990 resultados para violência psicológica


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A modalidade violência psicológica mais conhecida pela sua invisibilidade no mbito pblico em razo de, entre outros fatores, ocorrer mais frequentemente na esfera privada, bem como por no deixar marcas fsicas. Atualmente, a Lei 11.340/2006, batizada de Lei Maria da Penha, depois de sancionada, traduz uma forma de amparo legal e institucionalizado para as mulheres. Empregamos a concepo de gnero segundo Scott (1991), como uma das ferramentas analticas que permitem identificar nexos entre a construo socioeconmica da violência e as polticas do Estado. Neste panorama, apresentamos como objetivo geral desta pesquisa emprica desvelar algumas (in) visveis sequelas psquicas e sociais e de modo especfico as repercusses na subjetividade da mulher que vivencia situaes de violência psicológica ocorridas em mbito domstico e intrafamiliar. As anlises foram realizadas na perspectiva Gestltica, uma abordagem psicológica do contato consciente, cuja interveno permite o fortalecimento do suporte interno e auto-regulao saudvel, de modo a superar situaes que obscurecem as funes e fronteiras de contato. Trata-se de uma pesquisa clnico-qualitativa de base fenomenolgico-existencial-gestltica e hermenutica. Os procedimentos utilizados foram: submisso do projeto ao Comit de tica do CCS/UFPA; obteno da autorizao Institucional; identificao e convite a trs mulheres para participarem da pesquisa, segundo o perfil de incluso na amostra: disponibilidade para a pesquisa, faixa etria de 25 a 45 anos, que esteve ou est vivenciando situao de violência psicológica com seu marido/companheiro. Posteriormente, foi assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e realizado as entrevistas semi-dirigidas atravs de perguntas abertas (gravadas em udio). As mesmas foram transcritas e analisadas. O local da pesquisa foi o Centro de Referncia Maria do Par. Utilizamos para a anlise dos discursos coletados a compreenso de Ricouer (1975) e os conceitos Gestlticos de contato, funes e fronteiras de contato, mecanismos de defesa, self, ajustamento criativo e awareness. O resultado aponta para o desvelamento de vividos permeados de agresses verbais em forma de humilhaes, xingamentos, ofensas, cimes, desqualificao de sua aparncia fsica, falta de dilogo, isolamento social e emocional, medo, sofrimento, dor, angstia, culpa, vergonha, sentimentos de dio, raiva, tristeza e impotncia diante de tal violência. Conclumos que a invisibilidade de tais experincias de violência psicológica gera visveis interrupes no contato consigo mesma, em suas relaes familiares e sociais, bem como, imprime profundas e danosas desestruturaes na personalidade e na maneira da mulher expressar sua subjetividade.

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A pesquisa aborda a violência psicológica tal como definida pela Organizao Mundial de Sade (KRUG, 2002) Usamos tambm a definio de violência psicológica utilizada por Straus e Sweet (1992). Nosso objetivo geral foi identificar a ocorrncia de violência psicológica conjugal entre estudantes universitrios, e a correlao desta com fatores de risco. E os especficos foram verificar sua correlao com a auto-estima, a ingesto de lcool, a faixa etria, o nmero de filhos e o rendimento familiar dos participantes. Tivemos respondentes de ambos os gneros, casados ou em unio estvel, com idades entre 16 e 60 anos e alunos da Universidade Metodista de So Paulo. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade Metodista de So Paulo e abordou universitrios da graduao, graduao tecnolgica e cursos seqenciais. Esta pesquisa uma pesquisa descritiva e sua amostragem foi no-probabilstica de convenincia, responderam ao instrumento 246 pessoas, que foram escolhidas com base nos critrios de incluso e na sua disponibilidade imediata para responder pesquisa. Obtivemos mais respondentes do gnero feminino (145) do que do masculino (100). O instrumento foi composto por: Escala de Tticas de Conflito (CTS1), Escala de Auto-Estima e Autoconceito de Rosenberg e um Questionrio Scio-demogrfico Adaptado. A CTS 1 foi usada para medir a violência familiar, a escala de auto-estima foi usada para verificar a atitude positiva ou negativa das pessoas e o questionrio foi usado para complementar dados sobre a histria pessoal e conjugal dos respondentes. Foram analisados 246 instrumentos atravs do Estatstico SPSS 13,0 for Windows. Os resultados demonstraram que aproximadamente 30% das pessoas de ambos os gneros e da amostra total apresentaram alto grau de violência psicológica. Verificamos que existe uma tendncia de que quanto menor a auto-estima dos respondentes maior o grau de violência psicológica. Constatamos tambm a inexistncia de correlao linear entre violência psicológica, costume de ingerir bebida alcolica e quantidade de bebida alcolica ingerida pelos respondentes. Este dado no corroborado pela literatura pesquisada. Portanto, percebemos que o lcool em si diz pouco enquanto fator de risco para a ocorrncia da violência psicológica. Sua articulao merece ser mais investigada e melhor delineada por meio da busca de conhecimentos e prticas que contribuam para a sade da populao. Conclumos que a violência psicológica conjugal muitas vezes banalizada e tida como natural

