979 resultados para hemolisina anti-A e anti-B
Resumo:
O Sistema ABO foi descoberto em 1900 e permanece até hoje como sendo o sistema mais importante dentro da prática transfusional. A transfusão ABO incorreta pode resultar na morte do paciente, com uma reação hemolítica intravascular, seguida de alterações imunológicas e bioquímicas. Os anticorpos ABO estão presentes nos soros dos indivíduos, dirigidos contra os antígenos A e/ou B ausentes nas hemácias. Embora as transfusões com pequenas quantias de plasmas incompatíveis sejam geralmente consideradas uma prática segura, alguns casos de reações hemolíticas por plasma incompatível são encontrados na literatura. Tendo em vista a pequena quantidade de estudos sobre as hemolisinas anti-A e anti-B e a importância desses anticorpos na prática transfusional, objetivamos neste trabalho verificar a freqüência dessas hemolisinas em doadores de sangue do Hemocentro da Unesp de Botucatu. Foram analisadas 600 amostras de soros de doadores do grupo O para presença ou ausência das hemolisinas anti-A e anti-B. Desses doadores, 77 (12,8%) foram classificados como perigosos por apresentarem em seu soro altos títulos de hemolisinas e 523 (87,2%) como não perigosos por apresentarem baixos títulos. No grupo dos doadores perigosos, 45 (58,4%) foram reativos para hemolisina anti-A, 11 (14,2%) reativos para hemolisina anti-B e 21 (27,2%) reativos para ambas. O título de aglutininas superior a 1/100 já considera o doador O como perigoso. Assim, o teste realizado em nossa rotina é suficiente para detecção de altos títulos fazendo com que os pacientes dos outros grupos sangüíneos não corram o risco de reação transfusional se necessitarem de transfusão sangüínea não-isogrupo.
Resumo:
A probabilidade de ocorrência de reação transfusional em um felino depende da prevalência local dos tipos sanguíneos felinos e dos títulos de aloanticorpos. A determinação dos títulos de aloanticorpos auxilia na estimativa do risco e da severidade de reação transfusional, após transfusão não compatível, em uma população de gatos. O objetivo deste trabalho foi determinar a titulação de aloanticorpos e o risco de possível reação transfusional, em felinos domésticos sem raça definida, da cidade de Porto Alegre. Foram selecionados aleatoriamente 100 gatos clinicamente saudáveis, sem raça definida e sem parentesco entre si e sem histórico de transfusão prévia. Amostras de sangue foram coletadas da veia jugular e a titulação de aloanticorpos foi determinada no soro de gatos com tipo sanguíneo previamente definido. O risco estimado foi calculado de acordo com estudos prévios. No presente trabalho, 82,5 e 100% dos gatos do tipo A e B, respectivamente, apresentaram titulação variada de aloanticorpos. Com base nos títulos encontrados, verificou-se que uma transfusão de sangue, do tipo A ou AB, em gatos do tipo B apresenta risco de 33,3% de reação aguda severa e de 66,7% de reação aguda leve, nos receptores felinos. A transfusão de sangue do tipo AB ou B em gatos do tipo A apresenta risco de reação aguda severa em 1,0%; reação aguda leve em 37,1% e destruição prematura dos eritrócitos em 44,3% dos receptores felinos.
Resumo:
Um estudo duplo-cego foi conduzido em pacientes portadores de lepra lepromatosa estável, para avaliar a resposta à administração de talidomida 100 mg por dia, por 18 dias, dos níveis séricos de IgM e IgA e dos títulos de fator reumatóide e isohemaglutininas anti-A e anti-B. Nenhum efeito significativo foi detectado ao fim deste período.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi determinar a ocorrência de anticorpos anti Brucella abortus, anti Brucella canis e anti Leptospira spp. em raposas (Pseudalopex vetulus). Para tanto, foram utilizadas 60 raposas atropeladas em rodovias no semiárido da Paraíba, Nordeste do Brasil. Para a detecção de anticorpos anti Brucella abortus, o teste do antígeno acidificado tamponado (AAT) foi empregado como teste de triagem, e a prova do 2-mercaptoetanol foi empregada como método confirmatório. Para o diagnóstico sorológico das infecções por Brucella canis e Leptospira spp., foram utilizados os testes de imunodifusão em gel de agar (IDGA) e soroaglutinação microscópica, respectivamente. Todas as amostras foram negativas na pesquisa de anticorpos anti Brucella canis e anti Leptospira spp. Das 60 raposas testadas, 16 (26,6%) foram positivas para anticorpos anti Brucella abortus no teste de AAT, e quatro (6,7%) amostras foram confirmadas no teste de 2-mercaptoetanol, sendo duas amostras com título 100 e duas com título 50.
