1000 resultados para violência psicológica
Resumo:
Neste artigo abordamos um tipo especfico de dinmica conjugal marcada pela violência psicológica. Na clnica com casais, temos observado situaes nas quais so utilizadas agresses verbais e humilhaes, que afetam a auto-estima e a capacidade de reao e deciso da pessoa agredida. Forma-se um lao perverso caracterizado por um movimento recproco no sentido do domnio do parceiro, com condies e exigncias que submetem a ambos, levando a um tipo de relao na qual impera a complementaridade fusional. O discurso caracterstico da contemporaneidade, de obteno de prazer e busca da perfeio nos relacionamentos amorosos e da presena do modelo igualitrio nas relaes homem/mulher, pe em destaque esse tipo de dinmica relacional. Observa-se, em alguns casos, uma fixao do modelo "homem-ativo-flico/mulher-passiva-castrada" que permanece subjacente mudana dos tempos.
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OBJETIVO: Apresentar estratgias e resultados da adaptao transcultural de uma escala de violência psicológica, para ser utilizada em amostras brasileiras. MTODOS: A escala de violência, originalmente no idioma ingls e traduzida para o portugus foi aplicada em 266 adolescentes escolares. A amostra incluiu estudantes das stimas e oitavas sries do ensino fundamental e primeiro e segundo ano do ensino mdio das redes pblica e privada do municpio de So Gonalo, Estado do Rio de Janeiro. Vrios tipos de equivalncias foram investigados, sendo a semntica avaliada quanto ao significado referencial e geral de cada item; a de mensurao foi apreciada por meio de propriedades psicomtricas (confiabilidade teste-reteste, validade de constructo, consistncia interna e anlise fatorial. Para avaliar a confiabilidade foi utilizada a estatstica do Kappa e o coeficiente de correlao intraclasse, e o coeficiente de Pearson para apreciao da validade de constructo. RESULTADOS: Os pontos de discusses terico-conceituais foram considerados adequados no que se refere s equivalncias conceitual e de itens. A equivalncia semntica obteve percentual superior a 60% na avaliao do significado referencial e geral dos itens. O alfa de Cronbach encontrado foi de 0,94; a concordncia do ndice de Kappa foi discreta, coeficiente de correlao intraclasse de 0,82 e a anlise fatorial apresentou estrutura de fator com grau de explicao de 43,5% da varincia. Quanto validade de constructo, a escala de violência psicológica apresentou correlao negativa significativa com auto-estima e apoio social, e correlao positiva com a violência cometida pelo pai e pela me. CONCLUSES: Os resultados obtidos indicam a aplicabilidade do instrumento na populao adolescente brasileira.
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Aquest estudi es basa en el coneixement de les dificultats teriques i prctiques amb qu es troba el professional forense que ha de valorar situacions de violncia psicolgica en la parella (VPP). L'objectiu principal de l'estudi s conixer el procs d'avaluaci forense que empren els psiclegs i els treballadors socials dels Equips d'Assessorament Tcnic Penal dels jutjats davant aquests casos. L'inters se centra a conixer com fan realment els professionals aquesta detecci i avaluaci: quins instruments o quines pautes utilitzen, quin s fan del seu propi judici clnic i en qu basen la presa de decisions. Els resultats, de carcter descriptiu, permeten l'anlisi i la reflexi sobre la realitat actual de la prctica professional. Mitjanant una enquesta administrada a aquests experts, sabem que la valoraci de la VPP s una tasca freqent entre les activitats d'avaluaci que realitzen. Les fonts d'informaci que empren sn diverses. La majoria manifesta utilitzar proves o instruments no especfics per a casos de violncia de parella, i generalment sn eines d'avaluaci de la personalitat, la intelligncia o la simptomatologia psiquitrica. Un ter dels experts apella exclusivament al judici clnic. El nombre d'indicadors que exploren i de seqeles que detecten s elevat i sn de diversa naturalesa. Els resultats obtinguts posen de manifest la rellevncia de comptar amb metodologies sistematitzades i amb instruments especfics i adaptats a l'mbit forense, amb la finalitat de guanyar en precisi dels resultats i en optimitzaci del procs d'avaluaci de la VPP.
