122 resultados para Síndrome metabólica Teses


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Este trabalho est associado ao projeto de pesquisa As transformaes do cuidado de sade e enfermagem em tempo de AIDS: representaes sociais e memrias de enfermeiros e profissionais de sade no Brasil, coordenado pelo Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da UERJ. Neste trabalho, foi feito um recorte do projeto original, tendo como objetivo fazer um levantamento das prticas desenvolvidas pelos psiclogos que atuam no Programa Nacional DST/AIDS, alm de descrever e analisar o contedo das representaes sociais dos psiclogos sobre o HIV/AIDS e sobre seus pacientes. A fundamentao terica do trabalho consiste na Teoria das Representaes Sociais, inaugurada por Serge Moscovici em 1961, e desenvolvida por outros autores desde ento. Os sujeitos da pesquisa foram doze psiclogos que trabalham em servios de sade que desenvolvem as aes do Programa Nacional DST/AIDS na cidade do Rio de Janeiro, em SAES e CTAS. A coleta de dados consistiu em duas etapas: a aplicao de questionrios aos profissionais que trabalham no Programa Nacional DST/AIDS e realizao de entrevista com alguns dos profissionais de sade que responderam anteriormente ao questionrio. Alm das questes presentes no roteiro de entrevista comum a todos os profissionais de sade, foram inseridas algumas questes relativas s prticas e especificidade do trabalho do psiclogo nas equipes. Para a anlise dos dados brutos obtidos atravs dos dois roteiros de entrevista, foi utilizada a tcnica de anlise de contedo temtico-categorial, operacionalizada pelo software QRS NVivo. O resultado da anlise do material discursivo ficou concentrado em seis categorias: 1) A memria do HIV/AIDS: o incio da epidemia e sua construo social ao longo do tempo; 2) Mudanas e avanos em relao ao HIV/AIDS: conhecimento, cuidado, mentalidade e perfil dos pacientes; 3) O sistema de atendimento a pacientes com HIV/AIDS: prticas comuns e dificuldades vividas pelos profissionais de sade; 4) A atuao dos psiclogos com pacientes HIV/AIDS: suas prticas, dificuldades e percepes; 5) Os desafios de se viver com o HIV/AIDS: adeso ao tratamento e discriminao; 6) Polticas governamentais, sociais e institucionais para o HIV/AIDS: desafios e questes epidemiolgicas. As representaes das psiclogas a respeito do HIV/AIDS contm alguns elementos compartilhados com a populao geral no passado, como a ideia de grupos de risco, mortalidade e culpabilizao dos pacientes, mas tambm apresentam elementos que foram incorporados por conta de sua prtica profissional, como a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, a AIDS como uma doena crnica e a mudana de perfil dos pacientes. Em suas prticas, embora reconheam algumas particularidades nos pacientes com HIV/AIDS, as psiclogas no reconhecem nestas particularidades uma necessidade de atendimento diferenciado a esses pacientes.

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O ambiente marinho um dos ecossistemas mais diversos e complexos em termos de biodiversidade. As condies qumicas, fsicas e biolgicas desse ambiente favorecem a produo de uma variedade de substncias pela biota, transformando os produtos naturais marinhos em um dos recursos promissores na pesquisa por novos compostos bioativos. O gnero Tubastraea (Scleractinia, Dendrophylliidae) inclui corais ahermatpicos que produzem compostos secundrios bioativos em situaes de competio. No estado do Rio de Janeiro so encontradas duas espcies invasoras desse gnero, Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis. A primeira amplamente distribuda nas guas tropicais do Atlntico e do Pacfico, e a segunda nativa do leste do pacfico, ambas invasoras no Atlntico Sul. Este trabalho objetiva avaliar as atividades anti-inflamatria, antioxidante e toxicolgica de extratos metanlicos de T. coccinea e T. tagusensis. As colnias de Tubastraea foram coletadas na Baa de Ilha Grande, Rio de Janeiro - Brasil e extradas com metanol. A caracterizao qumica foi realizada atravs da espectroscopia ultravioleta, visvel e de infravermelho. Ao anti-inflamatria foi avaliada pelo modelo in vivo de edema em pata de camundongo induzido por carragenina. Atividade sequestrante de radicais livres foi avaliada pelo mtodo do DPPH. Na avaliao toxicolgica utilizamos o ensaio Salmonella/microssoma, na presena e ausncia de ativao metabólica exgena, o teste in vitro de microncleo com clulas de macrfagos de rato e o teste de mortalidade com o microcrustceo Artemia salina. Foi possvel a distino dos grupos qumicos presentes nos extratos, com os resultados encontrados sendo corroborados com os presentes na literatura. Os extratos de ambas as espcies apresentaram inibio significativa no edema da pata nas doses testadas, em relao ao veculo. Ambos os extratos demonstraram capacidade pela captura do radical DPPH. Atividades citotxica e mutagnica na ausncia de metabolizao exgena no foram observadas para as linhagens TA97, TA98 e TA102 nas duas espcies; para a TA100 o extrato de T. coccinea induziu citotoxidade na concentrao de 50 g/placa. Os dois extratos induziram citotoxicidade na presena de metabolizao exgena para a cepa TA98, tendo sido detectada tambm induo de mutagenicidade nesta linhagem para T. coccinea. Os extratos no foram capazes de induzir a formao de microncleos e no foram txicos para o microcrustceo A. salina. A resposta inibitria do edema aps 2 h da induo indica que os compostos presentes nos extratos atuam na segunda fase da inflamao, possivelmente pela inibio da produo de prostaglandinas. Os resultados sugerem que os extratos das espcies T. coccinea e T. tagusensis apresentam substncias com potencial uso farmacolgico, como agente anti-inflamatrio e antioxidante.

