4 resultados para Obstetrics

em Instituto Politécnico de Viseu


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Enquadramento: A dor do parto resulta de complexas interaes, de carter inibitrio e excitatrio e, apesar de os seus mecanismos serem anlogos aos da dor aguda, h fatores prprios do trabalho de parto de natureza neurofisiolgica, obsttrica, psicolgica e sociolgica que intervm no seu limiar. Neste sentido, os mtodos no farmacolgicas podem auxiliar a parturiente no alvio da dor, reduzir os nveis de stresse e ansiedade e, consequentemente promover uma maior satisfao. Objetivos: Demonstrar evidncia cientfica de se os mtodos no farmacolgicos usados no alvio da dor no trabalho de parto so mais eficazes quando comparados com a no utilizao de nenhum mtodo, placebo ou qualquer outro mtodo; verificar o uso de medidas no farmacolgicas no alvio da dor do parto; averiguar quais as variveis sociodemogrficas, variveis contextuais da gravidez e contextuais do parto que interferem no recurso a medidas no farmacolgicas no alvio da dor do parto. Mtodos: No estudo emprico I seguiu-se a metodologia de reviso sistemtica da literatura. Foi realizada uma pesquisa na EBSCO, PubMed, Scielo e RCAAP, de estudos publicados entre 1 janeiro de 2010 e 2 de janeiro de 2015. Os estudos encontrados foram avaliados de acordo com os critrios de incluso previamente estabelecidos e, posteriormente, foi feita uma apreciao da qualidade dos estudos, por dois revisores, utilizando a Grelha para avaliao crtica de um artigo descrevendo um ensaio clnico prospetivo, aleatorizado e controlado (Bugalho & Carneiro, 2004). No final, foram includos no corpus do estudo 4 artigos. O estudo emprico II enquadra-se num estudo quantitativo, transversal, descritivo e retrospetivo, desenvolvido no servio de Obstetrcia do Centro Hospitalar Cova da Beira, segundo um processo de amostragem no probabilstica por convenincia (n = 382). A recolha de dados efetuou-se atravs da consulta de processos clnicos de mulheres com idade 18 anos, que tiveram um parto vaginal com feto vivo aps as 37 semanas de gestao. Resultados: Os mtodos no farmacolgicos usados no alvio da dor no trabalho de parto so mais eficazes quando comparados com a no utilizao de nenhum mtodo, placebo ou qualquer outro mtodo. Numa amostra constituda por 382 mulheres, com uma idade mdia de 30,95 anos (5,451 anos), em 34,6% dos casos foram aplicadas as medidas no farmacolgicas no alvio da dor no trabalho de parto, sobressaindo a respirao e o relaxamento (86,3%). Em alguns casos, ainda que em menor nmero, foi aplicada a hidroterapia isolada (6,9%) ou associada respirao e ao relaxamento (5,3%), bem como a hipnose (0,8%) e a associao entre respirao e massagem (0,8%). Concluso: De acordo com os resultados obtidos e com base na evidncia cientfica disponvel, importa referir que essencial que os cuidados no farmacolgicos de alvio da dor no parto sejam explorados, por serem mais seguros e acarretarem menos intervenes. Desta feita, os profissionais de sade que prestam assistncia s mulheres durante o trabalho de parto e parto tm de ter acesso ao conhecimento acerca desses mtodos e os seus potenciais benefcios, a fim de os poderem aplicar com maior segurana, o que resultar indiscutivelmente numa maior humanizao do parto, caminhando-se no sentido de uma maternidade mais segura. Palavras-chave: Trabalho de parto; dor de parto; terapias complementares; terapias alternativas

