140 resultados para Proeminência laríngea
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o valor prognóstico da invasão de cartilagens (tireóide, cricóide) no câncer de laringe, com relação à sobrevida livre de doença. MÉTODO: Foi realizada uma análise retrospectiva de 102 pacientes com câncer de laringe atendidos no período de 1992 a 1994 no Hospital do Câncer - INCA/MS-RJ, que foram divididos em quatro grupos: pacientes com tumores T3N0M0, estádio III (excluídos os pacientes com tumores T3N1M0); T4N0M0 (com invasão tumoral de cartilagem do laringe sem extravasamento); T4N0M0 (com extravasamento neoplásico pelo compartimento laríngeo); e pacientes com linfadenopatia cervical metastática (T3N2-3/T4N1-2-3). Foram realizadas curvas de sobrevida para cada grupo e comparada a diferença de sobrevida entre estes grupos, utilizando o método de Kaplan-Meier. O valor da significância estatística da diferença de sobrevida dos quatro grupos foi avaliado pelo método de Wilcoxon-Gehan. RESULTADOS: Os pacientes que apresentaram apenas invasão tumoral de cartilagem de laringe, sem extravasá-la (T4N0M0), se comportam como os pacientes com tumores T3N0M0, sem diferença estatística com relação à sobrevida (p=0,36). Os que apresentam apenas invasão neoplásica de cartilagens de laringe (T4N0M0) tiveram melhor prognóstico com relação à sobrevida, do que aqueles com extravasamento neoplásico pelo compartimento laríngeo (T4N0M0) (p=0,02). A presença de linfonodos metastáticos foi o fator que apresentou maior impacto adverso no prognóstico com relação à sobrevida (p=0,002). CONCLUSÃO: Os achados deste estudo questionam a validade da atual classificação TNM em estadiar tumores T4N0M0 de laringe. Novos estudos, com uma casuística maior, são necessários para que os resultados obtidos sejam corroborados.
Resumo:
Através de revisão de literatura, confirma-se que infecção laríngea por cândida é uma entidade rara e usualmente associada a infecção pulmonar ou candidíase disseminada¹. Candidíase em laringe de forma isolada (C.L.I.) é uma patologia ainda mais rara, e comumente relacionada a pacientes imunodeficientes². Sabe-se que à laringoscopia direta, a candidíase pode apresentar achados físicos pobres como simples hiperemia local ou mesmo leucoplasia, mimetizando patologias como DRGE até neoplasias, fazendo, pois, parte do diagnóstico diferencial. Encontramos e documentamos em nosso serviço um caso de infecção por cândida de forma isolada em laringe (C.L.I.) em paciente imunocompetente. Havia comprometimento laríngeo importante, inclusive com lesão deformante em epiglote, simulando processo neoplásico. O diagnóstico foi estabelecido por videolaringoscopia e 2 biópsias da lesão encontrada, sendo os materiais obtidos submetidos a 2 estudos histopatológicos. Tomamos o cuidado de afastar síndromes imunodeficitárias, inclusive de etiologia viral, através de pesquisa sorológica e investigação sobre abuso de corticoesteróides ou antibióticos sistêmicos. Fizemos o follow-up do paciente "per" e pós tratamento com antifúngico sistêmico, acompanhando evolução e melhora através da endoscopia e sinais clínicos.
Resumo:
A amiloidose localizada laríngea é uma doença rara, correspondendo a menos de 1% dos tumores benignos da laringe. No entanto, a amiloidose localizada acomete principalmente a laringe nas vias aéreas, sendo assim de grande importância para o otorrinolaringologista. Ela está relacionada à produção monoclonal de imunoglobulinas de cadeia leve, principalmente l e k. Este estudo tem como objetivo relatar um caso de amiloidose laríngea atendida no Ambulatório de Laringologia e Voz do Hospital das Clínicas da FMRP - USP, assim como discutir a revisão de literatura.