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A pesquisa aborda a violência psicológica tal como definida pela Organizao Mundial de Sade (KRUG, 2002) Usamos tambm a definio de violência psicológica utilizada por Straus e Sweet (1992). Nosso objetivo geral foi identificar a ocorrncia de violência psicológica conjugal entre estudantes universitrios, e a correlao desta com fatores de risco. E os especficos foram verificar sua correlao com a auto-estima, a ingesto de lcool, a faixa etria, o nmero de filhos e o rendimento familiar dos participantes. Tivemos respondentes de ambos os gneros, casados ou em unio estvel, com idades entre 16 e 60 anos e alunos da Universidade Metodista de So Paulo. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade Metodista de So Paulo e abordou universitrios da graduao, graduao tecnolgica e cursos seqenciais. Esta pesquisa uma pesquisa descritiva e sua amostragem foi no-probabilstica de convenincia, responderam ao instrumento 246 pessoas, que foram escolhidas com base nos critrios de incluso e na sua disponibilidade imediata para responder pesquisa. Obtivemos mais respondentes do gnero feminino (145) do que do masculino (100). O instrumento foi composto por: Escala de Tticas de Conflito (CTS1), Escala de Auto-Estima e Autoconceito de Rosenberg e um Questionrio Scio-demogrfico Adaptado. A CTS 1 foi usada para medir a violência familiar, a escala de auto-estima foi usada para verificar a atitude positiva ou negativa das pessoas e o questionrio foi usado para complementar dados sobre a histria pessoal e conjugal dos respondentes. Foram analisados 246 instrumentos atravs do Estatstico SPSS 13,0 for Windows. Os resultados demonstraram que aproximadamente 30% das pessoas de ambos os gneros e da amostra total apresentaram alto grau de violência psicológica. Verificamos que existe uma tendncia de que quanto menor a auto-estima dos respondentes maior o grau de violência psicológica. Constatamos tambm a inexistncia de correlao linear entre violência psicológica, costume de ingerir bebida alcolica e quantidade de bebida alcolica ingerida pelos respondentes. Este dado no corroborado pela literatura pesquisada. Portanto, percebemos que o lcool em si diz pouco enquanto fator de risco para a ocorrncia da violência psicológica. Sua articulao merece ser mais investigada e melhor delineada por meio da busca de conhecimentos e prticas que contribuam para a sade da populao. Conclumos que a violência psicológica conjugal muitas vezes banalizada e tida como natural