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O extrato aquoso de erva-mate, obtido a partir de folhas secas de Ilex paraguariensis, uma bebida amplamente consumida na Amrica do Sul. Inicialmente, nosso objetivo foi caracterizar os compostos presentes nas amostras de erva-mate disponveis no mercado brasileiro (CH: chimarro; T: ch mate torrado; G: ch mate torrado, comercialmente acondicionado em garrafas ou C: em copos; TS: ch mate torrado solvel A mutagenicidade, citotoxicidade e antimutagenicidade de todas as amostras tambm foram avaliadas atavs do Teste de Ames na presena e na ausncia de ativao metabólica. Em seguida, analisamos a amostra TS (2,5, 5,0 e 10 mg/mL) quanto a sua atividade antioxidante e antigenotxica. Alm disso, avaliamos tambm os efeitos da amostra TS sobre a sinalizao da leptina e da insulina no hipotlamo e o estresse oxidativo heptico de ratos adultos obesos programados pela superalimentao neonatal (S). Para induzir S, o tamanho da ninhada foi reduzido a trs filhotes por lactante e as ninhadas com nmero padro de filhotes (dez/lactante) foram utilizadas como controle. Aos 150 dias de vida, as proles S foram subdivididas em: TS - tratados com extrato aquoso de erva-mate (1g/kg de peso corporal/dia, por gavagem) e S - recebendo gua por gavagem durante 30 dias. A prole controle (C) tambm recebeu gua nas mesmas condies do grupo S. Em nossos resultados, verificamos a presena de cido clorognico, cafena e teobromina em todas as amostras analisadas. O contedo de compostos fenlicos nas infuses estudadas foram CH: 5,140,23; T: 4,330,01; G: 0,930,25; C: 0,800,3 e TS: 8,350,5 mg/ml. No observamos efeito mutagnico ou citotxico nas amostras analisadas. Um efeito antimutagnico significativo foi observado para a cepa TA97 (pr-, co- e ps-tratamento), na presena de ativao metabólica, em todas as amostras testadas. A amostra TS tambm apresentou um efeito antimutagnico significativo para a TA102 (pr-, co-e e ps-tratamento), na presena de ativao metabólica. Na anlise exclusiva da amostra TS, observamos uma atividade antioxidante quando utilizado o ensaio de DPPH, apresentando IC50 69,3+3,1 μg/ml. Alm disso, a amostra TS apresentou um efeito protetor sobre a quebra do DNA plasmidial induzida por radicais superxido e hidroxila, de maneira dose dependente. No teste do cometa, detectamos um efeito antigenotxico induzido pelo TS em cultura primria de clulas epiteliais de esfago. Em nossos testes in vivo observamos que os animais TS no desenvolveram sobrepeso, obesidade visceral e hiperfagia. A resistncia hipotalmica leptina no foi significativamente revertida, porm a resistncia insulina foi minimizada pelo tratamento com TS no grupo programado pela S. No fgado, TS normalizou as atividades das enzimas antioxidantes (SOD, GPx e CAT) e diminuiu os marcadores de estresse oxidativo, MDA e 4-HNE. O tratamento com TS tambm reduziu o contedo de glicognio e triglicerdios hepticos. Nossos resultados sugerem que a erva-mate foi capaz de proteger o DNA contra danos oxidativos, aumentou as defesas antioxidantes, melhorou a funo heptica em ratos superalimentados na lactao, talvez atravs da modulao da sinalizao hipotalmica da insulina podendo ser, portanto, uma importante ferramenta para preveno e tratamento de doenas relacionadas ao estresse oxidativo.

