120 resultados para candidíase
Resumo:
Central nervous system involvement in Candida septicaemia is rare and not more than four cases have been published in Brazil. Five new cases of systemic candidiasis with cerebral lesions are reported. All patients (four adults and a child) had serious underlying diseases and were submitted to heavy long-term antibiotic therapy with multiple drugs. Seizures in one case and neck stiffness in another were the only neurologic signs that could be attributed to candidiasis. In no case were the lesions severe enough to be considered an immediate cause of death. In three patients, no macroscopic changes were evident in the brain, but microabscesses and granulomata were observed on microscopical examination; another patient had two gross areas with necrotic and haemorrhagic appearance in the cerebral hemispheres; the child had only two microscopic granulomata. The aetiological agent was demonstrated by Grocott's methenamine silver technique in all cases. Involvement of organs other than the central nervous system could be demonstrated in three autopsies. Discussion is confined mainly to such aspects as the contributory factors in the pathogenesis of systemic candidiasis as well as the marked rise in the incidence of this condition in the past few decades. It is suggested that the frequence of monilial septicaemia in Brazil may be far more serious than apparent from the scarcity of reported cases.
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Através de revisão de literatura, confirma-se que infecção laríngea por cândida é uma entidade rara e usualmente associada a infecção pulmonar ou candidíase disseminada¹. Candidíase em laringe de forma isolada (C.L.I.) é uma patologia ainda mais rara, e comumente relacionada a pacientes imunodeficientes². Sabe-se que à laringoscopia direta, a candidíase pode apresentar achados físicos pobres como simples hiperemia local ou mesmo leucoplasia, mimetizando patologias como DRGE até neoplasias, fazendo, pois, parte do diagnóstico diferencial. Encontramos e documentamos em nosso serviço um caso de infecção por cândida de forma isolada em laringe (C.L.I.) em paciente imunocompetente. Havia comprometimento laríngeo importante, inclusive com lesão deformante em epiglote, simulando processo neoplásico. O diagnóstico foi estabelecido por videolaringoscopia e 2 biópsias da lesão encontrada, sendo os materiais obtidos submetidos a 2 estudos histopatológicos. Tomamos o cuidado de afastar síndromes imunodeficitárias, inclusive de etiologia viral, através de pesquisa sorológica e investigação sobre abuso de corticoesteróides ou antibióticos sistêmicos. Fizemos o follow-up do paciente "per" e pós tratamento com antifúngico sistêmico, acompanhando evolução e melhora através da endoscopia e sinais clínicos.
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Candidíase oral (CO) e leucoplasia pilosa (LP) são importantes indicadores da progressão da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) para o quadro de AIDS, principalmente em locais onde exames específicos são inacessíveis. OBJETO: Relacionar CO e LP ao número de células CD4+ e à carga viral (CV) em pacientes brasileiros HIV-positivos, confirmando-as como marcadores clínicos confiáveis de progressão da doença. FORMA DE ESTUDO: Coorte longitudinal. CASUÍSTICA E MÉTODO: Avaliamos prospectivamente 124 pacientes HIV-positivos, isentos de terapia antiretroviral. Todos foram submetidos a exame ORL, dosagem de células CD4+ e CV, sendo divididos em dois grupos: P e A, de acordo com a presença ou ausência de CO e LP. Depois de seis meses, os pacientes do grupo A foram subdivididos nos subgrupos P6 (presença de lesões) e A6. Dosamos novamente CD4+ e carga viral. Os resultados foram analisados estatisticamente. RESULTADOS: No grupo P (43 pacientes, 28 CO e 15 LP) a contagem de células CD4+ foi menor e a carga viral maior em relação ao grupo A (p<0,001). Após 6 meses, 15 dos 81 pacientes do grupo A foram excluídos por iniciarem terapia antiretroviral. Dezoito (11 CO e 7 LP), passaram a compor o grupo P6. Os demais, sem lesões, compuseram o grupo A6. A contagem de células CD4+ no grupo P6 foi menor (p< 0,001) que no grupo A6. O inverso ocorreu com a carga viral. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: CO e LP indicam contagem de células CD4+ abaixo de 300 cels/mm³ e carga viral elevada, sendo marcadores clínicos confiáveis da progressão da doença.
