989 resultados para discurso médico


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Esta dissertação discute a relação entre a medicina, a psiquiatria, a psicologia, o poder punitivo e o Direito Penal, bem como a influência que o discurso de uma produziu no outro, e vice versa. Defende a idéia de que a medicina é um espetáculo de poder que, acasalado com o poder punitivo, e interagindo com, e sobre, o indivíduo, invade e se apropria do seu corpo para, usando-o como instrumento de dominação política, discipliná-lo de acordo com a conveniência, sobretudo, da higiene e, naquela sua relação espúria com o poder punitivo, diferenciá-lo e controlá-lo social e penalmente. Sustenta, ainda, que, malgrado o acasalamento não tenha sido intencional, o Estado via na medicina o instrumento para reforçar o seu poder, enquanto essa via naquele o apoio para o seu espraiamento, embora Medicina e Estado tenham convergido, mas também divergido, por vezes tática e estrategicamente, porquanto nem sempre os dois poderes reconheceram o valor da aliança que haviam estabelecido. Então, defende a tese de que o Estado acatou a medicalização das suas ações políticas e admitiu o valor político das ações da medicina, e com vantagens para ambos que, dividindo o poder, conquistaram. É que, a medicina, mais rápida e mais adequada aos problemas salutares apresentados, ajudava-o a se imiscuir no corpo para a permanência parasitária daquela. E, para manter seu direito ao discurso, sustenta que a medicina reinventou constantemente uma necessidade para, diante dela, apresentar-se como única solução, tendo conseguido isso mediante a apresentação de uma retórica dominial eloquente, mas, sobretudo, tecnificada, é dizer, inacessível ao dominado. Com isso, a disciplina, o controle e a repressão do indivíduo, penal e medicamente, estavam prontas, pois, Direito e Medicina, aquele com a lei, esta com o remédio, juntos, dominaram e dominam os destinos do indivíduo, e da coletividade. Demonstrou, ainda, que os higienistas nunca se desocuparam de suas funções. E, por fim, que os princípios penais devem, independente da qualificação que se os dê, sempre refrear o poder punitivo.

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Trabalho realizamos uma análise do discurso médico sobre o aleitamento materno, durante a década de oitenta, após a implementação do PNIAM, em 1981, a partir de pesquisas em artigos do Jornal de Pediatria, a fim de compreender como ocorreram as modificações discursivas e institucionais sobre este tema. Atualmente encontramos inúmeras pesquisas sobre aleitamento materno, frutos da valorização da amamentação pela sociedade. No entanto, nem sempre o aleitamento foi valorizado e incentivado como nos dias atuais. Ao longo da história, o discurso médico refletiu o contexto vigente e serviu de sustentação aos interesses políticos sociais e econômicos. Modificou-se como parte de um processo, de uma construção. A análise do jornal revelou o predomínio da lógica higienista, sustentada por um discurso biologicista que naturalizou e disseminou a ideia de superioridade do leite materno. Com o objetivo de convencer os profissionais, instituições e a própria mulher, encontramos posições que refletem, sobretudo, as repercussões sociais decorrentes da entrada da mulher no mercado de trabalho.