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A pesquisa aborda a violência psicológica tal como definida pela Organizao Mundial de Sade (KRUG, 2002) Usamos tambm a definio de violência psicológica utilizada por Straus e Sweet (1992). Nosso objetivo geral foi identificar a ocorrncia de violência psicológica conjugal entre estudantes universitrios, e a correlao desta com fatores de risco. E os especficos foram verificar sua correlao com a auto-estima, a ingesto de lcool, a faixa etria, o nmero de filhos e o rendimento familiar dos participantes. Tivemos respondentes de ambos os gneros, casados ou em unio estvel, com idades entre 16 e 60 anos e alunos da Universidade Metodista de So Paulo. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade Metodista de So Paulo e abordou universitrios da graduao, graduao tecnolgica e cursos seqenciais. Esta pesquisa uma pesquisa descritiva e sua amostragem foi no-probabilstica de convenincia, responderam ao instrumento 246 pessoas, que foram escolhidas com base nos critrios de incluso e na sua disponibilidade imediata para responder pesquisa. Obtivemos mais respondentes do gnero feminino (145) do que do masculino (100). O instrumento foi composto por: Escala de Tticas de Conflito (CTS1), Escala de Auto-Estima e Autoconceito de Rosenberg e um Questionrio Scio-demogrfico Adaptado. A CTS 1 foi usada para medir a violência familiar, a escala de auto-estima foi usada para verificar a atitude positiva ou negativa das pessoas e o questionrio foi usado para complementar dados sobre a histria pessoal e conjugal dos respondentes. Foram analisados 246 instrumentos atravs do Estatstico SPSS 13,0 for Windows. Os resultados demonstraram que aproximadamente 30% das pessoas de ambos os gneros e da amostra total apresentaram alto grau de violência psicológica. Verificamos que existe uma tendncia de que quanto menor a auto-estima dos respondentes maior o grau de violência psicológica. Constatamos tambm a inexistncia de correlao linear entre violência psicológica, costume de ingerir bebida alcolica e quantidade de bebida alcolica ingerida pelos respondentes. Este dado no corroborado pela literatura pesquisada. Portanto, percebemos que o lcool em si diz pouco enquanto fator de risco para a ocorrncia da violência psicológica. Sua articulao merece ser mais investigada e melhor delineada por meio da busca de conhecimentos e prticas que contribuam para a sade da populao. Conclumos que a violência psicológica conjugal muitas vezes banalizada e tida como natural

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O presente trabalho teve como objetivos verificar a possvel associao entre violência intrafamiliar sofrida por adolescentes e estado nutricional. Foram investigadas as prevalncias de agresso verbal, violências fsica, abuso psicolgico e de estado nutricional inadequado dos adolescentes. Para tanto, foi realizado um estudo observacional de corte transversal numa amostra de 201 adolescentes de 10 a 19 anos cadastrados no Programa Bolsa Famlia e monitorados pelo Servio de Nutrio de uma unidade de sade do municpio do Rio de Janeiro. Junto aos adolescentes foi realizada avaliao antropomtrica, e para a determinao do estado nutricional foi analisado o ndice de Massa Corporal (IMC) pelo parmetro adotado pela OMS a partir de 2007. A violência familiar foi investigada por meio de dois instrumentos. O Conflict Tactics Scales Form R (CTS1) foi utilizado para avaliar os conflitos intrafamiliares no relacionamento entre pais e filhos e a escala de violência psicológica contra adolescentes para identificar a presena de violência psicológica contra os adolescentes. Alm disso, foram avaliadas outras co-variveis que pudessem influenciar a associao entre violência e situao nutricional da populao estudada como informaes sobre maturao sexual, scio-demogrficas e percepo corporal. No que diz respeito ao IMC, foram identificados 4,5% de baixo peso, 13,4% de sobrepeso e 5% de obesidade. No que se refere violência familiar, foram observados 83,1% de agresso verbal, 50,2% de violência psicológica, 32,8% de agresso fsica grave e 48,3% de abuso fsico menor. Atravs da regresso linear mltipla foi observada um associao entre violência familiar e o IMC em adolescentes do sexo feminino. A presena de agresso verbal perpetrada tanto pelo pai como pela me est relacionado ao IMC de forma estatisticamente significativa para as meninas. J para os adolescentes masculinos no foi encontrada nenhuma associao significativa entre os diferentes tipos de violência familiar e o IMC, mas aponta para a reduo do IMC. Outras estratgias de pesquisa de natureza qualitativa devem ser realizadas para esclarecer sobre os efeitos desfavorveis do abuso verbal sobre o IMC junto aos pais e a sociedade j que a agresso verbal um tipo de abuso normalmente utilizado no ambiente familiar e considerado como algo natural e aceitvel

