39 resultados para prédica
Resumo:
O objetivo principal deste trabalho é a análise do sermão Pecados capitais e hipocrisia, simonia, detração e adulação, circunscrito no conjunto dos escritos antonianos que se reportam ao universo dos bestiários medievais. Na obra em questão, os respectivos vícios humanos são evocados, cada qual, a partir da analogia estabelecida com o comportamento de determinados animais. Santo Antônio de Lisboa (1192-1231) viveu a maior parte de sua vida durante as primeiras décadas do período conhecido como Baixa Idade Média (século XIII ao XV). Data do início dessa era o estabelecimento de uma arte de pregar medieval, que toma como referência as idéias propaladas no princípio do Cristianismo, a filosofia dos Padres da Igreja e, por fim, os diversos preceptores do século XIII, que espelhavam o novo contorno do qual havia se revestido a teoria da prédica, em que se sublinhava também a forma de pregar, até então preterida em função do conteúdo da oratória. É também nessa época que tomam vulto as ordens mendicantes, dentre as quais se destacam os franciscanos. Santo Antônio, como pregador dos Frades Menores, valeu-se dos conhecimentos adquiridos durante o período em que integrou a Ordem dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho; da filosofia propalada pelo fundador da Ordem instituída por São Francisco de Assis; e, por fim, de todos os artifícios que lhe oferecia a oratória de seu tempo. Dirigiu sua prédica, sobretudo, aos cátaros, hereges que desprezavam as coisas materiais, inclusive a natureza. Ao utilizar o simbolismo dos bestiários medievais, estima-se que Santo Antônio conciliou três fatores fundamentais na eficácia de seu discurso. O primeiro deles se refere à plena comunhão entre os recursos da ars praedicandi e a alegoria do bestiário medieval. Em seguida, ressalta-se a própria utilização do mundo animal como fator de eficaz eloqüência, considerando-se a concepção, em voga na sociedade medieval, de que a natureza seria um espelho codificado do universo espiritual, e nela estariam subjacentes os propósitos de Deus para com os homens. O terceiro fator a ser destacado é a harmonia entre a utilização do bestiário medieval como subsídio retórico e a filosofia dos franciscanos, que confere valor especial à natureza, sobretudo aos animais
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A presente pesquisa tem como propósito maior identificar as consequências sócioreligiosas que se dão no encontro entre a prédica protestante de missão e os principais marcos de referência da identidade brasileira. Para tanto, num primeiro momento, analisa os movimentos religiosos que fomentaram a matriz teológica do protestantismo de missão responsável pela caracterização de sua prédica por meio de revisão bibliográfica e estudo dos sermões de alguns dos primeiros missionários americanos e pregadores nacionais. Num segundo momento, por meio de pesquisa de campo e análise de sermões contemporâneos, a pesquisa identifica as variações da matriz teológica do protestantismo de missão e os reflexos consequentes em sua prédica atual. Ao definir, num terceiro momento, os principais aspectos da identidade nacional, confronta-os com as principais características da prédica protestante de missão brasileira, identificando algumas das consequências sócio-religiosas provenientes dos encontros e desencontros que se dão entre os dois fenômenos. Por fim, baseado nos resultados da pesquisa e no que se tem escrito sobre o tema, aponta-se alguns caminhos para uma ciência homilética que considera a identidade brasileira como elemento basilar de sua reflexão e práxis.
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Esta tese analisa as moralidades vicentinas a partir dos preceitos retóricos presentes na Arte Retórica de Aristóteles e na retórica latina a fim de observar possíveis pontos de identificação das moralidades com os sermões medievais. Para tanto, investiga como a retórica influenciou os diversos tratados de prédica que orientaram a produção de sermões no período. O conhecimento das técnicas retóricas, seja em sua formulação antiga, ou em suas atualizações, mostra-se um importante meio de interpretação não só das estratégias persuasivas das moralidades, como também na compreensão do sentido mais profundo do texto. O corpus vicentino de interesse para esta investigação foi delimitado e organizado a partir da distinção dos discursos epidíticos, deliberativo e judiciário no que concerne à identificação dos valores e argumentos predominantes nos autos analisados, quais sejam: a exaltação das virtudes e da Virgem nos autos da Fé e da Mofina Mendes e as vantagens dos discursos que visam à deliberação nos autos da Alma e da Feira, além da construção argumentativa no diálogo das personagens que acusam/defendem nos autos da Barca do Inferno e Purgatório
