9 resultados para endocrinopatia


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O Hipertiroidismo Felino é uma endocrinopatia emergente em felinos geriátricos nos últimos 20 anos. É caracterizada pela elevada produção de hormonas tiróideias, originando sinais clínicos multisistémicos por vezes inespecíficos, tornando o seu diagnóstico um desafio. O diagnóstico é estabelecido maioritariamente com base no aumento da concentração sérica de tiroxina (T4) total e no quadro clínico. O tratamento pode ser realizado através de três modalidades distintas, o maneio médico, a tiroidectomia e a radioterapia. A sua etiologia permanece desconhecida, sendo considerada actualmente uma doença multifactorial, com elevada incidência e prevalência em diversos Países, como EUA, Reino Unido e Alemanha. A sua incidência em Portugal é desconhecida. Actualmente os factores de risco mais preponderantes são a idade geriátrica, e o contacto com químicos goitrogénicos presentes no alimento ou no ambiente. A raça europeu comum apresenta maior predisposição para o desenvolvimento da doença, as raças Himalaia e Siâmes apresentam menor risco. O presente estudo foi realizado com os objectivos de determinar a incidência de hipertiroidismo felino na região de Aveiro entre Outubro de 2010 e Janeiro de 2012 e os seus potenciais factores de risco. A incidência de hipertiroidismo em animais com idade ≥ 8 anos foi 7,69% e 9,84% em animais com idade ≥ 10 anos. Gatos mais geriátricos, assim como animais do sexo masculino apresentam maior predisposição ao desenvolvimento da doença.

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A cetoacidose diabética (CAD), uma das complicações metabólicas em pacientes com diabetes mellitus (DM), caracteriza-se por hipercetonemia e alterações do equilíbrio ácido-base, juntamente com as alterações clínicas e laboratoriais compatíveis. Este trabalho objetiva apresentar uma revisão crítica dos principais pontos da etiopatogenia, dos sinais clínicos e das alterações laboratoriais da CAD, bem como discorrer sobre prognóstico e modalidades terapêuticas mais recentes, visando a fornecer subsídios ao clínico de pequenos animais.

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Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB

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O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é a endocrinopatia mais comum da infância e adolescência e impacta negativamente na qualidade de vida (QV). O EuroQol é um instrumento que afere o estado de saúde e vem sendo utilizado na grande maioria dos estudos multicêntricos mundiais em diabetes e tem se mostrado uma ferramenta extremamente útil e confiável. O objetivo desse estudo é avaliar a QV de pacientes com DM1 do Brasil, país de proporções continentais, por meio da análise do EuroQol. Para isso, realizou-se estudo retrospectivo e transversal, no qual foram analisados questionários de pacientes com DM1, respondidos no período de dezembro de 2008 a dezembro de 2010, em 28 centros de pesquisa de 20 cidades das quatro regiões do país (sudeste, norte/nordeste, sul e centro-oeste). Foram também coletados dados sobre complicações crônicas micro e macrovasculares e perfil lipídico. A avaliação da qualidade de vida pelo EuroQol mostra que a nota média atribuída ao estado geral de saúde é nitidamente menor que a encontrada em dois outros estudos populacionais com DM1 realizados na Europa (EQ-VAS da Alemanha, Holanda e Brasil foram de 82,1 ± 14; 81 ± 15 e 72 ± 22, respectivamente). O EuroQol demonstra que a região Norte-Nordeste apresenta melhor índice na avaliação do estado geral de saúde quando comparada a região Sudeste e menor frequência de ansiedade-depressão autorreferidas, quando comparada às demais regiões do país (Norte-Nordeste = 1,53 ± 0,6, Sudeste = 1,65 ± 0,7, Sul = 1,72 ± 0,7 e Centro-Oeste = 1,67 ± 0,7; p <0,05). Adicionalmente, diversas variáveis conhecidas (idade, duração do DM, prática de atividade física, HbA1c, glicemia de jejum e presença de complicações crônicas se correlacionaram com a QV (r = -0,1, p <0,05; r = -0,1, p <0,05; r = -0,1, p <0,05; r = -0,2, p <0,05; r = -0,1, p <0,05 e r= -0,1, p <0,05, respectivamente). Esse é o primeiro estudo a avaliar a qualidade de vida de pacientes com DM1 a nível populacional no hemisfério sul. Nossos dados indicam uma pior qualidade de vida dos pacientes com DM 1 no Brasil quando comparado a dados de países europeus. Apesar de ter sido encontrado uma inferior duração do DM e menor presença de complicações microvasculares na região Norte/ Nordeste, quando comparada à outras regiões, nossos dados sugerem a existência de elementos adicionais responsáveis pela melhor QV e menor presença de ansiedade/depressão encontradas nesta região. Novos estudos são necessários para identificar esses possíveis fatores.