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O transtorno de pnico uma das questes preocupantes em termos de sade coletiva. Pensamos que tal transtorno se configura como uma nova forma de adoecimento psquico, categoria que tem penetrado em diferentes espaos sociais, e suas descries vm sendo incorporadas ao arcabouo identitrio dos sujeitos. Problematizar as matrizes culturais da emergncia e difuso deste transtorno, no campo da construo de subjetividade e de identidade, o objetivo deste estudo. Na ps-modernidade, por um lado, nos centramos nas caractersticas do que se denomina sociedade de risco, (BECK, 1998) a qual gera sentimentos de imprevisibilidade, desenraizamento e desfiliao; por outro, juntamente com o desprestgio do ideal da interioridade, observa-se um recurso a se recorrer ao registro do corpo e da biologia como ncora subjetiva. (COSTA, 2005). Com a predominncia de um cenrio de incerteza e de risco permanente, cria-se uma atmosfera em que a previsibilidade e a confiabilidade so constantemente ameaadas, Ou seja, o valor da confiana no registro da ontologia refere-se existncia de um ambiente suficientemente confivel e previsvel para que os sujeitos experienciem uma constncia dos ambientes de ao social e material circundante (WINNICOTT, 1963). Verificaremos, em meio a um cenrio de risco ambiente, como o pnico emerge e difundido com base em matrizes desviantes. O transtorno de pnico, pretensamente radicado no crebro e determinado pela gentica, parece ser uma das entidades s quais as pessoas aderem e ao redor das quais se agregam. Nesse sentido, defendendo que os tipos de patologia, nos quais se inclui o transtorno de pnico, podem servir tambm como redes de pertencimento, formas de sociabilidade que se organizam em torno de predicados fsicos, tanto na esfera da normalidade quanto da patologia, entre as quais o corpo anatomofisiolgico se destaca como fenmeno identitrio, denominado por alguns autores de bioidentidade (ORTEGA, 2000). Humanizar o conceito transtorno de pnico, portanto, afirmar que tais sintomas j conheceram outras utilizaes. Entendendo o sujeito como um conjunto de crenas podem ser alteradas, revistas, repensadas, redimensionadas (COSTA, 1994). Ao sair da esfera da universalidade e essencialidade, tpicas de classificaes reducionistas no campo da psiquiatria, para a perspectiva de que existem jogos de linguagem diferentes para se referir ao pnico, percebemos que em vez de o transtorno de pnico existem os pnicos, ou seja, so plurais e diversificadas as diferentes gramticas para se falar daquilo a que se reduz hoje essa classificao psiquitrica.

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Pr-eclmpsia (PE), uma síndrome sistmica da gestao caracterizada por proteinria e hipertenso, est associada a uma significativa mortalidade tanto materna quanto fetal. Eentretanto, sua fisiopatologia ainda no totalmente compreendida. Apesar de um expressivo aumento da atividade do sistema renina-angiotensina (SRA) na gestao normal, a presso arterial no aumenta. Alm disso, a reduo da presso de perfuso intra-uterina promove um aumento na liberao de espcies reativas de oxignio que podem contribuir para a hipertenso na gestao. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estudar o papel do SRA vascular, assim como, do estresse oxidativo plasmtico, cardiorenal e placentrio para a regulao cardiovascular materna em ratas normotensas e em modelo de PE induzida por L-NAME. Foi observado um aumento da pesso arterial em animais que receberal L-NAME. As ratas grvidas + L-NAME apresentaram um menor ganho de massa corporal durante a gestao, menor mmero de filhotes vivos, maior nmero de abortos, menor massa placentria total e fetos com menor massa corporal. Foi observada uma reduo na resposta vasodilatadora induzida por acetilcolina (ACh) e angiotensina (Ang) II, aumento na resposta vasodilatadora induzida por nitroglicerina (NG) e aumento na resposta vasoconstritora induzida por fenilefrina (Phe) e Ang II em LAM de ratas grvida e no grvidas que receberam L-NAME. No foi observada diferena na expresso dos receptores AT1 e AT2 e das enzimas ECA, ECA2 e eNOS. Foi observado um aumento na concentrao plasmtica de renina e bradicinina (BK) em ratas grvidas + L-NAME e uma reduo na concentrao de Ang 1-7. As ratas grvidas e grvidas + L-NAME apresentaram um aumento nos nveis sricos de estradiol. Os nveis de malondialdedo e carbonilao de protenas estava aumentados e a atividade das enzimas antioxidantes SOD e GPx estavam reduzidas em ratas grvidas e no grvidas que receberam L-NAME. A atividade da CAT no apresentou diferena entre os grupos. Em concluso, uma reduo na vasodilatao induzida pela Ang II associada a um aumento da vasoconstrio promovida por este peptdeo, sugerem uma contribuio do SRA no desenvolvimento das complicaes caractersticas da PE observadas no modelo experimental de PE induzido por L-NAME. Do mesmo modo, a peroxidao lipdica e oxidao de protenas aumentadas, assim como, as atividades enzimticas antioxidantes reduzidas sugerem a contribuio de uma defesa antioxidante comprometida e um dano oxidativo aumentado para o desenvolvimento da hipertenso e disfuno endotelial, aumento da mortalidade fetal e retardo do crescimento intra-uterino observados no modelo de PE estudado.