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Pesquisa descritiva realizada de abril a julho de 2008, na Universidade Federal do Paran, em trs instituies hospitalares, uma unidade acadmica de ensino superior e uma de ensino mdio. Os objetivos foram: analisar a presena da violência psicológica na prtica profissional da enfermeira; caracterizar o tipo de violência e o agressor; identificar as reaes da vtima aps a agresso. Foram entrevistadas 161 enfermeiras, com idade entre 22 a 57 anos, prevalecendo a raa branca. Constatou-se que a violência psicológica acontece no ambiente hospitalar e acadmico; os agressores em sua maioria so mulheres, com destaque para as colegas de trabalho, seguido do mdico e outros profissionais da equipe de sade; as enfermeiras com menos de um ano de graduao foram as que sofreram maior grau de agresso e com maior intensidade. Entre os fatores resultantes da agresso, a irritabilidade est em primeiro lugar, seguida da raiva, tristeza e diminuio da auto-estima.
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A modalidade violência psicológica mais conhecida pela sua invisibilidade no mbito pblico em razo de, entre outros fatores, ocorrer mais frequentemente na esfera privada, bem como por no deixar marcas fsicas. Atualmente, a Lei 11.340/2006, batizada de Lei Maria da Penha, depois de sancionada, traduz uma forma de amparo legal e institucionalizado para as mulheres. Empregamos a concepo de gnero segundo Scott (1991), como uma das ferramentas analticas que permitem identificar nexos entre a construo socioeconmica da violência e as polticas do Estado. Neste panorama, apresentamos como objetivo geral desta pesquisa emprica desvelar algumas (in) visveis sequelas psquicas e sociais e de modo especfico as repercusses na subjetividade da mulher que vivencia situaes de violência psicológica ocorridas em mbito domstico e intrafamiliar. As anlises foram realizadas na perspectiva Gestltica, uma abordagem psicológica do contato consciente, cuja interveno permite o fortalecimento do suporte interno e auto-regulao saudvel, de modo a superar situaes que obscurecem as funes e fronteiras de contato. Trata-se de uma pesquisa clnico-qualitativa de base fenomenolgico-existencial-gestltica e hermenutica. Os procedimentos utilizados foram: submisso do projeto ao Comit de tica do CCS/UFPA; obteno da autorizao Institucional; identificao e convite a trs mulheres para participarem da pesquisa, segundo o perfil de incluso na amostra: disponibilidade para a pesquisa, faixa etria de 25 a 45 anos, que esteve ou est vivenciando situao de violência psicológica com seu marido/companheiro. Posteriormente, foi assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e realizado as entrevistas semi-dirigidas atravs de perguntas abertas (gravadas em udio). As mesmas foram transcritas e analisadas. O local da pesquisa foi o Centro de Referncia Maria do Par. Utilizamos para a anlise dos discursos coletados a compreenso de Ricouer (1975) e os conceitos Gestlticos de contato, funes e fronteiras de contato, mecanismos de defesa, self, ajustamento criativo e awareness. O resultado aponta para o desvelamento de vividos permeados de agresses verbais em forma de humilhaes, xingamentos, ofensas, cimes, desqualificao de sua aparncia fsica, falta de dilogo, isolamento social e emocional, medo, sofrimento, dor, angstia, culpa, vergonha, sentimentos de dio, raiva, tristeza e impotncia diante de tal violência. Conclumos que a invisibilidade de tais experincias de violência psicológica gera visveis interrupes no contato consigo mesma, em suas relaes familiares e sociais, bem como, imprime profundas e danosas desestruturaes na personalidade e na maneira da mulher expressar sua subjetividade.
