908 resultados para maturidade sexual
Resumo:
Callinectes danae (Smith, 1869), siri-azul, constitui um importante recurso pesqueiro nos estuários dos rios Botafogo e Carrapicho. O objetivo do presente estudo foi estimar a maturidade sexual das fêmeas de C. danae. Os espécimes foram capturados, entre outubro de 2003 a junho de 2004, com auxílio de um barco de pesca equipado com rede de arrasto do tipo "wing-trawl" e arrastados durante 5 minutos. No laboratório, os siris foram contados, numerados, sexados, pesados e mensurados. A largura da carapaça (LC) foi medida na base do espinho lateral e a largura do abdome (LA) mensurada na altura da articulação do quinto esternito abdominal. Um total de 596 fêmeas de C. danae foram analisadas: 417 (69,97%) no rio Botafogo e 179 (30,03%) no Carrapicho; as fêmeas não-ovígeras apresentaram LC de 18,38 a 101 mm (59,14 ± 13,65 mm) e 26,70 a 83,48 mm (59,16 ± 13,77 mm), nos respectivos rios; a LC de fêmeas ovígeras foi de 57,04 a 83,30 mm (67,68 ± 6,56 mm). As médias de larguras das carapaças não apresentaram diferenças estatisticamente significativas O conhecimento da maturidade sexual das fêmeas de Callinectes danae é de grande importância para o seu manejo e conservação. O L50 gonadal foi estimado em 63,58 mm (chi2 = 140,47; g.l. = 1; p < 0,01) e 61,59 mm (chi2 = 90,94; g.l. = 1; p < 0,01) e o L50 morfológico foi de 57,13 mm (chi2 = 484,51; g.l. = 1; p < 0,01) e 56,46 mm (chi2 = 257,82; g.l. = 1; p < 0,01), nos estuários dos rios Botafogo e Carrapicho, respectivamente. Em ambos os estuários, a maturidade morfológica de fêmeas de C. danae ocorreu antes da maturidade gonadal e para garantir que esta espécie seja manejada com êxito, sugere-se que a pesca seja permitida apenas em indivíduos com largura da carapaça superior a 65 mm.
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O tamanho da primeira maturação sexual (TPM) em Aegla platensis Schmitt, 1942 foi estimado através das mudanças nas proporções de dimensões corporais dos animais. Para isso, foram realizadas coletas mensais, de julho de 2007 a junho de 2008 no Lajeado Bonito (27º25'27''S, 53º24'39''W), um tributário de primeira ordem do Rio da Várzea, município de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul. Foram utilizados 437 machos com comprimento de cefalotórax (CC) variando de 6,00 mm a 31,75 mm e 368 fêmeas, com tamanhos entre 6,08 mm e 27,92 mm de CC. As seguintes dimensões corporais foram mensuradas em todos os indivíduos coletados: comprimento do cefalotórax (CC), largura do abdome (LA), comprimento do própodo do quelípodo direito (CPD) e comprimento do própodo do quelípodo esquerdo (CPE). Após o registro dessas medidas, os animais foram devolvidos ao mesmo local de captura. As análises de maturidade sexual morfológica foram realizadas com auxílio do software Mature 2, nas quais foram utilizadas as medidas de CC, considerada como variável independente e relacionada com as demais dimensões. As relações que melhor se ajustaram para estas análises, em machos, foram CPD x CC (TPM: CC=18,2 mm) e CPE x CC (TPM: CC=20,1 mm) e LA x CC (TPM: CC=16,5 mm) nas fêmeas.
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Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de determinar o tamanho da maturidade morfológica e fisiológica de machos e fêmeas em duas populações de Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) de Tamandaré, Pernambuco, Brasil. Os caranguejos foram coletados mensalmente (abril/2008 a março/2009) nos manguezais dos rios Ariquindá e Mamucabas, por um catador, através da técnica de braceamento, durante a maré baixa em três áreas distintas de 25 m² cada. Os caranguejos capturados foram separados por sexo e medidos (largura da carapaça, comprimento do própodo do quelípodo dos machos e largura do 5º somito abdominal das fêmeas). Além disso, os caranguejos foram caracterizados em relação ao estágio de desenvolvimento gonadal. Os caranguejos com gônadas imaturas e rudimentares foram considerados jovens, enquanto os demais foram classificados como adultos (gônada em desenvolvimento, desenvolvida, avançada ou esgotada). O tamanho da largura da carapaça no qual 50% da população de U. cordatus foi considerada madura morfologicamente foi de 38,0 mm (machos) e 35,4 mm (fêmeas) em Ariquindá, enquanto para Mamucabas estes valores foram de 37,3 e 32,9 mm, respectivamente. Na determinação da maturidade sexual fisiológica, os machos e fêmeas de Ariquindá foram considerados maduros com 38,5 e 37,8 mm, respectivamente, enquanto em Mamucabas os tamanhos obtidos foram de 36,2 e 35,8 mm. A maturidade morfológica dos machos ocorreu com tamanho superior ao das fêmeas, provavelmente devido ao seu maior investimento em crescimento somático, enquanto as fêmeas investem mais no processo reprodutivo. Os caranguejos provenientes do manguezal de Mamucabas atingiram a maturidade sexual com tamanhos inferiores aos de Ariquindá, provavelmente devido ao maior impacto verificado para este manguezal.