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O objetivo deste estudo discutir a associao entre padro de consumo de lcool e dimenses de risco exposio ao HIV, desdobradas em conhecimento sobre HIV e prticas sexuais entre universitrios. Trata-se de uma pesquisa transversal com abordagem quantitativa, realizada com 416 universitrios de 14 cursos distintos. Os dados foram coletados atravs de dois instrumentos e tratados atravs de estatstica descritiva com o software SPSS 21.0. A pesquisa foi autorizada pelo Comit de tica em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sob n 003.3.2012. A populao de estudo predominantemente do sexo masculino (59,6%), com faixa etria entre 19 a 22 anos (54,3%), de cor branca (57,5%), sem companheiros (69,2%) ou filhos (92,3%) e com maior percentual de catlicos (31,3%) e daqueles que no possuem religio (33,7%). Destaca-se, ainda, que so possuidores de computador ou eletrnicos portteis (98,8%) com fcil acesso internet (96,8%). Os principais achados apontam que a maioria faz uso de lcool (60%), com a proporo de 7 homens para cada 3 mulheres. Relacionado ao AUDIT, foi identificado predomnio das zonas I (abstinncia ou baixo risco-73,8%) e II (uso nocivo-20,4%). Sobre as relaes sexuais, a maioria afirmou ter experincia sexual (69,5%), com idade da primeira relao entre 16 e 18 anos (54%), no entanto, mais homens (54,3%) afirmaram manter relaes sexuais aps o consumo de lcool do que mulheres (45,7%). Apesar do conhecimento sobre HIV/aids e lcool ser considerado como fator protetor pela literatura vigente, constatou-se que no h associao deste conhecimento com a prtica sexual mais segura. Independente do padro de consumo de bebidas alcolicas, os universitrios apresentam o mesmo tipo de prtica sexual, muitas vezes se expondo infeco ao HIV e outras doenas sexualmente transmissveis. Dentre os dados analisados, um dos motivos de exposio ao HIV/Aids so as relaes sexuais aps a ingesto de bebida alcolicas e o no uso de preservativos nestas situaes. O consumo exagerado de bebidas alcolicas est ligado ao sexo masculino e este grupo apresenta prticas sexuais de maior risco. Sugere-se que novos estudos possam analisar a relao de causa e efeito para verificar quais fatores podem influenciar de fato a exposio ao HIV de estudantes usurios de lcool. Estas informaes so relevantes para conhecermos a atual demanda desse grupo e focar nas reais necessidades que so imperiosas para a preveno dos futuros danos nocivos sade individual e coletiva. Torna-se necessrio compreender qual a demanda dos jovens em se expor a diversos riscos sade adotando prticas no seguras e, principalmente, o que de fato modula estas condutas.

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A síndrome de fragilidade pode ser definida como um estado de vulnerabilidade a agentes estressores, um resultado de declnios orgnicos observados em mltiplos sistemas, comprometendo a habilidade do indivduo em manter a homeostase. O objetivo deste estudo transversal foi avaliar a prevalncia desta condio atravs da Escala de Fragilidade proposta pelo Cardiovascular Health Study em uma populao de idosos, clientes de uma operadora de sade, que vivem na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, alm de observar o comportamento deste instrumento em uma amostra brasileira. 754 indivduos foram avaliados quanto aos cinco critrios da escala alm de variveis sociodemogrficas, capacidade funcional, quedas, perfil cognitivo e comorbidades relatadas. Foram considerados Frgeis aqueles que apresentaram trs ou mais dos seguintes critrios: a) lentificao da velocidade da marcha; b) reduzida fora de preenso palmar; c) sensao de exausto; d) baixa atividade fsica; e) perda de peso. Os resultados apontam que, dentre os avaliados, 9,2% eram Frgeis. Estes eram mais idosos, com pior status socioeconmico, com pior desempenho cognitivo e maior comprometimento funcional (p< 0,05). Entre os 9,2% de Frgeis, 87% apresentaram alterao da velocidade da marcha, 79,7% da fora de preenso palmar, 66,8% baixa atividade fsica, 52,2% relato de sensao de exausto e 36,2% relato de perda de peso. A distribuio de suas frequncias quando comparado ao estudo original foi bastante semelhante. Vrios estudos partem do postulado que a fragilidade pode ser identificada atravs de medidas clnicas. Atravs de sua identificao precoce, possvel reconhecer uma entidade potencialmente reversvel, reduzindo morbidade e mortalidade na populao idosa, no entanto fundamental um estudo acurado sobre como esta entidade ser mensurada e quais sero os critrios adotados para defini-la. Maiores estudos so necessrios para realizar, no Brasil, uma anlise mais aprofundada desta pertinente questo.