Resumo:
Uma amostra de soros de pacientes e controles de uma área endêmica da Doença de Chagas do País foi titulada contra hemácias de grupo O tratadas pela neuraminidase (células OT ativadas) e hemacias normais de grupo A e B (sistema ABO). Também foram feitos alguns testes de aglutinação de hemácias de pacientes com cardiomiopatia com as lectinas de amendoim (anti-T + anti-Tk) e com anticorpo humano anti-T. O escore médio da aglutinina anti-T dos pacientes foi similar ao do grupo controle. En- tretanto, o escore médio dos indivíduos com a forma cardíaca íoi significantemente maior que o dos pacientes assintomáticos e também maior que o do grupo controle. A comparação entre indivíduos com sorologia diagnóstica positiva versus negativa foi não significante. Nem a sorologia para Chagas nem as variáveis raça, sexo, idade, idade ao quadrado, in-fecção intestinal parasitária, teor de proteínas do soro, volume globular eritrocitário (hema-tócrito), grau de palidez da mucosa bucal, cardíomiopatia e os termos de interação sexo x idade, sexo x idade ao quadrado, estão associados significativamente com o logaritmo do título ou com o logaritmo do escore de aglutinação. Os escores de aglutinação das aglutininas anti-A e anti-B do sistema de grupo sangüíneo ABO estão dentro da faixa de variação normal. As hemácias de pacientes com a forma cardíaca não são aglutinadas nem pelas lectinas de amendoim (antiT + anti-Tk) e da soja (anti-T) nem pela aglutinina anti-T de origem humana. A prova de Coombs direta foi negativa em todos os pacientes, demonstrando a aparente ausência de imunoglobulinas IgG e IgM na superfície eritrocitária. O fato de que o aumento dos níveis de anti-T só foi detectado em uma das formas clínicas da doença em pacientes da mesma área endêmica constitui um argumento contra a possibilidade de que a variação observada seja produzida por uma infecção concomitante.
Resumo:
Three horse-derived antivenoms were tested for their ability to neutralize lethal, hemorrhagic, edema-forming, defibrinating and myotoxic activities induced by the venom of Bothrops atrox from Antioquia and Chocó (Colombia). The following antivenoms were used: a) polyvalent (crotaline) antivenom produced by Instituto Clodomiro Picado (Costa Rica), b) monovalent antibothropic antivenom produced by Instituto Nacional de Salud-INS (Bogotá), and c) a new monovalent anti-B. atrox antivenom produced with the venom of B. atrox from Antioquia and Chocó. The three antivenoms neutralized all toxic activities tested albeit with different potencies. The new monovalent anti-B. atrox antivenom showed the highest neutralizing ability against edema-forming and defibrinating effects of B. atrox venom (41 ± 2 and 100 ± 32 µl antivenom/mg venom, respectively), suggesting that it should be useful in the treatment of B. atrox envenomation in Antioquia and Chocó
Resumo:
Espiroquetas transmitidas por carrapatos são microrganismos de ampla distribuição geográfica e acometem animais silvestres, domésticos e seres humanos. Procedeu-se a análise sorológica de 300 soros de eqüinos onde 58 animais eram do município Ananideua, 61 eram de Belém, 131 de Castanhal e 50 eram do município de Santa Izabel do Pará para Borrelia burgdorferi através do teste ELISA indireto. Não foram observadas diferenças significativas (P < 0,05) entre os municípios, nem quanto à raça, sexo e função dos animais. Um total de 80 (26,7%) animais foram positivos para B. burgdorferi com os títulos de 1:800, 72 (90%) eqüinos; 1:1.600, 6 (7,5%) eqüinos; e 1:3.200, 2 (2,5%) eqüinos. Os resultados observados foram similares aos descritos nos EUA, onde foram relatadas freqüências de soropositivos variando entre 7 e 75% em eqüinos assintomáticos. A presença de anticorpos homólogos contra B. burgdorferi em eqüinos na mesorregião metropolitana de Belém é indicativo da ampla distribuição do agente e da possibilidade de ocorrerem casos humanos deste agente na região.