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OBJETIVO: Demonstrar o efeito do uso do Cidofovir (aplicações locais) em crianças com papilomatose laríngea recorrente (PLR), respeitando um protocolo adotado desde 2002 na Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica da UNIFESP. FORMA DE ESTUDO: Preliminar/clínico-prospectivo. MATERIAL E MÉTODO: Foram incluídas inicialmente 5 crianças portadoras de PLR acompanhadas no nosso ambulatório de laringologia pediátrica. Estas já haviam sido submetidas há no mínimo 3 cirurgias prévias ao uso do Cidofovir, com confirmação anatomopatológica de papilomatose (critérios inclusão) e não apresentavam alterações renais ou hepáticas (critérios de exclusão). O protocolo consistia em exérese das lesões e aplicação de até 3ml Cidofovir (7,5mg/ml). O ciclo de tratamento consistia de, no mínimo, 3 aplicações, e a qualquer sinal de recidiva iniciava-se novo ciclo de aplicações. RESULTADOS: Observamos nas 5 crianças estudadas que as recidivas das lesões (antes do Cidofovir) ocorreram em intervalos muito curtos (1 a 3 meses) necessitando de intervenção cirúrgica. Após inclusão no protocolo ocorreu mudança na evolução da doença nas 5 crianças, pois permanecem por período de no mínimo 1 ano sem necessidade de cirurgia. Nenhuma criança apresentou nenhum tipo de alteração nos exames laboratoriais, e nenhum tipo de efeito colateral local ou sistêmico com a injeção local de Cidofovir. Os resultados deste estudo preliminar nos permitem observar que a aplicação local de cidofovir utilizado em crianças com PLR, respeitando o protocolo adotado, demonstrou um bom controle das recidivas das lesões durante o período estudado.
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As doenças reumáticas produzem alterações sistêmicas e podem, por isso, comprometer os vasos sangüíneos, as serosas e as mucosas de todo o trato aerodigestivo. Casos esporádicos de acometimento laríngeo por doenças reumáticas têm sido descritos. Esse estudo tem por objetivo avaliar e descrever as alterações laríngeas encontradas em pacientes reumatológicos. FORMA DE ESTUDO: coorte transversal. MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal com pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia e doença mista do tecido conjuntivo. Os pacientes submeteram-se a exame clínico otorrinolaringológico e à videolaringoestroboscopia. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 27 pacientes sendo que 26 conseguiram realizar a videolaringoestroboscopia. Alterações laríngeas foram observadas em 11 dos 12 pacientes portadores de lúpus, nos 11 pacientes portadores de esclerodermia e nos 3 pacientes portadores de doença mista do tecido conjuntivo. Lesões sugestivas de nódulo em bambu foram identificados em 5 pacientes e 92,3% dos pacientes apresentaram sinais laríngeos de síndrome faringolaríngea do refluxo. CONCLUSÃO: Neste estudo identificamos 5 lesões sugestivas de nódulos em bambu e sinais laríngeos de refluxo em quase todos os pacientes.
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A videoquimografia é considerada a mais recente tecnologia na semiologia avançada da laringe. A videoquimografia utiliza-se de tecnologia digital para a análise ultra-rápida da vibração das pregas vocais. A imagem apresentada é a referência de uma única linha, representando um estreito segmento horizontal da imagem laríngea. A videoquimografia avalia todos os tipos de irregularidades de vibração, identifica pequenas assimetrias esquerda-direita, diferenças no quociente de abertura ao longo das pregas vocais, propagação lateral da onda mucosa e movimentação das margens superior e inferior da onda de mucosa das pregas vocais. O objetivo do presente estudo foi verificar a correspondência das imagens obtidas na videoquimografia, com variação do ângulo de exposição da laringe em relação ao telescópio. Foram analisados três indivíduos do sexo feminino, sem queixa vocal. As imagens videoquimográficas foram registradas com o telescópio laríngeo de 90o posicionado na linha média, perpendicular à glote - zero grau, durante a emissão de uma vogal sustentada "é", em freqüência e intensidade habituais. O procedimento foi repetido mais duas vezes, porém com rotação de quinze graus do telescópio, no sentido horário, deslocando-se o laringoscópio à direita da linha média do paciente e, no sentido anti-horário, à esquerda. Os resultados obtidos indicaram diferenças evidentes nas imagens obtidas, o que demanda uma padronização da exposição laríngea para a interpretação da videoquimografia.
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Distonia laríngea, ou disfonia espasmódica, é caracterizada por contrações involuntárias e inapropriadas da musculatura responsável pela fonação, sendo a do tipo adutora a mais comum. Caracteriza-se por quebras fonatórias, sendo seu diagnóstico confirmado por videolaringoestroboscopia. O tratamento de escolha é feito com a aplicação direta de toxina botulínica nos músculos responsáveis pelo movimento incoordenado. O objetivo desse trabalho é relatar o caso de uma paciente com diagnóstico de distonia laríngea do tipo adutora, tratada com toxina botulínica e discutir as vantagens e observações descritas na literatura a respeito desse tratamento.