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A partir da prtica clnica com pacientes psicticos, ns investigamos as formulaes da psicanlise sobre o corpo nessa estrutura. Questionamos que ordem de impasses prpria psicose na constituio e sustentao corporais. Inquirimos sobre os arranjos possveis que possam conferir ao corpo do psictico alguma amarrao. Inicialmente, apresentamos alguns discursos sobre o corpo, apontando a subverso operada pela psicanlise no tratamento do tema a partir da experincia freudiana com a clnica da histeria. Em seguida, abordamos a constituio do corpo em psicanlise, com nfase na determinao significante para que a imagem do corpo possa se constituir, velando o real da fragmentao pulsional. Passando pela teorizao do estdio do espelho, dos esquemas ticos e da topologia dos ns, destacamos que a constituio do corpo tributria de uma operao de perda de gozo, a partir da qual os registros do Real, do Simblico e do Imaginrio podem se atar. Apresentamos, ento, elementos da abordagem realizada pela psicanlise em torno da questo da psicose, situando-a como uma posio especfica quanto linguagem e ao gozo. Em seguida, ressaltamos indicaes sobre o corpo na psicose nas obras de Freud e Lacan, com a tese freudiana da retrao da libido na paranoia e na esquizofrenia, com nfase para a releitura lacaniana a respeito. Tomando ento como eixo a indicao de Lacan de que, na psicose, no ocorre a extrao do objeto a, retomamos algumas descries da psiquiatria clssica, notadamente a hipocondria, a Síndrome de Cotard, a mania e o falso reconhecimento para, por uma leitura analtica, localizar pontos acerca dos impasses na relao dos psicticos com o corpo. Por fim, recorremos aos conceitos de estabilizao, suplncia e sinthoma no ensino lacaniano para fundamentar a possibilidade de diferentes arranjos frente a esses impasses, como testemunham Schreber, Joyce e J. C..

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Este trabalho tem por objetivo investigar processos de criao no campo do ensino das artes atravs de propostas desenvolvidas em oficinas de artes visuais. Os interlocutores desta pesquisa foram seis jovens com diferentes deficincias: Síndrome Down, deficincia fsica e deficincia intelectual, matriculados na rede pblica de ensino. Os processos de criao aqui tratados revelaram que os variados repertrios utilizados por este grupo para criaresto fortemente atrelados produo veiculada pelas mdias na contemporaneidade. Dentre as produes de maior recorrncia verificadas no interior das narrativas dos jovens esto: a produo da TV, do cinema e das histrias em quadrinhos. As investigaes sobre os processos de criao deste grupo se deram tanto a partir dos seus processos individuais quanto dos coletivos. O conceito de processos de criao compreendido neste trabalho est vinculado ao pensamento de Mikhail Bakhtin, Lev Vigotski e Rita Ribes Pereira e do artista Marcel Duchamp. As relaes estabelecidas para compreender o campo das artes visuais na contemporaneidade esto no pensamento de Arthur Danto eNicolas Bourriaud. Este trabalho dialoga com o campo do ensino da arte atravs das reflexes realizadas por Ana Mae Barbosa, Jochen Dietrich, Ana Elisabete Lopes, Mirian Celeste Martins e Lucia Pimentel.

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A síndrome da imunodeficincia adquirida (AIDS), causada pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV), uma das mais destrutivas epidemias do mundo, e a infeco pelo HIV em mulheres jovens vem aumentando rapidamente nos dias atuais. Esse fato tem um impacto importante na transmisso vertical do vrus. Apesar da grande maioria dos casos de aids peditrica em todo mundo resultar da transmisso vertical, aproximadamente dois teros das crianas expostas ao HIV durante a vida fetal no so infectadas pelo vrus. Muitos trabalhos sugerem que durante a gestao doenas infecciosas maternas podem ter consequncias complexas para o desenvolvimento do feto, e poucos trabalhos tm explorado o impacto da exposio ao HIV sobre a responsividade imunolgica de crianas no infectadas a diferentes estmulos, particularmente na era das drogas antirretrovirais. Portanto, esse trabalho teve como objetivo avaliar eventos imunes em neonatos no-infectados expostos ao HIV-1 nascidos de gestantes que controlam (G1) ou no (G2) a carga viral plasmtica, usando neonatos no expostos como controle. Para tanto, sangue do cordo umbilical de cada neonato foi coletado, plasma e clulas mononucleares foram separados e a linfoproliferao e o perfil de citocinas foram avaliados. Os resultados demonstraram que a linfoproliferao in vitro induzido por ativadores policlonais foi maior nos neonatos do G2. Entretanto, nenhuma cultura de clula respondeu a um conjunto de peptdeos sintticos do envelope do HIV-1. A dosagem de citocinas no plasma e nos sobrenadantes das culturas ativadas policlonalmente demonstrou que, enquanto a IL-4 e IL-10 foram as citocinas dominantes produzidas nos grupos G1 e controle, a secreo de IFN-&#947;, IL-1&#61538;, Il-6, IL-17 e TNF-&#945; foi significativamente superior nos neonatos G2. Nveis sistmicos de IL-10 observados dentre os neonatos G1 foram maiores naqueles nascidos de mes tratadas com drogas inibidoras da transcriptase reversa do vrus. Por outro lado, nveis superiores de citocinas inflamatrias foram observados dentre estes nascidos de gestantes tratadas com terapia antirretroviral de alta eficcia. Em resumo, nossos resultados indicam uma responsividade imune alterada em neonatos expostos in utero ao HIV-1 e refora o papel do tratamento materno anti-viral com drogas menos potentes em atenuar tais distrbios.

