856 resultados para Setting (psicanálise)
Resumo:
Este trabalho estuda uma modalidade de atenção em saúde denominada acompanhamento terapêutico, que é importante ferramenta para o tratamento de sujeitos psicóticos e útil para a Reforma Psiquiátrica. Estuda-se o setting do AT, a fim de estabelecer uma relação possível entre os conceitos psicanalíticos e as singularidades que esta modalidade propõe, problematizando-as através dos seguintes conceitos: dispositivo, acaso/acontecimento e cidade. Busca-se algumas respostas às seguintes questões: Como se estabelece uma relação que propicie o surgimento de um encontro entre acompanhante e acompanhado? No acompanhamento terapêutico como poderíamos pensar um início de tratamento? O que de fato ocorre ou precisa acontecer? O que significa isto do ponto de vista da psicanálise e considerando que estamos trabalhando com sujeitos psicóticos? Qual o espaço de trabalho, ou melhor dizendo, o setting do AT? Que conceitos estão em jogo nesse setting. Podemos nos apoiar nas descobertas freudianas ainda que o setting seja sabidamente diferente? Que problemas isso acarreta desde o ponto de vista técnico? A metodologia é o estudo de caso único. Utiliza-se como fonte os registros de um atendimento, entrevistas e o material escrito produzido pelo próprio sujeito acompanhado. Escolheu-se cenas ilustrativas do caso atendido vinculando-as à teorização apresentada. Entende-se o acompanhamento terapêutico como importante dispositivo clínico e político do processo da Reforma Psiquiátrica. O acompanhante terapêutico é um agente que transita entre os espaços de tratamento (o dentro) e os demais espaços sociais (o fora) com uma visão desinstitucionalizante e com o objetivo de auxiliar os sujeitos a ressignificarem seu lugar social.
Resumo:
We tried to analyze in this paper the meaning of silence into the analytical setting, based in Winnicott’s proposal of psychoanalysis and from clinical experience fragments of one the authors. Therefore, we surveyed the meaning of silence in the setting for some psychoanalysts and, afterwards, we made reference mainly to the concepts related to Winnicott’s Theory of the Emotional Maturity, such as holding, handling, the presentation of objects, and those concerning hesitation and transitionality. We further availed ourselves of the concepts of transference and count transference to ponder on the therapeutic dyad into the analytical setting. Our final considerations point to the need to consider silence as an important communication in certain circumstances of the therapeutic work, as well as suggesting that the setting, in this case study, requested hopeful non-invasive approach of the therapist, to allow the appearance of transitional space through which the emotional maturity can be resumed in this patient.
Resumo:
A pesquisa, interessada em precisar as ferramentas conceituais que possibilitam operar a clínica no campo da reforma psiquiátrica quando a cidade invade o setting do tratamento e vem colocar a clínica em questão tem como ponto de partida o percurso de uma experiência desenvolvida nos últimos dez anos junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em parceria com serviços de saúde mental da rede pública, tendo a atividade do acompanhamento terapêutico como vetor. Clínica e cidade foram os fios condutores desta investigação, que recorre inicialmente a leituras diversas, da história, geografia, ciências sociais, literatura, filosofia, para acompanhar desde a formação das cidades medievais até o advento das metrópoles contemporâneas. O nascimento do alienismo é inscrito nesse contexto, no momento de instauração das sociedades democráticas modernas, cuja ambição pelo governo das lamas engendra o ideal isolacionista que o asilo psiquiátrico veio presentificar, de forma que a psiquiatria e suas congêneres, nascidas na cidade, dela vêm se apartar, o que se coloca como paradoxo presente nos processos de reforma psiquiátrica contemporâneos que propugnam o retorno da loucura ao convívio nas cidades. Considerando que é esses paradoxo que o acompanhamento terapêutico, ao abrir-se à cidade, vem habita, a pesquisa busca identificar as ferramentas conceituais de que se serve o acompanhamento terapêutico em cada uma de suas vertentes em cada uma de suas vertentes teóricas referendadas seja em Lacan, em, Winnicott ou Deleuze e Guattari e o modo como essas ferramentas possibilitam à clínica a incorporação do espaço pública, através de objetos e relações, tanto simbólicos como materiais, sem fazer uso de uma relação de domínio à parte que implique em segregação com respeito à sociedade comum. Conclui-se, daí, que, se a incidência da cidade na prática do acompanhamento terapêutico configura o traço que singulariza essa prática como um dos modos de fazer clínica, ela é, ao mesmo tempo, o que leva ao seu limite paradoxal o modo como a clínica se faz, cabendo disso extrais as consequências que interessam a uma clínica conforme a radicalidade do que propõe a reforma psiquiátrica.