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Santo Antônio de Lisboa / de Pádua viveu entre 1191 e 1231, período conhecido como Baixa Idade Média (século XIII ao XV), estudou nos centros de ensino mais proeminentes de Portugal em sua época, Mosteiro de São Vicente e Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, o que lhe possibilitou assimilar vasto conhecimento que seria usado posteriormente na pregação e no combate aos hereges, sobretudo os cátaros. Em uma época de efervescência religiosa, em que os fiéis exigiam maior participação na vida eclesiástica, e de crescentes críticas, os movimentos mendicantes foram o sustentáculo de Roma: os dominicanos com os estudos e com a pregação, e os franciscanos com a pregação por meio sobretudo da vida exemplar. É também nesse período que tem início o estabelecimento de uma arte de pregar medieval, que possui como referência a própria prédica dos primórdios do Cristianismo, baseando-se principalmente em Jesus Cristo e no apóstolo Paulo; nos Padres da Igreja, sobretudo Santo Agostinho e Gregório Magno; e, enfim, em diversos preceptores do século XIII. Santo Antônio valeu-se de todo o conhecimento adquirido nos mosteiros pelos quais passou e da ars praedicandi do período, mostrando-se bastante familiarizado com as questões de seu tempo. Critica severamente aos sacerdotes iníquos, organiza de forma sistemática a teologia da Trindade e se põe como eco estrondoso do IV Concílio de Latrão. Em seus sermões é possível verificar a presença de vários elementos persuasivos que possuem como objetivo alcançar a benevolência do ouvinte e, assim, atingir o propósito máximo, no dizer de Santo Agostinho: instruir para convencer e comover. Para alcançar tal propósito, fez amplo uso das cláusulas, das Ciências Naturais, dos Pais da Igreja, de escritores pagãos e dos bestiários medievais. Este último foi de vital importância principalmente na pregação contra os hereges cátaros, que negligenciavam a natureza como algo puro e de onde se poderia retirar preceitos espirituais ocultos. São esses os objetos, textuais e contextuais, a serem observados na presente dissertação.
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El proceso electoral peruano del 2006 ha legitimado dos formas de hacer política: la política partidarizada que toma como base a los partidos más antiguos del sistema político (los mismos que han logrado reposicionarse luego de la década fujimorista); y la política del outsider antipartidario que toma como base un discurso crítico de la clase política y deja en un segundo plano la construcción de una propuesta orgánica e institucional. La política partidarizada subsiste a pesar de la prédica antipolítica del régimen fujimorista y del sistema partidario que colapsó en los noventa. Del mismo modo, la política del outsider permanece vigente a pesar de las reformas institucionales (Ley de Partidos Políticos) que se implementaron para evitar la fragmentación política y la incursión exitosa de estos nuevos políticos. Se establece así un “régimen de convivencia” luego de un período transicional inconcluso, que implementó tímidamente las reformas institucionales que no consiguieron fortalecer el sistema, y que estuvo signado por una constante inestabilidad política y conflictividad social.-----The 2006 Peruvian election process has legitimized two ways of going about politics: either a ‘partyist’ (or ‘partisan’) approach based on the older and more traditional parties of the political system (the same ones that have managed to reposition themselves after Fujimori’s decade), or the ‘outsider’s’ anti-party (or ‘anti-partisan’) approach which is based on a critical discourse of the extant political class, pushing aside the building-up of an institutional and organic proposal. The former type of politics survives in spite of the fervent anti-politics discourse of Fujimori’s regime and of the conspicuous collapse of the party system in the 1990’s. In much the same way, the outsiders’ politics remains in force in spite of institutional reforms (Ley de Partidos Políticos or “Political Parties Act”) which were implemented to avoid political fragmentation and/or the successful foray into the political arena of these new politicians. Thus, a “coexistence regime” has been established after an unfinished transitional period during which, very timidly, institutional reforms were implemented though they never really strengthened the system, and a regime which was marked by constant political instability and social upheaval.
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Esta é uma análise do Sermão da Sexagésima, proferido pelo padre Antônio Vieira em1655, na Capela Real da cidade de Lisboa, Portugal. Aborda os problemas da perseguição dos jesuítas na província do Maranhão no Brasil Colônia, porque defendiam as populações indígenas exploradas economicamente por colonos e proprietários de terra. Vieira discorre sobre o significado da prédica como ação militante. Este artigo trata o referido sermão como um texto clássico da ciência política moderna e estabelece uma terminologia própria: o termo sermão é empregado como parte de uma teoria política; o termo pregação é entendido como ação política orientada ou militância propriamente dita. Neste contexto, é possível interrogar-se acerca dos significados de uma educação militante que se dê por meio de estratégias didáticas da socialização da teoria.
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Dentro del corpus ensayístico de Manuel Ugarte figura una obra titulada El destino de un continente (1923) que da cuenta de su gira por el continente americano. El propósito de este largo viaje que emprende Ugarte es de carácter propagandístico, pues sostiene públicamente —a través de conferencias, mítines— la tesis de la unidad continental como estrategia defensiva contra la política intervencionista norteamericana. Pareciera, inicialmente, que el texto en cuestión merecería un abordaje desde los estudios de la literatura de viaje, lo que es en sí mismo correcto aunque, a nuestro entender, insuficiente. De manera que tenemos un problema de orden genérico que bien vale la pena plantear a fin de ajustar nuestra lectura. Es cierto que se trata de un viaje, pero no de un viaje cualquiera, en términos de un sujeto que se traslada de un sitio a otro con propósitos meramente turísticos, sino que la motivación central del desplazamiento ugarteano se sitúa en una acción catequística, si se quiere, de prédica que pretende mover a la acción.