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Hypothyroidism is a common endocrine disorder in dogs caused by insufficient production and secretion of thyroid hormones. Most affected dogs have primary hypothyroidism that results from lymphocytic thyroiditis, idiopathic thyroid atrophy, or more rarely, neoplastic destruction. Secondary hypothyroidism resulting from inadequate secretion of thyrotropin (thyroid-stimulating hormone –TSH) from the pituitary gland is less commonly recognized. Tertiary hypothyroidism resulting from a deficiency of hypothalamic thyrotropin-releasing hormone (TRH) has not been documented in dogs. The diagnosis of hypothyroidism in dogs is made on the basis of clinical findings, results of routine laboratory and thyroid gland function tests and response to thyroid hormone replacement. Unfortunately, these tests have high sensitivity, but low specificity, for use in the diagnosis of hypothyroidism. Thyroid hormone supplementation is indicated for the treatment of confirmed hypothyroidism and for the diagnoses of the disease through clinical response to trial therapy

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Hyperadrenocorticism is a relatively common endocrinopathy in dogs, which is associated to an excessive production or administration of cortisol. The most affected breeds are Poodles, Teckels, Boxers, Boston Terriers and Beagles. The clinical signs most commonly observed are polyuria, polydipsia, polyfagia, panting, distended abdomen, endocrine alopecia, muscular weakness and lethargy. Laboratorial abnormalities include stress leukogram, increase in alkaline phosphatase and alanine aminotransferase activities, hypercholesterolemia, lipemia, hyperglycemia and hyposthenuria. The preferred essay to evaluate adrenal gland function is the low-dose dexamethasone suppression test, whereas the most used treatments include mitotane and trilostane. The objective of this paper is to review hyperadrenocorticism in dogs, because this disease is relatively common in small animal clinics and has many long-term complications.

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O hipotireoidismo primário adquirido é uma endocrinopatia frequentemente diagnosticada na espécie canina. A terapia consiste na suplementação oral com levotiroxina sódica (L-tiroxina), no entanto vários protocolos terapêuticos têm sido propostos pela literatura, com doses variando 11 a 44µg/kg uma a duas vezes ao dia, visto à grande variabilidade de absorção e meia-vida plasmática do fármaco. Foram estudados 30 cães com hipotiroidismo primário adquirido (13 machos e 17 fêmeas, idade média de 7,9±1,9 anos e peso médio de 19,1±12,6 kg) atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Guarulhos (UnG) e no Serviço de Endocrinologia de duas clínicas particulares da cidade de São Paulo (2009-2011), com o objetivo de avaliar a posologia e a frequência de administração da L-tiroxina, mais frequentemente utilizada, capaz de garantir um controle terapêutico satisfatório, avaliado através dos sinais clínicos e do teste pós-tiroxina, além de correlacionar a dose de tiroxina empregada com o peso dos animais. A dose média de tiroxina utilizada em nossa casuística foi de 16,9±3,1µg/kg, sendo a frequência de administração a cada 12 horas em 50% dos casos. Para se investigar uma possível correlação entre o peso e a dosagem de tiroxina utilizada, uma vez que cães de pequeno porte apresentam maior taxa metabólica que cães de grande porte, os animais foram agrupados em grupo A, cães com peso <10 Kg (n=12/30; 7,7±2,1 kg) e grupo B, cães com peso >10 kg (n=18/30, 26,8±10,7 kg). A dose média de tiroxina empregada nos grupos A e B não apresentaram diferença estatística e foram, respectivamente, 16±3µg/kg e 17±3µg/kg. A frequência de administração foi 50% a cada 24 horas e 50% a cada 12 horas para ambos os grupos. Dessa forma, a dose de tiroxina não parece se correlacionar com o peso do animal, sendo imprevisível quem deverá receber dose e frequência máxima da medicação. O protocolo deve ser individualizado e o paciente devidamente monitorado.