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O processo de tratamento de efluentes por lodos ativados um dos processos de tratamento mais difundido em todo o mundo, devido principalmente a qualidade do efluente obtido. Entretanto, trata-se de um processo biolgico dependente da atividade bacteriana para a estabilizao da matria orgnica proveniente dos esgotos e com isso, se faz necessria a manuteno das condies ideais para a sobrevivncia e proliferao das bactrias e dos outros microrganismos envolvidos neste processo. Efluentes salinos causam um grande distrbio na atividade celular dos microrganismos presentes neste processo. A anlise biolgica do lodo e a taxa de consumo de oxignio so testes rpidos, prticos, baratos e sem gerao de resduos qumicos e que foram adotados neste trabalho para acompanhar a eficincia do processo. Esses dois parmetros so amplamente utilizados em pesquisas, porm ainda sub-utilizado para efetivo monitoramento de Estaes de Tratamento de Esgotos. Este presente trabalho investigou a influncia da salinidade nos processos de lodos ativados atravs de parmetros que levam em considerao a atividade metabólica dos organismos aerbios e atravs do monitoramento da comunidade de protozorios indicadores biolgicos do lodo ativado, os testes de respirometria e os testes da anlise biolgica do lodo, respectivamente. Os resultados da atividade metabólica so apresentados em forma de grficos, em termos de taxa de consumo de oxignio especfico e porcentagem de inibio. Os resultados da qualidade biolgica so apresentados em nmeros de 0 a 10 de acordo com o ndice de Madoni (1994). Os resultados demonstraram a imediata intoxicao dos lodos ativados em concentraes de sal a partir da concentrao mnima utilizada neste trabalho, que foi de 5 gL de NaCl. Para entender melhor o processo de intoxicao foi realizado experimentos de 96 horas de monitoramento aps o choque de cloreto de sdio nos reatores com lodos ativados, os resultados no demonstraram melhoria no processo. Os resultados sugerem que os testes de taxa de consumo de oxignio em consonncia com os testes da qualidade biolgica so eficientes e complementares para a avaliao da influncia da salinidade no processo de lodos ativados.

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O excesso ou a privao de nutrientes em perodos especficos do desenvolvimento, tais como a lactao, estimulam alteraes no metabolismo celular, por exemplo. Estas modificaes perpetuam-se ao longo da vida e em conseqncia tornam o organismo mais suscetvel ao aparecimento de patologias na idade adulta (Programao Metabólica). Estudamos a influncia da grelina na secreo de insulina em camundongos Swiss de 120 dias submetidos hiperalimentao na lactao. Para induzir a hiperalimentao as ninhadas foram reduzidas a 3 filhotes machos por lactante no 3o dia de vida ps-natal. As ninhadas controle foram ajustadas para 9 filhotes machos por lactante. Na idade adulta os animais hiperalimentados (AH) exibiram em comparao aos animais controle (AC) um incremento de 20% no peso corporal, maior ndice de Lee (1705,63 g/mm + 29,3 vs 1374,10 g/mm + 54,9; p< 0,001), elevao da gordura corporal (31,0% + 4,6 vs 21,5% + 3,6; p< 0,01), aumento da gordura retroperitoneal (0,79 g + 0,1 vs 0,44 g + 0,1; p< 0,001), hiperglicemia de jejum (151,83 mg/ dl + 8,3 vs 118,0 mg/ dl + 1,0; p< 0,001), hiperinsulinemia de jejum (54,06 UI/ml + 2,3 vs 19,28 UI/ml + 1,53; p< 0,001) e hipogrelinemia de jejum (98,64 pg/ml + 56,5 vs 201,14 pg/ml + 46,4; p< 0,05). Os AH apresentaram maior secreo de insulina in vitro em presena de glicose aos 10 minutos (209,66 UI/ml + 46,5; p< 0,05), 30 minutos (441,88 UI/ml + 30,2; p< 0,05) e 60 minutos (214,34 UI/ml + 29,8) em comparao aos AC, respectivamente 86,90 UI/ml + 9,5; 74,31 UI/ml + 7,7 vs 27,45 UI/ml + 6,1; p< 0,05. As ilhotas pancreticas dos AH adultos demonstraram em relao aos AC diminuio do consumo de O2 (1,76 pmols O2/ s. ilhota-1 + 0,4 vs 4,85 pmols O2/ s. ilhota-1 + 1,5; p< 0,001) e elevao do contedo do receptor de grelina GHSR1A (3,05 % + 2,13 vs 0,95 % + 0,1; p< 0,05). A grelina acilada estimulou a secreo de insulina in vitro dos AC aos 30 minutos (controle com grelina: 208,50 UI/ml + 40,85 vs controle sem grelina: 74,31 UI/ml + 7,7; p< 0,05) e diminuiu a razo do controle respiratrio (controle com grelina: 1,45 + 0,2 vs controle sem grelina: 2,51 + 0,7; p< 0,05). Nos AH, a grelina acilada elevou o contedo de GLUT2 nas ilhotas pancreticas em relao aos AC (hiperalimentados com grelina: 2,07 % + 0,5 vs controle com grelina: 0,85 % + 0,4; p< 0,01); entretanto a grelina no foi capaz de estimular a secreo de insulina nestes animais. Conclumos que a hiperalimentao na lactao associou-se ao aumento da gordura corporal e elevou a secreo de insulina na fase tardia do desenvolvimento. A grelina acilada estimulou a secreo de insulina somente nos AC adultos.