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Enquadramento - O envolvimento paterno no trabalho de parto tem suscitado o interesse de vrios profissionais de sade, nomeadamente dos enfermeiros obstetras, dado que os benefcios da presena paterna no contexto de parto ainda no so clara e totalmente assumidos por todos os profissionais. Por outro lado reconhece-se que o pai o acompanhante ideal da grvida durante o trabalho de parto, pelo seu apoio e lugar que ocupa na trade. Objetivos Identificar os benefcios e constrangimentos do envolvimento paterno durante o trabalho de parto e parto. Mtodo Efetuada reviso integrativa da literatura sobre os Benefcios e constrangimentos do envolvimento paterno durante o trabalho de parto e parto nas bases de dados: PubMed, LILACS, SciELO, Repositrios Institucionais e Bibliotecas Digitais e EBSCO Host, elaborados entre 2000 e 2014. Selecionaram-se 19 artigos que obedeceram aos critrios de incluso deste estudo. Dos 19 artigos selecionados, 4 so revises sistemticas da literatura, 13 so estudos qualitativos e 2 so estudos quantitativos. Resultados Evidenciou-se um novo pai, que acompanha a grvida desde a gravidez, e que esteve presente no trabalho de parto. dada grande relevncia aos Enfermeiros Especialistas em Sade Materna e Obstetrcia, pelo seu papel na incluso do pai na sala de parto e desmitificao de tabus. Aps esta pesquisa constatou-se que, ainda h lacunas relativamente presena do pai parto. So muitos os benefcios do envolvimento paterno no parto, mas ainda so visveis constrangimentos por parte do pai relativamente ao contexto de parto. Concluses - A presena do pai na sala de parto permite estreitar os laos mais ntimos, consolidando a unio familiar e proporcionando bem-estar grvida. Reala-se o papel dos profissionais de sade na integrao do pai na maternidade. Caminhamos para um contexto de parto mais alargado e do qual j no faz parte apenas a grvida e o seu filho, mas no qual o pai tambm elemento chave de todo o processo. Palavras- chave: Pai, Nascimento, Envolvimento paterno e Recm - Nascido.

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Enquadramento A episiotomia uma inciso feita no perneo para aumentar o canal vaginal com o objetivo de evitar outros traumas perineais durante o parto. No entanto, esta prtica, por si s, j se considera um trauma perineal pelo corte em estruturas que podem desencadear problemas futuros. A Organizao Mundial de Sade (1996) recomenda a utilizao limitada da episiotomia uma vez que no existem evidncias credveis de que a utilizao generalizada ou de rotina desta prtica tenha um efeito benfico. Objetivos: Demonstrar evidncia cientfica dos determinantes da prtica de episiotomia seletiva em mulheres com parto normal/eutcico; identificar a prevalncia de episiotomia; analisar os fatores (variveis sociodemogrficas, variveis relativas ao recm-nascido, variveis contextuais da gravidez e contextuais do parto) que influenciam na ocorrncia de episiotomia. Mtodos: O estudo emprico I seguiu a metodologia de reviso sistemtica da literatura. Efetuou-se uma pesquisa na EBSCO, PubMed, SciELO, RCAAP de estudos publicados entre janeiro de 2008 e 23 de dezembro de 2014. Os estudos encontrados foram avaliados tendo em considerao os critrios de incluso previamente estabelecidos. Dois revisores avaliaram a qualidade dos estudos a incluir utilizando a grelha para avaliao crtica de um estudo descrevendo um ensaio clnico prospetivo, aleatorizado e controlado de Carneiro (2008). Aps avaliao crtica da qualidade, foram includos no corpus do estudo 4 artigos nos quais se obteve um score entre 87,5% e 95%. O estudo emprico II enquadra-se num estudo quantitativo, transversal, descritivo e retrospetivo, desenvolvido no servio de Obstetrcia do Centro Hospitalar Cova da Beira, segundo um processo de amostragem no probabilstica por convenincia (n = 382). A recolha de dados efetuou-se atravs da consulta dos processos clnicos das mulheres com idade 18 anos que tiveram um parto vaginal com feto vivo aps as 37 semanas de gestao. Resultados: Evidncia de que a episiotomia no deve ser realizada de forma rotineira, cujo uso deve restringir-se a situaes clnicas especficas. A episiotomia seletiva, comparada com a episiotomia de rotina, est relacionada com um menor risco de trauma do perneo posterior, a uma menor necessidade de sutura e a menos complicaes na cicatrizao. Amostra constituda por 382 mulheres, na faixa etria dos 18-46 anos. Apenas, no se procedeu episiotomia em 41,7% da amostra, apontando para a presena da episiotomia seletiva. Nmero significativo de mulheres com parto eutcico (80,5%), com sutura (95,0%), lacerao de grau I (64,9%), dor perineal (89,1%) sujeitas a episiotomia (58,3%). A maioria dos recm-nascidos nasceram com peso normal (92,3%), com um valor expressivo de mulheres sujeitas a episiotomia (91,4%). Ainda se constatou a existncia de casos, apesar de reduzidos, em que o recm-nascido nasceu macrossmico (5,4%), tendo-se recorrido igualmente a esta prtica. No h uma associao direta entre a realizao de episiotomia e os scores do APGAR. Concluso: Face a estes resultados e com base na evidncia cientfica disponvel que recomenda, desde h vrios anos, que se faa um uso seletivo da episiotomia, sugere-se que os profissionais de sade estejam mais despertos para esta realidade, de modo a que se possam anular as resistncias e as barreiras de mudanas por parte dos mesmos face ao uso seletivo da episiotomia. Para promover essa mudana de comportamentos importante no s mostrar as evidncias cientficas, bem como transp-las para a prtica, capacitando os profissionais de sade, sobretudo os enfermeiros, na sua atuao. Palavras-chave: Parto Normal/eutcico; Episiotomia; Episiotomia seletiva; Episiotomia de rotina.