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The polycystic ovary syndrome (PCOS) is considered the most common endocrine disorder in reproductive age women, with a prevalence ranging from 15 to 20%. In addition to hormonal and reproductive changes, it is common in PCOS the presence of risk factors for developing cardiovascular disease (CVD) and diabetes mellitus, insulin resistance (IR), visceral obesity, chronic low-grade inflammation and dyslipidemia. Due to the high frequency of obesity associated with PCOS, weight loss is considered as the first-line treatment for the syndrome by improving metabolic and normalizes serum androgens, restoring reproductive function of these patients. Objectives: To evaluate the inflammatory markers and IR in women with PCOS and healthy ovulatory with different nutritional status and how these parameters are displayed after weight loss through caloric restriction in with Down syndrome. Methods: Tumor necrosis factor-alpha (TNF-α), interleukin-6 (IL-6) and C-reactive protein (CRP) were assessed in serum samples from 40 women of childbearing age. The volunteers were divided into four groups: Group I (not eutrophic with PCOS, n = 12); Group II (not eutrophic without PCOS, n = 10), Group III (eutrophic with PCOS, n = 08) and Group IV (eutrophic without PCOS, n = 10). The categorization of groups was performed by body mass index (BMI), according to the World Health Organization (WHO) does not eutrophic, overweight and obesity (BMI> 25 kg / m²) and normal weight (BMI <24.9 kg / m²). IR was determined by HOMA-IR index. In the second phase of the study a controlled dietary intervention was performed and inflammatory parameters were evaluated in 21 overweight and obese women with PCOS, before and after weight loss. All patients received a low-calorie diet with reduction of 500 kcal / day of regular consumption with standard concentrations of macronutrients. Results: Phase 1: PCOS patients showed increased levels of CRP (p <0.01) and HOMAIR (p <0.01). When divided by BMI, both not eutrophic group with PCOS (I) as eutrophic with PCOS (III) showed increased levels of CRP (I = 2.35 ± 0,55mg / L and 2.63 ± III = 0,65mg / L; p <0.01) and HOMA-IR (I = 2.16 ± 2.54 and III = 1.07 ± 0.55; p <0.01). There were no differences in TNF-α and IL-6 between groups. Step 2: After the weight loss of 5% of the initial weight was reduced in all of the components of serum assessed inflammatory profile, PCR (154.75 ± 19:33) vs (78.06 ± 8.9) TNF α (10.89 ± 5.09) vs (6:39 ± 1:41) and IL6 (154.75 ± 19:33) vs (78.06 ± 08.09) (p <0:00) in association with improvement some hormonal parameters evaluated. Conclusion: PCOS contributed to the development of chronic inflammation and changes in glucose metabolism by increasing CRP, insulin and HOMA-IR, independent of nutritional status. The weight loss, caloric restriction has improved the inflammatory condition and hormonal status of the evaluated patients.

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A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma endocrinopatia comum em mulheres na idade reprodutiva. Caracteriza-se por hiperandrogenismo, disfunção ovulatória e infertilidade. Está associada a reconhecidos fatores de risco cardiovascular: obesidade, resistência à insulina, dislipidemias, hipertensão arterial, síndrome metabólica,risco aumentado para intolerância à glicose e diabetes mellitus tipo 2 em idade mais precoce que o habitual. Embora mulheres com SOP apresentem perfil de risco cardiovascular adverso, os estudos são limitados em confirmar a associação entre SOP e mortalidade por evento cardiovascular. Devido à ampla variabilidade clínica, o diagnóstico de SOP nem sempre é fácil. De acordo com o Consenso de Rotterdam, os critérios para diagnóstico de SOP incluem pelo menos dois dos seguintes critérios: amenoreia e/ou oligomenorreia, sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e/ou ovário policístico à ultrassonografia; com exclusão de outras etiologias que apresentam manifestações clínicas semelhantes. O tratamento de SOP é sintomático e direcionado de acordo com a manifestação clínica, o desejo de contracepção ou gestação e a presença de distúrbios metabólicos associados. As pacientes com SOP devem ser informadas que esta é uma enfermidade crônica, com tratamento e seguimento por longo prazo.