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O primeiro objetivo da Tese consistiu na identificao e caracterizao dos instrumentos de aferio epidemiolgicos que vm sendo propostos para a abordagem de IA domiciliar, bem como na sntese de suas propriedades psicomtricas. Para tal, realizou-se busca sistemtica em trs bases de dados eletrnicas: MEDLINE, LILACS e SciELO. No houve delimitao do perodo de publicao. Os resultados so apresentados no artigo intitulado Household food insecurity: a systematic review of the measuring instruments used in epidemiological studies. Foram identificados 24 instrumentos, todos breves e de fcil aplicao. A maioria foi desenvolvida nos Estados Unidos. O instrumento HFSSM apresentou o maior nmero de estudos de utilizao e psicomtricos, podendo ser recomendado sem hesitao. O segundo e principal objetivo desta Tese foi avaliar se a ocorrncia de violência psicológica e fsica entre parceiros ntimos pode ser considerada um fator de risco para a ocorrncia de Insegurana Alimentar (IA) domiciliar. As informaes que subjazem a pesquisa originaram-se de um inqurito domiciliar realizado no Distrito de Campos Elseos, Municpio de Duque de Caxias, entre abril a novembro de 2010. A populao de estudo foi selecionada por meio de amostragem por conglomerados em trs estgios (setor censitrio, domiclio, indivduo) com tcnicas de amostragem inversa para a seleo dos domiclios. A amostra do estudo incluiu 849 mulheres que no perodo da entrevista relataram possuir algum relacionamento amoroso nos 12 meses anteriores. As informaes foram obtidas por meio de entrevista utilizando-se um questionrio estruturado, contendo instrumentos previamente validados, como a Revised Conflict Tatics Scales (CTS2) para a mensurao das violências e a Escala Brasileira de Insegurana Alimentar (EBIA) para a IA domiciliar. Utilizou-se a anlise de caminhos (Path Analysis) na anlise de dados o que permitiu explorar as relaes entre as violências, entre estas e o Transtorno Mental Comum (TMC), este ltimo e a IA, bem como as relaes mais distais do modelo terico. Os resultados so apresentados no artigo intitulado Violência entre parceiros ntimos, transtornos mentais comuns e insegurana alimentar: modelagem de equaes estruturais. A hiptese central deste estudo foi corroborada, na medida em que tanto a violência psicológica, como a violência fsica se mostraram importantes fatores de risco para a IA, via a ocorrncia de TMC. Contrariamente ao esperado, notou-se um maior efeito da violência psicológica do que da violência fsica na ocorrncia do desfecho. Espera-se que a divulgao dos resultados desta Tese auxilie os profissionais e gestores na rea de segurana alimentar e nutricional, bem como pesquisadores da rea na tomada de decises em relao ao instrumento de aferio a ser utilizado para a caracterizao das situaes e ampliem o olhar sobre o problema, incorporando outros fatores de risco, tais como as violências entre parceiros ntimos, aqueles estritamente econmicos, habitualmente considerados no debate sobre os determinantes e estratgias de enfrentamento da IA.

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A multidimensionalidade e a consistncia emprica da violência convidam aos questionamentos, debates e reflexes acerca desse fenmeno. A violência intrafamiliar contra a criana consiste em formas agressivas de membros da famlia se relacionarem adotando essa prtica como soluo de conflitos e estratgia para a correo e educao das crianas. Objeto de estudo: a violência intrafamiliar criana na perspectiva de familiares. Objetivos: Identificar os atos considerados violentos contra a criana na perspectiva de familiares; descrever as implicaes desses atos violentos na vida da criana sob a tica de familiares; conhecer quais as atitudes que os familiares consideram importantes para a preveno da violência contra a criana e discutir a violência intrafamiliar criana na perspectiva de familiares a luz da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz. Descrio metodolgica: Trata-se de estudo de natureza qualitativo desenvolvido em um ambulatrio de pediatria de um hospital universitrio do municpio do Rio de Janeiro, com a participao de 12 familiares. Para a interpretao do material emprico foi utilizada a anlise de contedo de Bardin na modalidade temtica. O referencial terico da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz sustentou a discusso dos resultados. Resultados: Emergiram 6 (seis) categorias analticas, a saber: Violência nas relaes familiares; Palavras que ferem; Formas silenciosas de descuido e descaso para com a vida do outro; Violência gera violência; Implicaes da violência intrafamiliar na vida da criana; Falar com a criana para evitar a violência. Os familiares a partir de uma relao annima entendem a violência intrafamiliar contra a criana na perspectiva de um constructo terico, na qual se situam como espectadores e no como perpetradores dos atos violentos. Para eles, os castigos fsicos, a violência psicológica, a negligncia e o abandono praticados pelas pessoas so considerados violência intrafamiliar contra a criana. Prticas como palmadinhas e tapinhas foram descritas como forma de correo e educao da criana. No se refere s implicaes dos atos violentos na vida da criana apontaram aquelas que podem levar marcas profundas na memria da criana vitimizada, bem como em sua vida scio-afetiva. O estudo possibilitou a aproximao ao conhecimento de uma realidade que afeta inmeras crianas, onde os familiares sinalizaram que a melhor maneira de se prevenir a violência intrafamiliar por meio do estabelecimento de uma conversa esclarecedora com a criana, abordando os assuntos pertinentes para cada ocasio com que se deparam. A insero dessa temtica desde os cursos de graduao para profissionais que lidam com a criana e sua famlia poder ampliar os estudos neste campo e subsidiar a formao desses profissionais para lidar de forma adequada com o fenmeno da violência intrafamiliar.

