156 resultados para colecções etnográficas
Resumo:
Os grandes movimentos de autonomia política que levaram à independência das colónias africanas a partir dos anos 60 não tiveram igual afirmação na sua componente cultural. Boa parte das elites africanas formadas nas metrópoles dos países colonizadores ignorava os valores e tradições dos povos a que pertenciam. Por outro lado os países colonizadores, uma vez alcançada a independência, desvalorizaram a componente dos estudos culturais desses povos (estudos de etnografia, trabalhos de campo, enriquecimento das colecções). As colecções etnográficas dos museus coloniais foram cada vez mais ignoradas pelos países que as detinham e não chegaram a ser conhecidas pelos novos líderes africanos; tornaram-se assim um património duplamente esquecido. E contudo a nova África redescobre o seu passado: valoriza as suas tradições, retoma muitas práticas de direito consuetudinário, inspira-se em mitos e rituais africanos para exprimir novas formas de produção artística. As velhas colecções e os seus detentores não podem por mais tempo ignorar esta realidade. Este é o tema a discutir.
Resumo:
Na Europa a realidade sociodemográfica das cidades tem vindo a mudar substancialmente nas últimas décadas devido à intensificação dos fluxos migratórios e dos efeitos da globalização. Hoje os espaços urbanos são cada vez mais multiculturais, evidenciando diferentes expressões culturais, mas também tensões várias. Como podem os museus contribuir para a discussão sobre diversidade cultural e migração? Que políticas museológicas desenvolvem em torno da diversidade cultural e do diálogo intercultural? Que contributos e iniciativas promovem? Este livro explora as relações que os museus estabelecem com comunidades e grupos associados à imigração, a partir de três estudos de caso: o Museum of World Culture (Suécia), o World Museum Liverpool (Reino Unido) e o Museu Nacional de Etnologia (Portugal). A autora analisa as estratégias desenvolvidas com as comunidades e grupos numa dupla perspectiva, por um lado, enquanto participantes na construção de narrativas contemporâneas sobre património cultural (material e imaterial) e identidade e, por outro lado, enquanto públicos locais no contexto de estratégias de captação de públicos diversos. Uma abordagem histórica dos percursos e contextos institucionais de cada um dos museus revelou as suas especificidades e diferenças, enquanto o balanço comparativo perspectivou problemas e motivações partilhados. Os museus etnográficos estão entre os museus que mais desafios têm enfrentado nas últimas décadas e onde o tema da diversidade cultural interpela de forma transversal as várias frentes de actuação – desde as colecções, à documentação e investigação, às exposições, ao envolvimento de públicos e comunidades, à deontologia, à gestão e ao financiamento. Como demonstra esta obra, a contemporaneidade convoca mudanças significativas na forma como os museus se organizam e no fortalecimento da sua função social.
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Este trabalho tem como foco central a análise dos dilemas presentes na produção de conhecimento acerca das emoções e do comportamento humano nas neurociências. Para isso, realizou-se uma etnografia em um laboratório atuante na seara da psicofisiologia ou neurobiologia das emoções. Mais especificamente, trata-se de um centro de pesquisas que atualmente realiza experimentos com universitários, militares e pacientes psiquiátricos no intuito de investigar questões relativas ao chamado transtorno do estresse pós-traumático, o neuromarketing, entre outras questões relacionadas à violência urbana e situações aversivas de um modo geral. Para compreender a centralidade adquirida pelo corpo e em especial o cérebro na definição da Pessoa, buscou-se acompanhar o cotidiano de transformação e atualizações neurocientíficas de problemáticas já postas desde o delineamento histórico do fisicalismo moderno. Buscou-se atentar ainda para as trajetórias dos programas de pesquisas desenvolvidos e da vida acadêmica das/os pesquisadoras/os, assim como para as controvérsias intrínsecas a uma atividade científica que se propõe a discutir uma ontologia para o humano.
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In this article I study certain aspects that constitute the “grammar” of the field of management and business. By observing the way in which three prestigious business schools ‒one American, one Spanish and one Argentinean‒ present their offer in executive education ‒management business administration‒, I intend to reconstruct the way in which the reasons, the values and the justifications are structured. The article is based mainly on ethnographies carried out in the informative sessions that these three schools organized in luxury hotels in work of interviews and documentation’s analysis carried out in large Argentinean companies.