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Trinta e cinco aidéticos entre 19 e 55 anos admitidos e tratados de candidíase no Hospital Emílio Ribas, SP, com ELISA positivo para HIV e confirmado pelo Western Blot. Tuberculose em 9 sendo 2 com pericardite; neurotoxoplasmose em 6; neurocriptococose em 5; herpes labial em 4; pneumocistose em 3 e sarcoma de Kaposi em 2, achavam-se associadas. A concentração inibitória mínima 50% (MIC 50%) para os azoles foi: ketoconazol= 2,2 µg/ml; itraconazol- 21,0 µg/ml; fluconazol = 19,0 µg/ml. O MIC 50% para ospolienos: nistatina- 50,0 µg/ml; anfotericina B= 0,12 µg/ml e para 5 fluorcitosina= 1,6 µg/ml nas 35 amostras de Candida isoladas. Testes não paramétricos de Siegel revelaram significante identificação (80%) das Candida albicans na candidíase, e que a dose de AMB não modificou o número de óbitos, precoce e tardio, ocorridos nesses aidéticos. O uso prévio dos azoles e da nistatina explicaria, talvez, o elevado MIC 50% observado nas amostras de Candida isoladas.
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O objetivo do trabalho foi verificar a prevalência de candidíase em transplantados renais. Foram avaliados os prontuários dos pacientes transplantados no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto de fevereiro de 1968 a fevereiro de 1995. Nesse período foram transplantados 620 pacientes. Destes, 87 apresentaram 107 episódios de candidíase. Locais mais acometidos: trato urinário com 55 episódios, trato respiratório com 28, e trato gastrointestinal com 16. O agente etiológico mais freqüente foi C. albicans com 65 casos seguido de C. tropicalis com 12 e C. glabrata com 11 casos. As infecções do trato urinário mostraram incidência maior (61,7%) nos primeiros 6 meses. A maioria se apresentou clínicamente como infecção bacteriana. No trato respiratório, as infecções foram caracterizadas por recuperação do agente no escarro. No trato gastrointestinal, 9/16 episódios foram esofágicos, com epigastralgia, dor retroesternal, às vezes acompanhados de candidíase oral ou odinofagia. Nos outros episódios o agente foi recuperado nas fezes com quadro clínico de gastroenterite. Nas infecções dos tratos urinário e respiratório, houve associação da candidíase com antibioticoterapia prévia (76% e 67% respectivamente), além de infecções bacterianas concomitantes (34% e 64% respectivamente). As infecções por Candida sp tiveram prevalência geral em torno de 14,5%. A localização predominante foi no trato urinário e, em seguida, nos tratos respiratório e gastrointestinal, apresentando alto índice de associação com antibioticoterapia prévia e infecções bacterianas.
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A candidíase recorrente cutânea ou mucosa é caracterizada pela ocorrência de, no mínimo, 4 episódios de candidíase no período de um ano. Não são conhecidos os fatores que levam à recorrência desta infecção. O presente estudo avaliou a resposta linfoproliferativa e a produção de IFN-g de pacientes com candidíase recorrente. Os índices de estimulação da resposta linfoproliferativa em culturas de células de pacientes com candidíase recorrente estimuladas com antígeno de Candida albicans, PPD e TT foram respectivamente de 6±8, 17±20 e 65±30. A adição de anticorpo monoclonal anti-IL-10 às culturas de células de 6 pacientes aumentou a resposta linfoproliferativa de 735±415 para 4143±1746 cpm. A produção de IFN-g em culturas de células estimuladas com antígeno de Candida, foi 162±345pg/ml. Pacientes com candidíase recorrente apresentam uma deficiência na resposta linfoproliferativa e na produção de IFN-g, podendo a resposta imune celular ao antígeno de Candida ser restaurada parcialmente através da neutralização da IL-10 in vitro.