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Enquadramento O contacto pele-a-pele na primeira hora de vida tem benefcios para a me e para o recm-nascido, bem como um papel importante no estabelecimento da amamentao. Objetivos Analisar a evidncia cientfica dos benefcios do contacto pele-a-pele e amamentao na primeira hora de vida; determinar a prevalncia do contacto pele-a-pele e da amamentao na primeira hora de vida; verificar quais so os fatores (variveis sociodemogrficas, contextuais da gravidez e do parto, e variveis relativas ao recmnascido) que interferem nas prticas do contacto pele-a-pele e amamentao na primeira hora de vida. Mtodo Reviso sistemtica da literatura no estudo emprico I. Efetuou-se uma pesquisa na PUBMED, The Cochrane Library, Scielo e Google Acadmico, estudos publicados entre janeiro de 2011 e dezembro de 2014. Destes foram selecionados 4 estudos, posteriormente analisados, que tiveram em considerao os critrios de incluso previamente estabelecidos. Dois revisores avaliaram a qualidade dos estudos a incluir utilizando a grelha para avaliao crtica de um estudo descrevendo um ensaio clnico prospetivo, aleatrio e controlado de Carneiro (2008). No estudo emprico II seguiu-se um tipo de estudo quantitativo e descritivo simples, de coorte transversal, desenvolvido no servio de Obstetrcia do Centro Hospitalar Cova da Beira, segundo um processo de amostragem no probabilstica por convenincia (n = 382). A recolha de dados efetuou-se atravs da consulta dos processos clnicos, entre janeiro e dezembro de 2014, das mulheres com idade 18 anos que tiveram um parto vaginal com feto vivo aps as 37 semanas de gestao. Resultados Evidncia de que o contacto precoce pele-a-pele, imediatamente aps o parto, um potencial estmulo sensorial, que abrange o aquecimento do recm-nascido e a estimulao ttil e olfativa, maior estabilizao da temperatura, frequncia respiratria e nvel de glicmia, com diminuio do choro. Est associado promoo espontnea da amamentao. Na amostra constituda por 382 mulheres, dos 18 aos 46 anos, verificou-se que o contacto pele-a-pele ocorreu em apenas 26,6% da amostra. Cerca de 92,6% da amostragem deu de mamar na primeira hora de vida. No grupo de mulheres em que houve contacto pele-a-pele e amamentao, prevalecem as que tm idade igual ou inferior a 34 anos (66,3%) e predomnio das mulheres que tiveram 5 ou mais consultas (95,9%) de vigilncia da gravidez. Concluso Face a estes resultados e com base na evidncia cientfica disponvel que recomenda o contacto pele-a-pele imediatamente aps o parto e promoo da amamentao na primeira hora de vida, assume-se como indispensvel que os profissionais invistam na sua formao e assumam um papel importante para a realizao deste contacto, estimulando e facilitando esta prtica, assim como a realizao de mais estudos cientficos com contributos para o estabelecimento e manuteno desta prtica. Palavras-chave: Contacto pele-a-pele; amamentao; primeira hora de vida.