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O presente trabalho se propõe realizar uma análise discursiva da constituição do discurso fonoaudiológico. O objetivo do mesmo é refletir, à luz da teoria da Análise do Discurso de linha francesa, acerca dos efeitos do discurso médico e do discurso pedagógico no processo de constituição do discurso da fonoaudiologia. Propomos um releitura da história da fonoaudiologia, partindo da noção de historicidade, que nos permitiu ver que o fazer terapêutico é atravessado por suas relações históricas, sociais e ideológicas. Buscamos, no processo histórico da Educação no Brasil e, posteriormente, na instauração de diversas disciplinas que compõem o arsenal técnico-científico da modernidade, as bases da constituição da fonoaudiologia. Realizamos uma reflexão centrada na passagem da fonoaudiologia, enquanto uma disciplina vinculada à instituição escolar, para uma disciplina que vai delineando-se como Clínica. Neste sentido, abordamos diferentes concepções de Clínica e as aproximações da clínica fonoaudiológica com a clínica médica. Na instância da terapêutica, evidenciamos a presença do discurso pedagógico como aquele que efetivamente sustenta os procedimentos terapêuticos. Partindo da premissa de que a linguagem não é passível de ser ensinada, buscamos uma alternativa à noção de linguagem preconizada pela fonoaudiologia, deslocando a idéia de que a mesma é fruto de um processo de ensino-aprendizagem. Finalmente fazemos uma discussão do estatuto da Terapêutica na fonoaudiologia. Rompendo com concepção que equipara terapêutica e ação pedagógica, propomos uma re-significação do olhar e da escuta clínica no campo da terapêutica da linguagem.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Nuestro interés por recuperar trayectorias discursivas que se ocuparon de lo que hoy denominamos derechos (no) reproductivos y sexuales y de las mujeres en Argentina, nos condujo al análisis de las locuciones del movimiento anarquista. En nuestras primeras pesquisas, las voces de dos médicos anarquistas se destacaron en el tratamiento del problema que nos interesaba abordar. Asimismo, la presencia de ideas provenientes de la eugenesia en los planteos de estos profesionales para el desarrollo de un discurso emancipatorio para las mujeres en relación del derecho a la autodeterminación sexual y reproductiva, nos condujo a focalizar en las distintas apropiaciones de la eugenesia dentro del campo médico. Ante este panorama, nuestra investigación tiene por objetivo general analizar, fundamentalmente, el discurso médico del movimiento anarquista referido al control de la natalidad, la maternidad y el placer sexual en la Argentina durante el período 1931-1951. En este sentido, nos interesa ocuparnos del debate sobre estos temas ?más o menos explícitamente enunciados- en el campo médico y, a partir de allí, desprender la particularidad libertaria. La hipótesis general que demostrará esta tesis sostiene que, a partir de la consolidación del pensamiento eugénico anarquista local a través de su propuesta de control de la natalidad, se fortaleció y se legitimó el discurso sobre los derechos de las mujeres a decidir sobre su capacidad de gestar y su derecho al placer sexual sin que interviniera la reproducción como único destino

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Nuestro interés por recuperar trayectorias discursivas que se ocuparon de lo que hoy denominamos derechos (no) reproductivos y sexuales y de las mujeres en Argentina, nos condujo al análisis de las locuciones del movimiento anarquista. En nuestras primeras pesquisas, las voces de dos médicos anarquistas se destacaron en el tratamiento del problema que nos interesaba abordar. Asimismo, la presencia de ideas provenientes de la eugenesia en los planteos de estos profesionales para el desarrollo de un discurso emancipatorio para las mujeres en relación del derecho a la autodeterminación sexual y reproductiva, nos condujo a focalizar en las distintas apropiaciones de la eugenesia dentro del campo médico. Ante este panorama, nuestra investigación tiene por objetivo general analizar, fundamentalmente, el discurso médico del movimiento anarquista referido al control de la natalidad, la maternidad y el placer sexual en la Argentina durante el período 1931-1951. En este sentido, nos interesa ocuparnos del debate sobre estos temas ?más o menos explícitamente enunciados- en el campo médico y, a partir de allí, desprender la particularidad libertaria. La hipótesis general que demostrará esta tesis sostiene que, a partir de la consolidación del pensamiento eugénico anarquista local a través de su propuesta de control de la natalidad, se fortaleció y se legitimó el discurso sobre los derechos de las mujeres a decidir sobre su capacidad de gestar y su derecho al placer sexual sin que interviniera la reproducción como único destino

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Nuestro interés por recuperar trayectorias discursivas que se ocuparon de lo que hoy denominamos derechos (no) reproductivos y sexuales y de las mujeres en Argentina, nos condujo al análisis de las locuciones del movimiento anarquista. En nuestras primeras pesquisas, las voces de dos médicos anarquistas se destacaron en el tratamiento del problema que nos interesaba abordar. Asimismo, la presencia de ideas provenientes de la eugenesia en los planteos de estos profesionales para el desarrollo de un discurso emancipatorio para las mujeres en relación del derecho a la autodeterminación sexual y reproductiva, nos condujo a focalizar en las distintas apropiaciones de la eugenesia dentro del campo médico. Ante este panorama, nuestra investigación tiene por objetivo general analizar, fundamentalmente, el discurso médico del movimiento anarquista referido al control de la natalidad, la maternidad y el placer sexual en la Argentina durante el período 1931-1951. En este sentido, nos interesa ocuparnos del debate sobre estos temas ?más o menos explícitamente enunciados- en el campo médico y, a partir de allí, desprender la particularidad libertaria. La hipótesis general que demostrará esta tesis sostiene que, a partir de la consolidación del pensamiento eugénico anarquista local a través de su propuesta de control de la natalidad, se fortaleció y se legitimó el discurso sobre los derechos de las mujeres a decidir sobre su capacidad de gestar y su derecho al placer sexual sin que interviniera la reproducción como único destino