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Objetivo: Avaliar os efeitos da obesidade materna sobre a estrutura do pncreas e metabolismo de carboidratos no incio da vida adulta, com foco na prole da primeira gerao (F1) e segunda gerao (F2) de progenitoras F0 alimentadas com dieta rica em gordura nos perodos pr-gestacional, durante a gestao e lactao. Mtodos: Camundongos C57BL/6 do gnero feminino (F0) foram alimentadas com dieta padro (SC) ou dieta rica em gordura (HF) durante as oito semanas que antecederam o acasalamento, durante a gestao e lactao para gerar a F1 (F1-SC e F1-HF). As proles geradas receberam dieta SC at o terceiro ms de vida. Aos trs meses de idade, fmeas F1 foram acasaladas para gerar a F2 (F2-SC e F2-HF). Apenas os machos das gerao F1 e F2 foram avaliados aos 3 meses de idade. As caractersticas metabólicas foram avaliadas pela massa corporal (MC), glicemia de jejum, rea sob a curva no teste oral de tolerncia a glicose; anlise plasmtica de insulina, leptina e adiponectina; distribuio e anlise morfolgica do pncreas atravs da imunohistoqumica e imunofluorescncia. Resultados: A prole F1-HF teve aumento significativo na massa corporal e glicemia quando comparado F1-SC. Por outro lado, as proles F2-HF e F2-SC tiveram massas corporais semelhantes. A prole F1-HF e F2-HF mostrou aumento da ingesto de energia, intolerncia glicose, hiperinsulinemia, hiperleptinemia, hipoadiponectinemia, resistncia insulina, aumento da massa pancretica, o aumento da densidade de volume de ilhotas com elevada massa de clulas alfa e beta, ilhotas hipertrofiadas caracterizadas por uma distribuio alterada de clulas alfa e beta, e fraca imunoreatividade do pncreas homeobox duodeno-1 (PDx1). Concluses: Uma dieta HF materna consumida durante o perodo pr-concepo e durante toda a gestao e lactao em camundongos promoveu programao metabólica do pncreas endcrino com pr-disposio ao diabetes mellitus tipo 2 precoce nas proles F1 e F2 do gnero masculino, sugerindo que essas mudanas so intergeracionais.