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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Antropologia
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Se ha propuesto como tema de trabajo las manifestaciones etnográficas infantiles, considerando que éstas abarcan los juegos, juguetes y aquellas manifestaciones de la tradición oral cercanas a los niños. Surge la necesidad de establecer un marco curricular de la Educación Infantil y primer ciclo de Primaria para poder incorporar las actividades del proyecto a futuras unidades didácticas. El proyecto lo llevan a cabo los profesores de los centros incompletos y unitarias de los municipios de Güimar y Fasnia, en Tenerife. El objetivo general es la investigación, conocimiento, valoración y participación de los alumnos en las distintas manifestaciones de las tradiciones etnográficas infantiles. Entre las conclusiones se citan: valoración positiva del intercambio de trabajo, estrategias y tema de trabajo. La elaboración de juguetes y los debates sobre lo más eficaz para aplicar a los alumnos.
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O Museu e a Universidade de Manchester, realizaram em Abril p.p., a Conferência Internacional sobre o Valor e a Avaliação das Colecções de Ciências Naturais, na qual participaram 135 delegados provenientes de 31 países Ao longo dos três dias de trabalho, foram apresentadas e discutidas várias comunicações explorando os diversos aspectos relativos ao valor científico, cultural e económico deste tipo de colecções. As intervenções feitas procuraram responder a algumas das questões formuladas pela Organização, quanto à possível sub-avaliação das colecções de ciências naturais relativamente às colecções na área das humanidades e, em particular, das belas-artes, e às medidas a implementar no sentido de valorizar as potencialidades destas colecções bem como melhorar o nível de investimentos em termos de preservação e formação profissional do pessoal envolvido na sua manipulação. Outro importante aspecto das colecções de ciências naturais também abordado, foi o do seu valor económico, por vezes mais enfatizado do que o valor científico e cultural. Dada a importância do acordo firmado e garantindo deste modo a sua divulgação no nosso país, transcrevemos seguidamente a sua adaptação para língua portuguesa.
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Vem já de muito longa data o gosto e a prática de coleccionar antiguidades egípcias, acção que conheceu notório desenvolvimento após a expedição conduzida pelo general Bonaparte no Egipto, em finais do século XVIII. Depois, durante todo o século XIX, foi a corrida aos vestígios do passado faraónico, em que os actos de rapina e saque de muitos aventureiros ombrearam com o trabalho meritório e metódico dos diversos egiptólogos que, após as descobertas filológicas de Champollion, as descrições impulsionadoras de Lepsius e as actividades incansáveis de Mariette, passaram muitos anos das suas vidas no país do Nilo e estabeleceram em bases firmes a ciência egiptológica.
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Over the last years we have seen a significant increase in scholarly production within the organization studies field in Brazil. However it is still not representative. The tendency to consume foreign and fashionable ideas unrestrainedly, to make use of imported, universal and non-contextualized explanations to inquiry phenomenon which are essentially local and particular, make it difficult to develop a true Brazilian tradition. This work is a result of an ambitious ethnographic adventure" of an acknowledged apprentice of sociologist Pierre Bourdieu's large body of knowledge. It is about taking reflexivity to the limit. It is about learning "through the body" in an effort - both theoretical and empirical - to investigate a Brazilian organizational phenomenon which reproduces the hierarchical side of our society and, under the disguise of the legitimacy offered by organizational discourse, help keeping the very structure of our society in a silent but powerful way. I also want this work to be an alert for the importance of contextualization as a means to avoid a recurring distortion of the scholarly production in administrative science: the mobilization of theoretical references in such a safe way that make explicitness totally unnecessary, the appropriation of concepts whose essence is strange to the nature of the very phenomenon which they aim to explain, and the insistence in the impersonal style, in third-voice narratives, as if it were possible to produce knowledge in social sciences with absolute impartiality. "