Resumo:
Proveniente de uma prática, a presente dissertação de mestrado tem como objetivo explorar a função do Acompanhamento Terapêutico (AT) na internação psiquiátrica, apontando a importância da clínica psicanalítica para seu desenvolvimento. Seu ponto de partida é explicitado pela localização da práxis do AT no contexto da reforma psiquiátrica, no intuito de caracterizá-la como uma importante alternativa ao modelo manicomial, uma vez que procura oferecer ao sujeito psicótico uma aproximação com o laço social. Em seguida, procura discutir, através da apresentação de um caso clínico, as práticas de tratamento voltadas para a clínica da psicose, circunscrevendo à clínica da convivência o setting de atuação do AT. No que tange especialmente à psicose, apresenta como fundamentação teórica a leitura freudiana e as elaborações de J. Lacan, procurando estudar não somente sobre o que incide na estrutura psicótica, como também busca entender o vinculo transferencial que emerge entre paciente e AT. Seus principais objetivos geram a torno da indicação clínica da escuta do delírio e da posição que concerne ao Acompanhante Terapêutico de se apresentar como secretário do alienado, creditando a ele a estratégia encontrada pela função do AT para o tratamento possível da psicose.
Resumo:
A presente pesquisa é tributária de um interesse particular pela clínica das psicoses. A partir dela viemos endossar a proposta de Jacques Lacan segundo a qual o analista não deve recuar diante da psicose, acrescentando que não recuar diante da psicose implica em não recuar diante da instituição psiquiátrica, incluindo aí não só o hospital psiquiátrico e os ambulatórios públicos, mas também e, sobretudo, os dispositivos que compõem o que se denominou, a partir da reforma psiquiátrica, de campo da saúde mental. Tendo como ponto de partida a crença de que a maioria dos casos de psicose necessita da instituição psiquiátrica, seja esta uma instituição tradicional - o hospital psiquiátrico -, ou um dispositivo que se pretende substitutivo em relação a ele - um hospital-dia ou um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), propomos nessa dissertação um questionamento acerca do lugar da psicanálise no campo da saúde mental. Desde Freud a psicose vem colocando questões à psicanálise, convocando os analistas ao trabalho de sustentar o dispositivo analítico num terreno onde este parece ser colocado à prova. E quando se trata de sustentá-lo fora do setting do consultório privado - numa enfermaria ou num CAPS, por exemplo -, o desafio ainda é maior. Nessa dissertação tentaremos delimitar o que a psicanálise tem de específico no que tange à abordagem da psicose e enquanto clínica do sujeito, o que define um certo lugar para ela no campo da saúde mental. Freud nos apresenta a escuta como instrumento principal do analista na prática clínica. Lacan, em sua releitura de Freud, vai apontar para o que ela tem de específico - uma escuta referenciada numa ética particular: a ética da psicanálise, sustentada no desejo do analista. Portanto, é a partir dessa escuta que visamos sugerir um lugar específico para a psicanálise, independente do ambiente onde se dá a experiência analítica
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This paper aims at establishing a link between the psychoanalytic idea of a clinical setting and the notion of framing in the artistic image. To this end, the reading is based on issues related to clinical care, in the specific sense of a setting, casting itself in artistic creations that challenge the rigid status – when it’s the case – of this setting, and reflecting on the notion of transference, a basic phenomenon in this context. The conclusions refer to a direct approach between the aesthetic experience and psychoanalytic experience.