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OBJETIVO: avaliar fatores de risco para candidíase vulvovaginal identificados ao exame e anamnese ginecológica, em amostra de conveniência. MÉTODO: estudo transversal, com amostra de conveniência, envolvendo todas as trabalhadoras (135) de uma indústria de confecção em Criciúma (SC), sintomáticas e assintomáticas, no período de julho a setembro de 2002. Foi utilizada, como técnica de coleta dos dados, entrevista roteirizada investigando-se possíveis fatores de risco. O exame ginecológico detectou a presença ou não de sinais clínicos de vulvovaginites. Realizou-se cultura de secreção vaginal em meio de ágar Sabouraud para isolamento de Candida sp. Os dados foram processados e analisados no programa Epi-Info, versão 6.0. A medida de intensidade de associação usada foi a razão de prevalência. O intervalo de confiança adotado para inferência estatística foi de 95%. A análise multivariada dos dados foi realizada pelo programa SPSS versão 10.0, empregando-se modelo de regressão logística. RESULTADOS: os resultados mostraram que a prevalência da candidíase vulvovaginal foi de 19,3%. A freqüência de vulvovaginite diagnosticada pelo exame clínico foi de 17%, com sensibilidade de 38% e especificidade de 88%. O fator de risco significante para vulvovaginite por Candida nessa população foi a presença de ciclos menstruais regulares e para vulvovaginite clínica foi o uso de hormônios e idade entre 25 e 34 anos. CONCLUSÃO: a prevalência de candidíase vulvovaginal é alta entre mulheres consideradas hígidas e o fator de risco encontrado com significância estatística foi a presença de ciclos menstruais regulares, reforçando a importância de possível relação entre ciclo hormonal e esta infecção. Devido à limitação do presente estudo, esta possível associação, juntamente com outras, devem ser estudadas num futuro desenho de coorte com amostra de tamanho apropriado e medidas de níveis hormonais ao longo do ciclo menstrual.
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OBJETIVOS: avaliar a distribuição de espécies de leveduras isoladas da vagina em duas localidades do sul do Brasil e comparar o perfil de suscetibilidade in vitro destas leveduras a antifúngicos usados na prática clínica. MÉTODOS: todas as mulheres atendidas entre janeiro e junho de 2004 para exames rotineiros de amostras vaginais, independente de serem sintomáticas ou não, foram incluídas neste estudo. Foram excluídas as que apresentavam imunodeficiências como AIDS ou outras infecções genitais. Amostras de conteúdo vaginal dessas mulheres (Jaraguá do Sul - SC (n=130) e Maringá - PR (n=97)) foram cultivadas. As leveduras isoladas foram identificadas e submetidas ao teste de suscetibilidade aos antifúngicos fluconazol, nistatina e anfotericina B. RESULTADOS: a freqüência de cultura positiva para levedura foi semelhante nas duas localidades, aproximadamente 24%. Candida albicans foi a espécie prevalente, mas sua freqüência diferiu: em SC correspondeu a 77,4% das leveduras e foi a mais freqüente tanto nas mulheres sintomáticas quanto nas assintomáticas. Já no PR foi 50,0%, com predomínio mais evidente nos casos sintomáticos. Observamos altos índices de suscetibilidade ao fluconazol e anfotericina B, porém 51,1% das leveduras apresentaram suscetibilidade dependente da dose (S-DD) para nistatina. C. albicans mostrou maior tendência de resistência à nistatina (52,8% de S-DD) do que as espécies não-albicans (44,4%). CONCLUSÕES: nossos dados mostram diferenças regionais quanto à espécie de levedura em amostras vaginais. Sugerem que a determinação da espécie pode ter implicação clínica, considerando as diferenças quanto à suscetibilidade, principalmente à nistatina, e que poderiam ter importância no manejo da candidíase vulvovaginal.