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A dissertação foi elaborada no formato de artigos, separados em capítulos, conforme formatação do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aquática e Pesca da Universidade Federal do Pará. E todos os experimentos foram conduzidos sob licença ambiental (IBAMA/MMA nº 02018.00729/06-36). O capítulo geral contém uma breve introdução sobre os caranguejos de água doce, com ênfase para os Trichodactylidae. Em seguida, apresentam-se os objetivos e a metodologia comum utilizada no trabalho. Os resultados foram agrupados em quatro capítulos, abordando aspectos da biologia de duas espécies de caranguejos dulcícolas presentes na baía do Guajará, Pará, Brasil: Sylviocarcinus devillei H. Milne-Eduards, 1853 e Sylviocarcinus pictus (H. Milne-Eduards, 1853). No primeiro capítulo foi investigada a estrutura populacional (razão sexual e estrutura em tamanho), bem como a distribuição dos caranguejos em relação aos locais de coleta e aos fatores abióticos (temperatura e salinidade). O segundo capítulo aborda a seletividade das armadilhas utilizadas na captura dos espécimens. No terceiro capitulo foi estimado o tamanho de maturidade sexual morfológica através de dados de comprimento e peso corporal, realizado para S. devillei e S. pictus e no último capítulo foi investigado o tamanho de maturidade a partir de análises histológicas das gônadas de S. pictus. Ao final, foram apresentadas as conclusões gerais e perspectivas.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Universidade Estadual de Campinas . Faculdade de Educação Física
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Anastrepha sororcula Zucchi, 1979, é uma das espécies de mosca-das-frutas mais disseminadas no País, sendo considerada a praga-chave que causa os maiores danos à produção de goiaba (Psidium guajava L., 1758) no Brasil. Em vista da importância desta espécie no complexo de pragas naturais da fruticultura brasileira e, em face à escassez de dados sobre sua biologia e comportamento, este trabalho teve por objetivo obter informações sobre a idade de maturação sexual de A. sororcula em laboratório e descrever seu comportamento reprodutivo. Os machos atingiram a maturidade sexual entre 7 e 18 dias após a emergência, com a maioria dos indivíduos tornando-se sexualmente maduros entre 10 e 13 dias de idade. Exibiram comportamento de sinalização às fêmeas, caracterizado pela distensão da região pleural do abdome, formando uma pequena bolsa de cada lado e, eversão de uma diminuta bolsa membranosa de cutícula retal que circunda a área anal. Durante este processo, os machos realizaram rápidos movimentos de vibração das asas, produzindo sinais audíveis. Uma gotícula foi liberada da região anal durante os movimentos de vibração alar. Após a atração das fêmeas, os machos realizaram uma série de movimentos elaborados de cortejo. As fêmeas alcançaram a maturação sexual entre 14 e 24 dias da emergência, com a maioria tornando-se sexualmente madura aos 19 dias de idade. A exibição diária das atividades sexuais foi confinada quase que exclusivamente ao período das 16:00-17:30h. A. sororcula apresentou um acentuado padrão de protandria.
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O presente estudo utilizou 16 animais Bos taurus indicus da raça Nelore doadores de sêmen. Estes animais foram divididos em grupos de acordo com a idade em que o sêmen congelou pela primeira vez. O grupo I, considerado precoce, apresentou animais com sêmen passível de congelação com idade inferior a 20 meses. O grupo II, composto por animais que tiveram o sêmen congelado com idade entre 21 e 26 meses. E o grupo III, tido como tardio, composto por animais com sêmen congelável com idade superior a 27 meses. Para análise dos padrões eletroforéticos da transferrina e albumina, amostras de sangue foram colhidas em tubos heparinizados e submetidos a centrifugação de 2.500 G por 15 minutos para separação do plasma sangüíneo. As amostras de plasma sangüíneo foram processadas para que a corrida eletroforética em gel de poliacrilamida pudesse ser realizada. Para a coloração do gel, usou-se Coomasie Brilliant Blue. Após análise dos padrões eletroforéticos da transferrina e albumina, observou-se que não houve relação detectável entre os fenótipos da albumina e precocidade sexual de touros doadores. Entretanto, em relação à transferrina, foi possível sugerir uma associação entre o alelo TfD com touros portadores de sêmen congelável precocemente ou medianamente em termos de idade à congelação.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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O objetivo do presente estudo foi determinar o crescimento relativo e a maturidade sexual morfológica de Menippe nodifrons. As coletas foram realizadas na Praia Grande e Tenório, Ubatuba, São Paulo. Os caranguejos foram separados quanto ao sexo e mensurados na região da largura (LC) e comprimento da carapaça, comprimento e altura dos própodos quelares direito e esquerdo, largura do abdome (LA) nas fêmeas e comprimento do gonopódio (CG) nos machos. Obteve-se 399 indivíduos, sendo 195 machos e 204 fêmeas. Os machos atingiram a maturidade sexual com 29,7mm LC e as fêmeas com 31,6mm LC. Para as fêmeas a melhor relação que indicou a muda da puberdade foi LA vs. LC, sendo que o crescimento foi alométrico negativo na fase jovem e alométrico positivo após a muda da puberdade. Para os machos foi CG vs. LC evidenciando crescimento alométrico positivo na fase jovem e isométrico na fase adulta.
