988 resultados para Rio de Janeiro Carnaval História 1930-1940
Resumo:
Esta tese entrelaa o repertrio de marchinhas carnavalescas e os estudos de gnero, vislumbrando identificar, nas composies de Lamartine Babo, Joo de Barro e Ari Barroso, vises sociais sobre as mulheres do Rio de Janeiro no decurso dos anos de 1930 e 1940. Os debates sobre as relaes de gnero esto longe de serem esgotadas, sobretudo, quando se prope lanar um olhar psicossocial sobre tal temtica por meio da anlise de discurso das letras de msicas de Carnaval. O trabalho afasta-se da concepo da categoria mulher como um lugar comum e sinnimo de identidade feminina. Este posicionamento reflexivo entende o conceito de gnero como uma construo agenciada no mundo social. Concomitantemente ao processo de produo e circulao de diferentes discursos sobre os papis sociais de homens e mulheres, os compositores de marchinhas inseriram a linguagem carnavalesca como mais uma possibilidade de abordar o tema das relaes de gnero no contexto scio-histrico investigado. Nesses termos, este estudo explicita a pretenso de inserir as letras desse gnero musical como um lugar privilegiado para o entendimento de uma parcela de um pensamento social brasileiro referente ao estatuto de ser homem ou mulher no pas. A tese busca desvelar as vises sobre mulheres nas letras de marchinhas carnavalescas a partir de das reflexes bakhtinianas sobre a Psicologia, as quais, continuamente, permitiram estabelecer uma relao estreita entre o contexto scio-histrico do Rio de Janeiro nas dcadas de 1930 e 1940 e as mensagens sociais contidas nas marchinhas carnavalescas desse perodo.
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Ps-graduao em Geografia - IGCE
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Esta dissertao versa sobre o carnaval das escolas de samba, em seu perodo de formao, na dcada de 1930. Apresentando a Vizinha Faladeira procura-se identificar suas transgresses no contexto da institucionalizao do chamado tradicional carnaval das escolas de samba da cidade. Busca-se compreender os motivos que levaram a Vizinha Faladeira a afastar-se das disputas carnavalescas e terminar suas atividades como escola de samba identificando assim as diversas tenses que circundavam o carnaval das escolas de samba. Verificando os desfiles da Vizinha Faladeira identificam-se formas estticas diversas que revelam os dilogos tensionados entre os diversos grupos da sociedade e o desejo de fazer um carnaval cada vez mais popular. Este trabalho busca lanar um novo olhar sobre a festa carnavalesca entendendo a cultura popular como o local de disputas de significados simblicos, rompendo-se com as vises folclricas e antropolgicas, privilegiando as disputas entre os grupos e as representaes nas formas artsticas das escolas de samba
Resumo:
This article aims to discuss the attempts of the authorities in Rio de Janeiro to regulate Carnival festivities and discipline the revelers. Some of the ways to do this in the late nineteenth and early twentieth centuries, are connected to the prohibition of Shrovetide and of the wearing of some costumes by individual masked men, such as Indian and imp costumes, which are associated with backwardness and barbarism, and, therefore, with a period of history that part of the intelligentsia of Rio de Janeiro wanted to forget. Such manifestations were at odds with political, social and cultural transformations, and with the image of modernity that the city of Rio de Janeiro wanted to consolidate in that period.
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As cmaras municipais constituram-se em um dos mais notveis mecanismos de manuteno do vasto imprio ultramarino portugus. Originavam-se dos antigos conselhos medievais, aglutinavam os interesses das elites coloniais ao serem compostas pelos homens bons da colnia, detinham considervel poder sobre a sociedade local alm de terem a liberdade de representar ao rei de Portugal seus anseios ou dificuldades. Paralelo, ao poder do senado da cmara municipal, encontravam-se as autoridades nomeadas pelo rei de Portugal: governadores coloniais. Este compartilhamento do poder na colnia gerava, muitas vezes, conflitos entre a cmara municipal e os funcionrios rgios. No Rio de Janeiro, setecentista, vrios fatores internos e externos colnia deterioraram as relaes entre os governadores coloniais e os membros do senado.Tal situao agrava-se com as incurses corsrias francesas de 1710 e 1711 que demonstraram a fragilidade do imprio portugus que h muito deixara de ter um poder naval significativo, perdendo espaos para potncias como a Frana, Inglaterra e Holanda. Incapaz de conter os inimigos no vasto oceano, desprovido de meios navais capazes de patrulhar os litorais de suas colnias na frica, sia e Amrica, em especial o do Brasil, o imprio portugus dependia cada vez mais dos recursos humanos de suas colnias para a manuteno do seu territrio ultramarino. A corte portuguesa sofreu duro impacto com a conquista da cidade do Rio de Janeiro por Duguay-Trouin e, ao longo dos prximos anos, procurou fortalecer o sistema defensivo de sua colnia com o envio de tropas e navios alm da construo de novas fortalezas e o reaparelhamento do sistema defensivo j existente.Todo este esforo para a guerra era