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En el presente trabajo se busca hacer un aporte a la temática de las identidades políticas tomando como referente empírico el discurso político del líder del Frente Renovador, Sergio Massa, durante su campaña en las elecciones legislativas del año 2013, contienda de la cual salió victorioso y erigido principal figura de la oposición. Partiendo desde un enfoque que se apoya en el análisis del lenguaje para desentrañar la construcción de las identidades políticas, se llevará adelante una experiencia que pretende hacer dialogar la dimensión teórica con la empírica. Por otro lado, interesa realizar un aporte metodológico a partir de experimentar la posibilidad de combinar y compatibilizar dos corrientes de pensamiento diferentes: la teoría sociosemiótica desarrollada por Verón y el enfoque post estructuralista de la teoría de la hegemonía, cuyos máximos exponentes son Ernesto Laclau y Chantal Mouffe. Partiendo del supuesto compartido por ambas escuelas que sostiene el carácter performativo del lenguaje y utilizando las herramientas metodológicas que las mismas proveen, se emprende el ejercicio de descomponer y analizar una serie de discursos significativos de Massa para poder comprender cómo construyó a lo largo de la campaña electoral una identidad política basada en la prédica tecnocrática del consenso y la gestión
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El movimiento de la Reforma Universitaria promovió en la década de 1920 diversas iniciativas de renovación de la educación superior, entre las que se contó el desenvolvimiento de los estudios humanistas. Este artículo reconstruye la labor intelectual y las intervenciones académicas del filósofo Alejandro Korn en la Universidad Nacional de La Plata en esa década, para constituir en ella el espacio de los saberes y disciplinas de las humanidades. Se analizan sus posiciones sobre el agotamiento del positivismo filosófico y su prédica intelectual para el desarrollo académico de los saberes clásicos en su Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, que consideraba fundamentales para formular los principios de una renovada filosofía que orientara a la sociedad argentina ante la crisis cultural que inauguraba el siglo XX
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El presente artículo se propone como objetivo analizar el derrotero seguido por FORJA desde su formación en 1935 hasta su autodisolución, decidida diez años más tarde. El trabajo presenta, en primer lugar, una breve reconstrucción de los orígenes de la agrupación. Avanza, en segundo término, en un análisis de las reformulaciones que FORJA introdujo en la identidad radical, prestando particular atención al modo en que los forjistas reinterpretaron el legado yrigoyenista. Expone luego los elementos centrales del programa forjista, examinando tanto las ideas esbozadas en dicho programa como las prácticas de difusión y propaganda de las que la agrupación se valió para divulgar su prédica; analiza, asimismo, el modo en que FORJA arraigó en distintos puntos del territorio nacional. Finalmente, el trabajo hace referencia a la compleja relación que la agrupación mantuvo con el peronismo en la coyuntura crítica en que éste hizo su aparición en el escenario político argentino
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El movimiento de la Reforma Universitaria promovió en la década de 1920 diversas iniciativas de renovación de la educación superior, entre las que se contó el desenvolvimiento de los estudios humanistas. Este artículo reconstruye la labor intelectual y las intervenciones académicas del filósofo Alejandro Korn en la Universidad Nacional de La Plata en esa década, para constituir en ella el espacio de los saberes y disciplinas de las humanidades. Se analizan sus posiciones sobre el agotamiento del positivismo filosófico y su prédica intelectual para el desarrollo académico de los saberes clásicos en su Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, que consideraba fundamentales para formular los principios de una renovada filosofía que orientara a la sociedad argentina ante la crisis cultural que inauguraba el siglo XX
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En el presente trabajo se busca hacer un aporte a la temática de las identidades políticas tomando como referente empírico el discurso político del líder del Frente Renovador, Sergio Massa, durante su campaña en las elecciones legislativas del año 2013, contienda de la cual salió victorioso y erigido principal figura de la oposición. Partiendo desde un enfoque que se apoya en el análisis del lenguaje para desentrañar la construcción de las identidades políticas, se llevará adelante una experiencia que pretende hacer dialogar la dimensión teórica con la empírica. Por otro lado, interesa realizar un aporte metodológico a partir de experimentar la posibilidad de combinar y compatibilizar dos corrientes de pensamiento diferentes: la teoría sociosemiótica desarrollada por Verón y el enfoque post estructuralista de la teoría de la hegemonía, cuyos máximos exponentes son Ernesto Laclau y Chantal Mouffe. Partiendo del supuesto compartido por ambas escuelas que sostiene el carácter performativo del lenguaje y utilizando las herramientas metodológicas que las mismas proveen, se emprende el ejercicio de descomponer y analizar una serie de discursos significativos de Massa para poder comprender cómo construyó a lo largo de la campaña electoral una identidad política basada en la prédica tecnocrática del consenso y la gestión