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A pesquisa aborda a violência psicológica tal como definida pela Organizao Mundial de Sade (KRUG, 2002) Usamos tambm a definio de violência psicológica utilizada por Straus e Sweet (1992). Nosso objetivo geral foi identificar a ocorrncia de violência psicológica conjugal entre estudantes universitrios, e a correlao desta com fatores de risco. E os especficos foram verificar sua correlao com a auto-estima, a ingesto de lcool, a faixa etria, o nmero de filhos e o rendimento familiar dos participantes. Tivemos respondentes de ambos os gneros, casados ou em unio estvel, com idades entre 16 e 60 anos e alunos da Universidade Metodista de So Paulo. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade Metodista de So Paulo e abordou universitrios da graduao, graduao tecnolgica e cursos seqenciais. Esta pesquisa uma pesquisa descritiva e sua amostragem foi no-probabilstica de convenincia, responderam ao instrumento 246 pessoas, que foram escolhidas com base nos critrios de incluso e na sua disponibilidade imediata para responder pesquisa. Obtivemos mais respondentes do gnero feminino (145) do que do masculino (100). O instrumento foi composto por: Escala de Tticas de Conflito (CTS1), Escala de Auto-Estima e Autoconceito de Rosenberg e um Questionrio Scio-demogrfico Adaptado. A CTS 1 foi usada para medir a violência familiar, a escala de auto-estima foi usada para verificar a atitude positiva ou negativa das pessoas e o questionrio foi usado para complementar dados sobre a histria pessoal e conjugal dos respondentes. Foram analisados 246 instrumentos atravs do Estatstico SPSS 13,0 for Windows. Os resultados demonstraram que aproximadamente 30% das pessoas de ambos os gneros e da amostra total apresentaram alto grau de violência psicológica. Verificamos que existe uma tendncia de que quanto menor a auto-estima dos respondentes maior o grau de violência psicológica. Constatamos tambm a inexistncia de correlao linear entre violência psicológica, costume de ingerir bebida alcolica e quantidade de bebida alcolica ingerida pelos respondentes. Este dado no corroborado pela literatura pesquisada. Portanto, percebemos que o lcool em si diz pouco enquanto fator de risco para a ocorrncia da violência psicológica. Sua articulao merece ser mais investigada e melhor delineada por meio da busca de conhecimentos e prticas que contribuam para a sade da populao. Conclumos que a violência psicológica conjugal muitas vezes banalizada e tida como natural
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A pesquisa aborda a violência psicológica tal como definida pela Organizao Mundial de Sade (KRUG, 2002) Usamos tambm a definio de violência psicológica utilizada por Straus e Sweet (1992). Nosso objetivo geral foi identificar a ocorrncia de violência psicológica conjugal entre estudantes universitrios, e a correlao desta com fatores de risco. E os especficos foram verificar sua correlao com a auto-estima, a ingesto de lcool, a faixa etria, o nmero de filhos e o rendimento familiar dos participantes. Tivemos respondentes de ambos os gneros, casados ou em unio estvel, com idades entre 16 e 60 anos e alunos da Universidade Metodista de So Paulo. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade Metodista de So Paulo e abordou universitrios da graduao, graduao tecnolgica e cursos seqenciais. Esta pesquisa uma pesquisa descritiva e sua amostragem foi no-probabilstica de convenincia, responderam ao instrumento 246 pessoas, que foram escolhidas com base nos critrios de incluso e na sua disponibilidade imediata para responder pesquisa. Obtivemos mais respondentes do gnero feminino (145) do que do masculino (100). O instrumento foi composto por: Escala de Tticas de Conflito (CTS1), Escala de Auto-Estima e Autoconceito de Rosenberg e um Questionrio Scio-demogrfico Adaptado. A CTS 1 foi usada para medir a violência familiar, a escala de auto-estima foi usada para verificar a atitude positiva ou negativa das pessoas e o questionrio foi usado para complementar dados sobre a histria pessoal e conjugal dos respondentes. Foram analisados 246 instrumentos atravs do Estatstico SPSS 13,0 for Windows. Os resultados demonstraram que aproximadamente 30% das pessoas de ambos os gneros e da amostra total apresentaram alto grau de violência psicológica. Verificamos que existe uma tendncia de que quanto menor a auto-estima dos respondentes maior o grau de violência psicológica. Constatamos tambm a inexistncia de correlao linear entre violência psicológica, costume de ingerir bebida alcolica e quantidade de bebida alcolica ingerida pelos respondentes. Este dado no corroborado pela literatura pesquisada. Portanto, percebemos que o lcool em si diz pouco enquanto fator de risco para a ocorrncia da violência psicológica. Sua articulao merece ser mais investigada e melhor delineada por meio da busca de conhecimentos e prticas que contribuam para a sade da populao. Conclumos que a violência psicológica conjugal muitas vezes banalizada e tida como natural