bancado, em sua maior parte, com recursos da prpria colnia do Rio de Janeiro. Obviamente este nus no agradava a incipiente elite mercantil que florescia na colnia resultando no fato de que a poltica de enclausurar o Rio de Janeiro entre muralhas e fortificaes, s custas da economia colonial, colocou em campos opostos os funcionrios do rei e os membros do senado por vrias vezes nas primeiras dcadas do sculo XVIII. Surgiram inevitveis conflitos pelo uso e posse do territrio urbano do Rio de Janeiro cada vez mais pontilhado por fortalezas, sulcado por extensas valas e trincheiras a impedir-lhe o crescimento urbano. Alm do conflito territorial, em funo da expanso da atividade mercantil desenvolvida pelos colonos, as disputas comerciais envolveram as elites locais, vidas por lucros e impulsionadas ao comrcio devido descoberta do ouro na regio das Minas, e as autoridades e comerciantes lusos, uns querendo controlar a atividade comercial que crescia em acelerado ritmo, outros querendo lucrar e disputar espaos com as elites coloniais locais. No meio destes embates encontrava-se a Cmara Municipal do Rio de Janeiro, objetivo maior desta pesquisa, a defender os interesses das elites da colnia, pois delas era representante. Era uma disputa em que, muitas vezes, seus membros pagaram com a perda da liberdade e dos seus bens frente a governadores coloniais mais intolerantes
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo principal apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo compreendido entre as dcadas de 60 e 90. Iniciamos este trabalho discutindo a crise no campo da Psicologia Social que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos a partir de meados dos anos 60. No Brasil, a crise comeou a ter desdobramentos apenas na dcada de 70. Iniciava-se a crtica a Psicologia Social cognitiva norte-americana e a busca de novas teorias, metodologias e interlocutores no campo da Psicologia Social. No Rio de Janeiro, o principal representante desta perspectiva foi Aroldo Rodrigues. Sua principal opositora foi Silvia Lane. Em Minas Gerais, O Setor de Psicologia Social foi outro importante eixo de oposio. Ao longo da tese, buscamos compreender como alguns enunciados presentes nos anos 60 e 70, entre os movimentos de resistncia como o CPC da UNE, o Tropicalismo e a Teologia da Libertao, como crtica e alternativa aos ditames positivistas. Era necessria uma Psicologia Social que permitisse pensar a realidade social brasileira. As categorias universalizantes da Psicologia Social norte-americana, que pensavam o homem fora da história e da cultura, passaram a ser objeto de crtica. Como afirmamos, buscamos apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo histrico j definido anteriormente. Para isso, alm do levantamento de referncias sobre o tema fizemos entrevistas com vrios dos personagens que participaram desta mesma história, como professores, pesquisadores e alunos.
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Este trabalho tem como objetivo interpretar o fenmeno poltico expressado por Tenrio Cavalcanti - poltico popular que atuou fundamentalmente em reas perifricas e pobres da cidade e do estado do Rio de Janeiro entre as dcadas de 1930 e 1960. Pretendo mostrar a narrativa, os smbolos e os cdigos culturais que construram a sua imagem pblica e como a sua atuao marcou a dinmica e a estruturao do campo poltico do Rio de Janeiro. A pesquisa baseia-se, fundamentalmente, no jornal Luta Democrtica, entre os anos de 1954 e 1964, e nos seus discursos pronunciados na Cmara dos Deputados, entre 1951 e 1964. A partir da anlise das fontes procuro mostrar de que maneira os elementos que constituem o fenmeno servem como ferramenta analtica para compreender melhor a construo de identidades sociais, os mecanismos de representao poltica, a forma como foram percebidos os processos de incluso e excluso social, assim como os conflitos sociais daquele perodo.
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O escritor, jornalista e literato Afonso Henriques de Lima Barreto deixou registrados, em praticamente todos os seus escritos, suas impresses sobre as mudanas sociais, polticas e urbanas, sofridas pela cidade do Rio, na Primeira Repblica. A partir de trechos de sua obra e de sua biografia, vo ser analisadas tais transformaes luz da prpria avaliao do autor. Sero abordadas as marcas deixadas por modificaes urbanas e topogrficas ocorridas na ento cidade-capital Rio de Janeiro, que se calcaram sobre o velho cenrio da cidade, afundando-o, a fim de apag-lo da memria dos habitantes, ao mesmo tempo em que se erigiam como metforas de suposto progresso e de modernidade. Metforas formam em ns, engramas, isto , marcas que podem ficar retidas em nossa memria pela ao da literariedade que possuem. Literariedade que tem sempre algum espao nos mais diversos tipos e gneros de narrativa. Estas marcas de transformaes urbanas atingiram de algum modo a rotina diria de parte considervel dos atores que viveram naquele perodo, entre eles o prprio Lima Barreto. Este trabalho se sustenta, ento, no trip biografia-literatura-metfora, alinhavado pelas marcas de remodelao da cidade do Rio. Cidade contada por Lima Barreto, durante a Primeira Repblica, numa narrativa que flerta com a etnografia.