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OBJETIVO: analisar pacientes com candidíase vulvovaginal quanto a sintomatologia, fatores de risco e resultados da cultura anal, identificar a freqüência de Candida albicans e não C. albicans e correlacionar as colonizações anal e vaginal. MÉTODOS: foram incluídas 99 pacientes com suspeita clínica de candidiase vulvovaginal, procedentes de Natal, RN, atendidas entre maio de 2003 e maio de 2005, perfazendo-se o total de 294 coletas. O material clínico, colhido por zaragatoas, foi semeado em CHROMagar Candida®. As leveduras foram identificadas pelo método clássico, além da prova de crescimento a 42 e 45ºC e da prova do caldo Sabouraud hipertônico. A sintomatologia, fatores de risco e colonização anal foram analisados de acordo com a positividade ou negatividade para Candida spp. As culturas positivas para C. albicans nos dois sítios foram comparadas com outros resultados encontrados. Para análise estatística utilizou-se o teste do chi2, com correção de Yates e o teste exato de Fisher. RESULTADOS: a espécie mais frequente foi C. albicans em 69% dos casos. Uso de roupas íntimas justas e/ou sintéticas, presença de doenças alérgicas, ocorrência de prurido, leucorréia e hiperemia apresentaram associação com a positividade vaginal para Candida spp. A chance de uma paciente com colonização anal positiva de apresentar positividade vaginal concomitante foi 2,8 e 4,9 vezes maior, respectivamente, para Candida spp e C. albicans. A chance de uma paciente com cultura anal positiva para C. albicans de apresentar resultado vaginal positivo foi 3,7 vezes maior quando comparada a espécies não C. albicans. CONCLUSÕES: C. albicans foi a espécie mais comum, tendo sido observada associação da positividade vaginal para Candida spp com uso de roupas justas e/ou sintéticas, doenças alérgicas, prurido, leucorréia e eritema (p<0,05). A positividade anal concomitante com a vaginal foi significativa, sugerindo uma possível contaminação vaginal a partir do ânus.
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OBJETIVO: relacionar as leveduras identificadas aos sinais e sintomas clínicos das pacientes com candidíase vulvovaginal e investigar a importância dos parceiros sexuais na reincidência da infecção. MÉTODOS: foi desenvolvido estudo prospectivo de julho de 2001 a julho de 2003 com uma amostra de mulheres residentes na Grande São Paulo. Foram avaliadas 179 pacientes com suspeita clínica de vaginite fúngica, com idade entre 18 e 65 anos. Os critérios para exclusão foram: gravidez, comprometimento imunológico intrínseco e extrínseco, incluindo AIDS, diabetes, imunossupressão, pacientes em terapia com corticosteróides, antibióticos ou hormônios, em pós-menopausa, em uso de dispositivo intra-uterino e duchas vaginais ou espermicidas. Amostras de secreções vaginais ou da glande dos parceiros sexuais de pacientes com vaginite de repetição foram coletadas para microscopia e cultura de fungos. Colônias fúngicas isoladas em CHROMagar Candida foram identificadas por provas clássicas. O teste exato de Fisher foi usado para correlacionar o quadro clínico com as leveduras isoladas das pacientes. RESULTADOS: os sinais e sintomas clínicos mais relevantes na candidíase vulvovaginal foram prurido e corrimento, seguidos por eritema e edema, estatisticamente independente do agente etiológico. Leveduras foram diagnosticadas por microscopia direta em 77 pacientes com vulvovaginites, sendo obtidos 40 cultivos de Candida spp. Candida albicans (70%), C. glabrata (20%), C. tropicalis (7,5%) e C. guilliermondii (2,5%) foram identificadas. As leveduras prevalentes nos parceiros foram C. albicans e C. glabrata. As mesmas espécies foram detectadas nas companheiras e parceiros em 87% dos casos. CONCLUSÕES: as vulvovaginites fúngicas foram mais freqüentes em mulheres entre 18 e 34 anos de idade. Não foi observada correlação entre as espécies de leveduras detectadas e a sintomatologia clínica. Os parceiros sexuais podem ser importantes reservatórios de Candida spp e estar relacionados à manutenção da candidíase vulvovaginal.
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OBJETIVO: estudar a candidíase vulvovaginal em mulheres com e sem suspeita clínica a partir de fluido vaginal, identificando frequência de Candida spp. e associando a fatores de risco intrínsecos e extrínsecos. MÉTODOS: foram coletadas 286 amostras de pacientes atendidas em clínicas e postos de saúde entre Agosto de 2005 e Agosto de 2007. Foram 121 mulheres com suspeita e 165 sem suspeita clínica. Com zaragatoas estéreis, as amostras foram coletadas, transportadas ao laboratório em solução fisiológica 0,85%, semeadas em CHROMagar Candida e em meio ágar Sabouraud 4% com cloranfenicol. Foram realizados os procedimentos clássicos para identificação: macro e micromorfologia, zimograma e auxanograma. Os dados obtidos foram analisados através de testes de frequência e tabelas de contingência (χ2). RESULTADOS: Um total de 47,9% das mulheres com suspeita clínica obteve confirmação de candidíase pelos exames laboratoriais. Das pacientes sem suspeita clínica (Grupo Controle), 78,2% foram negativas para candidíase vulvovaginal pelos testes laboratoriais. Candida albicans foi a espécie prevalente com 74,5% dos casos. Foram encontradas diferenças significativas para os casos positivos, de acordo com as pacientes das duas cidades avaliadas (p<0,05). O vestuário foi um aspecto diferencial encontrado entre as duas populações estudadas. CONCLUSÕES: a presença de fatores predisponentes não define, seguramente, a candidíase vulvovaginal. A localização geográfica tem mostrado ser um fator relevante na distribuição dos eventos. O tipo de vestuário pode ser uma das razões. O cultivo de amostras do conteúdo vaginal, seguida de identificação do micro-organismo, é importante.