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A pesquisa aborda a violência psicológica tal como definida pela Organizao Mundial de Sade (KRUG, 2002) Usamos tambm a definio de violência psicológica utilizada por Straus e Sweet (1992). Nosso objetivo geral foi identificar a ocorrncia de violência psicológica conjugal entre estudantes universitrios, e a correlao desta com fatores de risco. E os especficos foram verificar sua correlao com a auto-estima, a ingesto de lcool, a faixa etria, o nmero de filhos e o rendimento familiar dos participantes. Tivemos respondentes de ambos os gneros, casados ou em unio estvel, com idades entre 16 e 60 anos e alunos da Universidade Metodista de So Paulo. A pesquisa de campo foi realizada na Universidade Metodista de So Paulo e abordou universitrios da graduao, graduao tecnolgica e cursos seqenciais. Esta pesquisa uma pesquisa descritiva e sua amostragem foi no-probabilstica de convenincia, responderam ao instrumento 246 pessoas, que foram escolhidas com base nos critrios de incluso e na sua disponibilidade imediata para responder pesquisa. Obtivemos mais respondentes do gnero feminino (145) do que do masculino (100). O instrumento foi composto por: Escala de Tticas de Conflito (CTS1), Escala de Auto-Estima e Autoconceito de Rosenberg e um Questionrio Scio-demogrfico Adaptado. A CTS 1 foi usada para medir a violência familiar, a escala de auto-estima foi usada para verificar a atitude positiva ou negativa das pessoas e o questionrio foi usado para complementar dados sobre a histria pessoal e conjugal dos respondentes. Foram analisados 246 instrumentos atravs do Estatstico SPSS 13,0 for Windows. Os resultados demonstraram que aproximadamente 30% das pessoas de ambos os gneros e da amostra total apresentaram alto grau de violência psicológica. Verificamos que existe uma tendncia de que quanto menor a auto-estima dos respondentes maior o grau de violência psicológica. Constatamos tambm a inexistncia de correlao linear entre violência psicológica, costume de ingerir bebida alcolica e quantidade de bebida alcolica ingerida pelos respondentes. Este dado no corroborado pela literatura pesquisada. Portanto, percebemos que o lcool em si diz pouco enquanto fator de risco para a ocorrncia da violência psicológica. Sua articulao merece ser mais investigada e melhor delineada por meio da busca de conhecimentos e prticas que contribuam para a sade da populao. Conclumos que a violência psicológica conjugal muitas vezes banalizada e tida como natural
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OBJETIVO: A violência contra a mulher cometida por parceiro ntimo fenmeno complexo e um problema de sade pblica, e o servio de sade um dos locais mais procurados por mulheres nessa situao. O objetivo do estudo foi determinar a prevalncia desse tipo de violência entre as usurias de um centro de sade distrital. MTODOS: O estudo foi realizado em Ribeiro Preto, SP, em 2003. Uma amostra de 265 mulheres, de 18 a 49 anos, foi entrevistada utilizando-se um questionrio aplicado face a face. A violência foi classificada em psicológica, fsica, sexual e geral. As anlises estatsticas utilizadas foram regresso logstica exata e o teste exato de Fisher. RESULTADOS: A violência psicológica ocorreu pelo menos uma vez na vida para 41,5%, violência fsica para 26,4% e violência sexual para 9,8%; 45,3% referiram ocorrncia de qualquer um dos tipos de violência, das quais 20,3% em at 12 meses antecedendo a entrevista; 22,3% afirmaram ter sofrido violência alguma vez na vida. A anlise multivariada mostrou os fatores de risco detectados para cada tipo de violência: violência psicológica e geral - uso de drogas pelo companheiro, condio socioeconmica e violência na famlia; violência fsica - uso de drogas pelo companheiro, escolaridade e violência na famlia; violência sexual - condio socioeconmica e violência na famlia. CONCLUSES: Os resultados mostraram que a prevalncia da violência entre as usurias de centro de sade foi alta e compatvel com os resultados encontrados em outras investigaes e sugere tambm sua invisibilidade para o servio de sade.
