Árvores e gente no ativismo transnacional. As dimensões social e ambiental na perspectiva dos campaigners britânicos pela Floresta Amazônica

O ativismo transnacional constitui-se como tema ainda incipiente nas ciências sociais. A partir de uma perspectiva antropológica, este trabalho apresenta uma contribuição à compreensão dos processos políticos e culturais globais que caracterizam a contemporaneidade, centrando-se no ativismo transnacional em torno da Floresta Amazônia. A Amazônia é certamente um dos principais símbolos do ambientalismo ocidental. A maioria das ONGs transnacionais que trabalha com este tema tem sede no Reino Unido, apresentando uma atuação destacada nas campanhas do mogno, pela demarcação de terras indígenas, assim como no desenvolvimento do Forest Stewardship Council (FSC), ou Conselho de Manejo Florestal -- um selo verde para produtos florestais. Este artigo analisa as diferentes trajetórias sociais e de militância dos campaigners britânicos, que os conduzem a formas distintas de engajamento com a floresta. Observa-se, então, as tensões na conjugação das dimensões social e ambiental enquanto marcas discursivas independentes das filiações organizacionais. Três principais tendências são reveladas, assim como visões globais e locais conflitantes, com conseqüências para o ambientalismo enquanto um campo de comunicação globalizado, e sobretudo para a Amazônia enquanto espaço sócioambiental.

Comida de gente: preferências e tabus alimentares entre os ribeirinhos do Médio Rio Negro (Amazonas, Brasil)

No presente artigo, analiso os aspectos relacionados às escolhas e aversões alimentares entre as populações ribeirinhas assentadas no Rio Negro (Amazonas, Brasil). Foram entrevistadas 104 pessoas (57 homens e 47 mulheres) e observadas as práticas cotidianas quanto às preferências e restrições alimentares em 47 unidades domésticas. As escolhas alimentares são influenciadas por preferências individuais, fatores ecológicos, econômicos, sociais e culturais. Com relação ao sistema de tabus alimentares, os animais com caracteres híbridos ou difíceis de serem categorizados, como os peixes lisos e os animais de dieta generalista, são sujeitos a tabus. A sobreposição entre as diferentes correntes teóricas é utilizada para interpretar as variações estabelecidas entre as preferências e os tabus alimentares no Rio Negro.

“Gente preta” - África na literatura portuguesa do século XIX

Este artigo analisa brevemente a imagem de África nos escritores portugueses de oitocentos, particularmente em Eça de Queirós e João de Deus.

"Gente" na Expansão portuguesa: gestão de recursos humanos nos séculos XV e XVI

Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em História e Arqueologia da Expansão e dos Descobrimentos Portugueses.

Imaginários de diáspora em João de Melo e Anthony de Sá: para uma leitura da alteridade em gente feliz com lágrimas e em barnacle love

Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Estudos Portugueses (Área de Especialização em Estudos Literários)

"Gente da nossa": uma construção mediática da ideia de "comunidade portuguesa".

O texto tem por base a investigação realizada no quadro do projecto ““Feeling the Pulse of the community" - Identity politics and narratives of a portuguese migrant community in Canada”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. O projecto centrou-se no estudo do programa de televisão “Gente da Nossa”, que integra as características dos “Ethnic minority media”. Colocando-se no interior do campo da Antropologia dos Media, a estratégia metodológica integrou uma etnografia da produção e da recepção. O texto coloca o programa “Gente da Nossa” no interior da problemática mais geral das relações complexas que se estabelecem entre a produção e a difusão dos conteúdos dos “media étnicos” e os processos de etnicização de comunidades migrantes: o programa é conceptualizado enquanto veículo estrategicamente usado nos processos de construção, difusão, objectificação e mercadorização de imagens da “comunidade portuguesa do Canadá”. Quando tomado no seu conjunto, o processo de etnicização surge como algo complexo: uma etnografia do detalhe permite ler e discutir as diferentes dimensões desse complexo trabalho de construção da ideia de “comunidade”.

A falar é que a gente se entende

O presente relatório visa, num primeiro capítulo, abordar o tema da comunicação, referindo o que se entende por oralidade e explicando como se procurou dar relevância a esta competência nas aulas de língua. Faz-se uma análise dos documentos normativos específicos do ensino da língua materna (Português) e da LE2 (Espanhol) e, partindo-se deles, apresentam-se projetos e atividades que procuram fomentar, desenvolver e melhorar a competência comunicativa dos discentes. Abordam-se ainda as dificuldades e receios dos alunos ao expressarem-se oralmente e a maneira como o docente procura trabalhar de forma a colmatar essas dificuldades. No segundo capítulo, faz-se uma apresentação do Agrupamento de Escolas de Alapraia, onde foi realizada a Prática de Ensino Supervisionada e uma caracterização da turma em que foram lecionadas as aulas práticas. Por fim, apresentam-se exemplos de algumas atividades lecionadas com vista ao desenvolvimento da competência comunicativa, refletindo-se sobre os aspetos mais relevantes.

Gente Comum - Uma História na PIDE

“Gente Comum – Uma história na PIDE” é um «relato transcrito, revisto e editado, centrado nos primeiros vinte e cinco anos de Aurora Rodrigues». Da infância aos estudos, da adesão ao MRPP à prisão em Caxias, esta é a história de um testemunho marcado pela tortura e humilhação. Entre duas tenebrosas prisões, como militante do MRPP, a violentos espancamentos e privação do sono, estes foram anos reservados a uma dura e perigosa realidade experimentada pela mulher que «agora» nos relata em livro, detalhes de um passado ainda “vivo” na revolta da memória. Com recolha, introdução, contextualização e notas de António Monteiro Cardoso e Paula Godinho, o livro traça-nos ainda uma viagem pelas suas vivências no Alentejo, região onde «granjeou consciência de si e do mundo, pelo contexto social, histórico e político» de então.

