3 resultados para radicalness


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A pesquisa, interessada em precisar as ferramentas conceituais que possibilitam operar a clínica no campo da reforma psiquiátrica quando a cidade invade o setting do tratamento e vem colocar a clínica em questão tem como ponto de partida o percurso de uma experiência desenvolvida nos últimos dez anos junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com serviços de saúde mental da rede pública, tendo a atividade do acompanhamento terapêutico como vetor. Clínica e cidade foram os fios condutores desta investigação, que recorre inicialmente a leituras diversas, da história, geografia, ciências sociais, literatura, filosofia, para acompanhar desde a formação das cidades medievais até o advento das metrópoles contemporâneas. O nascimento do alienismo é inscrito nesse contexto, no momento de instauração das sociedades democráticas modernas, cuja ambição pelo governo das lamas engendra o ideal isolacionista que o asilo psiquiátrico veio presentificar, de forma que a psiquiatria e suas congêneres, nascidas na cidade, dela vêm se apartar, o que se coloca como paradoxo presente nos processos de reforma psiquiátrica contemporâneos que propugnam o retorno da loucura ao convívio nas cidades. Considerando que é esses paradoxo que o acompanhamento terapêutico, ao abrir-se à cidade, vem habita, a pesquisa busca identificar as ferramentas conceituais de que se serve o acompanhamento terapêutico em cada uma de suas vertentes em cada uma de suas vertentes teóricas referendadas seja em Lacan, em, Winnicott ou Deleuze e Guattari e o modo como essas ferramentas possibilitam à clínica a incorporação do espaço pública, através de objetos e relações, tanto simbólicos como materiais, sem fazer uso de uma relação de domínio à parte que implique em segregação com respeito à sociedade comum. Conclui-se, daí, que, se a incidência da cidade na prática do acompanhamento terapêutico configura o traço que singulariza essa prática como um dos modos de fazer clínica, ela é, ao mesmo tempo, o que leva ao seu limite paradoxal o modo como a clínica se faz, cabendo disso extrais as consequências que interessam a uma clínica conforme a radicalidade do que propõe a reforma psiquiátrica.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

The article offers a close reading of Konrad Wolf’s anti-fascist Second World War film 'Mama, ich lebe' (DEFA, 1977). 'Mama, ich lebe', like all East German films about the Nazi past, deals with the re-founding of post-war Germany. Unlike the usual approach which focused on political redemption of the past crimes, Wolf’s approach explores rupture and failure of political agency as the pre-condition for a new beginning. The rupture is effected by the defection of four Wehrmacht soldiers who decide to cooperate with the Soviet enemy. Their betrayal of the national collective is ethically motivated and arises from their responsibility for the Soviet ‘other’. Its radicalness opens up a moment of utopian freedom and conciliation for the traitors. Yet the back side of betrayal is insecurity and confliction with regard to their role and roots. While the four meet their role as traitors with self-deception about their ambivalent position, they are eventually forced to acknowledge their position as one of self-defeat. Their ‘ethical betrayal’ (Parikh 2009) does therefore not lead to utopian fulfilment but to the traitors’ expiatory sacrifice as the only form of accountability and self-justification. In Wolf’s film antifascism as a tale of political redemption is thus revised and becomes a tale of necessary individual atonement.