5 resultados para Racialism


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Meu objetivo nesta tese é compreender o processo de transnacionalização do movimento negro brasileiro e as suas consequências para a luta antirracista no Brasil. Em outras palavras, busco compreender como os negros brasileiros se articulam com os negros do mundo para cumprir seus objetivos. Uma vez que hoje a cultura negra global tem sido compreendida a partir da metáfora do “Atlântico Negro”, que representa um espaço de trocas transnacional que conecta todos os sujeitos da diáspora negra, assumo esta mesma metáfora como ponto de partida para minha reflexão. Entretanto, me interessa refletir sob um dos aspectos do Atlântico Negro, que é a sua dimensão organizacional. Se é pelo Atlântico Negro que hoje circulam um conjunto de conteúdos que são compartilhados pela comunidade negra mundial, tais como idéias e práticas que estão relacionadas a religião, a música, a literatura e as formas de organização, então podemos afirmar que a organização do movimento negro brasileiro se alimenta também destas múltiplas dimensões. Para desenvolver esta linha de argumentação, a tese utiliza o caso do movimento negro brasileiro para analisar o processo de difusão de um frame transnacional racialista que é apropriado pelo movimento negro como base para a elaboração de um diagnóstico, prognóstico e ressonância das ações de combate ao racismo no Brasil e para a definição das estruturas de mobilização e das estratégias de ação do movimento. Contudo, esta apropriação não ocorre sem problemas, pois este frame enfrenta outros frames locais, de caráter não-racialista, o que acarreta severas restrições ao ativismo transnacional na medida em que o próprio movimento negro se vê diante do dilema entre manter o alinhamento com o frame transnacional e aproveita as oportunidades políticas oferecidas pelo racialismo, ou relativiza este frame fazendo algumas concessões em suas propostas e na sua organização, a fim de se adaptar aos frames locais, negociando estas oportunidades a partir das restrições existentes. Para entender esta dinâmica, proponho a metáfora do “Encontro das Águas” amazonense, como um ponto de argumentação complementar ao Atlântico Negro, pois leva em conta os aspectos locais da luta antirracista que se apoiam na mestiçagem como identidade autônoma que não se dilui facilmente na identidade negra. Além de desenvolver estes pontos, a tese contribui para compreender melhor a dialética entre o global e local, bem como as tensões advindas dos frames em disputa.

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This essay discusses the race issue, emphasizing the racial concept in Casa-Grande & Senzala. We discussed the Brazilian intellectual scene of the 1920s and 1930s, also the decadence of the analysis based on the variables of race, geographical environment and climate, emphasizing the ascent of new approaches, structured cultural diversity in the capitalist economy and exclusionary. We use the concept of racialism, understanding it as any narrative that classifies the types of people in a racial criterion

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Os estudos de Guerreiro Ramos sobre condição do negro no Brasil repõem a questão em novas bases, identificando seu núcleo no reflexo da patologia social do branco brasileiro e na própria atitude dos estudiosos que transformariam o negro-vida em tema. Ramos propõe então a assunção da negritude e a integração social por meio do adestramento cultural, ao que se contrapõe Costa Pinto, ao afirmar a preponderância do negro proletário. Entretanto, ambos pensadores foram relegados pelo racialismo do discurso dominante na atualidade.

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Like many West Indians, mixed-race Jamaican immigrants enter the United States with fluid notions about race and racial identifications that reflect socio-political events in their home country and that conflict with the more rigid constructions of race they encounter in the U.S. This dissertation explores the experiences of racially mixed Jamaicans in South Florida and the impact of those experiences on their racial self-characterizations through the boundary-work theoretical framework. Specifically, the study examines the impact of participants’ exposure to the one-drop rule in the U.S., by which racial identification has been historically determined by the existence or non-existence of black forebears. Employing qualitative data collected through both focus group and face-to-face semi-structured interviews, the study analyzes mixed-race Jamaicans’ encounters in the U.S. with racial boundaries, and the boundary-work that reinforces them, as well their response to these encounters. Through their stories, the dissertation examines participants’ efforts to navigate racial boundaries through choices of various racial identifications. Further, it discusses the ways in which structural forces and individual agency have interacted in the formation of these identifications. The study finds that in spite of participants’ expressed preference for non-racialism, and despite their objections to rigid racial categories, in seeking to carve out alternative identities, they are participating in the boundary-making of which they are so critical.^

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South Africa’s first democratic constitution of 1996, which defines the content and scope of citizenship, emerged out of what the country’s Constitutional Court accurately described as ‘a deeply divided society characterized by strife, conflict, untold suffering and injustice which generated gross violations of human rights, the transgression of humanitarian principles in violent conflicts and a legacy of hatred, fear, guilt and revenge’ (cited in Jagwanth, 2003: 7). The constitution was internationally noteworthy for its expressed protection of women’s and sexual minority rights and its extension of rights of citizenship to socio-economic rights, such as rights of adequate healthcare, housing and education (SAGI, 1996). During South Africa’s first two decades of democracy, the Constitutional Court has proven its independence by advancing citizenship rights on a number of occasions (O’Regan, 2012). The struggle for citizenship was at the heart of the liberation struggle against the apartheid regime and within the complex dynamics of the anti-apartheid movement, increasingly sophisticated and intersectional demands for citizenship were made. South Africa’s constitutional rights for citizenship are not always matched in practice. The country’s high rates of sexual violence, ongoing poverty and inequality and public attitudes towards the rights of sexual minorities and immigrants lag well behind the spirit and letter of the constitution. Nevertheless, the achievement of formal citizenship rights in South Africa was the result of a prolonged and complex liberation struggle and analysis of South Africa demonstrates Werbner’s claim that ‘struggles over citizenship are thus struggles over the very meaning of politics and membership in a community’ (1999: 221). This chapter will begin with a contextual and historical overview before moving onto analyzing the development of non-racialism as a basis for citizenship, non-sexism and gendered citizenship, contestations of white, militarized citizenship and the achievement of sexual citizenship by the Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender (LGBT) rights movement. As shall be made clear, all these citizenship demands emerged during the decades of the country’s liberation struggle.