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Esta pesquisa tem como objeto de estudo a violência nas relaes de namoro de adolescentes em situao de acolhimento. Objetivos: identificar as caractersticas das relaes de namoro das adolescentes em situao de acolhimento; analisar as vivncias da violência nas relaes de namoro das adolescentes em situao de acolhimento; descrever as repercusses da violência na vivncia das adolescentes. Estudo qualitativo, descritivo e exploratrio, tendo como cenrio de pesquisa uma unidade pblica municipal de acolhimento para adolescentes, localizado na Zona Norte do municpio do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados no perodo de maro a maio de 2014, aps a aprovao pelo Comit de tica em Pesquisa. O estudo foi realizado com sete adolescentes que residem na unidade de acolhimento, com idades de 12 a 18 anos e que responderam a entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados atravs da tcnica de anlise de contedo tendo emergido trs categorias: Caractersticas das relaes de namoro na perspectiva das adolescentes; A violência nas relaes afetivas de adolescentes em situao de acolhimento; repercusses da violência nas relaes de namoro das adolescentes. Ao analisarmos as caractersticas das relaes de namoro na perspectiva das adolescentes, as jovens apontaram suas percepes sobre as caractersticas referentes ao comportamento masculino e do parceiro. Algumas percepes so associadas ao comportamento do parceiro com carinho, cumplicidade, apoio e amor. E outras aos comportamentos de mentira, excesso de cime e agressividade, a no escolha do parceiro certo, entre outras. Em relao percepo sobre suas relaes afetivas, as adolescentes apontaram ser necessrio conhecer primeiro o parceiro, ter uma relao sem briga e sem discusso; expressaram atitudes de submisso, omisso, desiluso amorosa, desvalorizao do parceiro, desgaste por desvalorizao e no gostar de conversar com o parceiro sobre o relacionamento. Os tipos de violência mais comumente vivenciados e indicados pelas adolescentes em suas relaes de namoro foram: violência fsica e sexual; violência patrimonial; e violência psicológica, verbal e moral. As adolescentes apontaram que tais violências nas relaes de namoro trazem repercusses sua sade, tais como: repercusso sade mental, sentimentos como a autopercepo desvalorizada, um ceticismo, impotncia, insegurana e medo. Contudo, cabe destacar que algumas adolescentes em situao de acolhimento, em funo das adversidades e histria de vida, tambm apontaram certo grau de resilincia diante das violências vivenciadas. Considerando essa primeira aproximao da realidade das relaes de namoro das adolescentes em situao de acolhimento verifica-se a necessidade de aes de cuidado no atendimento essa clientela. As unidades de acolhimento so cenrios facilitadores para aes educativas e de cuidado junto populao de adolescentes, o que facilita a construo de medidas de promoo sade sexual e reprodutiva de adolescentes. A enfermagem ao reconhecer que o cuidar constitui um processo dialtico entre o indivduo e o cuidador, mas que tambm influenciado histrico e socialmente, tem papel fundamental na proposio de aes de enfretamento violência nas relaes de namoro das adolescentes em servios de acolhimento.

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Projeto de Ps-Graduao/Dissertao apresentado Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obteno do grau de Mestre em Medicina Dentria