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O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) uma doena de prevalncia crescente na populao mundial, sendo associado ao aumento de diversas comorbidades. A relao entre o trato digestivo e o DM2 tem sido fortalecida a partir dos resultados das diferentes cirurgias metabólicas frente remisso do distrbio endcrino. Alteraes morfolgicas hipertrficas no epitlio intestinal so percebidas nos estgios iniciais da doena e parece ter papel primordial na instalao da hiperglicemia crnica. O gene p53 participa ativamente dos processos de regulao do crescimento epitelial intestinal e pode sofrer alterao de sua expresso em estados diabticos. Objetiva-se avaliar os resultados clnicos e laboratoriais de pacientes DM2 e com ndice de Massa Corprea (IMC) >25 e <35 Kg/m2 submetidos a cirurgia metabólica denominada adaptao digestiva com duodenal switch parcial (DSP) e avaliar o comportamento da expresso do gene p53 na mucosa intestinal no perodo pr e ps-operatrio. Nove pacientes DM2, com IMC<35Kg/m2 foram operados pela tcnica DSP. Bipsias de duodeno e leo foram colhidas no estado diabtico (pr e transoperatrio respectivamente) e, 3 meses aps a cirurgia, atravs de endoscopia digestiva alta. Foram comparados os dados de evoluo antropomtrica (IMC) e laboratorial no perodo pr e ps-operatrio. Atravs do mtodo enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) foram determinados os nveis dos entero-hormnios glucagon-like peptide-1 (GLP-1) e glucose-dependent insulinotropic peptide (GIP), no pr e ps-operatrio, em jejum e ps-prandial nos perodos 30',60',90' e 120'. A expresso do gene p53, foi avaliada por real time polymerase chain reaction (qrt-PCR) e western blot, nos dois diferentes momentos. As variveis: glicemia de jejum e ps-prandial (2 horas), trigliceridemia de jejum, hemoglobina glicada (HbAc1) e peptdeo C foram analisadas. As mdias dos parmetros laboratoriais foram comparadas pela anlise multivariada ANOVA e aps teste-Tukey. A mdia de expresso relativa do gene p53 foi comparada nos dois perodos pelo teste t-student. Os resultados evidenciaram que entre maio e dezembro de 2010, nove pacientes (4 homens, 5 mulheres) DM2 e com IMC entre 26 e 34Kg/m2 foram submetidos a DSP. A mdia de IMC do grupo operado foi de 31,3. Houve queda do IMC mdia de 23% aps um ano. Houve queda significativa (p<0,05) nos nveis de triglicerdeos, glicemia de jejum e ps-prandial (2 horas), HbA1c assim como aumento do peptdeo-C (p<0,05), quando comparados os perodos pr e ps-operatrio. Os nveis sricos de GLP-1 foram significativamente maiores no ps-operatrio (p<0,05), tanto em jejum como ps-prandial sendo que houve diminuio dos nveis de GIP, contudo sem significncia estatstica. O gene p53 sofreu aumento significativo de sua expresso relativa (qrt-PCR)(p<0,05) no perodo ps-operatrio na mucosa duodenal e uma tendncia de aumento no leo, contudo sem significncia estatstica. A anlise da expresso ao nvel proteico foi bem sucedida somente no leo, tambm mostrando tendncia de aumento. Conclu-se que a DSP foi capaz de controlar satisfatoriamente o DM2 em pacientes com IMC<35 Kg/m2. Houve aumento da secreo de GLP-1 e tendncia de diminuio do GIP. Houve aumento da expresso do p53 na mucosa intestinal, no perodo ps-operatrio, aps o controle do diabetes, quando comparada ao perodo pr-operatrio.

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A toxoplasmose uma zoonose amplamente distribuda que afeta mais de um tero da populao mundial e de grande importncia na sade pblica. A maioria das infeces em humanos por Toxoplasma gondii assintomtica. A toxoplasmose amplamente investigada visto que se apresenta como uma doena grave em pessoas imunodeprimidas (portadores da síndrome da imunodeficincia adquirida (SIDA), no tratados, indivduos transplantados, paciente em tratamento quimioterpico ou em uso de drogas supressoras e gestantes). A toxoplasmose congnita frequentemente pode levar ao aborto espontneo ou at mesmo resultar na formao de crianas com algum grau de atraso no desenvolvimento mental e/ou fsicos, deste modo, a transmisso congnita pode ser muito mais importante do que se pensava, pois os parasitos encontrados na circulao sanguinea so capazes de infectar as clulas endoteliais dos vasos e os tecidos circunjacentes, podendo resultar no encistamento do T. gondii. Atualmente a toxoplasmose vem sendo investigada devido a sua associao a inmeras outras doenas, assim, estudos sobre a evoluo da infeco por T. gondii em diferentes tipos de clulas hospedeiras se fazem necessrios para uma abordagem teraputica adequada. Ao invadir a clula hospedeira o parasito possui a capacidade de recrutar as mitocndrias promovendo mudanas na organizao mitocondrial ao longo da progresso da infeco, garantindo um ambiente favorvel a sua multiplicao. Diante disso, investigamos se o parasito possui a capacidade de interferir no metabolismo mitocondrial e na resposta apopttica da clula endotelial. O presente trabalho teve como objetivo analisar o metabolismo mitocondrial atravs da respirometria de alta-resoluo e da resposta apopttica atravs do western blotting das clulas endoteliais da veia umbilical humana (HUVEC) infectadas por 2, 6 e 20 horas por taquizotos de T. gondii. A respirometria de alta-resoluo revelou que o parasito interfere no metabolismo energtico da clula hospedeira. A anlise do contedo de protenas da famlia Bcl-2 por western blotting revelou maior estmulo apopttico no tempo inicial de infeco, quando comparado aos demais tempos. Os resultados dos contedos de caspase 3, protena efetora da apoptose, no demonstrou diferena nos tempos iniciais de infeco Entretanto, em tempos mais tardios, o contedo de caspase 3 mostrou-se significativamente aumentado quando comparado s HUVEC no infectadas. A dinmica de replicao do parasito foi observada atravs do monitoramento pelo sistema Time-Lapse Nikon BioStation IMQ em tempo real das clulas infectadas por T.gondii. Portanto, nossos resultados sugerem que o protozorio ao recrutar as mitocndrias da clula hospedeira interfere no metabolismo mitocondrial e na modulao da apoptose para garantir um ambiente favorvel a sua multiplicao.