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OBJETIVO: Analisar os resultados do WHO Multi-country Study on Women´s Health and Domestic Violence sobre a prevalncia da violência contra mulheres por parceiros ntimos encontrada no Brasil. MTODOS: Estudo transversal integrante do WHO Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence against women, realizado em dez pases, entre 2000-2003. Em todos os locais foi utilizado questionrio estruturado padronizado, construdo para o estudo. Para conhecer contrastes internos a cada pas, a maior cidade e uma regio rural foram investigadas, sempre que factvel. Foi selecionada amostra representativa da cidade de So Paulo e de 15 municpios da Zona da Mata de Pernambuco constituda por mulheres de 15 a 49 anos de idade. Foram includas 940 mulheres de So Paulo e 1.188 de Pernambuco, que tiveram parceria afetivo-sexual alguma vez na vida. A violência foi classificada nos tipos psicológica, fsica e sexual, sendo analisadas suas sobreposies, recorrncia dos episdios, gravidade e poca de ocorrncia. RESULTADOS: Mulheres de So Paulo e Pernambuco relataram, respectivamente, ao menos uma vez na vida: violência psicológica (N=383; 41,8% e N=580; 48,9%), fsica (266; 27,2% e 401; 33,7%); sexual (95; 10,1% e 170; 14,3%). Houve sobreposio dos tipos de violência, que parece associada s formas mais graves de violência. A maior taxa da forma exclusiva foi, para So Paulo e Pernambuco, a da violência psicológica (N=164; 17,5% e N=206; 17,3%) e a menor da violência sexual (N=2;0,2% e 12; 1,0%) CONCLUSES: Os resultados mostram a violência como um fenmeno de alta freqncia. Os achados reiteram estudos internacionais anteriores quanto grande magnitude e superposies das violências por parceiro ntimo.
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OBJETIVO: Estimar a ocorrncia de violência psicológica, fsica e sexual em profissionais de enfermagem. MTODOS: Estudo transversal com amostra de 179 profissionais (50 enfermeiras e 129 auxiliares/tcnicas de enfermagem) de um hospital geral do municpio de So Paulo, SP, entre 2005 e 2006. Utilizou-se questionrio aplicado face a face por entrevistadoras treinadas. A violência foi abordada em suas formas psicológica, fsica e sexual para agressores homens e mulheres, agrupados em: parceiros ntimos, familiares e outros agressores como conhecidos e estranhos. Procedeu-se a uma anlise descritiva, calculando-se as freqncias dos tipos de violência com intervalo de confiana de 95%. RESULTADOS: A violência por parceiro ntimo foi a mais freqente (63,7%; IC 95%:55,7;70,4) seguida pela violência perpetrada por outros (pacientes/acompanhantes, colegas de trabalho da rea da sade, estranhos, chefia de enfermagem e conhecidos; 45,8%; IC 95%: 38,3;53,4). A violência por familiares ocupou o terceiro lugar (41,3%; IC 95%: 34,0;48,9) e foi cometida, principalmente, por pai, irmos (homens), tios e primos. Em geral, poucas profissionais de enfermagem que sofreram violência buscaram ajuda: 29,7% para a violência por parceiro ntimo; 20,3% para a violência por outros e 29,3% para a violência por familiares. No perceberam o vivido como violento, 31,9% das entrevistadas. CONCLUSES: As taxas de violência de gnero entre mulheres profissionais de sade foram significativas, principalmente para a violência cometida por parceiros ntimos e familiares. Entretanto, a busca de ajuda frente aos agravos sofridos foi baixa, considerando ser um grupo de escolaridade significativa.
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OBJETIVO: Identificar os fatores associados violência domstica contra gestantes. MTODOS: Foram entrevistadas 1.379 gestantes usurias do Sistema nico de Sade acompanhadas em unidades bsicas de sade no municpio de Campinas (SP). Foram analisadas a primeira e a segunda entrevistas de um estudo de coorte, aplicando-se questionrio estruturado sobre violência domstica validado no Brasil, de julho de 2004 a julho de 2006. Foram realizadas anlise descritiva e regresso logstica mltipla dos dados. RESULTADOS: Do total da amostra, 19,1% (n=263) das gestantes reportaram violência psicológica e 6,5% (n=89) violência fsica/sexual. Os fatores associados violência psicológica foram: parceiro ntimo adolescente (p<0,019) e gestante ter presenciado agresso fsica antes dos 15 anos (p<0,001). Foram associados violência fsica/sexual: dificuldade da gestante em comparecer s consultas de pr-natal (p<0,014), parceiro ntimo fazer uso de drogas (p<0,015) e no trabalhar (p<0,048). Os fatores associados violência psicológica e fsica/sexual foram: baixa escolaridade da gestante (p<0,013 e p<0,020, respectivamente), gestante ser responsvel pela famlia (p<0,001 e p=0,017, respectivamente) gestante ter sofrido agresso fsica na infncia (p<0,029 e p<0,038, respectivamente), presena de transtorno mental comum (p<0,001) e parceiro ntimo consumir bebida alcolica duas ou mais vezes por semana (p<0,001). CONCLUSES: Constataram-se altas prevalncias das diferentes categorias de violência domstica praticada pelo parceiro ntimo durante o perodo gestacional, assim como, com os diversos fatores a elas associados. Mecanismos apropriados para identificao e abordagem da violência domstica na gestao so necessrios, especialmente na ateno primria.