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The aim of the present study was to determine the size at sexual maturity in the freshwater crab Dilocarcinus pagei Stimpson, 1861, from a population located in Mendonça, state of São Paulo, Brazil. The crabs were sampled monthly (July 2005 to June 2007), at Barra Mansa reservoir. The specimens were captured manually or in sieves passed through the aquatic vegetation. The crabs were captured and separated by sex based on morphology of the pleon and on the number of pleopods. The following dimensions were measured: carapace width (CW); carapace length (CL); propodus length (PL); and abdomen width (AW). The morphological analysis of the gonads was used to identify and categorize individuals according to their stage of development. The morphological maturity was estimated based on the analysis of relative growth based on the allometric equation y = ax b. The gonadal maturity was based on the morphology of the gonads by the method CW50 which indicates the size at which 50% of the individuals in the population showed gonads morphologically mature to reproduction. The biometric relationships that best demonstrated the different patterns of growth for the juvenile and adult stages were CW vs. PL for males and CW vs. AW for females (p<0.001). Based on these relationships, the estimated value to morphological sexual maturity was 21.5 mm (CW) in males and 19.7 mm (CW) in females. The determination of the size at sexual maturity and the adjustment of the data based on the logistic curve (CW50) resulted in a size of 38.2 mm for males and 39.4 mm for females (CW). Based on the data obtained for sexual maturity for D. pagei, we can estimate a minimum size for capture of 40 mm (CW). This minimum size allows at least half of the population to reproduce and retains the juveniles and a portion of the adults in the population.
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Pós-graduação em Zootecnia - FCAV
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A new species of the relatively poorly known Neotropical freshwater stingray genus Plesiotrygon Rosa, Castello & Thorson, 1987 is described from the main channel and smaller tributaries (Ríos Itaya and Pachitea) of the upper Amazon basin in Peru. The first specimen to be collected, however, was from much farther east in Rio Solimões in 1996, just down-river from Rio Purus (specimen unavailable for this study). Plesiotrygon nana sp. nov., is a very distinctive and unusually small species of freshwater stingray (Potamotrygonidae), described here mostly from three specimens representing different size classes and stages of sexual maturity. Plesiotrygon nana sp. nov., is distinguished from its only congener, P. iwamae Rosa, Castello & Thorson, 1987, by numerous unique features, including: dorsal coloration composed of very fine rosettes or a combination of spots and irregular ocelli; very circular disc and snout; very small and less rhomboidal spiracles; short snout and anterior disc region; narrow mouth and nostrils; denticles on dorsal tail small, scattered, not forming row of enlarged spines; adult and preadult specimens with significantly fewer tooth rows; fewer caudal vertebrae; higher total pectoral radials; very small size, probably not surpassing 250 mm disc length or width, males maturing sexually at around 180 mm disc length and 175 mm disc width; distal coloration of tail posterior to caudal stings usually dark purplish-brown; and features of the ventral lateral-line canals (hyomandibular canal very narrow, infraorbital and supraorbital canals not undulated, supraorbital and infraorbital loops small and narrow, supraorbital loop very short, not extending posteriorly to level of mouth, jugular and posterior infraorbital canals short, not extending caudally to first gill slits, subpleural loop very narrow posteriorly; absence of anterior and posterior subpleural tubules). To provide a foundation for the description of P. nana sp. nov., morphological variation in P. iwamae was examined based on all type specimens as well as newly collected and previously unreported material. Two specimens topotypic with the male paratype of P. nana sp. nov., referred to here as Plesiotrygon cf. iwamae, are also reported. Relationships of the new species to P. iwamae are discussed; further characters indicative of Plesiotrygon monophyly are proposed, but the genus may still not be valid. Plesiotrygon nana sp. nov., is commercialized with some regularity in the international aquarium trade from Iquitos (Peru), an alarming circumstance because nothing is known of its biology or conservation requirements.
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Population structure of the lancelet Branchiostoma caribaeum Sandevall, 1853 was studied in four surveys, corresponding to austral seasons, in a tropical bay, southeast of Brazil. Abundance was higher in the spring and was positively correlated to coarse sediments, limiting its occurrence to some sectors of the sampling area. Body length and biomass differed seasonally but not between sexes. Sexually mature individuals occurred in all seasons, suggesting continuous breeding that is typical of tropical species. Variation in the frequency of small specimens indicates temporal differences in the intensity of breeding. The body length of recruits differed from other population of lancelets and the small length which B. caribaeum attained sexual maturity in Guanabara Bay may be related to local environmental stress or the great availability of food.