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O foco deste trabalho o projeto de criao e desenvolvimento do prottipo de um espao virtual que rene e organiza informaes sobre o Carnaval de rua carioca. A celebrao do Carnaval nas ruas do Rio de Janeiro, apesar de ser uma antiga tradio da cidade, passou, nos ltimos vinte anos, por um processo de expanso e reestruturao, chegando aos dias atuais, em que a festa mobiliza milhes de folies. Os blocos fundados em meados de 1980, e principalmente nos anos 1990 compartilharam smbolos e valores ligados identidade carioca, brasilidade e resistncia cultural, lidando com um universo de enorme riqueza, que dialoga com a evoluo urbana, o contexto poltico, alm de questes como globalizao, consumo, circulao, incluso, cidadania, memria, entre outros. Registrar a memria desse momento de redescoberta e contribuir para o levantamento de fontes de pesquisa ligadas a esse novo Carnaval de rua, foram as principais motivaes que levaram investigao.
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Silva, Innocencio Francisco da. Diccionario bibliographico portuguez. Lisboa : Na Imprensa Nacional, 1858-1923.v. 5, p. 139.
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Este estudo investiga o status da produo acadmica sobre alfabetizao em 2 (dois) programas de Mestrado e Doutorado em Educao no Estado do Rio de Janeiro. Partiu-se da concepo de que a organizao e a sistematizao das contribuies originrias das pesquisas realizadas nesses programas permitiriam um olhar mais apurado sobre a alfabetizao enquanto objeto de estudo acadmico no contexto do Rio de Janeiro. Busca-se, assim, demarcar a trajetria dessa mesma produo, destacando os aspectos que foram privilegiados ao longo do tempo. Toma-se como referncia principal para a anlise e entendimento das especificidades do lugar da alfabetizao na produo acadmica no Rio de Janeiro, a história da alfabetizao no Brasil, demarcada em seus diferentes perodos. Em outras palavras, atravs da anlise da produo acadmica sobre o tema, buscou-se compreender a partir de que momento (quando) e de que modo (como) a alfabetizao se constitui objeto de estudo (acadmico) no contexto do Rio de Janeiro.
Resumo:
O presente trabalho pretende analisar as representaes da cidade do Rio de Janeiro nas crnicas de Jos de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo, publicadas, respectivamente, sob os ttulos Ao Correr da Pena (1855-1856) e Labirinto (1860), tendo como objetivo mapear a cidade capital do imprio e as transformaes pelas quais passou entre as dcadas de 1850 e 1860. Tal proposta foi desenvolvida luz do mtodo cartogrfico apresentado por Franco Moretti, em suas obras Atlas do Romance Europeu 1800-1900 e A Literatura Vista de Longe, nas quais o autor trata a criao de mapas como um instrumento intelectual que abriria caminho para novos questionamentos e novas concluses no campo do imaginrio. Ademais, ao utilizar obras literrias como fontes primrias para a anlise da cidade do Rio de Janeiro do sculo XIX e suas especificidades no cenrio brasileiro imperial, o presente trabalho dialoga com uma história cultural do urbano.
Resumo:
O presente trabalho um estudo da evoluo da configurao espacial do Centro da Cidade do Rio de Janeiro, feita a partir da metodologia da sintaxe espacial. O objetivo da pesquisa analisar, ao longo de quatro sculos (XVII, XVIII, XIX e XX), as transformaes morfolgicas que ocorreram na estrutura urbana da rea central de uma das cidades do Brasil que viveu mais intensamente as mudanas polticas e econmicas que ocorreram na formao nacional; e avaliar, no presente, em que medida as expectativas de co-presena, o movimento de pedestres e a disperso de usos econmicos do solo, em 4 fraes representativas do Centro (morro de Conceio, Lapa, Central do Brasil e centro de negcios) avaliadas empiricamente, esto correlacionadas com as medidas sintticas obtidas a partir da descrio de seus padres espaciais. O foco da descrio e das correlaes, discutir o processo de formao e consolidao da centralidade urbana, e a dinmica de apropriao social do espao, vinculada s expectativas das possibilidades e tipos de encontros entre as diferentes categorias sociais, que reconhecem ali, o centro simblico e funcional de suas vidas social e espacial.