Resumo:
OBJETIVO: Validar o instrumento do estudo World Health Organization Violence Against Women (WHO VAW) sobre violência psicológica, fsica e sexual por parceiros ntimos contra mulheres. MTODOS: Estudo transversal realizado em vrios pases entre 2000 e 2003, inclusive Brasil. Selecionaram-se amostras aleatrias e representativas de mulheres de 15-49 anos com parceiros ntimos, residentes na cidade de So Paulo, SP, (n = 940) e na Zona da Mata de Pernambuco (n = 1.188). Realizou-se anlise fatorial exploratria das perguntas sobre violências (quatro psicológicas, seis fsicas e trs sexuais), com rotao varimax e criao de trs fatores. Calculou-se alfa de Cronbach para anlise da consistncia interna. Para a validao por grupos extremos, mdias de escores (zero a 13 pontos) de violência foram testadas em relao aos desfechos: auto-avaliao de sade, atividades dirias, presena de dor ou desconforto, ideao e tentativa de suicdio, grande consumo de lcool e presena de transtorno mental comum. RESULTADOS: Foram definidos trs fatores com varincia acumulada semelhante (0,6092 em So Paulo e 0,6350 na Zona da Mata). Para So Paulo, o primeiro fator foi determinado pela violência fsica, o segundo pela sexual e o terceiro pela psicológica. Para a Zona da Mata, o primeiro fator foi composto pela violência psicológica, o segundo pela fsica e o terceiro pela sexual. Coeficientes de alfa de Cronbach foram 0,88 em So Paulo e 0,89 na Zona da Mata. As mdias dos escores de violência foram significativamente maiores para desfechos menos favorveis, exceto tentativa de suicdio em So Paulo. CONCLUSES: O instrumento mostrou-se adequado para estimar a violência de gnero contra a mulher perpetrada por seu parceiro ntimo e pode ser utilizado em estudos sobre o tema. Ele tem alta consistncia interna e capacidade de discriminar as formas de violência psicológica, fsica e sexual, perpetrada em contextos sociais diversos. O instrumento tambm caracteriza a mulher agredida e sua relao com o agressor, facilitando anlises de gnero.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia e analisar o padro da violência por parceiro ntimo antes e durante a gestao e no ps-parto. MTODOS: Estudo de coorte realizado com 960 mulheres de 18 a 49 anos, cadastradas no Programa Sade da Famlia da cidade do Recife, PE, entre 2005 e 2006. As mulheres foram entrevistadas durante a gestao e no puerprio, utilizando-se um questionrio adaptado do Estudo Multipases sobre a Sade da Mulher e Violência Domstica da Organizao Mundial da Sade. Para avaliar o padro de ocorrncia da violência por parceiro ntimo, entre um determinado perodo e o subseqente, o odds ratio foi calculado com intervalos de 95% de confiana (IC95%). RESULTADOS: A prevalncia de violência por parceiro ntimo antes, durante e/ou depois da gestao foi estimada em 47,4% e, para cada perodo isolado, em 32,4%, 31,0% e 22,6%, respectivamente. As mulheres que relataram violência antes da gravidez tiveram chance 11,6 vezes maior (IC95%: 8,3;16,2) de relatar violência durante a gravidez. Quando as mulheres relataram violência durante a gravidez, a chance de relatos no ps-parto foi 8,2 vezes maior (IC95%: 5,1;11,7). A violência psicológica foi a de maior prevalncia, principalmente durante a gestao (28,8%; IC95%: 26,0%;31,7%); a sexual, a menos prevalente, especialmente no ps-parto (3,7%; IC95%: 2,6%;5,0%); e a fsica diminuiu quase 50% durante a gestao em comparao com o perodo anterior. CONCLUSES: Parcela significativa das mulheres em idade reprodutiva vivencia situaes de violência por parceiro ntimo. Os perodos de consultas de pr-natal e de puericultura so oportunidades para que o profissional de sade possa identificar situaes de violência.