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El presente trabajo pretende abordar una de las formas de construcción de la identidad de pacientes internados en un Hospital Psiquiátrico de la ciudad de Buenos Aires. En esta línea, nos proponemos mostrar que la definición del "loco" acerca de sí mismo, remite a elementos discursivos y representacionales constitutivos del estereotipo social predominante en el sentido común. El mismo construye al "loco" como aquel que viene a romper con el pacto social, homologándolo a la figura del furioso, del violento (Foucault, 1990). En consecuencia, se le atribuyen cualidades intrínsecas, categorizadas y sustancializadas que modelan prácticas de exclusión, que permean tanto las interacciones sociales, como así también los procesos de atención de salud -atención - enfermedad. El objetivo del presente trabajo es explorar como los pacientes internados en un hospital psiquiátrico de Buenos Aires activan y objetivan diferentes atributos y cualidades del estereotipo social del "loco", a través de prácticas, discursos y representaciones ligadas al proceso de medicalización. Entendiendo a este último, como un mecanismo de control social propio de las sociedades post-disciplinarias y de sus respectivas tecnologías del "yo". (Foucault, 2005)
Resumo:
El presente artículo revisa y amplía parte de los resultados de un estudio realizado sobre el ocio infantil en la Comunidad de Madrid (España) (Gaitán, Domínguez, Bárcenas y Leyra, 2011), tratando de analizar el concepto de ocio, como proceso educativo, que de manera transversal enlaza diferentes elementos de la vida cotidiana de niños y niñas. Asimismo, a través de estas páginas se examinarán los diferentes discursos, comportamientos y percepciones que tienen respecto al ocio tanto los niños y niñas como las personas adultas que participaron en la investigación. Se tratará de hacer un recorrido por la propia concepción del ocio infantil así como del tiempo libre, y de los usos y prácticas diferenciadas en distintos grupos de niños y niñas, analizando cómo el ocio forma parte de la educación formal y no formal, llevando consigo elementos transversales de género y edad. Para este estudio se contó con un "grupo junior" de investigación, compuesto por niños y niñas que realizaron reflexiones y aportaciones tanto a lo largo del proceso etnográfico como sobre los resultados obtenidos, fortaleciendo el propio enfoque de "Protagonismo Infantil" y de "Co-investigación de niños y niñas"
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El presente artículo revisa y amplía parte de los resultados de un estudio realizado sobre el ocio infantil en la Comunidad de Madrid (España) (Gaitán, Domínguez, Bárcenas y Leyra, 2011), tratando de analizar el concepto de ocio, como proceso educativo, que de manera transversal enlaza diferentes elementos de la vida cotidiana de niños y niñas. Asimismo, a través de estas páginas se examinarán los diferentes discursos, comportamientos y percepciones que tienen respecto al ocio tanto los niños y niñas como las personas adultas que participaron en la investigación. Se tratará de hacer un recorrido por la propia concepción del ocio infantil así como del tiempo libre, y de los usos y prácticas diferenciadas en distintos grupos de niños y niñas, analizando cómo el ocio forma parte de la educación formal y no formal, llevando consigo elementos transversales de género y edad. Para este estudio se contó con un "grupo junior" de investigación, compuesto por niños y niñas que realizaron reflexiones y aportaciones tanto a lo largo del proceso etnográfico como sobre los resultados obtenidos, fortaleciendo el propio enfoque de "Protagonismo Infantil" y de "Co-investigación de niños y niñas"
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El presente trabajo pretende abordar una de las formas de construcción de la identidad de pacientes internados en un Hospital Psiquiátrico de la ciudad de Buenos Aires. En esta línea, nos proponemos mostrar que la definición del "loco" acerca de sí mismo, remite a elementos discursivos y representacionales constitutivos del estereotipo social predominante en el sentido común. El mismo construye al "loco" como aquel que viene a romper con el pacto social, homologándolo a la figura del furioso, del violento (Foucault, 1990). En consecuencia, se le atribuyen cualidades intrínsecas, categorizadas y sustancializadas que modelan prácticas de exclusión, que permean tanto las interacciones sociales, como así también los procesos de atención de salud -atención - enfermedad. El objetivo del presente trabajo es explorar como los pacientes internados en un hospital psiquiátrico de Buenos Aires activan y objetivan diferentes atributos y cualidades del estereotipo social del "loco", a través de prácticas, discursos y representaciones ligadas al proceso de medicalización. Entendiendo a este último, como un mecanismo de control social propio de las sociedades post-disciplinarias y de sus respectivas tecnologías del "yo". (Foucault, 2005)