990 resultados para Self fiction
Resumo:
O trabalho consiste em um exame da produção poética de Glauco Mattoso, tendo como horizonte a noção de transgressão e utilizando como corpus sua produção de sonetos e o Jornal Dobrabil. Com uma produção iniciada na década de 1970, o autor é um dos escritores mais prolíficos do cenário literário brasileiro contemporâneo, levantando questões referentes à perversão formal, à crítica do poder autoritário e à criação ficcional da persona autoral por meio da escrita de si. Acreditamos que, por sua técnica apurada e sua vasta produção, trata-se de um autor que merece um estudo acadêmico aprofundado, buscando o diálogo entre seus temas e as questões culturais que se apresentam ao pensamento contemporâneo
Resumo:
O objetivo deste trabalho é investigar a proposta literária do escritor alagoano Graciliano Ramos que conceituamos como ficcionalização de si, a qual consiste na utilização de observação, experiência, imaginação e transpiração como ingredientes da elaboração ficcional. Para atingir a tal objetivo, buscamos traçar um breve panorama político-cultural da década de 1930, no sentido de situar a formação ideológica e a produção mais significativa do autor Caetés (1933), S. Bernardo (1934), Angústia (1936) e Vidas Secas (1938). Prosseguimos com a construção de um amplo painel sobre o papel da memória na escrita de si, concluindo sobre a impossibilidade da fidelidade absoluta na reprodução do real, uma vez que esta passa necessariamente pela subjetividade da linguagem, o que lhe confere um inegável caráter ficcional. Conceituamos autobiografia e refletimos sobre as profundas alterações percebidas no gênero autobiográfico, inserindo a produção de Graciliano Ramos no contexto memorialista. Defendemos a ideia de que o escritor antecipa, na década de 30, o que na década de 70 será denominado como autoficção. Construída a fundamentação teórica necessária, passamos a analisar e discutir trechos do romance Angústia, em contraponto com Infância. Confrontando as leituras destas obras, pudemos perceber o aproveitamento ficcional de acontecimentos traumáticos da infância do autor narrados em Infância na elaboração da fase infantil do personagem Luís da Silva, de Angústia
Resumo:
A proposta deste trabalho é analisar a forma como se estabelecem as relações de construção de sujeitos ficcionais em alguns romances selecionados. Embora saibamos que haja diversas reflexões que poderiam ser extraídas quando tratamos a respeito de assuntos como literatura, ficção, sujeito, e alteridade e as egoescritas (as escritas de si), optamos pelo recorte que abarca os mecanismos de construção dos sujeitos ficcionais e as interpenetrações dos conceitos literários aplicados a estes dentro de determinados romances nomeadamente, Trilogia de Nova York, O filho eterno, Nove noites e A morte em Veneza , sem, contudo, ignorar esse mesmo recorte quando se refere à poesia e até mesmo ao ensaio, esses últimos tendo Fernando Pessoa como índice máximo da alterpoesia através do heterônimo António Mora. Abordaremos as formas de representação desse sujeito que se constitui a partir da ficção, deixando "rastros" que apontam para a figura do autor do romance, expondo ao leitor os labirintos e interseções entre a literatura e a ficção, a autobiografia, a autoficção, entre outras discussões
Resumo:
Esta dissertação analisa as obras do autor, quadrinista, teatrólogo e ator Lourenço Mutarelli, principalmente, os romances O cheiro do ralo, O natimorto, Jesus Kid e as narrativas gráficas Caixa de Areia, Mundo Pet, Réquiem e Quando meu pai encontrou o e.t. fazia um dia quente, a partir de duas perspectivas presentes na escrita contemporânea: o hibridismo entre diversas linguagens e os novos modos da escrita de si. Quanto ao primeiro aspecto, privilegia-se o dialogismo entre cinema e literatura, com importantes questionamentos e discussões acerca de quanto a literatura, por ser a obra original, é de fato superior em relação à sétima arte. A fim de analisar algumas questões essenciais que advêm da intertextualidade entre cinema e literatura − como originalidade, hierarquia e fidelidade −, este trabalho propõe abordagens que buscam explicitar que, ao se adaptar um texto literário, o cinema cria uma outra obra, híbrida, dotada de novas perspectivas, já contextualizadas no momento presente ao da adaptação, ou seja, trazendo para o texto literário um olhar suplementar, a partir de experiências, ideias e vivências do diretor. Em relação à segunda tendência observada na atualidade, a exposição da intimidade através de diferentes meios − blogs, portais da internet, reality shows, entre outros − vem alterando a forma de o autor lidar com a própria obra e com o público leitor. O escritor parece criar uma persona, tornando-se, muitas vezes, personagem de seu texto e fazendo uso da autoficção, com a mescla de elementos biográficos e ficcionais. Essa nova forma de escrita de si para além dos tradicionais diários, cartas e autobiografias resgata o autor da morte anunciada por Barthes e o traz novamente como objeto de análise do texto literário
Resumo:
Esta dissertação levantou um conjunto de questões relacionadas à reflexão do meu processo artístico, tendo como ponto de partida as imagens poéticas da casa, do dormir, do desabrigo, da invisibilidade e da visibilidade que culminaram em trabalhos acerca dos moradores de rua, da acessibilidade e do uso da cidade. Para analisar as experiências artísticas participativas realizadas em âmbito urbano, foi apresentado um estudo da produção de artistas como Flávio de Carvalho, Lygia Clark e Hélio Oiticica, assim como os conceitos de site specific e site oriented (KWON 1998). Acerca dos trabalhos que envolvem relações e propostas de convivência, foi acessado o livro Estética Relacional (BOURRIAUD 2009) e o texto Antagonismos e Estética Relacional (BISHOP 2004). O ato de ouvir e as histórias narradas durante as propostas participativas aproximaram o estudo da ideia de autoficção (DOUBROVSKY 1977) e da escrita de si (FOULCAULT 2002). A relação com o desenho foi observada como produção de sentido, assim como foi problematizado o papel do artista a partir da observação do papel do mediador, revelando possibilidades outras de definição com base nos conceitos de participação total (OITICICA 1967), e artista-etc. (BASBAUM 2013).