Resumo:
Distonias são desordens orgânicas do processamento motor central caracterizadas por contrações musculares involuntárias e espasmos à fonação nas formas laríngeas adutoras, com quebras de sonoridade. O diagnóstico é clínico e baseado na avaliação perceptivo-auditiva da voz e nasofibroscopia. OBJETIVO: O nosso objetivo é propor e avaliar um protocolo de exame de nasofibrolaringoscopia que contemple tarefas que evidenciem os espasmos e tarefas que diminuam ou façam desaparecer os espasmos, visando facilitar a análise e o diagnóstico. MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal. Análise de imagens de 15 videonasolaringoscopias de pacientes com distonia laríngea de adução por meio do protocolo proposto. RESULTADOS: A maior parte das tarefas de fala e não-fonatórias permitiram a identificação de espasmos e a diminuição ou desaparecimento destes. Propomos a exclusão de duas delas que não acrescentaram dados à avaliação. CONCLUSÃO: O protocolo foi útil na avaliação dos pacientes, mostrando mudança de comportamento da musculatura nas estruturas estudadas conforme as tarefas executadas.
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Papilomatose laríngea é neoplasia benigna mais freqüente nas crianças, causada pelo HPV, principalmente subtipos 6 e 11 e caracteriza-se pela presença de lesões proliferativas exofíticas e recidivantes sobre a mucosa das vias aérea, em especial na laringe. Forma de Estudo: Clínico prospectivo. OBJETIVOS: Demonstrar alterações epiteliais morfológicas (pela microscopia de luz e eletrônica) em lesões papilíferas casadas pelo HPV-6. MATERIAL E MÉTODOS: Fragmentos de lesões de papilomatose laríngea, colhidos durante procedimento cirúrgico de quatro crianças (1 masculino, 3 femininas), foram submetidos à tipagem do HPV (por método de PCR), análise pela microscopia de luz e microscopia eletrônica (varredura e transmissão). RESULTADOS: Na tipagem, todos os papilomas eram do subtipo 6. A microscopia de varredura identificou projeções epiteliais de vários tamanhos, com células superficiais em descamação. A microscopia de luz demonstrou lesões exofíticas, revestidas por epitélio hiperplásico com coilócitos e binucleações, característicos do HPV. A membrana basal e o córion adjacente estavam íntegros. À microscopia eletrônica de transmissão identificou-se vacuolização perinuclear e alargamento das junções intercelulares. CONCLUSÕES: As alterações morfológicas apresentadas pelo HPV-6 demonstram o caráter não-invasivo da lesão, sendo necessário estudos morfológicos adicionais relacionando os outros tipos de HPV, considerados mais agressivos, com os achados ultra-estruturais.
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Relatamos um caso de actinomicose laríngea mimetizando neoplasia, com revisão da literatura a respeito dos aspectos clínicos, patológicos e de imagens. Utilizamos tomografia computadorizada, exame loco-regional, nasofibroscopia e estudo anatomopatológico. A importância do estudo se deve à raridade da enfermidade, localização atípica e particularmente ao diagnóstico diferencial com neoplasia de laringe. Não identificamos, na literatura, casos com avaliação por meio de tomografia computadorizada.
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Introducción. La parálisis de pliegue vocal unilateral constituye una de las causas de incompetencia glótica, presentando síntomas como disfonía, tos crónica, aspiración y fonastenia, afectando de forma significativa el desempeño y calidad de vida del paciente. Según las diversas corrientes de trabajo se ha manejado esta patología con terapia vocal como coadyuvante en opciones quirúrgicas como la laringoplastia de inyección. Objetivo. Realizar seguimiento clínico de pacientes con parálisis vocal unilateral que consultan al Hospital Universitario de la Samaritana centro de referencia de III nivel de Cundinamarca. Materiales y Métodos. Se toma una población de 36 pacientes aleatorizados en dos grupos cuyas intervenciones son manejo con terapia vocal (conservador) y laringoplastia de inyección con grasa. Resultados. Cierre glótico postratamiento mayor en el grupo de intervención médica con terapia vocal ( promedio 10-20 sesiones ) donde se logró un cierre completo en el 77,8% de los pacientes comparado con 33,3% en el grupo de intervención quirúrgico . Conclusión. Es preciso realizar detección temprana, establecer la etiología en nuestra población e instauración de una terapéutica oportuna como el manejo conservador con terapia vocal para disminuir los malos hábitos fonatorios adoptados por estos pacientes, establecer un manejo adecuado para mejorar los síntomas clínicos y generar políticas preventivas para minimizar las complicaciones inherentes a la patología.