Resumo:
A resposta imunológica de uma população frente a um agente infeccioso pode variar entre as raças e o manejo dessa população. Dessa maneira, torna-se relevante a pesquisa regional, visando o conhecimento da inter-relação do agente com seu hospedeiro. Partindo desses pressupostos, investigou-se a ocorrência de imunoglobulinas da classe IgG, anti-Babesia bovis e anti-B. bigemina nas raças Nelore (Bos indicus) e Holandesa (Bos taurus), em duas regiões do Estado de São Paulo, distantes a 300 km. Pelo método de ELISA indireto, foram testadas 1.161 amostras de soro de bovinos. As freqüências médias de anticorpos mostraram que ambas as regiões se encontram em situação de estabilidade enzoótica para B. bovis para ambas as raças estudadas, embora haja tendência para área marginal na região de Presidente Prudente para raça Nelore. No referente a B. bigemina ambas as regiões são de estabilidade enzoótica para a raça Holandesa e de instabilidade enzoótica para a raça Nelore. Essa constatação é um alerta sanitário, pois casos agudos da doença ou surtos específicos de B. bigemina na raça Nelore podem ocorrer nessas regiões.
Resumo:
Background and Objectives B subgroups are rare and the genetic analysis reported to date has been limited.Materials and Methods Serological and molecular investigations were performed in blood from a B-subgroup donor.Results Red cells did not react with anti-B and anti-AB reagents. However, cells absorbed anti-B. Red cells presented positive reactions with anti-H, and saliva secreted H substance. The molecular study demonstrated a B allele with the substitutions 467C>T, 646T>A, 681G>A, 771C>T, 796C>A, 803G>C, 829G>A and an 0 allele with the sequence of 002.Conclusions It is probable that the presence in exon 7 of some of the 002 substitutions could have weakened the enzymatic activity of the encoded B transferase.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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The importance of receptor binding in the potent immunogenicity of Escherichia coli heat-labile enterotoxin B subunit (EtxB) was tested by comparing its immunogical properties with those of a receptor binding mutant, EtxB(G33D). Subcutaneous immunization of EtxB(G33D) resulted in 160-fold reduction in antibody titer compared with wild-type EtxB, whereas its oral delivery failed to provoke any detectable secretory or serum anti-B subunit responses. Moreover, the two proteins induced strikingly different effects on lymphocyte cultures in vitro. EtxB, in comparison with EtxB(G33D), caused an increase in the proportion of B cells, many of which were activated (CD25+); the complete depletion of CD8+ T cells; an increase in the activation of CD4+ T cells; and an increase in interleukin 2 and a decrease in interferon gamma. These data indicate that EtxB exerts profound effects on immune cells, suggesting that its potent immunogenicity is dependent not only on efficient receptor-mediated uptake, but also on direct receptor-mediated immunomodulation of lymphocyte subsets.
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Background: The dust mite Blomia tropicalis is an important source of aeroallergens in tropical areas. Although a mouse model for B. tropicalis extract (BtE)-induced asthma has been described, no study comparing different mouse strains in this asthma model has been reported. The relevance and reproducibility of experimental animal models of allergy depends on the genetic background of the animal, the molecular composition of the allergen and the experimental protocol. Objectives: This work had two objectives. The first was to study the anti-B. tropicalis allergic responses in different mouse strains using a short-term model of respiratory allergy to BtE. This study included the comparison of the allergic responses elicited by BtE with those elicited by ovalbumin in mice of the strain that responded better to BtE sensitization. The second objective was to investigate whether the best responder mouse strain could be used in an experimental model of allergy employing relatively low BtE doses. Methods: Groups of mice of four different syngeneic strains were sensitized subcutaneously with 100 mu g of BtE on days 0 and 7 and challenged four times intranasally, at days 8, 10, 12, and 14, with 10 mu g of BtE. A/J mice, that were the best responders to BtE sensitization, were used to compare the B. tropicalis-specific asthma experimental model with the conventional experimental model of ovalbumin (OVA)-specific asthma. A/J mice were also sensitized with a lower dose of BtE. Results: Mice of all strains had lung inflammatory-cell infiltration and increased levels of anti-BtE IgE antibodies, but these responses were significantly more intense in A/J mice than in CBA/J, BALB/c or C57BL/6J mice. Immunization of A/J mice with BtE induced a more intense airway eosinophil influx, higher levels of total IgE, similar airway hyperreactivity to methacholine but less intense mucous production, and lower levels of specific IgE, IgG1 and IgG2 antibodies than sensitization with OVA. Finally, immunization with a relatively low BtE dose (10 mu g per subcutaneous injection per mouse) was able to sensitize A/J mice, which were the best responders to high-dose BtE immunization, for the development of allergy-associated immune and lung inflammatory responses. Conclusions: The described short-term model of BtE-induced allergic lung disease is reproducible in different syngeneic mouse strains, and mice of the A/J strain was the most responsive to it. In addition, it was shown that OVA and BtE induce quantitatively different immune responses in A/J mice and that the experimental model can be set up with low amounts of BtE.