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OBJETIVO: Investigar a etiologia, o perfil epidemiológico de pacientes com candidíase vulvovaginal (CVV) e possíveis fatores predisponentes. MÉTODOS: Secreção vaginal das pacientes foi semeada em ágar Sabouraud e amostras de leveduras foram isoladas e identificadas por Polymerase Chain Reaction (PCR). Dados demográficos, clínicos e fatores predisponentes foram obtidos por meio de questionário. Para análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Fischer e do χ², com auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foram avaliadas 69 pacientes, com idade entre 15 e 52 anos, predominando mulheres brancas (79,7%), com escolaridade de nível superior completo (58%), casadas (56,5%) e com vida sexual ativa (97,1%). Dentre elas, 34,8% eram gestantes, 7,2% diabéticas, 1,4% soropositivas para AIDS e 36,2% usavam anticoncepcional oral. Antibioticoterapia recente foi citada por 13% das pacientes, uso de antifúngico por 5,8% e de antitricomonas por 1,4%. Uso de corticosteroides foi relatado por 2,9% das participantes e de antineoplásicos, por 1,4%. Fluxo vaginal e prurido foram as principais queixas apresentadas, respectivamente, por 97,1 e 73,9% das pacientes, seguido de ardência (63,8%) e hiperemia (63,8%). Quando presente, o fluxo foi majoritariamente branco (88,1%) ou grumoso (86,6%). O diagnóstico foi confirmado pela cultura em 55 (79,7%) pacientes, sendo 4 casos de infecção mista. A espécie prevalente foi C. albicans, seguida por um caso de C. glabrata, que foi encontrada em mais duas pacientes em associação com C. albicans. Nas outras duas infecções polimicrobianas, C. lusitaniae foi isolada com C. albicans. CONCLUSÕES: Embora a positividade da cultura tenha sido alta e os dados clínicos de CVV sejam característicos, a sintomatologia não é patognomônica. C. albicans é a espécie prevalente, mas deve-se atentar para a ocorrência de outras espécies na etiologia de CVV, como a emergência de C. lusitaniae.
Resumo:
Post-menarche patients with clinical signs of vulvovaginitis were analyzed in this study, whose aims were the following: identify the frequency of C. albicans and non C. albicans species and negative results, correlate the vaginal culture for yeast with risk factors and symptomatology; compare positive and negative results for yeast in the vaginal and anal cultures; compare the positive results for C. albicans with other results found in the vaginal and anal cultures; and compare concomitant positivity for C. albicans and non C. albicans in the vaginal and anal cultures. Sample selection occurred between May, 2003 and May, 2005, and included 99 patients from Natal, Brazil. The laboratory methods used consisted of CHROMagar Candida culture medium, thermotolerance test at 42-45°C and hypertonic NaCL, in addition to the classic methods of carbohydrate assimilation and fermentation. We used absolute numbers, percentages, means of central tendency, chi-squared test (χ2) with Yates correction, Fisher s exact test and odds ratio for statistical analysis. The most frequent species was C. albicans in 69% of the cases. The positivity for Candida spp showed an association with the use of tight-fitting intimate clothing and/or synthetics, allergic diseases and the occurrence of itching, leukorrhea and erythema. Anal colonization increased the likelihood of vaginal contamination by 2.8 and 4.9 times, respectively, for Candida spp and C. albicans. When compared to the other species, C. albicans-positive anal colonization increased by 3.7 times the likelihood of vaginal positivity. These data suggest likely vaginal contamination originating in the anus