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La voz como herramienta de trabajo de los docentes, puede afectarse por su uso prolongado, abuso o conductas de mal uso, que desencadenan limitaciones funcionales de origen laboral. Uno de los síntomas más frecuentes de quienes usan masivamente su voz con fines ocupacionales es la fatiga laríngea (FL), o cansancio vocal por debilitamiento muscular. El presente estudio quasiexperimental longitudinal pre- postest evaluó el efecto que el uso de la voz, analizando variables sociodemográficas, de salud y trabajo, los estilos de vida y los factores de riesgo ocupacionales, pero principalmente el efecto que produce el uso prolongado de la voz sobre las variables físico acústicas después de un día de trabajo, en 99 docentes de una institución de educación superior en Colombia, en comparación con trabajadores con menor uso vocal. Se aplicó un cuestionario de sintomatología vocal para controlar los sesgos, se le tomaron grabaciones pre y post jornada a cada trabajador con el software Speech Analizer® y se reportaron los cambios subjetivos tras un día de trabajo a cada trabajador. Fueron hallados cambios en las variables físico – acústicas como efecto del uso prolongado de la voz después de un día de trabajo en los dos grupos de participantes, en cuyo caso el efecto fue más significativo en los docentes que en los administrativos – no docentes. El riesgo de presentar trastornos de la voz se asoció directamente con la exposición a factores de riesgo ocupacionales y aquellos asociados a condiciones de salud y al estilo de vida de los individuos, cuyas consecuencias fueron mayores para el grupo de docentes; dado que al ser la voz su principal herramienta de trabajo, el uso fue mayor y asimismo la probabilidad de desencadenar sintomatología vocal, derivada de la fatiga laríngea. La variable de fo promedio para la fonación sostenida de la vocal /a/, que representa una sonido neutro en tonalidad o el tono habitual, mostró diferencias significativas entre grupos (p=0,048). Para este caso, el grupo de docentes registró un aumento de la fo en el postest en comparación con un cambio no significativo para el grupo de administrativos luego del uso prolongado de la voz. En consecuencia, hubo diferencias en el valor registrado para la máxima fo (p =0,025), mínima fo (p=0,011) y el rango de fo (p=0,012) en la emisión sostenida de la vocal /a/. Para el caso del grupo de administrativos, las diferencias significativas estuvieron dadas por la disminución de la fo, rango y máxima y mínima frecuencia en las tres vocales (/a/, /i/, /o/) en contraste con lo ocurrido para el grupo de docentes. En la intensidad de la voz fueron encontradas también diferencias significativas entre grupos (p=0,001) con un decrecimiento del volumen en el postest, tanto promedio como mínimo, máximo y rango de la intensidad, en la fonación sostenida de la vocal /a/ para el grupo de docentes; ninguna significancia estadística fue hallada en el grupo de administrativos para estas variables. Se demostró a través de mediciones objetivas y resultados verificables, el fenómeno de la fatiga laríngea, asociados a los efectos que se presentan tras la demanda vocal continua, discriminando el impacto, entre las variables de cargo y género.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Papilomatose laríngea é neoplasia benigna mais freqüente nas crianças, causada pelo HPV, principalmente subtipos 6 e 11 e caracteriza-se pela presença de lesões proliferativas exofíticas e recidivantes sobre a mucosa das vias aérea, em especial na laringe. Forma de Estudo: Clínico prospectivo. OBJETIVOS: Demonstrar alterações epiteliais morfológicas (pela microscopia de luz e eletrônica) em lesões papilíferas casadas pelo HPV-6. MATERIAL E MÉTODOS: Fragmentos de lesões de papilomatose laríngea, colhidos durante procedimento cirúrgico de quatro crianças (1 masculino, 3 femininas), foram submetidos à tipagem do HPV (por método de PCR), análise pela microscopia de luz e microscopia eletrônica (varredura e transmissão). RESULTADOS: Na tipagem, todos os papilomas eram do subtipo 6. A microscopia de varredura identificou projeções epiteliais de vários tamanhos, com células superficiais em descamação. A microscopia de luz demonstrou lesões exofíticas, revestidas por epitélio hiperplásico com coilócitos e binucleações, característicos do HPV. A membrana basal e o córion adjacente estavam íntegros. À microscopia eletrônica de transmissão identificou-se vacuolização perinuclear e alargamento das junções intercelulares. CONCLUSÕES: As alterações morfológicas apresentadas pelo HPV-6 demonstram o caráter não-invasivo da lesão, sendo necessário estudos morfológicos adicionais relacionando os outros tipos de HPV, considerados mais agressivos, com os achados ultra-estruturais.