The STRATIFY tool and clinical judgment were poor predictors of falling in an acute hospital setting
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Objective: To compare the effectiveness of the STRATIFY falls tool with nurses’ clinical judgments in predicting patient falls. Study Design and Setting: A prospective cohort study was conducted among the inpatients of an acute tertiary hospital. Participants were patients over 65 years of age admitted to any hospital unit. Sensitivity, specificity, and positive predictive value (PPV) and negative predictive values (NPV) of the instrument and nurses’ clinical judgments in predicting falls were calculated. Results: Seven hundred and eighty-eight patients were screened and followed up during the study period. The fall prevalence was 9.2%. Of the 335 patients classified as being ‘‘at risk’’ for falling using the STRATIFY tool, 59 (17.6%) did sustain a fall (sensitivity50.82, specificity50.61, PPV50.18, NPV50.97). Nurses judged that 501 patients were at risk of falling and, of these, 60 (12.0%) fell (sensitivity50.84, specificity50.38, PPV50.12, NPV50.96). The STRATIFY tool correctly identified significantly more patients as either fallers or nonfallers than the nurses (P50.027). Conclusion: Considering the poor specificity and high rates of false-positive results for both the STRATIFY tool and nurses’ clinical judgments, we conclude that neither of these approaches are useful for screening of falls in acute hospital settings.
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The security of strong designated verifier (SDV) signature schemes has thus far been analyzed only in a two-user setting. We observe that security in a two-user setting does not necessarily imply the same in a multi-user setting for SDV signatures. Moreover, we show that existing security notions do not adequately model the security of SDV signatures even in a two-user setting. We then propose revised notions of security in a multi-user setting and show that no existing scheme satisfies these notions. A new SDV signature scheme is then presented and proven secure under the revised notions in the standard model. For the purpose of constructing the SDV signature scheme, we propose a one-pass key establishment protocol in the standard model, which is of independent interest in itself.
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This paper proposes that the provision of online counselling services for young people accessed through their local school website has the potential to assist students with mental health issues as well as increasing their help seeking behaviours. It stems from the work of the authors who trialled an online counselling service within one Australian secondary school. In Australia, online counselling with the adult population is now an accepted part of the provision of mental health services. Online provision of mental health information for young people is also well accepted. However, online counselling for young people is provided by only a few community organisations such as Kids Help Line within Australia. School based counselling services which are integral to most secondary schools in Australia, seem slow to provide this service in spite of initial interest and enthusiasm by individual school counsellors. This discussion is the product of reflection on the potential benefits of this trial with a consideration of relevant research of the issues raised. It highlights the need for further research into the use of computer mediated communication in the provision of counselling within a school setting.
Resumo:
Aim: In the current climate of medical education, there is an ever-increasing demand for and emphasis on simulation as both a teaching and training tool. The objective of our study was to compare the realism and practicality of a number of artificial blood products that could be used for high-fidelity simulation. Method: A literature and internet search was performed and 15 artificial blood products were identified from a variety of sources. One product was excluded due to its potential toxicity risks. Five observers, blinded to the products, performed two assessments on each product using an evaluation tool with 14 predefined criteria including color, consistency, clotting, and staining potential to manikin skin and clothing. Each criterion was rated using a five-point Likert scale. The products were left for 24 hours, both refrigerated and at room temperature, and then reassessed. Statistical analysis was performed to identify the most suitable products, and both inter- and intra-rater variability were examined. Results: Three products scored consistently well with all five assessors, with one product in particular scoring well in almost every criterion. This highest-rated product had a mean rating of 3.6 of 5.0 (95% posterior Interval 3.4-3.7). Inter-rater variability was minor with average ratings varying from 3.0 to 3.4 between the highest and lowest scorer. Intrarater variability was negligible with good agreement between first and second rating as per weighted kappa scores (K = 0.67). Conclusion: The most realistic and practical form of artificial blood identified was a commercial product called KD151 Flowing Blood Syrup. It was found to be not only realistic in appearance but practical in terms of storage and stain removal.
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Work-related driving safety is an emerging concern for Australian and overseas organisations. An in depth investigation was undertaken into a group of fleet drivers’ attitudes regarding what personal and environment factors have the greatest impact upon driving behaviours. A number of new and unique factors not previously identified were found including: vehicle features, vehicle ownership, road conditions, weather, etc. The major findings of the study are discussed in regards to practical solutions to improve fleet safety.