1000 resultados para dynamic nominalism
Resumo:
Evaluation practices have pervaded the Finnish society and welfare state. At the same time the term effectiveness has become a powerful organising concept in welfare state activities. The aim of the study is to analyse how the outcome-oriented society came into being through historical processes, to answer the question of how social policy and welfare state practices were brought under the governance of the concept of effectiveness . Discussions about social imagination, Michel Foucault s conceptions of the history of the present and of governmentality, genealogy and archaeology, along with Ian Hacking s notions of dynamic nominalism and styles of reasoning, are used as the conceptual and methodological starting points for the study. In addition, Luc Boltanski s and Laurent Thévenot s ideas of orders of worth , regimes of evaluation in everyday life, are employed. Usually, evaluation is conceptualised as an autonomous epistemic culture and practice (evaluation as epistemic practice), but evaluation is here understood as knowledge-creation processes elementary to different epistemic practices (evaluation in epistemic practices). The emergence of epistemic cultures and styles of reasoning about the effectiveness or impacts of welfare state activities are analysed through Finnish social policy and social work research. The study uses case studies which represent debates and empirical research dealing with the effectiveness and quality of social services and social work. While uncertainty and doubts over the effects and consequences of welfare policies have always been present in discourses about social policy, the theme has not been acknowledged much in social policy research. To resolve these uncertainties, eight styles of reasoning about such effects have emerged over time. These are the statistical, goal-based, needs-based, experimental, interaction-based, performance measurement, auditing and evidence-based styles of reasoning. Social policy research has contributed in various ways to the creation of these epistemic practices. The transformation of the welfare state, starting at the end of 1980s, increased market-orientation and trimmed public welfare responsibilities, and led to the adoption of the New Public Management (NPM) style of leadership. Due to these developments the concept of effectiveness made a breakthrough, and new accountabilities with their knowledge tools for performance measurement and auditing and evidence-based styles of reasoning became more dominant in the ruling of the welfare state. Social sciences and evaluation have developed a heteronomous relation with each other, although there still remain divergent tendencies between them. Key words: evaluation, effectiveness, social policy, welfare state, public services, sociology of knowledge
Resumo:
O objetivo do estudo foi compreender como as demandas em saúde mental na atenção básica estão sendo identificadas e encaminhadas pelos profissionais envolvidos nas equipes de saúde da família no município do Rio de Janeiro. Especificamente, buscamos compreender como estes profissionais, em uma equipe multidisciplinar, agem no cotidiano da atenção considerando a fluidez nos conceitos de bem-estar / mal-estar mental e como eles lidam com sinais e sintomas que não se resumem a quadros fisiológicos, mas estão estreitamente relacionados às questões sociais e territoriais. Em entrevistas em grupo com cinco equipes, identificou-se mecanismos de diagnóstico operados por estes profissionais para negociar o enquadramento da demanda como mental e, então, escolher e oferecer encaminhamento a esta. Foram tomados como referenciais de análise e discussão os conceitos de nominalismo dinâmico e looping effect, de Ian Hacking, e os conceitos de enactment e lógica do cuidado, de Annemarie Mol. Diante das considerações, percebeu-se que as noções sobre saúde mental nesta esfera de atenção vão sendo negociadas a partir da mobilização de conhecimentos não oficiais, porém já circulantes, entre os profissionais da equipe. Os profissionais operam manobras de conhecimento de acordo com o acervo teórico/prático e de experiência pessoal, sempre de alguma forma referendado ou muitas vezes "traduzido" pelo escopo da biomedicina. Consequentemente, as ações engendradas tem como base um padrão classificatório e biomédico, ainda que adaptado às singularidades locais e às formas de cuidado possíveis para cada equipe. Tais dados sinalizam que, mesmo supostamente humanizada, interdisciplinar, territorializada e menos medicalizada, as ações na atenção básica, no que se referem à saúde mental, se balizam pelo paradigma do conhecimento científico biomédico. Este é visto ainda como referência para os profissionais e é necessário para explicar e atuar sobre os diversos tipos de demanda.