. The second part of this thesis focused PR, namely its outcomes in patients of GOLD categories A, B, C and D; comorbidities impact in PR outcomes, and the impact of different exercise training intensities in patient related outcomes. xviii With PR intervention, we found significant improvement in functional exercise capacity, endurance exercise capacity and health status in patients of all GOLD categories. This classification did not differentiate which patients would benefit more from PR, hence all symptomatic patients with a negative impact in health status should be referred to PR, regardless of the GOLD category they belong to. There is a high prevalence of comorbidities in COPD patients referred to PR, being cardiovascular, respiratory and psychological, the most prevalent. Although some comorbidities might reduce PR impact, the results were similar regardless of the number of comorbidities. Systematic comorbidities identification and treatment provides safety to PR intervention, and its good results should not preclude patients referral. With PR intervention we found a significant improvement in all patient reported outcomes for exercise training intensities at 60% and 80% maximum work rate (Wmax), namely in health status, symptoms and exercise capacity. These findings challenge the current systematic indication of high exercise training intensities to achieve PR short-term benefits. In the third and last part of the thesis, the role of physical activity in COPD was studied, focusing factors that may influence daily physical activity; the evolution of functional capacity and health status two years after a PR program, and the role of a telemonitoring system in physical activity quantification and monitoring. We confirmed that COPD patients are markedly inactive and factors associated with a sedentary lifestyle are dyspnea and 6 minute walking distance. This study emphasized the importance of symptom control, namely of dyspnea, as well as, once again, the potential role of PR in functional exercise improvement and in integrating physically active habits in daily life. We verified that, although COPD patients improve functional exercise capacity and health status after a PR program, only those who kept physical activity habits were able to maintain those effects after 2 years of follow-up. A telemonitoring system that combines oximetry and physical activity quantification proved to be clinically useful in the evaluation of long-term oxygen therapy (LTOT) indication, as well as in the titration of oxygen levels at rest, exertion, and sleeping, which might contribute to a more adequate LTOT prescription. Monitoring of daily physical activity levels is an important PR evaluation instrument and its potential use in telerehabilitation might allow lengthening programs efficacy, while reducing health-care costs.