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Introduo: crucial conhecer a prevalncia peridica e a prevalncia ao longo da vida da violência domestica (VD), mesmo sabendo que virtualmente impossvel medir este fenmeno com absoluta preciso. Objetivo: Conhecer a prevalncia peridica e ao longo da vida, da violência domstica nos adultos que recorram aos servios de sade. Metodologia: Este estudo ser essencialmente de natureza quantitativa epidemiolgica. A amostra foi intencional e constituda por todas as pessoas com 18 anos ou mais que durante um perodo de 3 meses acorreram a qualquer uma das unidades funcionais dos cuidados de sade Primrios. Resultados: A nossa amostra constituda por 648 participantes. Relativamente aos dados socio biogrficos, verificmos que as idades variam entre os 18 anos e os 91 anos com uma mdia de 45,73 anos, a maioria pertence ao sexo feminino e estado civil casado. Verificmos que do total da amostra 20,9% (143 inquiridos) j sofreram algum tipo de violência ao longo da vida e apenas 5% do total da amostra referiu ter sido vtima de VD no ltimo ano, em ambos os perodos a maior parte sofreu violência psicológica. Relativamente ao responsvel pela violência verificmos que na maior parte (7,9%) das vezes foi o marido/companheiro. Verificmos que 18,4% das vtimas eram do sexo feminino. Quanto a avaliao do risco, verificmos que a maior parte da amostra (25,8%) apresenta um score de 4, ou seja apresenta um risco varivel. Concluses: Conclumos que esto mais expostos VD as pessoas que, sabem ler ou escrever, sem qualquer grau; terem entre 80-89 anos. O tipo de violência mais frequentemente utilizado a combinao de VD psicológica, fsica e financeira.

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This research investigates the self-esteem of children who suffered physical violence by family members. Seven children took part in the research: three boys and four girls, aged between six and twelve years old. The analysis were done from the constructed data obtained from: semi-structured interview, activities about human feelings, activities that included facial expressions, unfinished phrases, Pinocchio s story, a drawing of a family and a drawing of their own family. Data were analyzed from the Content Analysis. The Thematic Units were: violence, intrafamily violence, and self-esteem. The synthesis of the categories studied evidenced that the physical violence and the psychological violence present in the lives of children affect the positive development of their self-concept and, consequently, of their self-esteem. Among the results, we emphasize some negative feelings that are present in children s lives such as fear, a sense of guilt, and sadness, arising out of the situations of violence they have experienced

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A violência um problema de sade pblica e sua notificao fundamental para a vigilncia epidemiolgica e para a definio de polticas pblicas de preveno e promoo de sade. O estudo objetivou caracterizar a ocorrncia de violência domstica, sexual e de outras, a partir das informaes do banco de dados do Sistema Informao de Agravos de Notificao (SINAN), das fichas de notificao de violência da cidade de Belm (PA), no perodo de janeiro de 2009 a dezembro de 2011. Foram sistematizadas 3.267 notificaes, representando um aumento de 240% de 2009 a 2011. Em relao ao sexo das vtimas, observou-se que, em mdia, 83,2% dos casos atingiram as mulheres, proporo esta semelhante nos trs anos analisados. A violência sexual foi a mais presente com 41,8%; seguida da violência psicológica com 26,3% e da violência fsica com 24,0%. Os resultados demonstram a importncia do conhecimento do perfil das violências para interveno e elaborao de polticas pblicas intersetoriais que promovam a sade e a qualidade de vida nesta regio do Brasil.

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H poucos estudos sobre homens abordando violência como evento no fatal. Contribuindo nessa direo, descrevem-se as prevalncias da violência psicológica, fsica e/ou sexual sofridas por homens, detalhando-se nestes tipos a perpetrada contra parceiras. Trata-se de estudo transversal realizado com 789 homens de 18 a 60 anos, dos quais 775 com alguma parceria ntima na vida, selecionados por ordem de chegada em dois servios de ateno primria na cidade de So Paulo. Foram investigadas as caractersticas sociodemogrficas e as violências mencionadas, examinadas ainda quanto a sobreposies e percepo de hav-las sofrido ou perpetrado. As prevalncias de violências sofridas na vida foram de 79% para qualquer tipo e por qualquer agressor; 63,9%, 52,8% e 6,1% respectivamente para psicológica, fsica e sexual. Para violências perpetradas contra a parceira na vida, temos 52,1% qualquer tipo e 40%, 31,9% e 3,9%, respectivamente, para violência psicológica, fsica e sexual. Nas sofridas e nas perpetradas, a psicológica a de maior taxa exclusiva, seguida da fsica. Quanto aos agressores, conhecidos o principal agressor, seguido de familiar, estranhos e parceira ntima. Na relao entre sofrer por suas parceiras e perpetrar, 14,2% dos casos so sobrepostos e 81,2% somente perpetraram. Conclui-se que, embora nas violências relativas s parceiras ntimas os homens sofram muito menos do que perpetrem, os dados mostram que eles se envolvem em muitas situaes de violência, de grandes magnitudes e sobreposies, quer como vitimas ou agressores, reiterando estudos sobre masculinidade. Este conjunto complexo de situaes tambm deve ser considerado nos servios bsicos de sade.