Resumo:
Conrad Detrez does not write ―gay novels‖ as literary critique sees this expression nowadays. However, through self-fiction, Detrez´s novels present an allusive, latent and prudish approach of this topic, which is essential in the author and narrator‘s obsessions
Resumo:
Thèse numérisée par la Division de la gestion de documents et des archives de l'Université de Montréal
Resumo:
Mémoire numérisé par la Division de la gestion de documents et des archives de l'Université de Montréal
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Este artículo investiga las relaciones que existen entre autoficción y metaficción en la literatura contemporánea, sobre todo en el marco de la posmodernidad. Si bien la bibliografía refiere estos conceptos, en general, al campo de la novela, aquí se analizan en dos cuentos de escritores argentinos paradigmáticos: Borges y Cortázar. Se intenta demostrar que estos procedimientos se generan en tramas complejas, que contienen una fábula fantástica y permiten inferir, además, algunos aspectos de las poéticas implícitas de sus autores. Esta propuesta, netamente híbrida, produce en el lector el extrañamiento de la reunión de pactos antitéticos y su actitud es compleja en relación con la verosimilitud. Su contrato de lectura oscila desde la certeza de lo autobiográfico hasta la ficción más descarnada. El lector decidirá acompañar o no a los autores en estos laberintos verbales aunque estará avisado de los procedimientos más evidentes: ficcionalidad, intertextualidad, autoconciencia, autorreflexividad, mise en abyme, entre otros.
Resumo:
Este artículo da cuenta de una investigación, que se podría denominar, con palabras de Philippe Lejeune, de poética aplicada. A partir del concepto de autoficción, en boga desde hace unos años en la teoría autobiográfica, compruebo que en la narrativa hispanoamericana del siglo XX existen numerosos relatos que responden perfectamente, y de manera parecida a la de otras literaturas, a este nuevo subgénero autobiográfico y/o novelesco.
Resumo:
This chapter discusses fictional texts set in New York City soon after Septem- ber 11, 2001 (9/11), or whose characters are affected by the attacks on the World Trade Center. Whereas these texts may not have been directly marketed at young adults, they all address ‘youth issues’. Each of the books discussed here contain or are focalized through the eyes of adolescent protagonists. They are all coming-of-age narratives in that the crises within them are usually a result of a catastrophe, taking the characters on journeys of self-discovery, which, once fulfilled, lead them back home.1 As Jerry Griswold (1992) has suggested, coming-of-age stories are especially well suited to the American psyche, and are already familiar to readers of literature based in New York City (the most familiar work being J.D. Salinger’s The Catcher in the Rye). As with other clas- sic American young adult (YA) literature, the journey and homecoming com- monly associated with coming-of-age are often employed in fiction about 9/11. With the key elements of loss and suffering, self-awareness, introspection, and growth, the coming-of-age novel also fulfils agendas common to both litera- ture and politics: the literary journey becomes the nation’s journey.
Resumo:
My dissertation presents a study of satire in contemporary German Fiction of Turkish migration. Engaging with a body of works hitherto neglected in scholarship, I examine how satirical texts, films, and plays intervene critically in discourses on post-unification German national identity. Drawing on the seminal work of scholars such as Leslie Adelson, Tom Cheesman, B. Venkat Mani, Petra Fachinger, and Deniz Göktürk, my dissertation expands the scholarship of Turkish German Studies by linking a discussion of satire as a critical rhetoric to the question of how we talk about what it means to be German.
Chapter one offers a novel framework of the satirical vis-à-vis standard conceptions of satire and deconstructionist theories of reading. I understand satire as a form of rhetoric that creates moments of ambiguity by bringing together intersectional categories like gender, ethnicity, race, religion, in order to challenge the audience’s practices of interpreting cultural otherness. Chapter two examines the use of ethnic self-deprecation as one such strategy in Osman Engin’s short stories and his first novel, Kanaken-Ghandi through the lens of Bakhtinian polyphony and Judith Butler’s work on hate speech. Engin, I argue, employs ethnic selfdeprecation as a narrative strategy to straddle the line between deconstructing and re-affirming cultural stereotypes. Investigating the role of ethnic impersonation in Hussi Kutlucan’s film Ich Chef, Du Turnshuh, the third chapter turns to the question of ethnicity as a visual signifier for the negotiation of cultural inclusion and exclusion in post-1990 film. In dialogue with Katrin Sieg’s work on ethnic drag and Amy Robinson’s theory of passing, I show how the film challenges ethnically-coded narratives of Germanness. In the final chapter on Nurkan Erpulat and Jens Hillje’s play Verrücktes Blut, I discuss how intertextuality and adaptation (Hutcheon, Genette) of different story and character worlds are used to create moments of ambiguity and overdeterminacy in the play, in order to challenge the audience’s perception of what an inclusive German society might look like.