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Este artículo examina la imbricación entre el personaje público del anatomista Pedro González de Velasco (1815-1882), célebre por su extensa colección anatómica y por fundar el Museo de Antropología de Madrid en 1875, y la leyenda popular que relata la muerte, embalsamado y posterior exhumación de su hija Concepción. La imagen del médico entregado a la patria se imbrica con otra como la del científico loco, y la biografía entra en el ámbito de la leyenda urbana. Más allá de la mera anécdota, este trabajo mostrará cómo las metáforas estéticas asociadas al cadáver femenino y la feminidad artificial penetran en el imaginario cultural, mostrando la cercanía entre el discurso médico y la esfera de la representación literaria y artística.

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Esta dissertação propõe um estudo sobre o funcionamento do discurso que se constrói em torno do feto, a partir dos diálogos que ocorrem nos exames de ultra-sonografia obstétrica. Um total de 30 exames foram gravados e transcritos, realizados em uma clínica particular e em um serviço público de saúde; gestantes de idade, nível social e escolaridade diferentes participaram da pesquisa, pacientes de quatro médicos que colaboraram com o trabalho. A análise foi construída a partir do referencial teórico e metodológico proposto pela análise de discurso da escola francesa; a teoria psicanalítica foi utilizada para aprofundar as questões pertinentes ao conceito de sujeito, autorizada pelos pontos de tensão existentes entre a psicanálise e análise de discurso. O funcionamento do discurso sobre o feto, no corpus analisado, apontou para a existência de duas formações discursivas: o saber médico, formação dominante, e o senso-comum, visível especialmente quando o desejo e a fantasia dos pais se manifestam com maior intensidade. Foram identificados enunciados que remetem ao sujeito do desejo inconsciente, instigando uma discussão entre psicanálise e análise de discurso. O discurso médico apareceu caracterizado pelos conceitos de normalidade e anormalidade, atrelado a uma promessa por parte da ciência de ver, prever e controlar que seduz os pais e destinado a participar da construção e reconfiguração do imaginário dos pais à medida em que fala sobre o feto. O silêncio da gestante foi analisado enquanto legitimador da posição do médico e, ao mesmo tempo, produto de uma política do silenciamento que administra o sentido. A análise de discurso foi contemplada pelas questões teóricas e metodológicas, na tentativa de compreender o funcionamento do discurso. À psicanálise reservaram-se as discussões teóricas e à psicologia do desenvolvimento foi proposta uma discussão de aspectos pertinentes à gestação na relação que se estabelece entre gestante, médico e tecnologia, dentro de uma abordagem discursiva.

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O estudo de grupos socialmente marginalizados como gays, negros, usuários de drogas, entre outros, não é fácil, porém de extrema relevância para a área de comportamento do consumidor, pois a determinados grupos sociais é negado praticamente o status de membros de uma sociedade moderna e de consumo (BARBOSA, 2006). Dessa forma, esta tese de doutorado teve como objetivo investigar como o discurso associado a posses é utilizado por gays masculinos para enfrentarem o estigma da identidade homossexual nos níveis individual, familiar, grupal e social. A análise abrange tanto a identidade homossexual como o estigma relacionado a ela, considerando ambos como construções sociais impostas por um discurso médico produzido no século XIX, que, por sua vez, criou a categorização da homossexualidade. Como método de pesquisa adotou-se a observação de participantes no grupo gay da cidade do Rio de Janeiro e também foram realizadas 20 entrevistas semiestruturadas com gays masculinos entre os anos de 2005 e 2008. Os resultados sugerem que: (i) para os gays, o mundo culturalmente constituído parece estar dividido entre o “mundo gay” e o “mundo heterossexual”. A divisão entre estes dois mundos não se dá somente no imaginário dos gays, mas também pode ser representado por produtos e posses; (ii) alguns ambientes de consumo gay passam de um significado de profano para sagrado no decorrer da vida dos gays; (iii) o corpo é visto como uma construção cultural e representa valor no mundo gay, assim como também é usado como signo de distinção e hierarquia.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)