"Ser tratada como gente": a vivência de mulheres atendidas no Serviço de Pré-Natal de uma Instituição filantrópica

Este estudo, de abordagem qualitativa, tem como referencial teórico a antropologia cultural e utiliza o método etnográfico de pesquisa. Teve por objetivo conhecer e compreender as necessidades, crenças e valores do cuidado pré-natal na visão e experiência vivenciada por mulheres grávidas atendidas no contexto do Serviço de Pré-Natal de uma Instituição filantrópica. A análise dos temas culturais identificados levou ao tema central "ser tratada como gente"; revelando que, na vivência das mulheres, o elemento mais significativo é representado pela interação efetiva ou pelo estabelecimento de vínculo de confiança entre elas e a enfermeira.

Percorsi dell'emigrazione italiana in Svizzera tra fonti orali e scritture di gente comune (1946-1974)

Sintesi II presente lavoro di ricerca, maturato nel quadro di un dottorato in storia contemporanea, propone una ricostruzione dei percorsi materiali e dei percorsi culturali degli emigrati italiani in Svizzera tra la tìne della Seconda guerra mondiale e i primi anni Settanta. Le principali fonti di prima mano adoperate nella ricerca consistono in tre diversi generi di narrazioni autobiogratìche: le fonti orali (cento interviste complessive raccolte e analizzate); le scritture epistolari (tre fondi per un totale di circa duecento lettere); le scritture scolastiche di adolescenti e giovani emigrati italiani, iscritti, tra la fine degli anni Sessanta e i primi anni Settanta, ad una scuola privata del Canton Zurigo (circa seicento temi validi come prova di lingua italiana per il conseguimento della licenza media tra il 1973 e il 1974). Le fonti soggettive raccolte hanno permesso di tracciare i profili di numerosi di percorsi migratori vissuti da queste persone, lavorando, in primo luogo, sulla loro dimensione materiale, ovvero sulle tappe íìsiche, dal viaggio, alla ricerca del posto di lavoro e dell'alloggio, alla formazione di una famiglia, agli strumenti utilizzati per mantenersi in contatto con il proprio paese d'origine. Si sono poi inquadrate alcune delle possibili evoluzioni ideologiche e culturali, nei termini consentiti dallo studio della memoria e delle rappresentazioni di sé, offerte dagli emigrati stessi. In sintesi, quindi, il lavoro propone una ricostruzione di un frammento di storia dell'emigrazione italiana, con tutte le specitìcità legate a un paese di accoglienza, la Svizzera, e a un periodo storico, il Secondo dopoguerra. Alcuni dei caratteri principali dei percorsi materiali sono senz'altro legati alle peculiarità della legislazione svizzera, con la detìnizione di "straniero" che dava, le condizioni di vita che rendeva praticabili e possibili, i passaggi di tempo che imponeva per avere una permesso a tempo indeterminato, per raggiungere una certa stabilità, per ricomporre il proprio nucleo familiare. Anche alcuni fenomeni culturali erano legati a queste dimensioni specitïche, per cui non hanno riscontro, negli stessi termini, in altri contesti e in altri periodi. Accanto alle peculiarità e alle differenze che questa storia ha rispetto ad altre storie di emigrazione legate ad altri paesi e ad altri contesti, dal lavoro emergono processi e fenomeni di interesse più generale, qualora ci si interessi di fenomeni migratori, di conflitti, di inclusione e di esclusione di gruppi umani differenti. Alcune delle problematiche che si sono poste nella storia in analisi -per esempio quelle relative alla scolarizzazione dei minori, al rapporto tra diritto di residenza e obbligo di impiego, alla presenza di clandestini e al loro rapporto con associazioni o gruppi di assistenza legali o illegali -sono senza dubbio utili riferimenti per chi oggi voglia ragionare su problematiche analoghe poste in diversi contesti.

Dos casos de estudio en interacción de tecnologías educativas: Moodle para gente mayor y Drupal para dar soporte a la USQUID

A causa del envejecimiento de la población y el rápido avance tecnológico, debemoscontribuir de alguna manera a la adaptación de las personas mayores a las nuevas tecnologías.Para ello debemos crear métodos que den alcance a información referente a éstas, quesean accesibles, usables y que puedan ser conducidos por las personas mayores. Éste esjustamente el colectivo que es objeto de nuestro estudio.Mediante este proyecto elaboramos una herramienta Moodle con información educativadirigida al aprendizaje de las personas mayores en nuevas tecnologías y una Web en Drupal destinada al soporte docente que es solicitada por la Unidad de Soporte a la Calidad e Innovación Docente de la Escuela Superior Politécnica.A través de la creación de Moodle pretendemos demostrar, con su posterior evaluación, nuestra principal hipótesis: Moodle es una herramienta muy adecuada para potenciar el aprendizaje de las personas mayores, mayormente por su carácter colaborativo, que es precisamente lo que motiva a las personas mayores a adquirir nuevos conocimientos.Por otro lado, después de completar todo el trabajo, hemos podido confirmar la potenciade Drupal hasta el punto de llegar a considerar la posibilidad de adaptar un Drupal para el aprendizaje de la gente mayor.